Há três semanas, o futuro ministro da Economia, Paulo Guedes, fez chegar ao presidente eleito, Jair Bolsonaro: “Se você quer alguém (para presidir a Câmara) comprometido com as reformas na economia, esse alguém é Rodrigo Maia”. Bolsonaro registrou, mas disse que não iria se meter. Ontem, foi a vez do futuro ministro da Justiça, Sérgio Moro, também fazer sua fezinha nessa disputa. Ele recebeu o pré-candidato do PRB, deputado João Campos, delegado da Polícia Civil e, tal e qual o ex-juiz, defensor da agenda da segurança pública. Bolsonaro também não vai se meter aí.
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Em tempo: Até aqui, não funcionou a tentativa do DEM de retirar a candidatura de João Campos, que investe pesado no apoio do PSL. Aliás, o deputado do PRB está se tornando um ponto de convergência entre Eduardo Bolsonaro e Joice Hasselmann.
O Democratas sonha alto. Ontem, você pôde ler no Blog da Denise que, enquanto o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, busca a reeleição, o senador Davi Alcolumbre (DEM-AP) vai percorrer o país em janeiro em busca de votos para se eleger presidente do Senado. Até aqui, dos partidos da atualidade, o único que presidiu as duas casas simultaneamente foi o MDB.
O DEM está convencido de que, se Alcolumbre não emplacar, será, ao menos, uma peça importante no tabuleiro mais à frente. Seja para reforçar a posição do DEM no próprio Senado, seja para ajudar a dar musculatura a Rodrigo Maia entre os deputados.
A nova data da cirurgia do presidente eleito, Jair Bolsonaro, para retirada da colostomia, 28 de janeiro, vem bem a calhar para evitar qualquer ilação de influência na eleição da Presidência da Câmara. A escolha do novo presidente será justamente no período em que Bolsonaro estará afastado e o general Hamilton Mourão, no comando do país.
Aos poucos, o ex-presidente da Câmara João Paulo Cunha vai retomando a vida. Ontem, almoçou com um amigo num restaurante em Brasília e, na saída, parou numa mesa onde estavam os deputados do PP. À coluna, ele disse que tem se dedicado à advocacia e ao acompanhamento do cenário político. “O momento é de observar”, diz.
A fé de Michel/ Sobre a mesa de trabalho do presidente Michel Temer, um terço tem local de destaque em meio aos papéis. Levando-se em conta todos os percalços que o presidente passou nos últimos dois anos e meio, as orações deram resultado.
O último a sair…/ O futuro ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, passou o rodo na assessoria da liderança do partido na Câmara. A cada dia, é mais um que é agregado ao gabinete do governo de transição.
A mudança do DEM/ No passado, o DEM expulsava o primeiro dos seus que aparecesse suspeito de qualquer coisa. Agora, no caso do senador Agripino Maia (foto), o partido fez diferente. Na festa de fim de ano, ele foi homenageado como aquele que ajudou muito a legenda a chegar de cabeça erguida ao final de 2018. O DEM agora dá aos seus o benefício da dúvida.
Uma noite de festas/ Os políticos começaram as despedidas de 2018: jantar para o novo presidente do TCU, José Múcio Monteiro, na casa de Rodrigo Maia; aniversário do ministro da Justiça, Torquato Jardim; confraternização do DEM, do PSB. A maratona indica que a semana que vem será de bonança no Parlamento. A ordem, dizem alguns, é votar o Orçamento da União na terça-feira e zarpar para o Natal nos respectivos estados.
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