Autor: Denise Rothenburg
Da coluna Brasília-DF publicado em 19 de novembro de 2024, por Denise Rothenburg com Eduarda Esposito
Aliados comentavam em meio à reunião de cúpula do G20 que se o mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva terminasse em dezembro, seu legado já estaria posto com o G-20 Social e a Aliança contra a Fome — lançada em 2004, quando ele discursou nas Nações Unidas, mas não foi para frente. O discurso no G20, 20 anos depois, poderia ter sido um copia e cola. Naquela época, Lula usou frases do tipo “da fome e da pobreza jamais nascerá a paz” ou “a humanidade está perdendo a luta pela paz”. E conclamou a uma união no combate à fome, com a pergunta: “Se fracassarmos contra a pobreza e a fome, o que mais poderá nos unir?” A frase vale para os dias de hoje. E foi nesse sentido que a Argentina ingressou na nova aliança — não dá para ficar contra um movimento contra a fome. O contraponto que Javier Milei fará — e já ensaiou em seu discurso em defesa do neoliberalismo — será nos meios para se alcançar esse objetivo.
Veja bem
O fato de Lula anunciar uma aliança global contra a fome, 20 anos e dois meses depois daquele discurso na Abertura da 59ª Assembleia da ONU, é sinal de que os países fracassaram nessa empreitada. Agora, com o G20 prometendo, inclusive, um fundo para financiar essa nova tentativa de acabar com a fome, a esperança do governo brasileiro é de que, daqui a 20 anos, os discursos de hoje sejam vistos como primeiro passo de uma caminhada que chegou ao objetivo.
Mais fácil ganhar na Mega
O senador Humberto Costa (PT-PE) foi designado relator do projeto do senador Hamilton Mourão (Republicanos-RS) sobre anistia aos envolvidos nos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023. Difícil será Mourão arrancar um parecer favorável do petista.
Onde mora o perigo
O que leva os senadores e deputados a colocar de molho essas propostas de anistia é o receio de que alguma dessas pessoas termine partindo para atos extremos, como as bombas da semana passada perto do Supremo Tribunal Federal. Além disso, os lideres consideram que o projeto é polêmico e capaz de acirrar os ânimos num momento em que os parlamentares precisam ter tranquilidade para aprovar projetos urgentes — como o Orçamento de 2025.
Só no papel
As novas regras aprovadas no Senado ainda não representam um sinal verde para a liberação das emendas retidas por decisão do Supremo Tribunal Federal. Antes disso, o ministro Flávio Dino já disse a aliados que precisará de uma leitura detalhada da lei que for publicada no Diário Oficial da União.
Consórcio da sustentabilidade
Terminado o G20, os governadores do Sul e Sudeste têm encontro marcado em Santa Catarina para discutir projetos sustentáveis capazes de mitigar os efeitos das mudanças climáticas. A avaliação de alguns deles é de que não dá para deixar tudo a cargo do governo federal. Não está descartada, inclusive, a discussão de emendas ao Orçamento das duas regiões para financiamentos de projetos.
CURTIDAS
Eles estão na área/ Depois do governador de Goiás, Ronaldo Caiado, começar a rodar o país para se apresentar ao União Brasil como uma opção para 2026, o governador do Paraná, Ratinho Júnior, deve seguir pelo mesmo caminho. É o nome do PSD para a disputa e o único que, até aqui, tem alguma inserção no Nordeste, por causa do programa do pai, o Programa do Ratinho, um dos mais populares da tevê brasileira.
Theresa May em São Paulo/ A Associação Brasileira dos Planos de Saúde (Abramge) realiza o congresso brasileiro de seus associados com a presença da ex-primeira-ministra do Reino Unido Theresa May (foto). Ela tem uma vasto conhecimento sobre o tema. Seu governo, de 2016 a 2019, foi responsável pela eficiente transformação do sistema de saúde britânico, o National Health System.
Parceria obrigatória/ No Brasil, o sistema público de saúde atende a 75% da população. Cabe ao privado e suplementar 25% do atendimento. Embora integrados, um sistema depende do outro. Essa interdependência, que sempre gerou um debate longo e polêmico, será o ponto central do congresso da Abrange, na quinta e na sexta-feira, em São Paulo.
Novo normal/ Os cariocas estão acostumados a encontrar celebridades na sua orla, mas o presidente da França, Emmanuel Macron, de terno, acompanhado da mulher, Brigitte, toda de preto, de salto alto, às 23h, no calçadão de Copacabana, foi a primeira vez.
Da coluna Brasília-DF publicado em 17 de novembro de 2024, por Denise Rothenburg com Eduarda Esposito
Foi um banho de água fria no PT a fala do futuro presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, sobre a perspectiva de redução da queda dos juros nos Estados Unidos no governo de Donald Trump e seu impacto no mundo. O partido via no diretor indicado por Luiz Inácio Lula da Silva a aposta para uma mudança radical na política de juros do atual comandante do BC, Roberto Campos Neto. Porém, no G20 Talks desse feriadão, Galípolo deixou os políticos com a sensação de que essa guinada não será possível, por causa das medidas que Trump promete adotar, tais como, elevação das tarifas de importação e nova política de imigração.
Modo cobrança
Os petistas admitem uma redução das suas expectativas em conversas reservadas, mas, publicamente, a ordem é continuar na linha de pressionar para alteração mais contundente no que vem sendo feito por Roberto Campos Neto. No BC, prevalece a visão de que é preciso todo o cuidado no controle dos juros. Quando a política prevaleceu nesse campo no passado, foi o país quem pagou a conta.
Pente fino
Desde quarta-feira, agentes de inteligência varrem as redes sociais em busca de mensagens de ódio. Afinal, foi ali que Francisco Wanderley deu as pistas do que estava planejando. A ordem no governo é vasculhar tudo que possa representar a presença de outros lobos solitários em Brasília.
Sem guerra, não vai
Tem muita gente incomodada com a possibilidade de deixar as guerras na Ucrânia e no Oriente Médio fora da declaração conjunta do G20 por causa das dificuldades de se chegar a um consenso sobre os conflitos. Se esse tema não entrar, a incapacidade de diálogo no mundo ficará ainda mais evidente.
PP vai pedir o DF
Em conversas reservadas, o PP de Celina Leão definiu que na hora de sentar-se à mesa com os candidatos da direita ao Palácio do Planalto em 2026, pedirá todo o apoio à candidatura da vice-governadora do DF. O partido acredita que não tem nome melhor do que o dela, seja à esquerda ou à direita.
É pegar ou largar
A avaliação nos aliados de Celina é a de que o PL de Jair Bolsonaro terá dificuldades em partir para outras candidaturas, porque a vice-governadora é a mais capaz de dar ao palanque bolsonarista na capital da República um discurso conservador avesso a atos violentos. Afinal, em todas as oportunidades ela passou no teste, seja nos ataques de 8 de janeiro ou nas explosões da última quarta-feira.
CURTIDAS
Trump presente/ O presidente da Argentina, Javier Milei, caminha para ser o porta-voz de Trump na reunião de cúpula do G20. Vem disposto a fazer o contraponto com Lula e o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden (foto).
5×2 pode ser/ O deputado Luiz Lima (PL-RJ) considera radical a proposta de redução da jornada de trabalho para 4X3, mas acredita que a 5×2, com o sexto dia flexível, uma boa evolução. “Um jovem de 25 anos que recebe comissão vai querer trabalhar seis dias, mas uma senhora de 50 anos que trabalha com a limpeza vai ser beneficiada. É preciso avaliar caso a caso e pensar no sexto dia flexível para negociação entre o empregado e o empregador”, disse.
Então, é Natal/ Depois do atentado da semana passada em frente ao Supremo Tribunal Federal (STF), a tendência dos congressistas é tentar tirar da pauta do plenário tudo o que acender demais os ânimos. Especialmente, as pautas de costumes, como o aborto.
Por falar em polêmica…/ O ex-deputado Roberto Freire, que concorreu à Presidência da República pelo antigo PCB em 1989, levanta uma em suas redes sociais: “Os ministros do STF devem voltar a ser apenas juízes e falarem nos autos, em última instância e como guardiões da Constituição do Brasil. Temos – para o bem da democracia e reconquista da pacificação nacional – que encerrar os tempos de cronistas, comentaristas e analistas políticos e, especialmente, o de substitutos das polícias criminal e judicial da República”, diz, mencionando ainda a presença deles em convescotes durantes os fóruns que participam mundo afora.
Da coluna Brasília-DF publicado em 15 de novembro de 2024, por Denise Rothenburg com Eduarda Esposito
Integrantes do próprio PL consideram difícil levar adiante a intenção da deputada Bia Kicis (PL-DF) de só apoiar para presidência da Câmara quem se comprometer com o projeto de anistia aos envolvidos nos atos antidemocráticos de 8 de janeiro de 2023. É que, enquanto o presidente da Casa for Arthur Lira (PP-AL), o líder do Republicanos, Hugo Motta (PB), candidato da maioria, não tratará desse tema. A deputados próximos, Motta já disse que esse problema cabe a Lira. E se esse assunto chegar a fevereiro do ano que vem sem solução, os líderes, conjuntamente com a Mesa Diretora da Casa, seja ela qual for, é que terão que decidir o que fazer, levando em conta serenidade e bom senso.
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Em tempo: Lira também não pretende tratar desse assunto tão cedo. É que há quase um consenso entre os líderes dos partidos de centro sobre a necessidade de, primeiramente, averiguar qual o grau de conexão do homem-bomba da última quarta-feira, Francisco Wanderley Luiz, com os atos de 8 de janeiro. E como as investigações devem demorar, dificilmente haverá tempo hábil de tratar dessa anistia este ano.
Muito além da anistia
As explosões próximas ao Supremo Tribunal Federal (STF) e à Câmara dos Deputados levarão a uma revisão completa do sistema de segurança no Legislativo e no Judiciário. Inclusive com investimentos nas áreas de inteligência e contratação de novos policiais.
Por falar em investimentos…
Parte da turma que avalia os cortes orçamentários vai sugerir que os recursos a serem aplicados na área de inteligência e segurança das sedes dos Três Poderes e autoridades sejam preservados e, se possível, ampliados. No Parlamento, já existe muita gente dizendo que não há como fazer economia nessa seara.
… nada está assegurado
Na próxima semana, as pautas em foco da Câmara dos Deputados serão o projeto sobre as emendas parlamentares para destravar o Orçamento, que, de acordo com o deputado Zé Haroldo Cathedral (PSD-RO), “não tem nada pronto”. Aliás, a essa altura do campeonato, a cinco semanas do fim dos trabalhos legislativos, sequer a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) foi votada — e nem há prazo previsto para apreciação.
Sem pressa
Como o leitor da coluna já sabe, deputados só querem tratar do Orçamento depois que o ministro Flávio Dino, do STF, liberar as emendas. E as explosões não mudaram em nada essa disposição.
CURTIDAS
Tratamento diferente…/ O deputado Luiz Lima (PL-RJ, foto) lamentou as explosões e afirmou que há diferença de tratamento deste episódio para o atentado do ex-presidente Jair Bolsonaro, em 2018. “Quando Bolsonaro sofreu aquele atentado, todos diziam que era um lobo solitário. E hoje já estão falando que tem que investigar (o homem que jogou bombas no STF) porque não é um lobo solitário”, disse.
… mesma dor/ O parlamentar do PL também questionou o porquê de não haver a mesma repercussão quando os deputados do seu partido foram ameaçados por uma influencer. Em vídeo, Festi, uma tiktoker com 1 milhão de seguidores, ameaça sequestrar e botar “um fuzil na cabeça” de parlamentares que não assinaram a Proposta de Emenda Constitucional que reduz a escala de trabalho, hoje de 6×1. “Tem que ter a mesma preocupação. Eu sinto a mesma dor quando os outros são ameaçados. Precisamos trazer o lado mais humano e menos político”, comentou.
Sigamos em frente/ Parlamentares ainda estão consternados com atentado terrorista ao STF, quarta-feira, mas não a ponto de cancelar as sessões de segunda-feira e de terça-feira, ainda que tenha reunião do G20 no Rio de Janeiro, e seja véspera do feriado da Consciência Negra. O tempo até o recesso é pouco e serviço não falta.
Bom feriado/ Que a data da Proclamação da República traga serenidade para as discussões políticas.
Da coluna Brasília-DF publicado em 14 de novembro de 2024, por Denise Rothenburg com Eduarda Esposito
A primeira reação no Supremo Tribunal Federal (STF), depois das explosões, foi proteger os ministros, retirando os que estavam no prédio. No Congresso, a ordem foi não se render aos extremistas. Ambas as Casas mantiveram suas sessões, quando a deputada Sâmia Bonfim (PSol-SP) e o senador Carlos Portinho (PL-RJ), de ideologias opostas, pediram a suspensão dos trabalhos; ela, na Câmara, ele, no Senado. Hoje, entretanto, não há sessão marcada, e todos vão para o feriado sob tensão.
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Todo cuidado é pouco/ Que ninguém se iluda: as grades vão voltar à Praça dos Três Poderes, e a ordem na Câmara, no Senado, no STF e no Planalto é reforçar a segurança e os serviços de inteligência, com bloqueio dos estacionamentos próximos às sedes dos Poderes. É o retorno ao terror que imperou no fim de 2022 e início de 2023.
Caminho para ampla vitória
O que parecia impossível há alguns meses virou pule de 10 a dois meses e meio da eleição do presidente da Câmara. O líder do Republicanos, Hugo Motta, virou candidato único do centro da política. O segredo do sucesso foi a atração do PL à direita e do PT à esquerda. Quando essas duas legendas entraram no blocão de Hugo, distribuindo espaços e comissões da Casa, não sobraram opções de jogo para o União Brasil do centro à direita e nem para o PSD de Gilberto Kassab, do centro para a esquerda. E ficar sem visibilidade e, por tabela, emendas, não era o projeto das bancadas. Agora, Hugo Motta terá de se equilibrar entre governo e oposição tal e qual Arthur Lira.
O equilibrista
Hugo Motta, até aqui, tem sido um equilibrista. Jogou para escanteio a proposta de emenda à Constituição que mexe na escala de 6 x 1 dos trabalhadores para implantar a de quatro dias trabalhados por três de folga. Ao dizer que tem de discutir ouvindo quem emprega, sinalizou que o debate será longo. O setor empresarial gostou e viu na fala do deputado um sinal de que essa mudança não acontecerá tão cedo. A tendência é a de que propostas à direita e à esquerda, se radicais, sejam dirigidas às comissões a perder de vista. E só votar o que obtiver um mínimo de consenso na sociedade.
Prefeitos na pressão…
Se tem algo que vai andar rápido no Congresso por esses dias é o projeto que trata das emendas parlamentares. Os prefeitos chegaram com tudo a Brasília nesta semana, pedindo a regulamentação para garantir a liberação daquelas suspensas por decisão judicial.
… e na incerteza
Quem vai liberar de fato é o STF. Até aqui, as irregularidades encontradas pela Controladoria-Geral da União (CGU) não permitiram que a Corte levante a suspensão. E muitos ministros têm insistido que os congressistas precisam enviar as listagens de quem foi beneficiado. Do STF, vem a notícia de que tudo o que foi adotado até aqui ainda não representou o cumprimento da decisão do Supremo
CURTIDAS
Chineses fecham hotel/ Em sua segunda visita a Brasília, o presidente da China, Xi Jinping (foto), fechou o hotel Royal Tulip, próximo ao Palácio da Alvorada. A segurança do presidente chinês mandou modificar toda a estrutura da suíte presidencial e, além de trocar os móveis de lugar, os chineses fizeram questão da retirada do carpete novinho. Xi Jinping chega a Brasília logo após o G20, no Rio de Janeiro, para uma série de acordos com o governo brasileiro e um encontro com o presidente Lula na próxima quarta-feira.
E não é a primeira vez/ É comum a delegação chinesa bloquear hotéis inteiros em viagens presidenciais. Foi assim também em 2019, em sua primeira visita ao Brasil como presidente da China, ainda no governo de Jair Bolsonaro.
Campeões/ Muitos atentos observadores de delegações chinesas informam que a segurança dos presidentes do Império do Meio costuma ser mais exigente do que a dos presidentes dos Estados Unidos. Pelo mesmo hotel, já passaram o ex-presidente Barack Obama, em 2011, e Joe Biden, no cargo de vice-presidente, em 2013.
PT decide apoiar Davi Alcolumbre (UB-AP) para a presidência do Senado
Por Eduarda Esposito — Em nota, o partido dos trabalhadores anunciaram que optaram por apoiar o senador Davi Alcolumbre (UB-AP) na candidatura à presidência do Senado. A segunda vice-presidente, ainda sem nome, e a presidência da comissão de educação serão da legenda. O senador ainda não descartou outros possíveis papéis que o partido poderá ter no mandato de Davi Alcolumbre (UB-AP). De acordo com o líder da bancada, o senador Beto Faro (PT-PA), tudo foi acordado em bons termos, já que Alcolumbre tem compromisso com as pautas do governo.
Em nota, o PT afirma que, “a bancada do Partido dos Trabalhadores no Senado decidiu apoiar o nome do senador Davi Alcolumbre (União-AP) para suceder o colega Rodrigo Pacheco (PSD-MG) na presidência da Casa. A decisão dos parlamentares petistas foi tomada após o compromisso do amapaense com o fortalecimento das instituições democráticas no país. Senadoras e senadores do PT veem no senador Alcolumbre compromisso firme com o equilíbrio necessário à condução do Congresso Nacional. A bancada do PT considera essa postura um passo fundamental para que se preserve a estabilidade indispensável ao país, em pleno processo de reconstrução pelo governo Lula”.
Parlamentares estão preocupados com o possível fim do saque-aniversário do FGTS
Por Eduarda Esposito — A Frente Parlamentar Pelo Livre Mercado (FPLM) e o Instituto Livre Mercado (ILM) estão preocupados com o possível fim da modalidade do saque-aniversário do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS). Tendo em vista que a decisão ainda está sendo discutida no Ministério do Trabalho, os parlamentares se adiantaram e fizeram um evento no Salão Nobre da Câmara dos Deputados para rebater a proposta do governo. A urgência se deve à afirmação do ministro do trabalho, Luiz Marinho (PT), que declarou, em setembro, que o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), aprovou o fim da modalidade do FGTS.
O ex-secretário Especial de Produtividade e Competitividade do Ministério da Economia do Governo Bolsonaro, Carlos da Costa, afirmou que, ao contrário do que se pensa, o vaor do saldo do FGTS aumentou após a implementação do saque-aniversário. Em 2019 o valor era de R$ 536 bilhões e em 2023, era de R$ 704 bilhões. “27% ds trabalhadores aderiram ao saque-aniversário e ele é usado para pagar contas, prestações de celulares. 75% das pessoas que adiantaram o saque eram neativadas”, declarou Costa.
A deputada Any Ortiz (Cidadania-RS), informou que um dos problemas da modalidade não é causar prejuízo ao trabalhador, mas sim em caso de adesão do modelo, ele não poder sacar todo o dinheiro do FGTS se for demitido sem justa causa. “O FGTS deveria ser do trabalhador. Hoje, ele tem que abrir mão do seu próprio recurso, em caso de demissao sem justa causa, para ter o saque-aniversário”, afirmou.
Atuamente, adesão a essa modalidade é imediata, mas caso queira voltar ao saque-recisão, o trabalhador precisa esperar 2 anos, sem direito a receber nenhum valor durante o tempo. Inclusive, se for demitido nesse período, mesmo sem justa causa, não poderá sacar o saldo. A deputada apoia o Projeto de Lei (PL) 3.200/2024 propõe que os trabalhadores possam usufruir das duas modalidades de saques.
O vice-presidente do banco BMG, João Guilherme de Andrade, falou que o saque-aniversário permite um crédito mais acessível às pessoas mais nessecitadas. ”Pessoas idosas, vulneráveis, muitas vezes analfabeta que tem nesse crédito consignado, talvez o crédito mais barato, faz muita diferença. Porque é o crédito que ele tem como pagar”, disse.
Também revelou que a modalidade injetou dinheiro no mercado pela possibilidade de antecipação. ”Quando foi instituído o saque aniversário, a gente ampliou o mercado do crédito barato para as pessoas o que aconteceu foi que aqueles que tinham depósito do FGTS, pessoas vulneráveis, de baixa renda, tiveram acesso ao crédito porque antes não tinha a um preço muito convidativo. E assim puderam fazer pequenas reformas e ajudar seus filhos”, exemplificou.
*a jornalista foi convidada pela FPLM
Antonio Brito (PSD-BA) desiste de concorrer à presidência da Câmara
Por Eduarda Esposito – Após 27 minutos de reunião na sede do PSD na Câmara, o presidente do partido, GIlberto Kassab (SP), e o líder da legenda na Casa, Antonio Brito (BA), anunciaram a desistência de Brito à eleição da presidência da Câmara dos Deputados. Quem fez o anúncio foi o próprio Antonio Brito, que afirmou que a presença do presidente mostra a união do partido. “Registrar para vocês que acabamos de ter uma reunião onde foram avaliadas todas as alternativas em relação à eleição da Casa”, afirmou o presidente do PSD, GIberto Kassab.
Em seguida, Antonio Brito declarou que a decisão de desistir da candidatura foi sua e que a decisão de apoiar Hugo Motta (Republicanos-PB) não foi um consenso dentro da legenda.
“Dizer a vocês que a bancada se reunida hoje, após conversas com o candidato Hugo Motta e o debate que nós trouxemos aqui na semana passada, as proporcionalidades e do cumprimento do tamanho do partido na Casa, a bancada decidiu, com proposta minha, retirar a nossa candidatura a presidente da câmara para que nós possamos dar sequência ao processo que ocorre com as demais lideranças da casa e apoiar Hugo Motta. Essa é a decisão da bancada do PSD, após uma reunião, foi uma posição majoritária da bancada, muitos concordavam, outros não, mas nós entendemos assim e pedimos ao presidente Kasab que esivesse junto conosco para mostrar que o PSD, tanto o partido, quanto a bancada e quanto a liderança, estão juntos em uma só decisão”, afirmou.
Além disso, Brito informou que agora é o partido assume a liderança do segundo maior Bloco Parlamentar: MDB, PSD, Republicanos e Podemos. Antes do início da reunião, os deputados estavam reunidos para a captura de imagens quando o deputado Gilberto Nascimento pediu aos repórteres: “Se tirarem fotos, coloquem na legenda: Deus os criou, Kassab os uniu”, disse sorrindo.
“Se tirarem fotos, coloquem na legenda: Deus os criou, Kassab os uniu”, disse o deputado Gilberto Nascimento (SP).
Confira o vídeo na íntegra:
Vice-governadora do DF afirma que o fim da escala 6×1 vai gerar desemprego
Por Denise Rothenburg – Celina Leão (PP), vice-governadora do Distrito Federal, declarou hoje que a PEC 6X1, que propõe o fim da escala 6 dias de trabalho e 1 dia de descanço, vai gerar desemprego e quem vai pagar a conta final será o consumidor. “Olha, eu acho que essa discussão precisa acontecer entre a empresa e seus funcionários. Tem funcionários, hoje em dia, que trabalham um tempo menor. Agora, se construir isso, se discutir isso dentro da Câmara, sem chamar quem empregue, quem gera, eu vou criar uma despesa para você e vou falar agora: você que paga. Quem vai pagar essa conta somos nós que compramos, nós vamos pagar isso na ponta, no produto”, afirmou.
De acordo com a gestora, quando se aumenta o salário e reduz a carga horária, essa despesa deverá ser recuperada em algum lugar. “Não existe hora extra sem você pagar, não existe trabalho extra sem você pagar. A minha grande preocupação é que o grande prejudicado, de toda essa montanheira, ser o consumidor final, aumentando a inflação, aumentando impostos, e eu acho que isso não é o caminho que o Brasil quer”, disse.
À coluna, Celina comentou que não vai orientar o partido a não apoiar a proposta. “O progressistas é um partido onde as pessoas têm liberdade de colocar suas posições, ainda mais um tema desse que é tão flexível, né, mas eu acho que esse é um tema que deveria ser construído entre as empresas, empregador, com a legislação trabalhista que nós já temos, que é muito forte, garantida”, concluiu.
PSD anuncia apoio a Davi Alcolumbre (UB) na presidência do Senado
Por Eduarda Esposito – Após reunião com os senadores no gabinete da liderança do partido no Senado Federal, o PSD anunciou apoio à candidatura do senador Davi Alcolumbre (UB) à presidência da Casa. O líder do partido, o senador Omar Aziz (AM), explicou que a senadora Eliziane Gama (MA) abriu mão da candidatura. “Pela unidade do partido, para marchar junto, a senadora Eliziane abriu mão da candidatura e o partido vai apoiar o senador Davi Alcolumbre”.
Aziz afirmou que vai chamar hoje o senador Alcolumbre para conversar e definir o papel que o seu partido terá na mesa e nas comissões. Além disso, uma das exigências é que a senadora Daniella RIbeiro (PB) seja a primeira secretária. “Nós temos esse compromisso em prestigiar, porque nós temos a maior bancada feminiana no Senado. Então, elas têm que ter todo o nosso prestígio em relação. E eu não tenho dúvida nenhuma que a Daniella, pela experiência que ela tem, poderá assumir essa função e fazer um trabalho bom aqui dentro do Senado”, contou.
Para a Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ), a decisão do PSD foi pelo senador Otto Alencar (BA). “A pessoa que é unanimidade no partido, foi um grande líder e tem a nossa inteira confiança”, disse Aziz.