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Toffoli tem informações capazes de deixar preocupados empresários e políticos

Coluna Brasília-DF

A notícia de que o Supremo Tribunal Federal pediu que a Unidade de Inteligência Financeira informe os relatórios produzidos pelo antigo Coaf nos últimos três anos foi uma “bomba” na política. Há quem diga que, ao querer saber quem estava sendo objeto de análise por ali, com produção de relatórios com ou sem tipificação de crimes (algo que só pode ser feito pela Justiça), o presidente do STF, Dias Toffoli, terá em mãos informações capazes de deixar preocupados empresários, políticos e quem mais chegar. E informação é poder.

Da parte do governo, entretanto, não se ouviu qualquer reclamação desde que o pedido de informações veio a público, na Folha de S.Paulo. Afinal, está prestes a ser julgada pelo plenário a suspensão das investigações que tentam colocar o senador Flávio Bolsonaro no olho do furacão do caso envolvendo a movimentação atípica do ex-funcionário de seu gabinete Fabrício Queiroz e a suspeita de cobrança de parte dos salários dos servidores dos tempos em que Flávio era deputado estadual.

CPI, que CPI?

O fato de Toffoli ter tanta informação em mãos fez crescer o movimento pela CPI da Lava-Toga. Só tem um probleminha: há muita gente que, nas internas, torce para essa investigação não sair. A maioria não quer briga com o Supremo Tribunal Federal.

Ensaios eleitorais

Ainda falta um ano e dois meses para a eleição do sucessor de Davi Alcolumbre na Presidência do Senado, mas os partidos já estão se movimentando. No MDB, o nome que começa a ganhar corpo é o do líder, Eduardo Braga (AM).

E ela?

O grupo Muda Senado olha com simpatia para o nome da atual presidente da Comissão de Constituição e Justiça, Simone Tebet. Mas, parte dessa turma já avisou que, se ela quiser comandar a Casa, será mais fácil se deixar o MDB. As portas do Podemos estão escancaradas para recebê-la.

DF bem na fita/ Quem circulou com desenvoltura na agenda do New Development Bank durante esses dias de Brics foi o secretário de Desenvolvimento Econômico do Distrito Federal, Ruy Coutinho. Como uma das poucas autoridades locais presentes ao evento, ele teve uma boa conversa com o presidente do NDB, Kundapur Vaman Kamath.

E com boas perspectivas/ A conversa girou em torno de crédito a empresas que pretendam investir em Brasília. A propósito, a diretora-geral do NDB no Brasil, Claudia Prates, foi colega de Coutinho no BNDES. Ou seja, porta aberta para receber o Distrito Federal no NDB.

Denise Rothenburg

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