A Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 63, de 2013, que reestrutura as carreiras da magistratura e do Ministério Público, vai apimentar as tensões entre Executivo e Judiciário, porque, na verdade, cria mais benefícios para quem já tem alto salário. Quem analisou o projeto achou brechas para não pagamento de imposto aos 5% adicionais para cada cinco anos de serviço, tratado no texto como verba indenizatória. A polêmica vai ser grande, uma vez que esses quinquênios serão extensivos, inclusive, a aposentados e pensionistas, que, segundo especialistas, não teriam direito a verbas indenizatórias. Resta saber se a turma que está contra terá força para brigar com o Judiciário e o Ministério Público.
O grupo contrário à proposta acredita que conseguirá essa força ao expor os problemas orçamentários que a União enfrenta. Nos bastidores, especialistas do Executivo têm dito que o cenário de escassez não permite contemplar uma parcela que já é bem remunerada, enquanto o funcionalismo público terá 5% de reajuste.
Os cálculos indicam que uma parte dos integrantes do Ministério Público e do Judiciário pode ter até 35%, se o quinquênio for retroativo e o projeto aprovado como está. Será um prato cheio para que outros setores exijam o mesmo tratamento.
A reunião de hoje do PSDB servirá para tentar dar um novo fôlego ao presidente do partido, Bruno Araújo, nas negociações com os demais partidos, Cidadania e MDB. Esse “empoderamento” do tucano é considerado necessário, depois da carta em que o ex-governador de São Paulo João Doria disse que não dá para desprezar as prévias dos tucanos em prol de outro nome que não foi escolhido numa votação expressiva e de todos os filiados.
Aécio jogou a toalha
O deputado Aécio Neves (PSDB-MG), que, há alguns meses, defendeu a candidatura do gaúcho Eduardo Leite, agora está na linha de que o PSDB deve ter candidato e tem feito apelos para que o próprio Doria escolha outro nome. Só tem um probleminha: o ex-governador paulista não vai desistir e considera que consegue virar o jogo ao longo de uma campanha curta, porém intensa.
Deixa para depois
Conforme o leitor da coluna já sabe, amanhã não haverá definições entre os partidos que buscam uma candidatura única. E para garantir que o PSDB não puxará o tapete de Doria, o coordenador da campanha, Marco Vinholi, vai marcar presença.
Divulga o vinho para esquecer o relógio
Os petistas não gostaram muito da história de vazar o preço do vinho a ser servido no casamento de Lula. Muita gente no partido considera que isso trará de volta a história do relógio de R$ 80 mil, que ele exibiu no centenário do PCdoB.
A estratégia de Onyx/ Em pré-campanha para o governo do Rio Grande do Sul, o deputado Onyx Lorenzoni (PL-RS) ataca o ex-governador Eduardo Leite: “Ele desprezou o sagrado voto dos gaúchos ao deixar o cargo e, agora, quer que os gaúchos o aceitem de novo?”, disse, num evento dia desses.
E o Kassab, hein?/ O presidente do PSD, Gilberto Kassab, não foi ao estúdio do Roda Viva acompanhar a entrevista do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG). À coluna, Kassab disse que havia pedido desculpas a Pacheco, mas tinha compromissos agendados no Paraná. Em tempo: quando Pacheco era pré-candidato ao Planalto, Kassab desmarcava tudo para acompanhar o senador.
Seminário/ A Associação Brasileira de Pesquisadores Eleitorais (Abrapel) se apresenta, pela primeira vez, ao grande público com um seminário internacional sobre o tema “Pesquisas eleitorais e metodologias na democracia contemporânea”, esta semana. A abertura será hoje, às 19h. Durante dois dias, serão discutidos o comportamento do eleitor na América Latina e as tendências captadas em pesquisas no Brasil e na Europa. O evento tem inscrição gratuita e será transmitido pelo canal da Abrapel no YouTube.
Brito no Museu da República/ Amanhã, às 19h, tem homenagem ao fotógrafo Orlando Brito na praça central do Espaço Cultural Renato Russo e, ainda, projeções de suas fotos no Museu da República. Brito morreu em 11 de março, de complicações decorrentes de um câncer no intestino.
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