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Janot e o tempo

Nos bastidores do julgamento do Supremo Tribunal Federal, ontem, comentava-se que, independentemente da troca do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, em setembro, quem está na berlinda hoje continuará. Seja em Brasília, seja em Curitiba, a Lava-Jato e todos os seus desdobramentos já têm elementos suficientes para seguir seu rumo sem medo de substituições.

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Em tempo: No Palácio do Planalto, essa sensação também existe. Porém, ali, trabalha-se hoje e “trabalhar-se-á” na linha de que é preciso baixar a poeira e buscar uma convivência pacífica entre os Poderes incluindo aí o Ministério Público. O discurso encaixa exatamente com o que tem é defendido pelos procuradores Raquel Dodge e Eitel Santiago, ambos no páreo para substituir Janot. Um dos dois, avisam os mais ligados ao presidente, terá a preferência.

A ordem dos fatores

Deputados já traçaram o fim do semestre: se o procurador-geral Rodrigo Janot oferecer denúncia contra o presidente Michel Temer nos próximos dias, conforme previsto por procuradores, a tendência é votar logo esse tema e deixar o segundo semestre para as reformas. Se Janot oferecer denúncia apenas em julho, a Casa cancelará o recesso para analisar o pedido do procurador.

Vai caducar

Sabe aquela medida provisória que acabava com a desoneração de setores da economia? Pois é. Os congressistas vão deixar o texto perder a validade. Não é hora de mexer com isso. Pelo menos, enquanto estiver nessa batida mista, de crise política e econômica.

Se Fachin quer…

…Não serão os seus colegas de STF que vão tirá-lo da relatoria do caso JBS. A delação também será mantida, porém, ressalvas virão. O STF vai deixar muito claro que delator mentiroso deve ter o benefício revisto, conforme prevê a lei. E Joesley, dizem alguns, se não contar tudo o que sabe de todos e omitir informações, estará nesse caso. Até aqui, comentam advogados, o empresário tem poupado Lula e o PT.

Hélio José e o Planalto

As reclamações do senador Hélio José sobre ter sido “retaliado” com demissões de seus apadrinhados no governo não incomodaram os inquilinos do Planalto. Ali, todos os ministros concordam que é preciso estar ciente da dor e das delícias de ser governo. Desde a República Velha, é assim que a banda toca.

Aristides Junqueira/ Primeiro procurador da República depois da Constituição de 1988, Aristides Junqueira falou ao CB.Poder sobre a situação atual, o mar de delações premiadas e o desfile de confissões que ele já classificou de “pornografia moral”. Confira a íntegra em www.correiobraziliense.com.br.

Estão todos bem/ Os shoppings e lojas de departamento não têm reclamado. Seus CEOs têm dito que o pior da crise econômica já passou, porém é preciso ficar atento para não perder essa curva ascendente.

PSDB na espera/ Enquanto o Supremo Tribunal Federal (STF) não definir o destino do senador Aécio Neves, a tendência é o PSDB adiar a sua Comissão Executiva. Afinal, o senador, embora afastado da Presidência e do mandato, tem tido todo o apoio do partido para se defender das acusações. Aliás, não faltaram visitas de solidariedade ao longo dos últimos dias.

Fundo partidário na corda bamba/ Políticos de diversos partidos se movimentam para aumentar os recursos do fundo partidário. Pelo menos um está contra essa maré. Tramita na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) um projeto do senador Cristovam Buarque (foto) para acabar com esse benefício. O parlamentar considera que “os partidos devem ser custeados por contribuições de seus filiados e simpatizantes, e não com recursos públicos”.

Denise Rothenburg

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