“O MDB sempre sabe o momento de dizer chega, basta, não dá mais. Foi assim na redemocratização do país.. Hoje, quando vemos a divisão que há no Brasil, de brasileiros contra brasileiros, o MDB está dizendo basta, chega”, disse o ex-presidente Michel Temer, menos de um minuto deis de citar o líder do governo no Senado, Fernando Bezerra Coelho, sentado na lateral, à direita de quem chegava ao jardim da sede do partido. O discurso de Temer, que encerrou o encontro convocado especialmente para lançar o documento “Todos por um só Brasil”, soou para muitos emedebistas como dois chamamentos: Primeiro, para que o partido entre na roda de uma busca para terceira via e promova inclusive um resgate do que foi conquistado em seu governo.
Em segundo lugar, não perca de vista que o atual governo está em severas dificuldades com a radicalização. “No caso do presidente, palavras têm sido destruidoras da harmonia entre os brasileiros. Temos três Poderes que deveriam ser independentes e harmônicos. E não temos harmonia em nosso sistema., Quando as autoridades constituídas não praticam a harmonia estão praticando a inconstitucionalidade”, comentou o ex-presidente.
Ele fez questão de citar em sua fala que promoveu um governo de diálogo, que proporcionou o início da recuperação da economia, o teto de gatos, a responsabilidade social, com dois aumentos no valor do Bolsa Família. Citou também ganhos ambientais, como o aumento da área da Chapada dos Veadeiros. “No meu governo tivemos ousadia”. Temer garante que não deseja ser candidato, diz que é cedo para apontar um nome e considera difícil uma aliança com o PT. Porém, está praticamente certo que Bolsonaro não será o nome que o MDB abraçará. “No caso do presidente, palavras têm sido destruidoras da harmonia entre os brasileiros. Temos três Poderes que deveriam ser independentes e harmônicos. E não temos harmonia em nosso sistema., Quando as autoridades constituídas não praticam a harmonia estão praticando a inconstitucionalidade”, comentou o ex-presidente.
Na entrevista que concedeu logo após o evento, o presidente descartou qualquer ação golpista. Diz que as Forças Armadas não agirão nessa direção e que as instituições nacionais são sólidas e está unidas na defesa da democracia. O presidente também não acredita em impeachment. E também nos bastidores, quando perguntados se o discurso da inconstitucionalidade da falta de harmonia entre os Poderes representa uma senha para o impeachment, os emedebistas respondem apenas que politica é processo. E, nesse momento de incertezas e poeira alta, a hora é de se colocar na roda para 2022.
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