Nas conversas com aqueles que deseja levar para o governo, o presidente eleito, Jair Bolsonaro, tem feito a seguinte afirmação aos mais reticentes: “Olha: depois, se der errado, você vai ficar com dor na consciência por não ter feito a sua parte pelo Brasil. É a chance que temos, com carta branca para trabalhar”. Assim, quem conversa com ele fica sem jeito de recusar. Quem for para a Saúde, por exemplo, terá o poder de indicar a Fundação Nacional de Saúde, os secretários, os diretores da Agência Nacional de Saúde e da Vigilância Sanitária, sem precisar dar satisfações aos partidos políticos.
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Foi essa a conversa que funcionou com Sérgio Moro, que terá ainda um braço do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) sob sua jurisdição para ajudar no combate à corrupção e ao crime organizado. Isso dá ao juiz o poder de avaliar as movimentações financeiras suspeitas. Outros nomes desse porte virão.
Toque feminino no governo
Jair Bolsonaro foi aconselhado a levar a senadora Ana Amélia Lemos, candidata a vice na chapa de Geraldo Alckmin, para compor o seu governo. Ana Amélia, que ficará sem mandato a partir de fevereiro, é da bancada do agronegócio e surge agora como cotada para a Agricultura. Outro nome, também da bancada feminina, é o da deputada Tereza Cristina, atual presidente da Frente Parlamentar do Agronegócio (FPA). Ele ainda não bateu o martelo, mas já foi avisado por aliados de que é bom ter alguma mulher no primeiro escalão. Ambas estão no radar.
A janela da Previdência
Se for para aprovar alguma coisa dentro da reforma da Previdência, terá que ser antes de 12 de dezembro. Essa é a data marcada para a cirurgia em que o presidente eleito vai recompor o intestino, para que possa estar em condições de tomar posse em 1º de janeiro.
Orçamento em revisão
Paralelamente à reforma previdenciária, os responsáveis pela transição de governo começaram a rever o Orçamento. Estão convencidos de que ou se parte para as parcerias público-privadas, ou não haverá recursos para investimentos.
PT na lida
Os petistas vão colocar todo o seu pessoal se revezando, no plenário da Câmara e em entrevistas às agências internacionais, para passar a ideia de que o convite ao juiz Sérgio Moro foi um “pagamento” pela condenação de Lula. Em tempo: não foi o juiz que prendeu Lula e, sim, o Tribunal Regional Federal (TRF) da 4ª Região.
CURTIDAS
A cotação de Moro I/ O fato de as casas de câmbio em Brasília terem zerado seus estoques de dólares, ontem, conforme noticiou o Blog do Vicente, passou a impressão de algo diretamente relacionado ao anúncio de Sérgio Moro para o Ministério da Justiça. A princípio, não há relação entre esses dois temas.
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A cotação de Moro II/ Na porta da casa de Bolsonaro, uma senhora desfilava ontem com um boneco Super Moro, nos mesmos moldes do famoso Pixuleco. Era um tal de “nosso herói” para cá, “lindão” para lá. O juiz pensou inclusive em dar entrevista ao lado de Paulo Guedes (foto). Porém, desistiu. Aliás, a presença de Paulo Guedes seria para explicar a parte relativa ao Coaf dentro do Superministério da Justiça e da Segurança Pública.
Por enquanto, eles aguentam/ Parte da vizinhança do presidente eleito, Jair Bolsonaro, está contando os dias para que ele fique definitivamente em Brasília. Nada contra o vizinho ilustre. É que já tem gente cansada da parafernália eletrônica da imprensa na porta do condomínio.
Depois, arranja outro lugar/ Um vizinho que chegava de bicicleta foi direto, quando um jornalista comentou que ele podia se acostumar com aquela movimentação todas as vezes que o presidente estivesse no Rio: “Ele que vá para a base da Marinha, como os outros”. O problema é que se tem algo que Bolsonaro pretende ser nesse governo é diferente dos antecessores.
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