Mulher que espancou cachorro até a morte tem pena reduzida pela Justiça

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(Por Bernardo Bittar, da Editoria de Cidades do Correio Braziliense)

 

Um desembargador do Tribunal de Justiça de Goiás (TJGO) diminuiu a pena da enfermeira Camilla Correa Alves de Mouta Araújo dos Santos, acusada de maltratar uma yorkshire até morte e já condenada pelo órgão a pagar R$ 20 mil ao poder público por dano moral coletivo. Ela foi filmada batendo na cadelinha na frente da filha dela, à época com 1 ano, e a cena causou comoção no país.

A decisão do desembargador Kisleu Dias Maciel Filho reformou parcialmente a sentença do juízo da 2ª Vara Cível, das Fazendas Públicas e Registros Públicos de Formosa (GO), onde ocorreu o caso, reduzindo o valor inicialmente fixado para R$ 5 mil.

Camilla recorreu decisão alegando não existirem provas que sustentem sua condenação por danos morais coletivos, defendendo que as gravações veiculadas na internet não possuem o condão de estabelecer provas nesse sentido. Disse, ainda, não ter sido responsável pela publicação das imagens.

À Justiça, informou que, por causa do vídeo, precisou mudar de cidade, pois seu marido perdeu o emprego; e que foi ameaçada de morte. Desta maneira, segundo ela, a família sofreu com prejuízos morais e materiais. Por fim, alegou não ter condições de pagar os R$ 20 mil de indenização com o salário de R$ 1.560.

 

Dano Moral Coletivo

O desembargador afirmou que as provas apresentadas são suficientes para manter a condenação em danos morais coletivos, pois Camilla maltratou violentamente seu cãozinho até a morte, segundo ele, “gerando intenso clamor social, em decorrência da divulgação de seus atos nas redes sociais da internet, desencadeando um sentimento de tristeza e incredulidade frente a sua brutalidade e mal comportamento”.

Informou ainda que grande parte da sociedade não se manteve passiva, mobilizando-se para exigir a apuração adequada do delito e a sua punição. Contudo, o magistrado entendeu que a quantia fixada merecia parcial reparo para que o valor não fosse nem exorbitante nem irrisório. “Nesse contexto, reputo como excessivo o montante fixado pela douta julgadora de primeiro grau, destoando-se dos padrões da razoabilidade”, declarou o juiz. Assim, a indenização caiu de R$ 20 mil para R$ 5 mil.

 

O caso

Em novembro de 2011, Camilla foi filmada chutando e arremessando a yorkshire no chão. A cena foi vista pela filha dela, que tinha apenas 1 ano. Ela também agrediu o animal com um balde e, depois, a levou, pelo pescoço, até o pátio do condomínio que morava. Por fim, jogou a cachorra no chão pela última vez. Então, ela morreu.

Aedes aegypti transmite doença que pode causar embolia pulmonar e morte em cães

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(do Ultimo Segundo via ANDA) (foto Marvin Recinos/ AFP)

 

 

Apesar do senso comum, os alvos do mosquito Aedes aegypti não são apenas as pessoas, mas também seres felpudos e de quatro patas. A dirofilariose canina é uma doença que tem entre seus vetores o mosquito transmissor da dengue, do zika vírus e do chikungunya. E a consequência é uma embolia pulmonar que pode levar à morte.

O veterinário André Luís Soares da Fonseca, professor na Universidade Federal do Mato Grosso do Sul (UFMS), explica que “o Aedes aegypti prefere sangue humano, mas também ataca cães” – momento em que o parasita dilofilaria immitis entra no corpo do animal e passa a se desenvolver em seu coração, podendo atingir até 20 centímetros de comprimento.

“É um verme que fica em forma de novelo. O animal infectado chega a abrigar no coração dez larvas ou até mais”, alerta Rodrigo Monteiro, professor do curso de Medicina Veterinária na Universidade Anhanguera. “O parasita se alimenta dos componentes do sangue, nutrientes e proteínas do animal.”

A partir do momento em que o Aedes aegypti contaminado com a dirofilária pica o cão, o verme é transmitido para o animal, caindo na corrente sanguínea e indo direto ao coração, onde instantaneamente começa a causar danos.

Inicialmente de uma dimensão minúscula, capaz de passar pela tromba do mosquito, o verme se desenvolve rapidamente e, em três anos, chega a seu auge, com 20 centímetros, momento em que passa a causar maior estrago ao organismo. Cansaço, dificuldade para se exercitar, tosse e edema pulmonar são alguns dos sintomas.

O tratamento, diz Monteiro, é de alto risco, já que o medicamento atualmente disponível mata o verme, mas, por se hospedar nas artérias do coração e até do pulmão, se fragmenta e pode entupir algum capilar do órgão respiratório, causando a embolia pulmonar e levando à morte. Sem ele, no entanto, o animal está fadado a morrer, pois o verme continua a crescer e se desenvolver dentro do coração.

“Mas os animais dificilmente morrem por infarto, porque o coração canino consegue se irrigar de forma mais eficaz do que o humano quando alguma artéria está obstruída”, ressalta o especialista. “Só que a embolia é ainda mais grave do que o infarto.”

Apesar de o primeiro vetor da doença ser o mosquito culex, um pernilongo comum, a alta densidade do Aedes no País aumenta o risco de transmissão pela espécie.

 

Proteger o cão é a melhor maneira de evitar a doença

 

Monteiro explica que há um medicamento vermífugo que pode ser oferecido mensalmente aos cães que vivem em áreas endêmicas da dirofilariose, mas que ele só vale como método preventivo, quando a infecção pela larva ainda é recente.

“Se o cão for picado pelo mosquito infectado, assim que essa larva cair no sangue, automaticamente ele vai morrer”, conta Ribeiro. Ele enfatiza que o medicamento, receitado por médicos-veterinários, é seguro e que há cães tomando-o mensalmente há mais de dez anos, sem registro de efeitos colaterais.

Outra forma de prevenir, segundo Fonseca, da UFMS, é passar um inseticida canino nos pelos dos cães, cuja eficácia contra o Aedes aegypti é de 98%, com durabilidade da proteção de 30 dias.

A incidência da dirofilariose canina varia de região a região. O litoral norte de São Paulo, o interior do Estado e o Nordeste do País, por exemplo, são algumas áreas com maior número de casos em território nacional.

Grama,aliada ou vilã?

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(da Revista do Correio)

 

Quem cria animais em apartamento se alegra ao vê-los brincando na área verde do prédio. É possível que o comportamento espontâneo dos pets ao ar livre tenha relação direta com seu passado ancestral, antes de serem domesticados. Nesses passeios, os tutores observam que as mascotes, volta e meia, comem grama. Segundo o veterinário Rafael Silva, a explicação para essa estranha dieta está no instinto. “Quando os bichos estão passando por algum distúrbio intestinal, comem grama pra poder vomitar ou melhorar a digestão”, afirma. A princípio, o hábito seria benéfico, já que a grama é rica em clorofila, potente anticoagulante, que ajuda na cicatrização de feridas. A vegetação teria ainda alta quantidade de fibras e vitaminas. O risco é a intoxicação por pesticidas, conhecidos principalmente por quem mora em condomínios residenciais. Rafael Silva lembra que esses produtos são tão tóxicos que até mesmo quem realiza a aplicação precisa estar protegido com roupas especiais, e, portanto, os insetos indesejados não são o único alvo. Eles não devem, contudo, ser ignorados, já que, em alguns casos, são vetores de doenças. A grama alta e sem tratamento pode abrigar desde aranhas e escorpiões até o exótico caramujo gigante africano, que transmite doenças letais, como a angiostrongilose. “Uma solução seria criar galinhas caipiras, que comem formigas e besouros, mas precisam de cuidados”, pondera o veterinário.

É possível encontrar em pet shops “graminhas” próprias para consumo animal. As sementes de aveia, sorgo, milheto e azevém germinam conforme são regadas e, após uma semana, a planta está alta o suficiente para consumo. É interessante verificar ser o animal está com alguma carência de nutrientes. Parecido com o caso de grávidas que têm desejo por tijolos devido à deficiência de ferro, cães e gatos que comem grama podem estar buscando vitaminas “roubadas” por parasitas como carrapatos. Nesses casos, somente um exame de sangue detectará eventuais anomalias.

Outro problema pode ser as alergias, que não são causadas especificamente pela grama, mas pelo pólen das plantas. Como o pólen é uma partícula minúscula, não é necessário o contato físico para a reação começar: basta estar em um local próximo para que a atmosfera e o voo dos insetos se encarreguem do transporte. A grama fica mais nociva quando está recém-cortada, pois libera pólen mais facilmente. Os sintomas iniciais são tosse e espirro persistentes, além de dificuldade de respirar.

Os sintomas na pele podem ser coceira, inchaço, vermelhidão e surgimento de pápulas, pequenas lesões semelhantes a espinhas. Nesses casos, o tutor pode tratar as lesões com uma pomada, que deve ser aplicada com a pele higienizada e seca. A medicação não pode, porém, ser administrada sem orientação médica, já que a pele ferida fica mais suscetível à ação alérgica dos próprios remédios.

Algumas raças têm predisposição genética a dermatites. De acordo com Rafael Silva, uma opção para tornar a pele mais resistente a alergias é a suplementação de ômega-3 e ômega-6, que após 20 a 30 dias começa a fazer efeito. “A maioria dos alergênicos são absorvidos pela pele, tem uma absorção transcutânea. A função da suplementação é melhorar a integridade da barreira cutânea”, afirma.

 

Relatos de donos:

 

“Minha cachorra Lusa está bem velhinha, tem 15 anos e está mais sensível com comida. Quando ela come alguma coisa que não seja ração (por exemplo, um pedaço de pão), ela passa mal. Após o vômito, ela vai ao quintal e come um pouco de grama. Não sei que relação ela faz. Talvez seja para terminar de vomitar, já que grama pode ajudar a irritar o estômago e ajudar a esvaziá-lo.”

Beatriz Raposo(foto), bióloga, 22 anos

 

“Meus gatos comem direto. A grama, o matinho e algumas plantas os ajudam a eliminar os bolinhos de pelo, que ficam acumulados no intestino.”

Domingas Lisboa, estudante, 19 anos

“Normalmente, meus cachorros não mostram muito interesse na grama. Como moro em casa, eles gostam de comer os frutos das árvores de vez em quando. Quando cai coco do vizinho, eles usam de bola. Mas, quando os vejo comerem grama, normalmente reparo que vomitam. Daí, eu aplico o vermífugo neles. Normalmente, esse comportamento para por um tempo.”

 

 

 

George Clooney resgatou um cão que ninguém queria

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(Por Ana Filipe Silveira/Jornal de Notícias /Portugal) (Fotos: Reprodução Facebook)

 

Foi um presente de Natal, mas só agora divulgado. George Clooney apaixonou-se por um cão que vivia há nove meses no centro de resgate animal LuvFurMutts, nos Estados Unidos, e não pensou duas vezes: adotou-o e ofereceu-lhe um lar. A notícia foi compartilhada na página de Facebook da associação, que explica a história de vida de Nate e o feliz destino que a vida lhe ofereceu.

ng5792966Ele foi resgatado, na companhia de outros 11 cães de uma matilha de 22, com as costelas visíveis a olho nu e desnutrido. Durante os nove meses que esteve para adoção, recebeu várias visitas, “mas as pessoas desistiam depois de o ver”, descreve a LuvFurMutts na rede social.

A sua má-formação fazia balançar uma perna, mas o pior aconteceu quando um dos potenciais adotantes chorou ao vê-lo, recusando-se a ficar com ele.Disse que ficaria deprimido para o resto da vida se tivesse de olhar para o Nate todos os dias.

Tal como um filme de Hollywood, tudo mudou quando George Clooney incumbiu uma das suas assistentes, Angel, de tratar da adoção do cão.

-Ele mostrou um vídeo do Nate aos pais, Nina e Nick Clooney, e todos se apaixonaram por ele. Na véspera de Natal, os pais da estrela do cinema norte-americano abriram a porta da sua casa ao filho e à mulher, a advogada Amal Clooney, e estes colocaram-lhes Nate nos braços.

“Eles poderiam ter qualquer cão no mundo, mas optaram por adotar um que é deficiente e que poderia ter ficado na LuvFurMutts para o resto da sua vida. Queremos agradecer ao George Clooney e à Amal por esta adoção e pela sua doação à LuvFurMutts, que deu para cobrir todas as despesas que tivemos com as cirurgias do Nate”, escreve ainda a organização de resgate no Facebook, para depois agradecer a Nick e Nina Clooney. “O melhor de tudo é que eles amam o Nate da forma que ele é,  da forma que Deus o fez. É um final de conto de fadas para este príncipe”, concluem.

 

 

Família do governador do DF procura pet de estimação

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(por Laísa Amaral Queiroz, do Correio Braziliense)

Na madrugada de sexta-feira, a cadela Maia, que pertence à filha de Rodrigo Rollemberg, fugiu da Residência Oficial do Governador, em Águas Claras. Na tarde deste sábado (19/12), Gabriela Rollemberg publicou em sua página do Facebook um anúncio para que os internautas a ajudem a encontrar o bicho de estimação da família.

Maia tem um ano e sete meses e pertence à raça Akita. O animal vivia na casa de Gabriela, no Park Way, com outro cachorro, macho. “Como ela está no período do cio, decidimos deixá-la por lá alguns dias, para que não tivesse filhotes”, contou a advogada. Porém, Maia arrebentou a cerca do canil e foi embora.

“Achamos que ela pudesse estar no terreno, que é bem grande, mas não encontramos”, lamenta. Gabriela afirmou que os seguranças não a viram e que a parte do canil, que longe da residência, não tem câmeras de vigilância. A dona garante que Maia nunca havia fugido antes, mas que não gosta de ficar presa, já que em casa está sempre solta. “Ela é bem mansa e não usa coleira.”

Se alguém ver o bichinho, pode entrar em contato com  pelos telefones: 8492-3676 ou 9646-6242.

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Cadela desnutrida tem recuperação milagrosa

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(da Redação da ANDA – Agência de Notícias de Direitos Animais)

 

A recuperação milagrosa de uma cadela abusada que quase morreu depois de ser deixada passando fome pela sua tutora foi gravada em um vídeo tocante. As informações são do Daily Mail.

Angel, como foi batizada pelos funcionários, foi descoberta por voluntários da caridade de resgate de animais Rescue From the Hart em Nuys, California, no Estados Unidos, seguindo meses de fome deliberada. A cadela foi levada à um centro onde veterinários descobriram que seus órgãos haviam começado a falecer.

Agora, um vídeo de cinco minutos foi lançado pela caridade documentando a incrível recuperação de Angel. O vídeo no Youtube começa mostrando a cadela descansando em um cobertor rosa assim que foi resgatada. Um funcionário é visto cuidadosamente levantando Angel, cujas costelas aparecem por debaixo de sua pelagem cor de creme, e a colocando no chão. Suas pernas estão tão fracas que ela não consegue ficar em pé, escondendo seu nariz no meio de suas patas em vez disso.

 

O vídeo mostra os funcionários incapazes de a alimentar imediatamente visto que comida demais a teria matado. Voluntários estavam preocupados que Angel nunca melhoraria – até o surpreendente momento em que ela andou por conta própria. Ela logo é vista pulando pela clínica e sendo levada em passeios com outros funcionários que parecem extáticos com a sua recuperação. O vídeo termina com Angel correndo felizmente no jardim de sua nova casa.

Uma mulher da Califórnia, sua antiga tutora, foi presa e processada com 14 acusações de crueldade animal.

 

 

 

Comportamento desregulado

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(da Revista do Correio) (fotos: Arquivo Pessoal)

Em humanos, a tireoide é uma velha conhecida de quem tenta emagrecer e não consegue. Nos pets, porém, a principal alteração pode ser no temperamento. Localizada no pescoço, a glândula é responsável por produzir e sintetizar hormônios que regulam o organismo, como a tiroxina (T4) e a tri-iodotironina (T3). O funcionamento deficiente dela caracteriza o hipotireoidismo — o nome serve ainda para designar anomalias em outras duas glândulas relacionadas, a hipófise e o hipotálamo.

Algumas raças apresentam predisposição genética para o mal, como golden retriever, dobermann, setter, schnauzer, daschund, cocker spaniel, labrador e beagle. Como não há uma prevenção clara, o melhor caminho é a observação atenta da saúde do animal, além da análise da árvore genealógica. O diagnóstico geralmente ocorre em bichos de meia-idade, de 4 a 10 anos.

O hipotireoidismo canino é dividido em três tipos. No primário, a glândula trabalha abaixo do ritmo ideal ou até mesmo cessa suas atividades. Enquanto alguns casos ocorrem por atrofia do tecido, de origem desconhecida, outras são causadas pelo sistema imunológico do animal. “A tireoidite linfocítica é uma doença de caráter autoimune, em que o próprio organismo do animal combate o hormônio que ela produz”, explica o médico veterinário Rafael Silva.

O tipo secundário consiste na destruição da hipófise por um tumor. Desse modo, a glândula para de produzir o TSH, hormônio estimulante da tireoide. Já o hipotireoidismo terciário é aquele comprometedor do hipotálamo, interrompendo a produção do TRH (hormônio liberador de tireotrofina).

“Existem algumas medicações que têm como efeito colateral reduzir a atividade da tireoide. Se o cão tem uma doença crônica como, por exemplo, epilepsia, o fenobarbital pode interferir”, alerta Rafael Silva. Nesse caso específico, uma saída seria combinar outros remédios para epilepsia, diminuindo a dose do fenobarbital e, consequentemente, os efeitos colaterais. Já a patologista clínica Denise Salgado chama a atenção para o uso de anestésicos, capazes de alterar a produção de tiroxina (T4).

Como a tireoide influencia na saúde de vários órgãos, não existe um sintoma específico que indique a doença. Porém, quando vários deles aparecem em conjunto, a suspeita é levantada. Os sintomas clínicos comportamentais são os primeiros a aparecer, formando um padrão depressivo. Segundo Rafael Silva, o cão passa a apresenta uma expressão facial triste, com pouco interesse por brincadeiras e interação social. “Ele fica apático e dorme muito”, aponta.

CBNFOT251120150210Foi o que aconteceu com a cadelinha da bancária Carol Rocha, 33 anos. A poodle Lisa (foto)  foi diagnosticada com a doença por volta dos 10 anos e um dos sinais foi o ganho de peso acompanhado de anemia. “Ela sempre foi gordinha, parecia um ursinho”, diverte-se Carol. Porém, Lisa sofreu um deslocamento da patela e só poderia realizar a cirurgia após perder peso. A partir daí, a mascote começou a fazer fisioterapia e se alimentar de uma ração especial. Mesmo com as atividades, ela emagreceu apenas 300g. A suspeita foi levantada e, logo em seguida, o veterinário detectou o hipotireoidismo em um hemograma. Lisa começou a medicação e atingiu o peso ideal. “Hoje ela está muito bem”, comemora a bancária.

Um dos efeitos da doença, porém, pode não ser facilmente relacionado à letargia e ao comportamento passivo do pet: a agressividade. A hipófise produz o ACDH, responsável por estimular o cortisol, conhecido como o hormônio do estresse. No hipotireoidismo terciário, com o prejuízo dessa glândula, o cortisol entra em produção descontrolada e o cachorro torna-se mais propenso a reagir desproporcionalmente a irritações externas. Por isso, encaminhar o bicho para terapias comportamentais, como o adestramento, não surtirá efeito.

Além disso, o sistema reprodutor de machos e fêmeas fica prejudicado com a queda dos hormônios luteinizante (LH) e folículo-estimulante (FSH). Há diminuição da libido e risco de gravidez psicológica, abortos espontâneos, irregularidade no ciclo menstrual, atrofia nos testículos e até infertilidade.

A aparência do animal também é afetada pela doença. O sinal característico é o ganho inexplicável de peso aliado ao aumento do colesterol, pois além do metabolismo trabalhar em ritmo mais lento, o pet não tem vontade de se mover. A pele torna-se mais seca e grossa; os pelos ficam opacos e caem, principalmente no tórax, no abdômen, na cauda e no pescoço. Surgem inflamações semelhantes a espinhas, descamação, manchas e dificuldade de cicatrização. Outros sinais menos comuns são arritmia cardíaca, conjuntivite, paralisia facial e intolerância ao frio.

A demora no diagnóstico traz sofrimento ao melhor amigo. O primeiro passo é o médico veterinário solicitar uma análise do histórico familiar do animal, bem como um hemograma e um panorama dos hormônios. “Estudos revelam que cães com hipotiroidismo frequentemente apresentam concentração de T3 normal, dificultando o diagnóstico de hipotiroidismo com sua mensuração isolada”, aponta Denise Salgado. Ajudam a fechar o quadro radiografias, ultrassonografias e a biópsia das glândulas.

O tratamento geralmente é feito com reposição hormonal, por um composto sintético chamado levotiroxina. A medicação precisará ser ministrada pelo resto da vida do animal. Em pouco tempo, os sintomas são atenuados. É importante que cada caso seja avaliado individualmente, pois a dosagem varia de acordo com o peso e com a gravidade da deficiência hormonal. E, sim, os pets gordinhos precisarão de uma dieta com restrição calórica.

 

Gatos: suscetíveis a hipertireoidismo

O hipertireoidismo em cães é raro e causado pela formação de tumores tireoidianos por: ingestão excessiva de iodo, exposição à radiação ou mutações genéticas. Em gatos, porém, a atividade excessiva da glândula é comum e até mesmo os exames são diferentes. “Nós fazemos apalpação com a ponta dos dedos na glândula. Em caso de irregularidade, aumento de volume, é pedida uma tomografia da região cervical ou ultrassonografia cervical. Se for detectado algo, é feita uma punção aspirativa, com agulha, para definir se é câncer ou um cisto”, explica o veterinário Rafael Silva. Segundo a patologista clínica Denise Salgado, a dosagem hormonal também é feita de modo diferenciado. “Testes de supressão de T3 são importantes para o diagnóstico do hipertireoidismo felino”, afirma.

 

Agradecimentos:
Clínica Veterinária Dom Bosco
Centro Integrado de Diagnósticos Veterinário

Novembro azul, atenções voltadas para o câncer de próstata em cães

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Da ANDA e SEGS

 

 

O homem não é o único ser que sofre com a doença de próstata. A chamada Hiperplasia Prostática Benigna (HPB) também pode afetar os animais adultos não castrados. Um cão pode chegar à sua maturidade com 80% de chance em desenvolver a patologia, mas, diferente do homem, a probabilidade em desenvolver um tumor maligno é muito pequena. Apesar desse baixo risco, a HPB pode causar vários problemas para os cães, comprometendo a sua qualidade de vida e o seu bem-estar.

A próstata é uma glândula sexual acessória presente no homem, nos cães e em outros animais, localizada na pelve próxima à bexiga e que envolve parte da uretra. Isso significa que, de alguma forma, participa do processo reprodutivo e sofre influência dos hormônios sexuais produzidos nos testículos.

Quando os cães são castrados antes da puberdade, acabam por ter muito pouco tecido prostático, pois a ausência da produção de testosterona inibe o seu crescimento e, consequentemente, a formação de um tumor na glândula. A ausência da próstata não causa nenhum dano à saúde do cão, já que sua única função é o apoio nutricional aos espermatozóides.

Se a castração acontece na idade adulta, ou seja, quando o animal já tem a próstata em tamanho normal ou aumentada, o procedimento tende a diminuir em aproximadamente ¾ do tamanho normal da próstata em alguns meses.

O diagnóstico de Hiperplasia Prostática e/ou Prostatite pode ser realizado na avaliação clínica do animal utilizando o método de toque retal. Ao realizar esse exame, o médico veterinário é capaz de sentir a próstata e avaliar se está aumentada e/ou irregular. A confirmação se dá através do exame de ultrassom abdominal e de possível citologia, também guiada por ultrassom.

Os sintomas mais comuns de que algo não está bem com a próstata do animal são: desconforto no cão na região pélvica, dificuldade em urinar (urina em jatos finos demorando mais para esvaziar a bexiga) e muito esforço e dor ao defecar.

Quando a próstata aumenta de tamanho, ela empurra o reto para cima contra a pelve, diminuindo o espaço de passagem das fezes do intestino grosso para o reto. Nessa situação, o cão normalmente se estica para forçar a passagem das fezes, o que causa desconforto e dor se a próstata estiver inflamada. No caso de inflamação, é comum a presença de sangue na urina e infecções urinárias persistentes. Essa seria a causa mais comum de constipação e esforço fecal no cão macho não castrado.

Ainda, se a próstata estiver muito dolorida, o cão tende a caminhar de modo diferente e, muitas vezes, esses esforços constantes ao defecar podem causar o aparecimento de hérnia perineal (que seria um aumento de volume ao lado do ânus, causando muito mais dor e dificuldade em defecar e urinar).

O tratamento depende da origem do aumento de próstata, mas a castração do cão macho deve ser indicada para todos os cães em que este aumento foi notado, seguido ou não de tratamento com antibiótico, drenagem de cistos prostáticos e em alguns casos remoção cirúrgica da próstata.

Para finalizar, como a campanha Novembro Azul tem foco na prevenção, é importante alertar: mais de 90% das doenças prostáticas poderiam ser impedidas se os cães fossem castrados no primeiro ano de vida.

Marcelo Quinzani é médico veterinário e diretor clínico do Hospital Veterinário Pet Care.