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Bolsonaro é aconselhado a não sancionar fundo eleitoral como retaliação aos ataques contra Flávio

Coluna Brasília-DF

O presidente Jair Bolsonaro já foi alertado de que, nesta largada de 2020, a oposição e até parte de antigos aliados virão “armados” para cima do senador Flávio Bolsonaro (sem partido-RJ). Flávio aparece enroscado nas denúncias de “rachadinha” do tempo em que era deputado estadual e tinha como um dos assessores Fabricio Queiroz, suspeito de operar o esquema de cobrança de parte dos salários dos servidores do gabinete. O aviso fez, inclusive, com que aliados do presidente o aconselhassem a não sancionar o fundo eleitoral, como retaliação.

Há dois dias, Bolsonaro deu a entender que vai sancionar os R$ 2 bilhões para financiar a eleição. Porém a classe política, hoje, só acredita nessa sanção depois que o Orçamento estiver publicado no Diário Oficial da União.

Flávio e o fundo

Entre os aliados do presidente Bolsonaro há quem esteja certo de que os maiores beneficiários do fundo eleitoral — PT e a direção do PSL — vão usar a verba para atacar Flávio, Carlos (o 02) e, de quebra, o deputado Eduardo. Em especial, na eleição do Rio de Janeiro. Esses dois partidos serão os mais contemplados porque elegeram as maiores bancadas.

O dono da bola

Tem uma turma torcendo para que Bolsonaro vete o fundo eleitoral, porque, assim, se o Aliança pelo Brasil conseguir seu registro provisório, poderá participar do pleito. E a nova agremiação não terá direito a fundo partidário. O veto ao fundo, por esse motivo, é arriscado: pode deixar o presidente com cara daquele garoto que, por não ser o principal jogador, pega a bola e leva para casa.

Todo mundo em pânico I

A prisão do ex-senador Luiz Otávio (MDB) por acusações de recebimento de caixa dois na campanha de 2014 deixou os políticos de cabelo em pé. É que, para alguns, foi a prova cabal de que as informações da megadelação da Odebrecht, de 2016, ainda podem causar muitos estragos.

Todo mundo em pânico II

O que mais incomoda as excelências é o fato de 2020 ser um ano eleitoral, quando a população está com a atenção voltada às atividades políticas. Já tem gente ligando para advogados a fim de refrescar a memória sobre a famosa lista da Odebrecht.

CURTIDAS

Sony versus Tesla? / Na maior feira de tecnologia do mundo, por esses dias, em Las Vegas, a Sony apresentou um carro elétrico todo high tech, jurando que não pretende entrar nesse mercado para competir com a Tesla. Queria apenas mostrar as novidades tecnológicas que podem ser usadas pelas montadoras em breve.

AWS versus Google?/ Em dezembro, a AWS (Amazon Web Services) apresentou um mecanismo de busca ultramoderno para seus clientes e usou o mesmo discurso, de que não vai competir com o Google.

Dúvida para a prévia/ Único pré-candidato a prefeito declarado que ainda não se inscreveu na prévia, o deputado Paulo Teixeira, do PT-SP, vai conversar com o ex-presidente Lula antes de decidir se embarca nessa empreitada. É quase certo que deverá ficar fora da disputa. O prazo de inscrição termina na próxima sexta-feira. Até aqui, entraram os deputados Alexandre Padilha, Carlos Zaratini, Jilmar Tatto, e os vereadores Eduardo Suplicy e Nabil Bonduki.

Falem bem, falem mal/ O atentado à produtora Porta dos Fundos e a decisão judicial de censurar o especial de Natal só fizeram aumentar as suas visualizações no Netflix. Agora, liberado pelo presidente do STF, Dias Toffoli, o filme humorístico promete quebrar recordes. O Porta dos Fundos já é considerado o Monty Python tupiniquim.

Denise Rothenburg

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