Categorias: coluna Brasília-DF

Primeiro, acalmar a “onça”

O presidente Michel Temer vai dar um tempo na edição de medidas provisórias, inclusive a que se refere ao aumento do PIS/Cofins, em estudo pela área econômica do governo. Tudo para não melindrar ainda mais o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, que esta semana reclamou do fato de o governo ter esvaziado o plenário da Casa, justamente no momento em que estava em pauta o acordo de leniência dos bancos.

Quanto ao aumento de imposto, a decisão do presidente vem em boa hora. Afinal, o presidente da Câmara, além de irritado com as idas e vindas do governo em relação às medidas provisórias de um modo geral, integra o partido que mais combateu o aumento de impostos nos governos petistas. Há quem diga que Maia não admitiria uma medida provisória sobre esse tema.

Não colou

Senadores passaram a tarde ligados na TV Justiça, torcendo para que os ministros do Senado colocassem as medidas cautelares como algo a ser resolvido pelo “Senado” e não pelo “plenário”. Assim, eles teriam condições de tentar deixar a Mesa Diretora decidir numa canetada.

Vaca no brejo

Todo o esforço do presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn, em tentar aprovar a medida provisória 784, que trata de acordos de leniência de bancos, era para evitar que grandes instituições financeiras fossem atingidas pela delação do ex-ministro da Fazenda, Antonio Palocci. Agora vai ficar difícil.

Guerra socialista I

O governador do Distrito Federal, Rodrigo Rollemberg, e o vice-governador de São Paulo, Márcio França, foram surpreendidos com a decisão do presidente do PSB, Carlos Siqueira, de convocar uma reunião de cúpula para segunda-feira, 16 de outubro, apenas para expulsar a líder da bancada, Teresa Cristina, e os deputados Danilo Forte e Fábio Garcia. Todos votaram a favor de Michel Temer na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) quando da primeira denúncia.

Guerra socialista II

A intenção de Siqueira é colocar na CCJ deputados favoráveis ao afastamento do presidente Michel Temer. Teresa resiste a trocar os dois deputados. Por isso, Siqueira quer expulsar todos sumariamente, antes mesmo da reunião do partido que tratará do assunto, na terça-feira. Rollemberg e Márcio França entraram no circuito para tentar evitar o confronto na segunda-feira.

Guerra socialista III

No caso de Danilo Forte, Siqueira vai ter que aguardar, porque o caso dele está sob análise da Justiça, uma vez que há uma liminar suspendendo qualquer decisão partidária contra o deputado até que o pleno analise a intervenção no diretório do PSB no Ceará.

CB.Poder/ Em entrevista ao programa CB.Poder, na TV Brasília, o ministro da Justiça, Torquato Jardim, disse que a reforma política foi positiva, porém, sobrou muita coisa para o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), inclusive a distribuição dos recursos do fundo partidário dentro de cada
partido. Veja a íntegra em www.correiobraziliense.com.br

Cofres vazios/ Parlamentares estiveram esta semana com o ministro do Planejamento, Dyogo Oliveira, para sentir como está o clima para as emendas de 2018. Ouviram que o governo precisa urgentemente de mais recursos e cobranças sobre a reforma da Previdência.

Fulanizar para quê?/ O voto do ministro Luiz Roberto Barroso (foto) foi o que mais irritou os aliados do senador Aécio Neves. Afinal, a ação direta de inconstitucionalidade em julgamento ontem não era sobre o senador, e sim a tese de uso de medida cautelar para afastar parlamentar do mandato.

12 de outubro/ Que Nossa Senhora Aparecida proteja nossas crianças. Bom feriado a todos!

Denise Rothenburg

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