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Meirelles neutraliza PT

O que Luiz Inácio Lula da Silva poderia falar mal do atual ministro da Fazenda, Henrique Meirelles? Nada, a não ser que Meirelles aumente impostos, o que é difícil. Lula queria Meirelles para ministro nos dois governos da ex-presidente Dilma Rousseff. Ela que não quis. O petista sempre se referiu ao seu ex-presidente do Banco Central como um “craque”. Dilma não achava o ministro essa coisa toda. Por isso, hoje, no governo, há quem diga que Meirelles tem tudo para tirar de Lula o discurso radical contra a atual administração do presidente Michel Temer, que também foi parceiro de Dilma e elogiado por Lula em eleições passadas.

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Meirelles, entretanto, é tido como o único a quem Lula não tem como atacar. No período do impeachment de Dilma Rousseff, estava quieto. Afinal, foi ela quem o afastou do PT. E o ministro hoje, se quiser, ainda pode dizer: “Não controlamos a inflação nem baixamos os juros antes porque o PT (leia-se Dilma) não deixou”. É por aí que ele vai, se for o candidato.

Ou uma coisa ou outra

O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, pode até pensar em aumentar impostos e acenar com essa perspectiva às agências de risco. Porém, se depender dos congressistas, não tem chance. Dizem os deputados que entre esse aumento e as mudanças na Previdência, eles ficam com a reforma.

Coladinho ali

O vice-governador de São Paulo, Márcio França (PSB), aproveitará os próximos três meses até a saída de Geraldo Alckmin do governo para se posicionar sempre ao lado do tucano. Assim, dizem os socialistas, quando o PSDB apresentar seu candidato, França já estará mais consolidado como o pré-candidato mais ligado ao governador.

Não vai dar

O PSB seguirá a Rede, de Marina Silva, e não participará do ato pró-Lula em Porto Alegre, em 24 de janeiro, quando o ex-presidente será julgado. Marina, ex-petista, está distante do antigo chefe há anos. E o PSB espera a resposta sobre a filiação do ex-ministro Joaquim Barbosa, o relator do mensalão que levou vários integrantes do PT à cadeia.

E a aliança encolheu

A contar pelo número de partidos dispostos a ajudar o PT na mobilização em Porto Alegre, o leque de apoiamentos de Lula ficou menor do que o exibido nos tempos de governo. Sinal de que, embora ele esteja bem nas pesquisas e seja hoje a maior aposta de esquerda para 2018, a força eleitoral não será tão grande quando nas campanhas anteriores.

Trio I/ No dia do Correio Debate: Desafios para 2018, pelo menos três presidenciáveis passaram pelo jornal, o presidente Michel Temer, o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, e o governador de Goiás, Marconi Perillo. Juntando os três, hoje não dá 10% de intenção de voto, mas não descarte nada. Afinal, diz o ditado, o futuro a Deus pertence.

Trio II/ Perillo (foto) está de prontidão, preparado para entrar em campo se for chamado pelo PSDB. Já Temer e Meirelles precisam se entender. Dois do governo não dá.

Comporte-se, senão, volta!/ O juiz Vallisney de Souza, que concordou na prisão domiciliar de Lúcio Funaro, foi claro: se houver qualquer resquício de alteração das imagens das câmeras de monitoramento, ele terá que voltar à Papuda.

Sumiu/ O presidente do PSD, Gilberto Kassab, ficou completamente fora do programa. Sabe como é: aliado dos tucanos em São Paulo, há quem diga que ele prefere não entrar agora no campo de 2018. Deixa essa tarefa para o ministro Meirelles, que constrói uma pré-candidatura a presidente da República.

Ao trabalho/ O presidente Michel Temer avisou à equipe que terá agenda na semana entre Natal e o réveillon. Nada de emendar tudo num feriadão, pelo menos, no Palácio do Planalto.

Denise Rothenburg

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