Coluna Brasília-DF
Depois de muita conversa e estudos, congressistas que são da base do governo, e alguns mais independentes, chegam ao meio da semana dispostos a aprovar o crédito suplementar de R$ 248 bilhões, sem redução de valores. Mas, antes de ceder o crédito, querem aprovar o Orçamento Impositivo, ou seja, o que o Congresso recomendar em termos de orçamento terá que ser executado pelo governo. Assim, o governo não terá folga no ano que vem.
Os senadores simplesmente se esqueceram do Conselho de Ética da Casa. Em conversas reservadas, alguns dizem que, antes da instalação do colegiado, é preciso “acalmar os ânimos”. Em outras palavras, saber para onde vão as investigações a respeito de Fabrício Queiroz, ex-assessor do senador Flávio Bolsonaro nos tempos em que 01 era deputado estadual no Rio de Janeiro.
O presidente Jair Bolsonaro teve outra conversa daquelas de pé de ouvido com o presidente da Câmara, Rodrigo Maia. A avaliação geral é de que o governo começa a respirar, apesar dos percalços.
Os partidos potenciais aliados do presidente Jair Bolsonaro estão para lá de irritados com o Democratas. É que, vira e mexe, o partido dos presidentes das duas Casas Legislativas, senador Davi Alcolumbre e deputado Rodrigo Maia, e do ministro do Gabinete Civil, Onyx Lorenzoni, tiram prefeitos de legendas “amigas” do governo.
Com essas incursões do DEM sobre prefeitos de outros partidos, Jair Bolsonaro pode ir ao Congresso quanta vezes quiser que o humor da turma não mudará. E, se brincar, vai ter muita gente colocando a culpa no Poder Executivo.
A recomendação do Ministério Público para que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva vá para o regime semiaberto é vista pelo PT como uma boa notícia, mas, politicamente, deixa a desejar. Afinal, tira força do “Lula Livre”, sem que o petista deixe de fato a cadeia. O partido agora estará dedicado a como trabalhar essa nova situação do ponto de vista político.
Muitos petistas consideram que pode ocorrer com Lula o mesmo que houve com José Dirceu. O ex-ministro saiu da cadeia, mas teve que voltar por causa de outro processo. Lula ainda tem contra ele um leque de ações, inclusive a do sítio de Atibaia, ou seja, não adianta ficar muito eufórico com essa quase-liberdade.
Agarrem-se no serviço!/ Se os governadores quiserem deixar seus estados na reforma da Previdência, terão que correr atrás de votos e botar a cara para defender a proposta.
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tarde recebendo deputados no Planalto.
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