Categorias: Política

Sem aprovação do Renda Cidadã, parlamentares defendem prorrogação do auxílio emergencial

Com as dificuldades do governo em fechar o novo Bolsa Família, o Renda Cidadã, a tendência dos congressistas é prorrogar o auxílio-emergencial, pelo menos, nos primeiros meses de 2021. O que dá essa indicação é a nova pesquisa XP, que ouviu 174 parlamentares em setembro, dos quais 45% se mostraram favoráveis à prorrogação do benefício. Do total de entrevistas, só 32% consideram alta a chance de aprovação do Renda Cidadã ainda este ano, 34% consideram média e 24% baixa.

Dos entrevistados, 55% consideram ainda que o valor de R$ 300 do auxílio deve ser mantido como proposto pelo Poder Executivo e 31% consideram que deve ser aumentado, ou seja, são grandes as chances de o governo manter o valor. O financiamento do programa Renda Cidadã também não é consenso. 30% consideram que a proposta deve avançar, usando recursos de outros programas que devem ser encerrados. 15$ defendem que as discussões avancem, usando uma fonte de recursos que não seja oriunda de outros programas governamentais. Do total da amostragem, 8% defendem ainda que o governo abandone as discussões. E 24% defendem que o novo programa fique fora do teto de gastos.

Entre as propostas listadas para que os deputados e senadores dissessem quais as chances de aprovação ainda em 2020, a única que ficou acima de 50% foi a Lei do Gás, com 53% de alta chance de aprovação. A reforma tributaria é citada com alta chance por 26% dos entrevistados, a reforma administrativa, 23%, o pacto federativo, 17%; a independência do Banco Central, 14%. As expectativas de privatização da Eletrobras ficou em torno de 12%. Outros marcos regulatórios também são vistos com pessimismo, apenas 18% consideram possível aprovar este ano o marco das ferrovias, por exemplo.

Os parlamentares também desejam avaliar primeiro a reforma tributária e não a administrativa. Na avaliação de 56%, a tributária tem que vir primeiro. Apenas 21% colocam a administrativa como a primeira da fila de votação. Ou seja, não será fácil para o governo inverter a ordem de prioridade das reformas propostas até aqui.

Denise Rothenburg

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