Por Denise Rothenburg — Ao manter os juros em 10,5%, fechando o segundo trimestre de 2024 sem ceder às pressões da esquerda, o Comitê de Política Monetária (Copom) manda mais um recado ao governo: se quiser juros mais baixos, os parâmetros fiscais precisam melhorar. E é preciso esperar para ver se o corte de R$ 15 bilhões será suficiente para dar sustentabilidade que permita baixar os juros.
Até aqui, conforme o leitor do Correio e o telespectador da TV Brasília pôde acompanhar na entrevista do diretor executivo da Instituição Fiscal Independente (IFI), Marcus Pestana, se tudo continuar como está, sem uma mudança estrutural nas despesas, o colapso das contas virá em 2027.
Veja bem: no PT, há quem diga que o fato de a decisão ter sido unânime tira força da narrativa do presidente Luiz Inácio Lula da Silva de que o atual patamar dos juros teria um viés político do presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto.
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Com os cortes no Orçamento, alguns ministros vão tentar reduzir o estrago pedindo que seus respectivos partidos ajudem a recompor os valores. Só tem um probleminha: na prioridade dos deputados estão as emendas.
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Não será tão fácil retomar as emendas, a não ser que sejam nos setores de saúde e educação, bastante afetados pelo corte. A aposta do governo é de que virá uma pressão da sociedade, a fim de recompor orçamentos das áreas sociais — e o Congresso terá que ajudar nisso.
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O pronunciamento de Nicolás Maduro dando a entender que pode mandar prender a opositora María Corina Machado, e o relatório do Carter Center, dos Estados Unidos, dizendo ser impossível verificar ou corroborar o resultado da eleição na Venezuela, emparedam mais o Brasil em relação ao regime venezuelano.
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Em algumas entrevistas na Venezuela, autoridades brasileiras haviam elogiado o Carter Center enquanto observador das eleições por lá, dizendo que seu parecer seria muito importante.
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Um triângulo político/ Na véspera do evento com Lula em Mato Grosso do Sul, o governador Eduardo Riedel (PSDB) esteve com o ex-presidente Jair Bolsonaro, em Brasília, num encontro para selar o ingresso da Coronel Neidy, do PL, na vaga de candidata a vice de Beto Pereira, o tucano postulante a prefeito de Campo Grande. “Neidy é a nossa vice e vem na minha cota”, diz Bolsonaro, no vídeo gravado para os eleitores da capital sul-mato-grossense.
Resumo dos números/ Os resultados da pesquisa Genial/Quaest que foi conferir como está o humor do eleitorado em relação ao governo Lula, em cinco estados, indicam que o país continua polarizado. A tal união do Brasil prometida ao longo da campanha não veio, e o faro dos políticos indica que não virá tão cedo. A política seguirá sob tensão.
A oposição surfa/ A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro, presidente do PL Mulher, aproveitou a situação da Venezuela para colar a tarja ditatorial na esquerda brasileira. Ela soltou uma nota de reforço à proibição de coligações com partidos de esquerda e vincula essa decisão ao regime venezuelano. “As razões para essa proibição são óbvias. Para exemplificar, basta ver o que está acontecendo na Venezuela e quais os partidos brasileiros estão se manifestando favoráveis àquele regime ditatorial. Não queremos que o Brasil tenha esse mesmo destino”, afirma o texto.
Caiu na rede/ O feito histórico do surfista brasileiro Gabriel Medina, flagrado pelas lentes de Jerome Brouillet, da Agência France Press, cruzou as fronteiras do esporte. O prefeito do Recife, João Campos, candidato à reeleição, divulgou em suas redes sociais um meme (foto), que além da inscrição relacionada às creches, destaca: “A educação do Recife também tá tirando só notão”.
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