Toffoli “matou no peito”, mas o Senado…

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… Continua enroscado em seu labirinto. Davi Alcolumbre voltou mais calmo neste sábado. Não insistiu em presidir a sessão, e fez um discurso enfático pela mudança. Está com jeitão de vitorioso em plenário. Entretanto, os 82 votos encontrados na urna onde 81 senadores votaram levaram a uma nova votação. Neste momento, a Mesa chama os senadores para votar novamente, um a um.

 

A novidade nesse caso foi o senador eleito Flávio Bolsonaro, que acaba de declarar o voto em favor de Davi Alcolumbre (DEM-AP). O PSDB combinou que, agora, todos os seus senadores vão abrir o voto, para mostrar que estão fechados com Davi Alcolumbre. Renan, pelo jeitão da Casa, corre o risco de ter sua primeira grande derrota no plenário do Senado.  A maior dúvida agora é se terá segundo turno. E já ficou pacificado entre os senadores que, se nesta votação ninguém atingir 41 votos, haverá segunda rodada entre os dois finalistas. Isso, se Renan Calheiros não for ao Supremo Tribunal Federal para reclamar que os senadores estão sendo constrangidos a abrir o voto.

Flávio Arns alerta: “O voto será aberto e isso não pode mudar”

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A novela da eleição para presidente do Senado terá novos capítulos. O senador Flávio Arns (Rede-PR) diz estar resolvido e que a votação será aberta, conforme decisão no plenário por 50 votos a dois. Só tem um probleminha: Houve um recurso regimental, dizendo que essa votação feita agora no plenário teria que ser unânime e não por ampla maioria. Isso está escrito no artigo 412 do regimento interno, inciso III.

O receio de Arns é que o senador mais antigo assuma e anule a votação que estabeleceu o voto aberto para escolha do presidente da Casa. Há espaço regimental para isso, uma vez que a posição dos senadores não foi unânime. O clima permanece tenso no plenário. Ninguém confia em ninguém.

A bagunça está instalada no Senado

Kátia Abreu
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A forma como o senador Davi Alcolumbre (DEM-AP) conduz a sessão nesse momento, forçando a votação aberta para presidente do Senado, levou a senadora Kátia Abreu (PDT-TO) a subir as escadas e tirar todos os papéis da frente de Alcolumbre. A confusão está grande. “Me devolve os papéis”. “Não. Você não pode presidir essa sessão. Você é candidato!”. “Eu posso! me dá os papéis para eu decidir as questões de ordem!”.

Davi está passando o trator no maior estilo da velha política. Respondeu as questões de ordem e, na hora, abriu a votação para que os senadores decidissem se a votação para escolha do presidente seria decidida mediante voto aberto ou secreto. Não quis ouvir ninguém. A gritaria começou. Dos 81 presentes, 52 votaram, dois contra e 50 a favor do voto aberto. Ocorre que, pelo artigo 412 do regimento, inciso III, a votação deveria ser unânime para alterar o regimento. Aí, começou a guerra. Kátia Abreu subiu nas tamancas. De dedo em riste, disse que Alcolumbre não poderia presidir a sessão. Alcolumbre tenta seguir a sessão de qualquer jeito. Alguns pedem que se suspenda a sessão para retomada do diálogo.

 

 

Comentário do blog: A noite será longa. E o fim de semana também. Cego pela perspectiva de vitória no voto aberto, Alcolumbre extrapola. E toda essa confusão vai sobrar para o governo. Podem apostar. A boa convivência ali? Difícil. Vai demorar para o Senado engrenar.  Pior para o Brasil.

 

 

“Tendência da bancada é apoiar Alcolumbre”, diz Tasso

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O senador Tasso Jereissati (PSDB-CE) retirou sua candidatura a presidente do Senado. Ele acaba de dizer ao blog, ao sair da reunião da bancada, que o partido tende a apoiar Davi Alcolumbre (DEM-AP). “Temos um estilo de fazer política implantado aqui há muitos anos e que está superado. A rua pede renovação”, afirmou.

Perguntado se considerava correto o DEM presidir as duas Casas legislativas com apenas seis senadores, Tasso respondeu assim: “Temos que ter uma reorganização partidária este ano. Os partidos estão destroçados, há uma fragmentação muito grande. precisamos reorganizar a política”, disse ele, enquanto se encaminhava ao plenário. A senadora Simone Tebet (MDB-MS) também não será candidata. Ela abriu mão da disputa, mas continua em favor da renovação da Casa. Ou seja, não votará em Renan.

Comentário do blog: Alcolumbre repete agora o que houve com o senador Luiz Henrique, em 2014. obteve o apoio do PSDB, de uma parcela do MDB, mas não levou a Presidência. Vejamos agora se terá condições de superar Renan Calheiros (MDB-AL). A briga vai ser grande. E está começando agora com as questões de ordem. A noite promete ser longa.