Enquanto o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), abria a sessão solene para promulgar a reforma da Previdência, a Comissão Mista de Orçamento recebia R$ 15 bilhões em projetos de crédito suplementar, com uma grande parte destinada a emendas de deputados e senadores para estados e municípios.
Há recursos para saneamento, desenvolvimento regional, estradas e uma penca de projetos que farão a alegria das bases eleitorais nessa reta final de 2019. Cada um desses projetos, que trazem recursos para vários ministérios, é carinhosamente apelidado na Casa de “Jumbão”, numa comparação ao Boeing 747.
Os “Jumbões” que aterrissaram no Congresso, avisam alguns líderes, serão suficientes para aprovar a proposta de emenda constitucional que completa a reforma previdenciária, a PEC Paralela, com votação prevista para a próxima terça-feira.
O maior teste político de Jair Bolsonaro será a formação do novo partido. Se conseguir consolidar a nova legenda e recuperar a economia, terá um poder de atração inclusive sobre os hoje potenciais aliados do governo.
A ideia de fusão entre o PSL de Luciano Bivar e o DEM arrisca levar vários integrantes do DEM a saírem do partido. Intramuros, há quem diga que não é possível aceitar esse casamento. Especialmente, aqueles mais próximos ao presidente Jair Bolsonaro.
Os partidos de centro jogam em várias frentes para tentar aprovar a prisão em segunda instância. Domingos Sávio (PSDB-MG), conforme adiantou a coluna na semana passada, joga com a aprovação de uma mudança no Código de Processo Penal, enquanto Ricardo Barros (PP-PR) aposta num decreto legislativo para transformar o Congresso eleito em 2022 em Constituinte, nos moldes do que foi feito na década de 80.
Fundado no governo Lula, o grupo Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul (Brics) está longe de ser a turma preferida do presidente Jair Bolsonaro. Especialmente, depois que o russo Vladimir Putin apoiou Evo Morales, o ex-presidente da Bolívia exilado no México. Porém, o presidente promete ser o melhor dos anfitriões e deixar as rusgas de lado.
Aliança no DF/ O nome que desponta como um dos fundadores do novo partido de Jair Bolsonaro no Distrito Federal é o do advogado Luiz Felipe Belmonte, suplente do senador Izalci Lucas (PSDB-DF) e marido da deputada Paula Belmonte (Cidadania-DF). Ela deve ficar onde está. Bia Kicis segue para a nova legenda.
Desdenhou/ O deputado Delegado Waldir (PSL-GO) passou a tarde dizendo aos colegas no plenário que “Bolsonaro está vendendo terreno na Lua com essa história de novo partido. Leva-se muito tempo para montar uma legenda”.
Botou fé?/ Os bolsonaristas, entretanto, têm certeza de que o prestígio do presidente e as perspectivas de melhora na economia são suficientes para construir a nova agremiação sem problemas.
“CarnaBrics”/ É assim que as excelências se referem ao fechamento da Esplanada hoje por causa da reunião de cúpula do grupo formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul. “Sextou” em plena terça-feira, com direito a cinco dias de folga para as repartições públicas dos Poderes da República, incluindo o fim de semana.
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