O líder do PSL, delegado Waldir (GO), mais uma vez se juntou ao PSol, PT e PDT. Desta vez, a confusão levou o presidente da comissão especial que analisa da aposentadoria dos militares, José Priante (MDB-PA), a suspender tudo até segunda ordem.
O resultado foi o líder do governo, Vitor Hugo (PSL-GO), afastado da comissão, correr ao telefone e fazer apelos a cada deputado, de forma a tentar criar um clima favorável à votação na próxima semana. Se o ambiente político não melhorar, não vota tão cedo. “O ritmo da votação hoje depende desse entendimento”, diz Priante.
Os parlamentares consideram ponto pacífico a inclusão de bombeiros e policiais militares na reforma da aposentadoria das Forças Armadas, mas há o risco de ressurgir a tese de que essas categorias devem ser discutidas em cada estado. Se ocorrer, compromete a aprovação da proposta. José Priante garante que esse ponto está pacificado, mas há quem considere que todo o cuidado é pouco.
Ao chegar da visita ao general Villas Boas, o presidente Jair Bolsonaro foi direto para a reunião de deputados do PSL, no Planalto, onde eles foram consultar sobre a necessidade de tirar Delegado Waldir da liderança. Conforme antecipou ontem a coluna ontem, é o primeiro movimento.
Está tudo praticamente acertado para que o Senado conclua a reforma da Previdência na semana que vem. A partir daí, o governo não terá mais refresco: ou monta uma base ampla ou não conseguirá fazer valer a sua vontade.
Ninguém aposta um vintém sequer nas pautas ideológicas do governo, como novos projetos sobre armamentos, e até mesmo o pacote anti-crime do ministro Sérgio Moro. O que dá para tocar são as reformas econômicas e o Orçamento de 2020.
PT na lida/ Os deputados do PT comentam reservadamente que se Lula não conseguir a liberdade até o final do ano, não terá outro jeito senão aceitar o regime semi-aberto.
Por enquanto não teve pizza, mas…/ Nos embates políticos da CPI do BNDES, a deputada Paula Belmonte (Cidadania-DF) tem reiterado que não aceitará “pizza”. Porém, não perdeu a gentileza com os colegas. Já passava da hora do almoço quando ela encomendou salgados para dar aquela enganada na fome e não suspender os trabalhos. Todos os deputados foram agraciados com coxinhas, quibes e
pães de queijo.
Leitura obrigatória I/ O Exército reeditou o livro de Gilberto Freyre, Nação e Exército, de 1949, com um prefácio do chefe do Centro de Comunicação Social do Exército, general de Divisão Richard
Fernandez Nunes.
Leitura obrigatória II/ Freyre faz uma reflexão das relações civis-militares, num texto que, 70 anos depois, não perdeu a atualidade. Na contracapa, a mensagem: “A verdade, porém, é que o país onde o Exército seja a única, ou quase a única, força organizada, necessita de urgente organização ou reorganização do conjunto de suas atividades sociais e de cultura para ser verdadeiramente Nação. (…) Nação desorganizada não é Nação; é apenas paisagem”.
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