O resultado da votação pelo prosseguimento do processo de impeachment — 55 a 22 favorável ao afastamento da presidente Dilma –, deixou o vice presidente Michel Temer com a vantagem na largada do julgamento da presidente. Era tudo o que os aliados do vice queriam, uma vez que sinaliza a dificuldade do PT no colegiado que agora cuidará do julgamento, sob o comando dompresidentecdomSupremo Tribunal Federal, Ricardo Lewandowski.
Para o PT, o resultado traz desesperança. O partido não conseguiu atingir sequer 28 votos que esperava obter para garantir um fôlego maior, não dando a Michel os 54 votos necessários ao afastamento definitivo.
Ocorre que esse placar, ao mesmo tempo, não deixa Michel deitado em berço esplêndido. Isso porque, se dois senadores que votaram pela abertura do processo mudarem o voto, Dilma retorna.
No entanto, não será fácil para o governo tirar votos desses 55. Para mudar o placar, só se Michel Temer tiver um desempenho pífio nos próximos meses, algo que seus aliados não acreditam. Michel Temer é considerado um conciliador, tem uma vasta experiência política e está cercado de auxiliares com esse perfil,de diálogo com o Parlamento. Michel só perderá se errar demais. A bola e os pontos de vantagem estão com ele.
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