Categorias: coluna Brasília-DF

A calmaria é apenas aparente

Blog da Denise publicado em 29 de janeiro de 2025, por Denise Rothenburg com Eduarda Esposito

Quem vê o clima de “já ganhou” na campanha do deputado Hugo Motta (Republicanos-PB) para presidente da Câmara e de Davi Alcolumbre (UniãoAP), para o Senado, pode pensar que 2025 será de calmaria. Mas está longe disso. A pressão do governo pela definição dos partidos e a guerra das emendas ameaçam antecipar o carnaval. A estratégia de Hugo Motta e Alcolumbre, porém, é aproveitar fevereiro para deixar esse assunto decantar, antes de entrar em guerra, seja contra o Supremo Tribunal Federal (STF), seja contra o Poder Executivo. E, a contar pelas conversas em jantares e reuniões, a toada é a de que, sem resolver essa questão, nada de Orçamento é aprovado.

Todos de olho, mas…

Os oposicionistas querem aproveitar fevereiro para fazer uma varredura nos gastos do governo. Se houver qualquer coisa acima dos um doze avos permitidos, vão botar a boca no trombone pedindo o impeachment de Lula por pedalada, ou seja, gastar sem cobertura orçamentária. Foi isso que derrubou Dilma Rousseff. Só tem um probleminha: Não há qualquer clima nos presidentes da Câmara e do Senado para levar isso adiante.

“Não provoque”

Na linha do “não vamos provocar o governo dos Estados Unidos” dita pelo ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, em almoço promovido pelo grupo Líderes Empresariais (Lide) em São Paulo, Lula não irá à reunião da Celac (Comunidade dos Estados Latino-Americanos e Caribenhos). A ordem é se preservar, porque, uma hora ou outra, Lula terá que conversar com o presidente Donald Trump.

Vem mais

O aumento no preço dos combustíveis desponta no horizonte e promete mais um repique inflacionário. A expectativa para o Copom, de acordo com Sérgio Goldenstein, estrategista-chefe da Warren Investimentos, é de que hoje a Selic vai subir para 13,25% por unanimidade. “Em consonância com a sinalização dada pelo Copom na última reunião e reforçada por declarações de Gabriel Galípolo em dezembro, quando disse que a barra é alta para fazer qualquer mudança no guidance”, afirmou.

Problemas marítimos I

Navios encomendados pela Transpetro, em 2010, pelo Programa de Modernização da Frota (Promef 2), correm o risco de não serem concluídos e entregues, mesmo estando 80% prontos, por exemplo, os petroleiros Irmã Dulce e Zélia Gattai, parados no Estaleiro Eisa, na Ilha do Governador (RJ). São navios Panamax de até 73 mil toneladas de petróleo bruto (TPB), ameaçados de serem cortados em pedaços.

Problemas marítimos II

As obras das embarcações estão paradas desde 2014, época da Operação Lava-Jato. E vão virar sucata, caso a Petrobras não emita uma carta confirmando “demanda firme”, ou seja, uma autorização para a Transpetro dar sinal verde à conclusão dos navios.

CURTIDAS

Crédito: Cleia Viana/Câmara dos Deputados

Comprinhas internacionais/ A greve dos auditores fiscais da Receita Federal, que dura mais de dois meses, está provocando um colapso no comércio exterior e logística do país. A estimativa é de que cerca de 75 mil remessas expressas de importação e exportação estejam paradas nos terminais alfandegários do Brasil, gerando prejuízos bilionários para empresas e consumidores. “Esses atrasos não afetam apenas as empresas de logística, mas destroem a competitividade do Brasil no mercado global. Produtos essenciais, como kits laboratoriais e peças industriais, estão presos nos depósitos, prejudicando as cadeias produtivas e colocando pequenas e médias empresas em risco”, afirmou o presidente da Frente Parlamentar pelo Livre Mercado, deputado federal Luiz Philippe de Orleans e Bragança (PL-SP foto).

Cantando vitória…/ Em reta final de campanha pela presidência da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB) jantou com políticos do Rio de Janeiro em uma churrascaria na Zona Sul cidade. O encontro foi organizado pelo deputado Doutor Luizinho (PP-RJ), líder do partido. Motta ouviu demandas dos presentes que reforçaram o apoio à sua candidatura.

… nos grandes centros/ Com esse encontro e o jantar de São Paulo, na segunda-feira, Motta fecha as grandes bancadas. Na capital paulista, estavam o atual presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL), presidentes de vários partidos, representantes do governo e o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP). O clima foi de “aclamação” para um deputado que comandará a Casa com a amplitude de conversar com todos os polos.

Cada um no seu quadrado/ Governo e oposição estiveram no jantar em homenagem a Hugo Motta, em São Paulo. Mas em mesas diferentes. Nada de muitos abraços efusivos.

Colaborou Israel Medeiros

Denise Rothenburg

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