A volta da velha briga
A disputa entre o fiscal e o social, que terminou por levar o ministro da Economia, Paulo Guedes, a se enfraquecer, volta com força ao palco e promete ficar assim até a eleição de 2022. Agora, quem puxa essa queda de braço é o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto. Quem estava na plateia do IX Fórum Jurídico de Lisboa notou políticos se remexendo na cadeira quando Campos Neto alertou para a necessidade de o país seguir na linha de responsabilidade fiscal e reformas estruturais, justamente para conseguir sinalizar ao mercado uma capacidade de crescimento sustentável mais alto.
O ministro Rogério Marinho, do Desenvolvimento Regional, também presente ao Fórum, respondeu no ato, dizendo que o país não pode levar em conta apenas as questões fiscais e que precisa “sobretudo” ter responsabilidade social. Há pouco mais de um ano, Marinho era chamado de “fura-teto” pela turma da Economia, inclusive Guedes. Com a dívida dos precatórios e a pandemia, Guedes refluiu na sua defesa intransigente do fiscal.
O detalhe é que Campos Neto não vai recuar. O BC, agora, tem autonomia e pode perfeitamente continuar com o seu périplo para mostrar a necessidade da responsabilidade nas contas públicas. Quem não gostar, paciência. Ele vai continuar falando em todos os fóruns políticos e jurídicos, aqui e além-mar.
CURTIDAS
Postura de candidato/ Sergio Moro e a presidente do Podemos, Renata Abreu, foram ao Instituto do Coração, em São Paulo, colher sugestões para o programa de governo na área de saúde. E depois ainda tem gente dizendo que ele não irá concorrer ao Planalto.
Decepção tucana/ Tem um grupo de tucanos-raiz para lá de entristecido com o ex-governador Geraldo Alckmin (foto). Nas rodas de conversa, há quem diga que, depois de o partido dar a ele a prerrogativa de ser o candidato a presidente da República e fazer dele governador de São Paulo, era a hora de ajudar a agregar o PSDB, e não cuidar apenas de um projeto pessoal e de vingança.
De fora para dentro/ Bolsonaro no mundo árabe e Lula em Paris. É a polarização da disputa presidencial nos fóruns internacionais. O ex-presidente, em seu discurso lá fora, tem criticado o governo, dando o tom do que vem por aí na disputa presidencial de 2022. O périplo de Lula na Europa é devidamente registrado para exibição no horário eleitoral, com todas as honras e aplausos com que foi recebido.
Menos, Lula, menos/ As críticas do ex-presidente não foram tão bem recebidas pela turma do centro, quanto o foi pela plateia que ovacionou o petista no Instituto de Ciência Política de Paris. A turma a quem Lula tem recorrido para ampliar sua base política rumo a 2022 lembra que, Juscelino Kubitschek, mesmo exilado e perseguido pela ditadura militar, não falava mal do Brasil no exterior. Roupa suja, avisam alguns, se lava em casa.
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