Partidos de oposição ao presidente Jair Bolsonaro conseguiram controle total sobre a CPI das Fake News, uma investigação que promete chamar a atenção nos próximos meses e colocar em xeque muitas contas que dispararam notícias falsas nas redes sociais. Alexandre Leite (DEM-SP), de primeiro mandato, queria a presidência ou a relatoria, mas, na última hora, ficou sem as duas.
O governo não queria a CPMI e, quando tentou se organizar para controlar a comissão, terminou surpreendido. Os oposicionistas viram na escolha do presidente, Ângelo Coronel (PSD-BA), e da relatora, Lídice de Mata (PSB-BA), sua maior vitória até o momento no Parlamento. É ali que pretendem apostar todas as suas fichas.
As declarações do presidente Jair Bolsonaro, a respeito da alta comissária de Direitos Humanos da ONU, Michelle Bachelet, fez crescer o desconforto para a abertura da Assembleia Geral da ONU, em 24 de setembro. A expectativa é de que haja um aumento do número de chefes de Estado críticos ao Brasil em seus discursos.
O fato de até o atual presidente do Chile, Sebastián Piñera, criticar as declarações de Bolsonaro mostra que o presidente brasileiro extrapolou e que isso pode trazer mais prejuízos políticos e econômicos ao Brasil nos jogos globais.
Apesar de aprovada na Comissão de Constituição e Justiça do Senado, as apostas em torno da proposta de emenda constitucional (PEC) paralela à reforma previdenciária estão em baixa na Câmara. É que, no ano que vem, próximo da eleição, não dá para discutir um tema tão indigesto.
O deputado Áureo Ribeiro (SD-RJ) entra hoje com o pedido de uma comissão parlamentar de inquérito para investigar as negociações de criptomoedas. “Material não falta e as empresas que lidam com isso precisam explicar. Vamos chamar todo mundo para entender o que está acontecendo nesse mercado”, diz o deputado.
Empresas desse setor estão sob investigação da Comissão de Valores Mobiliários (CVM). Elas são suspeitas de praticar fraude e de montar esquemas de pirâmide, que ocorrem quando apenas os primeiros é que recebem o prometido retorno fácil e os demais não conseguem.
Apelou, perdeu I/ Causou desconforto a integrantes do Ministério Público a proposta da associação da classe, de recusar nomeações fora da lista tríplice. Forçar a aceitação da lista, dizem alguns, é querer se sobrepor à Constituição.
Apelou, perdeu II/ A lista e a escolha de um entre os três indicados não está prevista na Constituição. E um dos deveres do Ministério Público é zelar pelo cumprimento dos preceitos constitucionais.
Férias do barulho/ A redução de recursos da Justiça (e por tabela da Polícia Federal) e as férias do diretor-geral da PF, Maurício Valeixo, vão manter Sérgio Moro na linha das especulações de mais enfraquecimento, apesar dos elogios que recebeu de Bolsonaro dia desses.
Enquanto isso, na oposição/ Diz o deputado Reginaldo Lopes (PT- MG) que, entre os oposicionistas, segue a máxima da “redução de danos” das reformas. “Como somos minoria, é o que nos cabe nesse momento”, diz.
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