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CPIs, o resgate

CPIs, o resgate
Depois do fiasco da CPI da Petrobras, parlamentares tentam recuperar a imagem desse instrumento investindo energia nas comissões parlamentares de inquérito sobre os fundos de pensão e BNDES. Essas duas comissões têm a vantagem de não estarem a reboque do que foi produzido pela Operação Lava-Jato e, portanto, ganham a capacidade de gerar fatos novos, no sentido de desgastar ainda mais o governo.
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O que dá esperança à oposição em relação a essas duas CPIs são as pretensões políticas de seus presidentes. Efraim Filho (DEM-PB) preside a CPI dos Fundos de Pensão e, em agosto, se colocou à disposição para ser candidato a prefeito de João Pessoa. Marcos Rotta (PMDB-AM), da CPI do BNDES, almeja disputar a prefeitura de Manaus. E, do jeito que a opinião pública cobra atitudes, numa eleição sem financiamento de empresas, ambos vão deixar de lado a velha cantilena de proteger as empresas para se projetar perante o eleitorado.
Dinheiro & família
Essas são as duas principais preocupações do presidente da Câmara, Eduardo Cunha ((PMDB-RJ). Há quem diga que o maior temor é a hipótese de prisão, ainda que temporária, da mulher, Cláudia. A segunda é a falta de recursos. Com o dinheiro bloqueado, a capacidade de movimento diminuiu. Resta o cargo que ele segura com unhas e dentes.
Um pé em cada canoa
Eduardo Cunha tem jogado dia e noite com governo e oposição. No momento em que atender um, perde o outro e, por tabela, a Presidência da Câmara. Por isso, o impeachment fica nesse vai-e-vem.
E os dois temem…
Até aqui, nem governo nem oposição jogam todas as fichas na saída de Cunha pelo mesmo motivo: medo. A oposição tem pavor de governo e PMDB encontrarem uma “solução Aldo Rebelo”, que substituiu Severino Cavalcanti, e assim se enterre de vez o impeachment. O governo, por sua vez, receia não ter força suficiente para buscar esse “Aldo Rebelo” e a Casa terminar comandada por alguém mais independente.
…O futuro sem Cunha
Quem tem mais medo é a oposição. Num futuro sem Cunha, as apostas são as de que um presidente da Câmara, seja quem for, estará mais dedicado a tentar uma administração de “união nacional”, no estilo Michel Temer, do que propriamente a um processo de impeachment que tumultue ainda mais o ambiente.
A fonte secou/ Simone, a mulher do ex-ministro José Dirceu (foto), teve que deixar a casa que morava no Lago Sul. Comenta-se no mercado imobiliário que o motivo foi a falta de pagamento de aluguel. Voltou para o apartamento no Sudoeste, que Dirceu havia comprado para ela no tempo de “vacas gordas”.
Saldo positivo…/ Terminada a cerimônia de abertura dos jogos indígenas, assessores do governo se apressavam em dizer que houve algumas vaias, mas muitos
aplausos para a presidente Dilma Rousseff no evento.
…mas nem tanto/ Na madrugada de ontem começou a repicar nas redes sociais um post do deputado Lúcio Vieira Lima, com o deboche: “Êêêê, índio quer impeachment, se não der, vaia vai comer!”
Michel, o homenageado/ Depois da convenção do PMDB de São Paulo, Michel Temer é esperado hoje no encerramento do encontro do Distrito Federal. Embora não tenha confirmado presença por causa dos horários da reunião paulistana, a ideia é render ao vice-presidente da República todas as honras como se fosse o comandante do país.
Denise Rothenburg

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