Categorias: coluna Brasília-DF

GDF precisará de “zagueiros” com CPMI do 8 de janeiro

Com a CPMI dos atos de 8 de janeiro no aquecimento, aliados do governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha, consideram necessário o governo local tomar todo o cuidado com essa investigação. Afinal, o risco, conforme avaliam alguns, é a gestão Lula, que falhou na proteção do Palácio do Planalto, tentar colocar o GDF na berlinda ao longo das apurações.

Em tempo: não será nada contra o governador, que voltou ao cargo por decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) e sob aplausos de todos os partidos. Mas terá que ter alguém para ajudar a lembrar que o “apagão” nas forças de segurança não pode ser de responsabilidade pura e simples do governo local.

Aliado duvidoso

A análise da lista de votação que garantiu urgência ao projeto de lei das fake news deixa o governo preocupado com o União Brasil. Foram 19 a favor e 28 contra o PL. Totalmente fiel ao governo, só PT, PSB, PSol, PCdoB, PV e Rede. O PDT teve um voto contra.

Do Maranhão, não dá

O fato de ser do Maranhão, terra do ministro da Justiça, Flávio Dino, foi determinante para tirar o líder do PP na Câmara, André Fufuca, da posição de favorito na composição da CPMI dos atos de 8 de janeiro. É que, se a oposição for muito para cima de Dino — e certamente irá —, haveria o risco de virar uma briga maranhense. Nesse cenário, já basta a contenda alagoana entre o senador Renan Calheiros (MDB) e o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP).

Número de corte

O governo trabalha para garantir, no mínimo, 18 parlamentares na CPMI. Essa é a prioridade, tão importante quanto escolher presidente e relator do colegiado. Nas últimas horas, subiram de cotação o nome do líder do MDB, Eduardo Braga (AM), para a relatoria, e do deputado Arthur Maia (União Brasil-BA) para a presidência.

Timing errado

Depois do projeto das novas regras fiscais, o governo quer começar a tratar do fim dos benefícios fiscais concedidos pelo governo de Jair Bolsonaro. É aí que, avisam os deputados, virão os grandes problemas, porque a tendência é essa discussão crescer no período eleitoral.

Nova rodada/ O senador Luís Carlos Heinze (PP-RS, foto) começou a consultar colegas sobre quem chamar para a CPMI dos atos de 8 de janeiro. Recebeu dois nomes para começar a conversa: os comandantes da PM, coronéis Fábio Augusto, que já foi solto, e Jorge Eduardo Naime, que continua preso. Ambos falaram à CPI da Câmara Legislativa.

E o Bolsonaro, hein?/ Os governistas não pensam em chamar o ex-presidente para prestar depoimento à CPMI. A ideia é evitar que ele tenha palanque. Na oposição, porém, tem gente que cogita convocá-lo logo, justamente para dar-lhe uma tribuna.

Muita calma nessa hora/ Até aqui, o mercado financeiro não vê a CPMI atrapalhando a pauta econômica do Congresso. Mas seus analistas avaliam que não dá para relaxar com uma investigação no Parlamento. Terá muito barulho e nunca se sabe se haverá fato novo.

thaysmartins

Posts recentes

Não mexam com quem está quieto

Da coluna Brasília-DF publicado em 21 de novembro de 2024, por Denise Rothenburg Revelado o…

23 horas atrás

Tentativa de golpe provoca racha entre partidos conservadores

Os líderes de partidos mais conservadores se dividiram em relação aos reflexos políticas relacionados à…

2 dias atrás

De legados e fracassos

Da coluna Brasília-DF publicado em 19 de novembro de 2024, por Denise Rothenburg com Eduarda…

3 dias atrás

Galípolo baixa expectativas de juros do PT

  Da coluna Brasília-DF publicado em 17 de novembro de 2024, por Denise Rothenburg com…

5 dias atrás

Anistia é problema de Lira e vai para o fim da fila

Da coluna Brasília-DF publicado em 15 de novembro de 2024, por Denise Rothenburg com Eduarda…

7 dias atrás

“Quem quiser nosso apoio, que coloque anistia em pauta”

  Por Denise Rothenburg - A deputada Bia Kicis (PL-DF) afirma que o seu…

1 semana atrás