Nos bastidores do XV Congresso do PSB, realizado em Brasília, o ex-presidente Lula se dedicou a tentar organizar os palanques de São Paulo, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul, que ainda não estão totalmente resolvidos entre petistas e socialistas. E, em princípio, o mais difícil é o Rio de Janeiro. Lula conversou com o deputado Marcelo Freixo, pré-candidato a governador, e concluiu que a tendência é mesmo a coligação ter dois candidatos ao Senado, Alessandro Molon, do PSB, e André Ceciliano, do PT.
Os socialistas consideram que não dá para abraçar a candidatura do petista ao Senado, muito ligado ao atual governador Cláudio Castro, do PL, partido de Jair Bolsonaro. O receio é de que Ceciliano acabe “escondendo” Freixo e fazendo campanha para a reeleição de Castro.
Campo minado
A campanha de Lula ainda quebra a cabeça para saber o que fazer no interior. É que nas pequenas cidades, os prefeitos estão de olho nas RP9. Muitos não têm sequer abertura para conversar com os petistas. A ordem, nesse caso, será tentar criar uma onda pela democracia.
Depois das homenagens a Eduardo Campos em praticamente todas as falas dos socialistas no XV Congresso do PSB, a família se reuniu para jantar na Trattoria da Rosário, um dos preferidos do ex-governador pernambucano, que morreu num acidente de avião em 2014 em plena campanha presidencial. A ex-primeira-dama reuniu todos os filhos, noras, genro, e o primeiro neto, Eduardo, de dois meses e meio. Da esquerda para a direita, José Henrique Campos, João Campos (prefeito de Recife) com a namorada, a deputada Tabata Amaral (PSB-SP); Augusta, esposa de Pedro Campos, seguida pelo marido; a ex-primeira-dama Renata Campos, Miguel Campos, Eduarda Campos (de pé), com o filho, e, em primeiro plano, o marido, Tomaz Alencar.
Ajuda aí, Geraldo!/ O ex-governador do Maranhão Flávio Dino fez questão de abordar Geraldo Alckmin na convenção do partido, a fim de ajudar na construção de uma candidatura única para o governo estadual. O PT vai de Fernando Haddad, e o PSB, de Márcio França.
Muita calma nessa hora/ Alckmin, já confirmado como pré-candidato a vice-presidente numa chapa encabeçada por Lula, e tarimbado na política, prometeu ajudar. Mas não garantiu sucesso.
Morde-assopra/ Jair Bolsonaro entrou no modo assopra, ao dizer que não quis “peitar” o Supremo quando concedeu a graça constitucional a Daniel Silveira. Sinal de que a corda da tensão entre os Poderes deu uma afrouxada.
Limão-limonada/ As críticas de Lula aos meios de comunicação, por terem, segundo ele, destruído a sua vida ao noticiarem as acusações feitas pela Lava Jato, foram lidas pelos políticos atentos como um sinal de que o “Lulinha paz e amor” ficou no passado.
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