As declarações do vice-presidente Hamilton Mourão, de que Bolsonaro apresentará as questões ambientais, e do ministro-chefe da Gabinete de Segurança Institucional (GSI), general Augusto Heleno, de que as críticas têm o intuito de prejudicar o Brasil e “derrubar o presidente Jair Bolsonaro”, estarão presentes no discurso de Bolsonaro na 75ª Assembleia-Geral da ONU. A narrativa de que a visão sobre a Amazônia estará diretamente ligada à política não virá recheada de críticas a outros países.
Em tempo: o fato de o discurso ter sido gravado foi, inclusive, um alívio para muitos diplomatas brasileiros, por que ajudará a evitar cacos incluídos na véspera. No ano passado, no púlpito do plenário das Nações Unidas, em Nova York, Bolsonaro incluiu itens de última hora em sua fala, como, por exemplo, a citação ao cacique Raoni — seria alguém que servia de “peça de manobra” por governos estrangeiros.
Dois eventos simultâneos na largada desta semana indicam que os adversários do presidente não estão inertes à espera de 2022. Numa live para o Conselho Político da Associação Comercial de São Paulo, o empresário e apresentador Luciano Huck disse que o Brasil vive uma “ignorância estruturada para impedir o debate político informado”. Referia-se à polarização entre o PT e Bolsonaro.
Na sede do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, o PT do ex-presidente Lula apresentou seu plano de reconstrução do Brasil, com a presidente do partido, Gleisi Hoffmann, lançando a ideia de que eleições, para serem democráticas, têm que ter a participação do ex-presidente.
Em sua conta no YouTube, Ciro Gomes apresentou um “pot pourri” de suas falas e entrevistas, em que chama Bolsonaro de corrupto, cita a filha de Fabrício Queiroz que trabalhou no gabinete do presidente quando era deputado federal e, de quebra, ainda se refere ao clã presidencial como “formação de quadrilha”.
A ausência do senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ) à acareação com o empresário Paulo Marinho reforça o discurso de que o parlamentar não quer usar todas as armas de que dispõe para apresentar a sua versão dos fatos. De quebra, vira um prato cheio para os opositores, num momento em que o irmão Carlos será candidato.
Ernesto sem saída/ O chanceler Ernesto Araújo só aceitou explicar aos congressistas a visita do secretário Mike Pompeo a Roraima para não comprometer a aprovação da série de embaixadores que aguardam a aprovação pelo Senado. Melhor garantir a nomeação daqueles que o governo escolheu e não esticar uma briga, justamente na véspera do discurso de Bolsonaro na ONU.
Esquece o cara, talkey?/ No ano passado, o único ministro citado por Bolsonaro em sua fala foi o da Justiça, Sergio Moro, que deixou o cargo com acusações de que o presidente tentou interferir na Polícia Federal. Agora, com Moro fora da equipe, aqueles que ajudaram Bolsonaro a compor sua fala preferiram não indicar citações nominais a integrantes da equipe. A ideia é valorizar o governo como um todo.
Eleição dos memes/ Caiu nas redes a foto da candidata do PTB à prefeitura do Rio de Janeiro, Cristiane Brasil, durante um vídeo em que dizia considerar sua prisão uma jogada para tirá-la da eleição. E junto lia-se a inscrição: “O Rio de Janeiro está avançando… Agora o candidato já vem preso”.
China inova/ Em meio a pandemia, o embaixador chinês Yang Wanming e a embaixatriz Lu Yanliu encontraram um meio criativo de não passar em branco o 71º aniversário da República Popular da China. Com a tecnologia de nuvem, orquestras de renome dos dois países tocarão em conjunto músicas chinesas e brasileiras. A estreia está marcada para o próximo sábado, às 11h, no canal da Embaixada da China no YouTube.
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