Desde a semana passada, o governo monitora com uma lupa os movimentos dos partidos aliados, em especial o PSDB e o PSB. Os tucanos adiaram a reunião em que decidiriam como votar na Comissão de Constituição e Justiça. No PSB, o vice-governador de São Paulo, Márcio França, o prefeito de Campinas, Jonas Donizete, e o ex-prefeito de Belo Horizonte Márcio Lacerda abandonaram a reunião para evitar que houvesse quórum capaz de fechar questão em favor da abertura de processo contra o presidente Michel Temer.
Nesses dois partidos, governo e oposição vão jogar a batalha dos bastidores na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), primeira parada da denúncia contra Temer na Câmara.
Imposto embaralha jogo de Temer
Antes de votarem pela rejeição da denúncia contra o presidente Michel Temer, integrantes da base aliada ao governo querem o compromisso do Planalto de não aumentar impostos. Afinal, não dá para salvar Temer da guilhotina e, depois se ver obrigado a votar favoravelmente a aumento de impostos. Já chega a reforma da Previdência, que o governo ainda planeja retomar.
Está tudo bem
Os ministros da Integração Nacional, Helder Barbalho (PMDB), de Minas e Energia, Fernando Filho (PSB), e o da Defesa, Raul Jungmann (PPS), vão em bloco hoje ao Ceará anunciar a retomada das obras do canal Norte da transposição do São Francisco. A ideia é mostrar que o governo, sob o comando de Michel Temer, não está paralisado por causa da crise.
Cara de paisagem
Dois dos governadores socialistas, Rodrigo Rollemberg (Distrito Federal) e Paulo Câmara (Pernambuco), faltaram à reunião convocada para decidir, entre outras coisas, a posição do partido em relação à denúncia contra Temer. Os lideres, a deputada Tereza Cristina e o senador Fernando Bezerra Coelho, ambos aliados de Temer, também não compareceram.
Cara de bravo
Tereza Cristina será chamada para uma conversa com o presidente do partido, Carlos Siqueira: ou vota contra Temer, ou ele dará um jeito de a Executiva enquadrar toda a bancada.
Verões passados
Em conversas reservadas, senadores do partido têm dito que, se os petistas não tivessem errado tanto, dava para pegar mais pesado no fato de Michel Temer, no papel de investigado, escolher um procurador da República. Dilma e Lula, em seus respectivos mandatos, nomearam ministros do STF em pleno mensalão.
Janot ganhou uma
A decisão do Supremo Tribunal Federal, de permitir que o plenário da Casa reveja futuros acordos de delações no final dos julgamentos, caso o delator não cumpra com o que prometeu entregar, deixou o Planalto com gostinho de “engoli mosca”. É que, se tivesse reclamado de delações anteriores, estaria hoje com a revisão da JBS na boca do forno. Agora, a JBS escapou, avaliam palacianos.
Simbólico/ Justamente no dia em que o PSB não conseguiu fechar uma posição contra o presidente Michel Temer, o deputado Heráclito Fortes (PSB-PI) convidou o presidente Michel Temer de última hora para comer rabada em sua casa. Passaram por lá o líder do PMDB, Baleia Rossi, o senador Eumano Ferrer (PTB-PI) e o deputado Carlos Marun (foto).
Espírito de luta/ O presidente Michel Temer não esconde a insatisfação. A todos menciona que nunca viu “tamanha injustiça”.
Santo remédio I/ Segunda-secretária da Mesa Diretora da Câmara, a deputada Mariana Carvalho (PSDB-RO), que se recupera de uma gripe forte, passou a manhã à base de pastilhas e chás para recuperar a voz e ler as 60 páginas da denúncia do procurador-geral, Rodrigo Janot, contra Michel Temer.
Santo remédio II/ Para a leitura na tarde de ontem, a sessão de quarta-feira foi estrategicamente concluída mais cedo. Assim, quando a denúncia chegasse à Câmara, a maioria das excelências já estaria longe. Quanto menos marola, especialmente nesse momento de escolha do relator, melhor.
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