Com o dólar em baixa, a bolsa em alta e a Previdência em pauta, o presidente Jair Bolsonaro apresentará maravilhas de seu governo aos economistas e presidentes no Fórum Econômico de Davos, na Suíça. A expectativa do governo é a de que essas notícias, associadas ao ajuste fiscal e à “segurança jurídica”, ou seja, a regras claras em todos os setores, ajudem a atrair novos investimentos. Aliás, a medida provisória de combate a fraudes nos benefícios previdenciários será incluída na bagagem como prova da atenção do governo às contas públicas.
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Aliás, o presidente, embora dê alguns recados sobre vários temas em seus discursos e no Twitter, está convencido de que o cartão de visitas será mesmo a economia e o combate à corrupção. Na visão de alguns de seus estrategistas, outros assuntos tendem a se tornar acessórios com o passar dos dias.
Os políticos aguardam para ver se o presidente Jair Bolsonaro dirá sim a todos os pedidos dos militares, da mesma forma que o ex-presidente Lula fazia com as solicitações dos sindicatos. A resposta a essa pergunta será dada durante a negociação da reforma previdenciária. Já está decidido que os militares serão incluídos. Resta saber em que patamar.
A depender do que tem dito o ex-ministro Antonio Palocci nos depoimentos e delações premiadas, o PT ficará afônico de tanto gritar “Lula livre”, sem sucesso.
Por enquanto, os senadores ainda não conseguiram sentir como está o humor da maioria em relação à escolha do novo presidente. No Nordeste, por exemplo, de 18, só três se reelegeram. Nem o experiente Renan Calheiros (MDB-AL) consegue vislumbrar quem está disposto a seguir a tradição da maior bancada de indicar o presidente.
Ao negar o pedido de Kim Kataguiri (DEM-SP) para a escolha do presidente da Câmara por voto aberto, o presidente do Supremo Tribunal Federal, Dias Toffoli, deixou clara que também decidiria em favor do voto secreto no Senado, o que acabou acontecendo, conforme antecipou a coluna ontem. Melhor para o nome do MDB, leia-se Renan Calheiros, e pior para o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, que será traído por alguns partidos dos nove que o apoiam.
Que ninguém se surpreenda se o deputado Fábio Ramalho (MDB-MG) começar a insuflar aqueles que desejam concorrer à Presidência da Casa. É que, no quadro atual, quanto mais candidatos houver, maior a certeza do segundo turno.
E o Tasso, hein?/ Pré-candidato a presidente do Senado, Tasso Jereissati (CE) ainda está em férias. Ainda nem começou a ligar para os senadores pedindo voto. Ali, prevalece a máxima, “quem chega primeiro bebe água limpa”.
O alto verão de Izalci/ O senador eleito Izalci Lucas, do PSDB do DF, viaja domingo para a base brasileira Comandante Ferraz, na Antártica. O convite foi feito pelo comandante da Marinha, Ilques Barbosa Júnior, durante a solenidade de transmissão de cargo. Já é a terceira vez que o deputado é convidado, e a primeira em que ele vai. Nas outras, repassou o convite ao chefe de gabinete. Agora, vai para trazer na bagagem as linhas gerais da frente parlamentar mista de apoio à ciência, tecnologia, inovação e pesquisa.
Por falar em Marinha…/ Na cerimônia de transmissão de cargo, o almirante Ilques Barbosa Júnior afirmou que o Brasil esteve ao lado dos Estados Unidos em três guerras mundiais, o que causou estranheza a quem estava presente, pois o mundo enfrentou até hoje a 1ª e a 2ª guerra mundiais.
… guerra fria conta/ Perguntado sobre qual seria a terceira, ele disse que, ao citar um terceiro conflito, se referia à chamada Guerra Fria. Na ocasião, Estados Unidos e a extinta União Soviética trocaram ameaças contundentes. Não houve combate armado, porém, de acordo com o comandante, “o Brasil tinha um lado”. E continuará nesse lado.
Colaborou Renato Souza
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