Com a rejeição dos embargos no TRF-4, algo que já era esperado pelo PT, o ex-presidente Lula segue o roteiro da pré-candidatura pendente de decisão judicial em duas frentes: A primeira é o Supremo Tribunal Federal, onde se espera um desfecho logo após a Semana Santa. Ali, se o STF conceder o habeas Corpus para que Lula Nao seja preso, O líder petista percorrerá o país, com o discurso da inocência, com o ex-prefeito Fernando Haddad a tiracolo. Caso o HC seja negado, o partido levará todos os seus às ruas, com a ordem de transformar o ex-presidente na maior vítima do sistema judiciário.
No primeiro caso, a ordem do PT é deflagrar a transferência de votos. No segundo, o partido jogará vários nomes na roda para ver se algum consegue personificar a imagem de herdeiro de Lula, enquanto os advogados batalham nos tribunais para soltar o ex-presidente. Moral da história: Preso ou solto, Lula é personagem importante do processo eleitoral deste ano. E não deve ser desprezado.
A outra frente de batalha será o TSE. Com Lula solto, o partido vai registrar a candidatura, apesar da condenação em segunda instância. Se Lula for preso e o partido conseguir tirá-lo da cadeia antes do prazo de registro, o roteiro não muda. Pelo menos, no início da campanha, será Lula o candidato. Nem que seja para alavancar um outro nome. Triste de um partido que passa os olhos em seus líderes e não vê ninguém com força eleitoral suficiente para substituir um ex-presidente condenado, ainda que discorde da condenação.
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