Categorias: Governo Bolsonaro

“Despetização” começa pela Casa Civil, diz Onyx

O ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, anunciou nesta quarta-feira (2/1) a exoneração de 320 servidores em função gratificada e DAS. A medida, segundo ele, é para “governar sem amarras ideológicas” e atinge todos os que trabalhavam no governo do presidente Michel Temer, que ainda não tinham pedido afastamento. Atinge, ainda, outros do tempo do PT que, na troca de governo de 2016, quando houve o afastamento da presidente da Dilma Rousseff, pediram para permanecer e foram atendidos. Na reunião ministerial desta quinta-feira (3/1), Lorenzoni pedirá aos demais ministros que façam o mesmo. As exonerações da Casa Civil já serão publicadas no Diário Oficial da União desta quinta-feira. “Vamos retirar de perto da administração pública federal todos aqueles que têm marca ideológica clara. Todos sabemos do aparelhamento que foi feito nos quase 14 anos que o PT aqui ficou”, afirmou o ministro.

Porém, no caso dos demais ministérios será apenas uma “sugestão”, uma vez que, em alguns, casos, os ministros mudaram as equipes. No Ministério do Desenvolvimento Social, por exemplo, o ministro Osmar Terra tinha lá toda a sua equipe, que permaneceu quando ele se desencompatibilizou em abril para concorrer a um novo mandato de deputado federal e quem assumiu foi seu secretário-executivo. Agora que ele retorna, não haverá muito o que exonerar, porque a “despetização” referida por Onyx Lorenzoni já havia sido feita em 2016, quando Temer assumiu o governo.

A ideia do governo de exonerar todos os que foram nomeados pelo PT vem de outros os tempos. A equipe que montou o organograma do governo fez ainda um mapeamento de todas as nomeações ocorridas ao longo dos últimos anos, conforme anunciou a coluna Brasília-DF em novembro. Além dos nomeados e indicados pelo PT, o governo faz ainda um pente fino nas estatais, para mapear quem está acusado de corrupção. Esse tema também será abordado na reunião de hoje, 9h, no Palácio do Planalto.

Marun

O presidente Jair Bolsonaro, entretanto, não pretende mexer na nomeação de Carlos Marun para conselheiro de Itaipu Binacional. Segundo Onyx Lorenzoni, ele fará esse gesto de apreço ao presidente Michel Temer, uma vez que tudo foi feito dentro da lei vigente e do mandato do ex-presidente. Além disso, conforme o ex-ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, anunciou em seu discurso, houve muito boa vontade e entrosamento entre aqueles que chegam e a equipe que deixa a Casa Civil. O governo analisará caso a caso aqueles que, exonerados hoje, desejem, permanecer.

Em tempo: A funcionária que deu um tapa no hoje senador eleito Major Olímpio numa solenidade ainda no governo Dilma Rousseff, em que ele gritou “fora Dilma” dentro do Planalto, deixou o cargo na época em que Dilma se afastou.

Denise Rothenburg

Posts recentes

Deputados federais e governador do Piauí se reúnem com Hugo Motta em Teresina

Por Eduarda Esposito — O deputado federal e candidato à presidência da Câmara dos Deputados Hugo Motta…

3 horas atrás

Não mexam com quem está quieto

Da coluna Brasília-DF publicado em 21 de novembro de 2024, por Denise Rothenburg Revelado o…

1 dia atrás

Tentativa de golpe provoca racha entre partidos conservadores

Os líderes de partidos mais conservadores se dividiram em relação aos reflexos políticas relacionados à…

2 dias atrás

De legados e fracassos

Da coluna Brasília-DF publicado em 19 de novembro de 2024, por Denise Rothenburg com Eduarda…

3 dias atrás

Galípolo baixa expectativas de juros do PT

  Da coluna Brasília-DF publicado em 17 de novembro de 2024, por Denise Rothenburg com…

5 dias atrás

Anistia é problema de Lira e vai para o fim da fila

Da coluna Brasília-DF publicado em 15 de novembro de 2024, por Denise Rothenburg com Eduarda…

1 semana atrás