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Um dedinho de juízo, outro de confusão

Coluna Brasília-DF

A decisão do presidente Jair Bolsonaro de não comparecer ao ato marcado para o próximo Domingo e a perspectiva de recuo em pontos do decreto que ampliou o porte de armas são iniciativas que caminham no sentido de amortecer os problemas. Porém, dada a relação cada vez mais difícil entre o Congresso e o Planalto, os parlamentares consideram que é melhor o país “já ir se acostumando”: A condução será conturbada, porque o código genético do atual governo é o do confronto. Há quem diga inclusive que Bolsonaro foi eleito para cumprir esse papel, de jogar a culpa no Congresso. Isso vai até o último dia de governo do presidente.

Sem pressa

Não contem com o senador Esperidião Amin (PP-SC) para reduzir de imediato o poder do presidente Jair Bolsonaro editar medidas provisórias. “O governo Bolsonaro está editando menos da metade das medidas provisórias que os outros fizeram. Até agora, foram 17. A média dos demais governo era 28 por semestre”, diz ele, relator da proposta de emenda constitucional que pretende limitar a edição de MPs.

PT e PSDB

Até aqui, o governo do presidente Jair Bolsonaro conseguiu o que parecia impossível: PSDB e PT voltaram a conversar e não só em reuniões em São Paulo, como publicou o jornal O Estado de S.Paulo. Jaques Wagner e Tasso Jereissati trocam figurinhas toda semana.

Pontos nevrálgicos

Dois temas da Medida Provisória 870 prometem criar muita polêmica no Congresso hoje, quando a MP for a votos. Os aliados do Planalto vão insistir no Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) para a Justiça. Outro item que vai dar o que falar é o que tira poderes dos auditores da Receita Federal de compartilhamento de dados. “Isso é pior do que o Coaf. Vamos destacar para votar separadamente e repor o poder dos auditores”, diz o senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE)

Recife, 40 graus

Os petistas querem aproveitar a presença do presidente Jair Bolsonaro na capital pernambucana, nesta sexta-feira, para promover um ato a fim de mostrar que, ali, a turma do presidente não conseguirá mobilizar muita gente para 26 de maio. A segurança presidencial será reforçada.

Deu ruim para os dois

A briga entre o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, e o líder do governo na Câmara, Major Vitor Hugo, não foi boa para ninguém. Vítor Hugo, a partir de agora, falará sozinho. Saiu da reunião com fama de quem acha que para negociar com o Congresso é preciso um saco de dinheiro, por causa de um meme antigo que ele compartilhou. Para completar, os líderes consideram que Maia se excedeu.

Frase

“Não dá para ele ir lá fora e tratar o Brasil como lixo, inclusive a casa dele”, afirma o senador Jaques Wagner (PT-BA), ´que quer interpelar o ministro da Economia, paulo Guedes, para que ele explique o discurso proferido em Dallas, onde disse que venderia até o Palácio presidencial

CURTIDAS

Centrão, eu?!!/ O líder do PP, Arthur Lyra, pedia ontem a todos com quem conversava que lhe indicasse uma só votação em que foram contra o Brasil: “Me diga: qual o ato que fizemos contra o Brasil? Ministro fecha acordo, líder do governo diz que não aceita e a culpa é nossa?”

Foi bom, mas foi ruim/ Alguns deputados saíram do Planalto ontem à tarde embevecidos com a solenidade de doação da imagem de Nsa. Sra. de Fátima ao governo. Porém, logo que chegaram no Congresso, alguns integrantes da bancada católica receberam reclamações de fiéis, porque o presidente não falou na solenidade, nem defendeu Nsa. Sra. A primeira-dama, Michelle Bolsonaro, nem compareceu.

Ele é de todos/ Bolsonaro não discursou e fez questão de ficar sentado na plateia por um simples motivo: Não quer briga com os evangélicos. O presidente está cada vez mais ecumênico.

Pensando bem…/ O presidente Jair Bolsonaro tem café previsto para hoje com a bancada do Nordeste. O senador Tasso Jereissati (PSDB-CE) que perde o amigo, mas não a piada, brincou: “Aí, não é conversa, é… comício!”

Denise Rothenburg

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