Deputados da base do governo têm encontro marcado para amanhã à noite em Curitiba. Calma, pessoal! Não é na carceragem da Polícia Federal. É o casamento de Maria Victoria, filha do ministro da Saúde, Ricardo Barros, que acabou coincidindo com a data prevista para votar, no plenário da Câmara, a autorização para que Michel Temer responda a processo por suspeita de corrupção passiva. A cerimônia serviu como uma luva àqueles deputados que estão com o presidente, mas não querem mostrar a cara na hora de registrar o voto no painel, ou seja, vão registrar presença, mas não votarão. Ontem, uns 20 disseram à coluna que “faltar ao casamento seria uma desfeita muito grande com o ministro”.
O quórum, aliás, é hoje o maior obstáculo para o governo resolver de vez essa primeira denúncia. Chegou ao gabinete do presidente Michel Temer um parecer da Comissão de Constituição e Justiça da Câmara, de 1992, que considera terminada a votação de uma emenda constitucional apenas se houver, pelo menos, 302 votos registrados no painel (na época, três quintos eram 302, hoje são 308). No caso da denúncia, a votação só será considerada concluída depois que pelo menos 342 (dois terços da Casa) parlamentares registrarem o voto. Logo, para votar agora é preciso que 342 se manifestem. Se a oposição resolver obstruir, caberá ao governo colocar número no plenário da Casa para assegurar o pleito. Se depender da turma que vai ao casamento, adeus votação nesta semana.
Enquanto uns querem separar…
Depois das juras de fidelidade do PMDB e do PSD a Michel Temer, deputados e senadores contavam ontem à tarde com a sobrevivência do governo e começavam a trabalhar o pós-votação e não o pós-Temer. É preciso aproveitar julho para encontrar mecanismos capazes de proteger a recuperação econômica das turbulências políticas. Essa é, por exemplo, a conclusão do PPS.
… Outros querem unir
Falta combinar com Michel Temer e com os peemedebistas. Hoje, na solenidade de sanção da reforma trabalhista, o presidente planeja lembrar, mais uma vez, que a economia só se recuperou um pouco graças ao seu governo. E, para usar uma expressão que ficou famosa, é preciso manter isso, viu?
Ruim para todos
A condenação de Lula vai dividir o esforço do PT, que estava todo concentrado em atacar Michel Temer. Porém, avaliam os governistas, no médio prazo, isso não beneficia ninguém, porque só acirra o clima de ódio entre os atores políticos.
Menos pressão sobre o governo
Com Geddel Vieira Lima solto, avaliam alguns petistas, o procurador Rodrigo Janot perde mais um candidato à delação. E com Raquel Dodge já confirmada pelo plenário do Senado, a procuradoria vai se dividir.
Enquanto isso, nas ruas…
Parte da turma que apoiou o impeachment ocupou as calçadas para comemorar a condenação de Lula. O PT promete sair para apoiar seu maior líder. Talvez esteja aí o embrião de novas manifestações. Enquanto isso, Michel Temer vai levando o governo de fininho.
Janot “de boa”/ O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, não tem muito do que reclamar da vida. Ontem, já passava das 15h e ele continuava no almoço, tomando um bom vinho tinto num restaurante português.
(Arthur Menescal/Esp. CB/D.A Press – 8/3/17)
Feira livre I/ Os deputados precisam tomar cada vez mais cuidado quando fazem perguntas em seus discursos. A deputada Érika Kokay (foto), do PT-DF, ao mencionar as mazelas do país, indagou, “quem é o culpado?” Na hora, o plenário respondeu: “É o PT!”, “é o Lula!”, “é a Dilma!”.
Feira livre II/ O PT deu o troco quando o deputado Darcísio Perondi foi à tribuna defender o presidente Michel Temer. “Temos um novo produto para a cara de pau: óleo de Perondi!”, gritou um petista.
Cristovam & Rollemberg/
Em conversa em seu gabinete com o governador Rodrigo Rollemberg,
o senador Cristovam Buarque foi direto quando comentou sobre 2018: “Fique tranquilo, que eu não serei candidato no ano que vem”. Eis que Rollemberg, com um sorriso, respondeu: “Se você fosse, teria o meu apoio”
Por Eduarda Esposito — O deputado federal e candidato à presidência da Câmara dos Deputados Hugo Motta…
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