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O prende-solta que espera Lula

A turma do Judiciário começou a fazer suas apostas em relação ao futuro do ex-presidente Lula. E, pelo que a coluna apurou junto a quem entende do traçado, Lula terá o habeas corpus negado pela 5ª Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ), mas o Supremo Tribunal Federal permitirá que o ex-presidente responda ao processo em liberdade. Ou, no máximo, uma “prisão domiciliar”.

Na visão de quem conhece os meandros do STF, Lula poderá esperar a conclusão do julgamento dos tribunais superiores em liberdade, porque cumpre todos os requisitos que a Corte tem levado em conta: não tem antecedentes criminais, tem residência fixa e “emprego”, aposentado. Agora, eleitoralmente, a maioria considera que a situação é mais complicada. A Lei da Ficha Limpa diz que condenado em segunda instância não pode concorrer. E, no TSE, é por aí que a banda vai tocar.

Contracheque gordo
O ex-procurador-geral Rodrigo Janot segue como o alvo preferido daqueles que criticam o Ministério Público. Porém, não tem que reclamar da vida. Em dezembro do ano passado, por exemplo, quando a folha salarial do MP chegou a R$ 82 milhões, incluindo salários e penduricalhos, Janot recebeu
R$ 111.179,67 líquidos, valores distribuídos em três contracheques. Eduardo Pellela, o chefe de gabinete de Janot, recebeu R$ 61 mil líquidos.

Longe dos olhos da Receita
Numa folha suplementar onde constam outras indenizações, Janot recebeu
R$ 73.435,21 a título de verba indenizatória e mais R$ 1.066,19, relativos a outras remunerações temporárias. Nesse contracheque, como é verba indenizatória, não há desconto para o Imposto de Renda. Nem no quesito outras remunerações temporárias.

Assim fica fácil pagar imposto
Detalhe é que, no caso de Janot, há um abono de permanência idêntico ao valor descontado para o INSS — R$ 3.699,63. O Estado é, realmente, uma mãe.

Temer versus Geraldo, 1º round
Bastou o PSDB ingressar num bloco com PSD, PR, PRB, PTB, SD, PPV, PV e Pros para, na semana seguinte, o MDB responder com outro, incluindo PP, DEM, PSB, PDT, Pode, PCdoB, PSC, PHS, Avante e PEN. Em disputa, o controle das comissões técnicas da Câmara e, em especial, as vagas na Comissão Mista de Orçamento. Os tucanos, que estavam “se achando” ao juntar 201 deputados, perderam terreno para o grupo encabeçado pelos emedebistas, que somou 244.

Vai…/ O ex-senador Chiquinho Escórcio estava no Ministério do Desenvolvimento Social, quando deu de cara com o deputado Lúcio Vieira Lima (MDB-BA), irmão do ex-ministro Geddel. Escórcio foi logo perguntando em tom de ironia: “O que você deixou pra mim aí?” Eis que Lúcio responde com algo impublicável.

…Encarar?/ Escórcio, por sua vez, não perdeu a fleuma:”Não gosto disso, não. Gosto do mesmo que você: dinheiro!!”. E começou a imitar o som de uma caixa registradora. Lúcio, na mesma hora, entrou no elevador e foi embora sem responder.

Mal-estar antigo/ Lúcio (foto) e Escórcio têm dificuldades desde o tempo em que Geddel Vieira Lima era ministro. Chiquinho, como muitos chamam o ex-senador ligado ao ex-presidente José Sarney, era assessor no Planalto e Geddel comentava para quem quisesse ouvir que não gostava de ter um sarneyzista de olho nos seus movimentos. Deu no que deu.

Uma questão de vogais/ Até “aliados” de Marcelo Freixo, do PSol, têm feito a ironia de trocar o “ei” do nome por “ou”. Dizem que ele deveria mesmo concorrer ao governo do Rio de Janeiro. Freixo, porém, afrouxou na hora de se apresentar como candidato.

Denise Rothenburg

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