Começa o jogo para presidência da Câmara e do Senado

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Antes mesmo de saber quem será o futuro presidente da República, o PL avisa que não pretende balançar a posição de Arthur Lira (PP-AL) na Presidência da Câmara. A disposição é de apoio total para ajudar a resolver o jogo no Senado, onde o partido tem pretensões de fixar sua bandeira. O PP, porém, vai esperar decantar a disputa para a Casa da federação e, só depois, é que pretende definir uma posição. Não quer brigar, por exemplo, com o União Brasil, que tem interesse em presidir o Senado. E se Lula vencer a eleição presidencial, o MDB também entrará no páreo.

Deu ruim

O petista Luiz Inácio Lula da Silva foi aconselhado a evitar viagens a Pernambuco neste segundo turno. Ele já tem uma boa vantagem em seu estado natal, poderia até ir agradecer os votos, mas parte da campanha presidencial do ex-presidente considera que a candidata do Solidariedade, Marília Arraes, tropeçou feio esta semana. E com ela colando sua campanha à de Lula, é melhor ficar longe dos erros dela nesta largada da rodada final.

Ficou pior
Marília disse não ao pedido da adversária Raquel Lyra (PSDB) para adiar o início do horário eleitoral de segundo turno por causa da missa de Sétimo Dia do falecido marido — Fernando morreu no dia da eleição. Um vídeo gravado pela campanha de Raquel lembra que, em 2014, a presidente-candidata Dilma Rousseff e Aécio Neves pararam a campanha para ir a Recife, para o velório do então candidato do PSB, Eduardo Campos. Marília não quis saber de dar um tempo para sua adversária viver o luto. Errou e, talvez, não dê tempo de consertar.

Mercado futuro
Numa conversa com a vice-governadora eleita Celina Leão, o senador Reguffe chegou a ouvir que deveria ir para o governo do Distrito Federal. Falta combinar com o governador Ibaneis Rocha. Até aqui, não há planos do MDB em levar Reguffe para o GDF. Porém, Celina, candidatíssima ao Buriti para 2026, cria pontes com os adversários. Em política, o rival de hoje sempre pode ser o aliado de amanhã.

Tebet na área, mas…
A senadora Simone Tebet (MDB-MS) é considerada a futura ministra da Educação, caso Lula seja eleito no final do mês. Só tem um probleminha: essa área é considerada uma das inegociáveis por parte do PT. Logo, é preciso cautela.

Em casa/ Na batalha pela eleição de Damares Alves ao Senado, a primeira-dama Michele Bolsonaro praticamente se mudou para Ceilândia por alguns dias de setembro. No dia em que dormiram por lá, pediu cachorro quente da lanchonete 14 Irmãos, famosa no local. Comeu dois e ainda levou a maionese verde para o Alvorada.

E na campanha/ Agora, Michele vai entrar de cabeça na campanha em Goiás e nas regiões Norte e Nordeste. Há viagens programadas para os seis estados do Norte e, ainda, para Bahia e Pernambuco.

Neutro, só xampu/ O tucano Eduardo Leite pode enfrentar problemas neste segundo turno, por causa da neutralidade em relação à campanha presidencial. No PT, há quem diga que não é possível ficar em cima do muro nesta nova eleição. Assim, os petistas gaúchos tendem a seguir para o voto nulo na eleição no Rio Grande do Sul.

Problemas iguais, reações diferentes/ No Rio Grande do Sul, Bolsonaro fechou o primeiro turno à frente de Lula. E se Leite optar pelo petista, seus aliados acreditam que perderia votos. ACM Neto, na Bahia, considera ter o mesmo problema, porém com sinal trocado. Lá, se ele fechasse com Bolsonaro, seus aliados acreditam que poderia perder votos. Vale lembrar que o ex-prefeito de Salvador já obteve o apoio de João Roma, sem precisar pedir. O mesmo não fez o PT gaúcho até agora em relação a Leite.

Apoios de Zema e Garcia a Bolsonaro preocupam o PT

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Nada preocupa mais o PT hoje do que dois movimentos feitos em direção a Jair Bolsonaro: O primeiro foi o do governador de Minas Gerais, Romeu Zema, que planeja fazer campanha em favor de Jair Bolsonaro e virar o jogo para a reeleição do presidente da República. O outro é o do governador de São Paulo, Rodrigo Garcia, que declarou apoio a Bolsonaro. Garcia, porém, não tinha saída. Era aderir a Bolsonaro ou correr o risco de ficar sozinho, vendo seus prefeitos irem para o palanque do antipetismo. Bolsonaro já havia recebido o apoio de Cláudio Castro (PL) e, agora, tem os três governadores do Sudeste.

Esses apoios têm tudo para ampliar o percentual de votos de Jair Bolsonaro. Resta saber, porém, se serão suficientes para dar ao presidente Jair Bolsonaro o caminhão de votos necessários para superar Lula. Os petistas acreditam que não ultrapassará, mas, em Minas, há quem esteja com receio de que o apoio de Zema termine por tirar votos obtidos pelo ex-presidente no primeiro turno. Quanto a São Paulo, os petistas avaliam que será difícil a ampliação dos votos. É que, até agora, aqueles que declararam apoio a Lula não prometem arregaçar as mangas neste segundo turno. Haja visto o vídeo de Ciro Gomes, que cita apenas seguir a “decisão do PDT”, sem anunciar qual foi e muito menos o nome do candidato. Não por acaso, nos últimos dias, já tem muita gente fazendo piada, referindo-se ao vídeo de Ciro como apenas um sorriso enigmático para Lula. Tal e qual o da Mona Lisa, de Leonardo da Vinci, muito bem instalada no Louvre, em Paris.

Sobrou para a turma de Haddad

Na reunião do PT em que os celulares tiveram que ficar de fora houve críticas à campanha de Fernando Haddad, por ter deixado o adversário Tarcísio de Freitas correr praticamente solto em São Paulo ao longo do primeiro turno. Ele andou tanto que, agora, muita gente considera que será difícil tirar a diferença.

O Cidadania apoia, mas…
O partido de Roberto Freire e Cristovam Buarque anunciou o apoio a Lula
, mas esse suporte não é unânime. “Todos os parlamentares eleitos foram contra esse apoio. Bolsonaro não é o que me representa, mas (entre ele e Lula), prefiro alguém que defende a família”, diz a deputada federal Paula Belmonte (Cidadania-DF), eleita para a Câmara Legislativa do DF, ao anunciar que não votará no ex-presidente.

Se for compensação…
Dos candidatos que se apresentaram para a vaga da Câmara dos Deputados ao Tribunal de Contas da União (TCU) o único que não se reelegeu foi o deputado Fábio Ramalho (MDB-MG). A aposta é a de que ele tem condições de obter os votos do colegas. A escolha deverá ser feita ainda este ano.

Só tem um probleminha
O presidente da Câmara, Arthur Lira, prometeu o cargo para várias pessoas. Vai esperar a volta dos parlamentares ao Congresso, o que ainda não ocorreu, para marcar a votação. A bancada feminina vai pleitear a vaga para Soraya Santos (PL-RJ). Os evangélicos preferem Jhonatas de Jesus (Republicanos-RR). Os dois foram reeleitos.

Antes de Damares/ Na fila para Presidência da Câmara, a bancada do agro planeja apostar na senadora eleita Tereza Cristina (PP-MS) e não Damares Alves (Republicanos-DF) Falta combinar com o União Brasil, que tem Davi Alcolumbre louco para voltar ao comando da Casa. E Renan Calheiros, que é citado para o cargo, caso Lula seja eleito presidente.

Veja bem/ A candidatura de Tereza, porém, corre o risco de não emplacar, porque o PP quer priorizar a reeleição de Arthur Lira na Câmara. O mesmo partido nas duas Casas, com o PL sendo a maior bancada, não dá.

A força de Michelle/ Estudiosa dos movimentos eleitorais desde 1989, a diretora de pesquisas qualitativas do instituto Opinião, Patrícia Reis, alerta para a frase de Jair Bolsonaro, “manda quem pode e obedece quem tem esposa”, como o fator principal que resume o papel da primeira-dama Michelle Bolsonaro neste segundo turno: “Ela é muito benquista. Nesta terra tupiniquim, conseguimos o impensável, que é ter uma Michelle Obama casada com um Trump. Ou, no dizer das entrevistadas nos grupos de pesquisa, o enredo da Bela e a Fera. A frase dele é a ressonância perfeita para o arquétipo em formação, o desejo latente que, depois de tanto esforço, a Bela consiga transformar a Fera em príncipe. Mas, mesmo que não consiga, o recado mais importante foi dado: A Fera tem quem mande nela”.

Xô, Satanás!/ As campanhas de Jair Bolsonaro e de Lula apelaram na busca de votos do eleitorado religioso. Numa das peças, a senadora eleita Damares Alves é citada como alguém que fez um pacto com o coisa ruim para reeleger o presidente. Noutra, que rendeu uma ação do PT no Tribunal Superior Eleitoral, são citados posts que se referem a um satanista fazendo campanha para Lula. Santo Deus, nos livrai desse tipo de campanha baixa, vulgar e sem propostas construtivas para o país. Amém!

 

Apoio do PSDB e do MDB a Lula não é fácil

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O Cidadania e o PDT vão apoiar Lula, mas o MDB de Simone Tebet e o PSDB têm dificuldades em seguir nesse caminho sem rusgas. Os tucanos precisam de Luiz Inácio Lula da Silva e seus aliados para alavancar Eduardo Leite, no Rio Grande do Sul, e Eduardo Riedel, no Mato Grosso do Sul. Mas querem os bolsonaristas para enfrentar os aliados de Lula na Paraíba e em Pernambuco, estado do presidente do PSDB, Bruno Araújo.

Nesse sentido, o PSDB não deve seguir em bloco no apoio ao PT e já vê seus filiados divididos. Em São Paulo, onde os tucanos perderam o governo do estado, os prefeitos do interior já seguiram para a candidatura de Jair Bolsonaro (PL). O senador Tasso Jereissati (CE) apoiou Lula. Com tantos problemas e divisões internas, os tucanos — que abriram a disputa eleitoral com uma prévia para escolher o candidato ao Planalto — terminam divididos, sem cara e sem personalidade, rumo à liberação de seus integrantes no segundo turno.

Seguro morreu de velho

Juntos, os partidos do Centrão terão poder para dar e vender a partir de 2023, com mais de 250 votos na Câmara. Só tem um probleminha: até acertar os espaços, ninguém confia em ninguém. Para fazer frente ao crescimento do PL, por exemplo, o PP pretende se unir ao União Brasil para garantir a presidência da Câmara para Arthur Lira (AL) e tentar emplacar Davi Alcolumbre (AP) no Senado.

Sobrou
Nesse acordo, quem deve “sobrar” é o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG). Seu partido apoiou Lula em Minas e, ao que tudo indica, não há muito espaço para recandidatura. Isso porque, se o petista vencer, o MDB vai novamente tentar retomar o poder de comando no Senado.

As montanhas de Minas I
As primeiras declarações do governador reeleito Romeu Zema deixaram os políticos de Minas Gerais com a sensação de que Bolsonaro tem condições de virar o jogo no estado. Em 2014, Dilma Rousseff chegou na frente no primeiro turno e ampliou a vantagem sobre Aécio Neves depois de o PT eleger Fernando Pimentel governador no primeiro turno.

As montanhas de Minas II
Dessa vez, os petistas não terão por lá um governador para chamar de seu, capaz de alavancar a candidatura presidencial. E para completar, ainda tiveram Zema dizendo que sua missão neste segundo turno será combater o PT. Ele mobilizará os prefeitos, de forma a garantir o apoio dos deputados estaduais e federais eleitos pelo PL.

“Por ora, descanso”/ Antes de vir a Brasília fazer um reconhecimento de área do Senado e da Câmara, o senador eleito Sergio Moro (União Brasil-PR) e a deputada eleita Rosângela Moro (UB-SP) vão tirar uns dias de férias. Mas Moro já falou por telefone com Bolsonaro e ensaiam uma aproximação. Até ontem, não havia sido acionado para fazer campanha por ACM Neto (UB), na Bahia, ou Tarcísio de Freitas, seu antigo colega de ministério.

Agro paulista apoia Bolsonaro/ O Sistema de Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo e o Serviço de Aprendizagem Rural (Faesp/SEnar-SP) anunciou o apoio à reeleição de Bolsonaro, com alfinetadas em Lula. “O presidente sempre demonstrou entender nosso papel da garantia da segurança alimentar e a geração de emprego e renda, por meio de uma produção reconhecidamente sustentável. E o mais importante, diferentemente de seu concorrente, ele faz na prática o que diz em seu discurso, honrando seu comprometimento com o agro”, afirma a Faesp, em nota.

E vai mais além/ “Como produtores e trabalhadores rurais, não queremos viver no sobressalto da insegurança jurídica. Só o diálogo e o respeito mútuo colocarão a nação no rumo certo”, diz o texto assinado por Fábio Meirelles, presidente do Sistema Faesp/Senar-SP.

Patrícia Pillar apoia Lula/ Com Ciro Gomes fora do segundo turno, a atriz anunciou que votará em Lula no segundo turno.

E o Doria, hein?/ O ex-governador João Doria avisa que votará nulo para presidente da República neste segundo turno: “Minha posição é de neutralidade. Não voto nem no PT do Lula, nem no PL de Jair Bolsonaro”, afirmou à coluna.

Os desafios do segundo turno das eleições

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A final entre Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Jair Bolsonaro (PL) obrigará ambos a deixarem mais claros seus projetos econômicos e sociais. O petista contava com a vitória na primeira rodada, jogando praticamente parado, colocando-se como o “fiador da democracia” e sem detalhar seu programa. Ainda assim, conseguiu ampliar em 25 milhões o desempenho e quase chegou ao total de 57 milhões de votos que Bolsonaro obteve no segundo turno em 2018. Mas só isso não basta: agora terá que detalhar seu programa.

Bolsonaro, por sua vez, obteve um milhão de votos além do que conquistou no primeiro turno de 2018. Seus aliados acreditam que poderia ter tido mais, se as pesquisas tivessem acertado o percentual de votos em favor dele, por exemplo, em São Paulo.

Agora, há quem diga que terá que assinar um compromisso com a democracia, detalhar projetos para os próximos quatro anos e mobilizar toda a tropa que elegeu 14 senadores e 101 deputados do PL para pedir votos em seu favor Brasil afora — especialmente em Minas Gerais. E, para não quebrar a onda favorável dos últimos dias, a ordem entre seus apoiadores é começar hoje.

Os cálculos de Valdemar da Costa Neto

Com o PL detentor da maior bancada do Senado e da Câmara, o comando do partido não tem mais dúvidas de que jogou certo ao acolher Bolsonaro. Agora, avalia, seja quem for o presidente da República, terá que negociar com a legenda. Afinal, 101 deputados é algo que há tempos nenhuma legenda atingiu, ainda mais sem coligação.

Melhor de dois
O PL, porém, acredita que sua situação será muito mais confortável com a reeleição de Bolsonaro, que não pretende chegar detonando o poder dos congressistas sobre o Orçamento da União. Lula, ao contrário, já disse que deseja retomar esse controle. Diante dessa premissa, a bancada pretende ajudar a reeleição do presidente.

Alckmin deixou a desejar
Os petistas viam no ex-tucano Geraldo Alckmin um diferencial que deveria ajudar em São Paulo. Nas suas conversas mais reservadas, os petistas dizem que essa ajuda não veio. O desafio agora, dizem alguns, será o ex-governador atrair o PSDB de Rodrigo Garcia.

E o Kassab, hein?
Com Tarcísio de Freitas liderando a disputa neste segundo turno, o presidente do PSD, Gilberto Kassab, tende a ficar fora da eleição nacional. Vai se concentrar em São Paulo. Quanto à Presidência da República, cada um que cuide de si.

Batman versus Super-Homem/ Em Alagoas, o senador Renan Calheiros (MDB) elegeu Renan Filho para o senado e Arthur Lyra (PP) foi o mais votado para a Câmara dos Deputados. Agora, cada um fará campanha aberta para o seu candidato a presidente. Lyra, Bolsonaro; Renan, Lula.

Santo de casa/ O PP do ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira, e de Lyra terá 47 deputados em 2023. Isso significa que, se quiser manter a presidência da Câmara, terá que fechar uma negociação na ponta do lápis com o vitorioso PL de Valdemar da Costa Neto.

A maldição de Michelle/ Ana Cristina Vale, que se apresentou como Cristina Bolsonaro, não chegou a 2 mil votos. A mãe de Jair Renan, o Zero Quatro, não ficou nem na suplência. E, das apostas do PL, a única que não obteve sucesso foi Flávia Arruda no Distrito Federal, que concorria contra Damares Alves, a candidata da primeira-dama.

Por falar em Michelle…/ Neste segundo turno, a mulher de Bolsonaro deverá ter uma agenda diferente do presidente, em busca das mulheres, especialmente, as nordestinas ligadas às igrejas evangélicas.

O porta-voz da Lava Jato/ A coleção de dissabores do PT neste primeiro turno incluiu a vitória do procurador da Lava-Jato, Deltan Dallagnol, como o mais votado no Paraná, deixando em segundo lugar a presidente do PT, Gleisi Hoffmann. Em conversas reservadas, a turma dos lavajatistas diz que Gleisi pode se preparar para duros embates no plenário, na linha de “Lula não foi inocentado”.

21% dos eleitores não têm interesse pelo pleito presidencial

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O termômetro da campanha divulgado pela Associação Brasileira de Pesquisas Eleitorais mostra que mesmo na véspera do pleito, um grupo expressivo de leitores tem pouco ou nenhum interesse pela corrida presidencial. São 21%. Esse percentual, somado ao risco de abstenção, algo que tem subido a cada ano, é que preocupa todos os candidatos. Independentemente de quem sair vitorioso neste domingo, os políticos têm algo em comum: é preciso reaproximar o brasileiro da política.

Por falar em Congresso…

Antes de eleger os comandantes do Parlamento, os congressistas vão votar o Orçamento do ano que vem. E a ordem no Centrão é aprovar logo para garantir a expectativa de aplicação dos recursos nas bases eleitorais. Assim, com tudo aprovado, qualquer mudança que desagrade as bases será culpa do novo presidente da República, seja quem for.

A próxima disputa
Ainda que a eleição presidencial não feche em primeiro turno, o “terceiro turno” está posto a partir de amanhã: a eleição para presidente da Câmara. Os parlamentares que saírem vitoriosos — e as projeções indicam que a taxa de reeleição deve ficar na faixa de 70% para cima — vão trabalhar desde já o comando da Casa para 2023.

O PP vai de Lira
O atual presidente da Câmara, Arthur Lira, inclusive, tratou de ajudar seus aliados nesta campanha para lastrear a largada pela própria reeleição.

Enquanto isso, no PT…
O Partido dos Trabalhadores espera contar com a vitória de Lula, de preferência em primeiro turno, para poder organizar o jogo congressual de retomada do controle do Parlamento. A ordem é apoiar um candidato de outro partido. Na ponta da lança, como o leitor da coluna já sabe, está Roseana Sarney, do MDB, que projeta uma grande votação.

Por falar em MDB…
Quem novamente está sob risco é o ex-senador Romero Jucá, em Roraima. Ele é considerado uma das apostas do MDB para tentar equilibrar o jogo com o PSD de Rodrigo Pacheco no Senado. O partido do presidente do Congresso aponta para ser um dos grandes players do Parlamento no ano que vem.

O rei é de todos I/ Depois que Neymar Jr. declarou apoio ao presidente Jair Bolsonaro, começou a pulular nas redes sociais uma foto de Pelé (foto) abraçado com Lula e outra em que o rei do futebol segura uma camisa do Santos autografada para o presidente Bolsonaro. Pelé não apoia formalmente nem um, nem outro.

O rei é de todos II/ Edson Arantes do Nascimento já negociou a marca Pelé com uma grande multinacional e, no contrato, está escrito que ele não pode dar declarações sobre política, cigarros e bebidas alcoólicas.

O rei é de todos III/ Pelé, aliás, tirou fotos e autografou camisas para líderes políticos dos mais variados matizes. Em 1997, foi condecorado pela rainha Elizabeth.

Votemos em paz/ Bom voto a todos neste domingo. E, lembre-se: nada de brigar com familiares, vizinhos e amigos por causa da política. Mais do que nunca é preciso respeito por quem pensa diferente de você. Vida longa à nossa democracia!

Aliados do PT estão preocupados com o programa de governo

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A onda em favor de Lula, protagonizada por parte de tucanos, intelectuais e economistas ligados a partidos de centro, vem acoplada de um aviso ao PT: o mesmo apoio que se precisa para vencer deve ser usado para administrar, especialmente no quesito programa de governo. Logo, os petistas, diante de uma possível vitória do ex-presidente, não poderão levar a ferro e fogo um projeto que não se sustente sob o ponto de vista econômico e financeiro.

A dois dias das eleições, porém, não há tempo e muito menos disposição por parte do PT para clarear o programa de governo. Nesse sentido, não são poucos os recém-chegados que, entre quatro paredes, dizem estar preocupados com a perspectiva de os petistas desprezarem itens do programa de governo dos aliados, em caso de vitória no primeiro turno.

O que preocupa o PT
Com os números do Datafolha que deram 50% dos votos válidos em favor de Lula, a euforia tomou conta dos militantes petistas. No caso de o ex-presidente não fechar a eleição no primeiro turno, o risco de o partido ir para o embate final com ares de derrota é grande.

Ibaneis faz pontes

Os petistas, porém, avisam alguns, não têm tantos motivos para se preocupar. Haja vista a movimentação dos adversários. Por exemplo: os elogios do governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), a Lula durante a sabatina do Correio Braziliense/TV Brasília, foram lidos por muitos políticos como um sinal de que o partido já trabalha com a vitória do ex-presidente, seja em primeiro ou segundo turno. Até a semana passada, Ibaneis só tinha olhos para a campanha do presidente Jair Bolsonaro (PL).

A conta não fecha
Quem acompanha as pesquisas com uma lupa está intrigado com as diferenças entre as campanhas estaduais e a presidencial. Nos estados onde a eleição de governador pode fechar no primeiro turno, por exemplo, só dois têm partidos de esquerda na liderança.

Efeito Minas
Com Romeu Zema (Novo) na liderança, a esperança dos bolsonaristas é de que ocorra ali, na eleição presidencial, o que houve em 2018, quando o Datafolha divulgado a três dias da eleição indicava a vitória de Dilma Rousseff para o Senado, com 27%, e ela não foi eleita.

Tensão na Bahia I/ O caso da morte do subtenente da Polícia Militar Alberto Alves dos Santos, que trabalhava para a campanha de ACM Neto, vai parar no Ministério da Justiça e Segurança Pública. O pedido para que a Polícia Federal (PF) entre no caso, assinado pelos advogados de Neto, levanta a suspeita de que a PM da Bahia monitorava a campanha do principal adversário.

Tensão na Bahia II/ Em caso de segundo turno entre ACM Neto (União Brasil) e Jerônimo Rodrigues (PT), esse caso pode balançar o coreto do PT, que já ganhou de virada na Bahia, em 2006, quando Jaques Wagner foi eleito.

Por falar em Bahia…/ O saldo do debate da Globo por lá indica que ACM Neto e João Roma (PL) queimaram todas as pontes para uma parceria na eleição.

Viva a democracia/ Aos 99 anos, Heloísa Freitas já está pronta para votar no domingo, em Belo Horizonte. Ela nasceu em Formiga (MG), em 23 de março de 1923, e acionou os filhos para levá-la à seção eleitoral, na capital mineira. Um exemplo de cidadania.

Na reta final das eleições, candidatos radicalizam ataques

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Coluna Brasília-DF, por Carlos Alexandre de Souza

A poucos dias da eleição, os presidenciáveis elevaram o tom da disputa e partiram para ataques pessoais e agressivos. “Mentiroso” e “nazista” são alguns dos termos empregados pelos concorrentes, que deixaram de lado qualquer decoro nesta reta final da campanha. É natural que, com a proximidade da hora decisiva, os ânimos fiquem exaltados. Mas, considerando-se os prognósticos da maioria das pesquisas eleitorais, a refrega presidencial parece se concentrar em torno de um percentual ínfimo de votos, que seriam provenientes de eleitores que não pretendem votar em Lula nem em Bolsonaro. É a tal busca pelo voto útil.

A radicalização pouco contribui para uma escolha consciente neste 2 de outubro. Espinafrar o adversário não parece ser a melhor estratégia para conquistar alguns votos adicionais. Mas os candidatos demonstram que vão intensificar os ataques. Essa situação não costuma trazer bons resultados. Votar com o fígado não é boa solução. O Brasil está pagando caro — vide os casos de violência política — por causa da polarização política. Enquanto os políticos insistirem em táticas de guerra para vencer nas urnas, eleitores continuarão a ver como inimigo aquele que pensa diferente ou tem preferência por outro candidato.

Fake áudio

O ministro Paulo de Tarso Sanseverino, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), mandou excluir uma série de publicações com áudio falso do presidenciável Luiz Inácio Lula da Silva (PT) que sugere que o petista queria assassinar Antônio Palocci, ex-ministro da Casa Civil no governo Lula. As publicações suspensas estão no Twitter, Facebook, YouTube, TikTok, Kwai e Gettr, além de sites de apoiadores do presidente e candidato à reeleição Jair Bolsonaro (PL). Entre os posts impugnados estão tweets dos perfis do deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e do cantor Roger Moreira, do Ultraje a Rigor.

Outros tempos
O ex-ministro do Supremo Tribunal Federal Joaquim Barbosa gravou um vídeo no qual manifesta apoio à candidatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). A gravação será veiculada pela campanha do petista. Barbosa foi indicado por Lula em 2003 ao STF. Anos depois, foi relator da ação penal 470, que trouxe a público o escândalo do mensalão.

Queixa recebida
Por maioria, o plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) recebeu a queixa-crime apresentada pelo ministro Luís Roberto Barroso contra o ex-senador Magno Malta pelo crime de calúnia. Em junho, Malta disse falsamente que o ministro “batia em mulher” e respondia a dois processos por isso. Logo após a fala, Barroso declarou, em nota oficial, que foram feitas em 2013 falsas acusações, já arquivadas, e que não havia veracidade na declaração do ex-senador. O STF acompanhou o voto do relator, ministro Alexandre de Moraes, que considerou presentes os requisitos para o recebimento da queixa.

Guerra dos 100 anos
Enquanto o governo Bolsonaro impõe sigilo de 100 até às visitas à primeira-dama Michelle Bolsonaro, o ex-presidente Lula promete jogar luz sobre os segredos no Planalto. “Vou acabar com o sigilo dele no primeiro mês. Ele fez o decreto do sigilo e vou decretar o fim”, disse o ex-presidente.

A receita de Alckmin
O vice-candidato à Presidência Geraldo Alckmin (PSB) afirmou ontem que o agronegócio brasileiro precisa de acordos internacionais para não ficar dependente da China. Disse também que o país necessita de produção nacional de fertilizantes para não depender de empresas instaladas no Canadá, na Noruega e na Rússia. Alckmin tem sido uma ponte para aproximar Lula do agronegócio, segmento que, majoritariamente, apoia o presidente Jair Bolsonaro (PL).

“Tem uma questão muito séria que foi a maneira como o Lula tratou a herança recebida pelo governo FH. Ele diz que foi uma herança maldita. Não adianta ele levar o Geraldo Alckmin e continuar dizendo que pegou um Brasil destruído, porque não é verdade. Isso é um desrespeito com todo mundo que trabalhou no Plano Real”
Elena Landau, economista da campanha de Simone Tebet (MS)

Pregação do voto útil pode ser desrespeitosa

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Uma olhada no resultado da eleição de 2018 indica que uma parcela do eleitorado já optou pelo voto útil antes mesmo de o PT entrar nesta campanha. A conclusão é da consultoria Vector, que comparou os 12,5% que Ciro Gomes (PDT) obteve na urna, naquele ano, e o total de hoje nas pesquisas (entre 6% e 8%). À direita, a percepção é idêntica em relação ao presidente Jair Bolsonaro (PL), uma vez que João Amoedo (Novo) obteve 2,5% dos votos e, hoje, Felipe D’Ávila tem 1%.

Os analistas da Vector alertam, ainda, que a pregação de voto útil agora corre o risco de atingir o eleitor cirista mais fiel. Esse universo pode acabar rejeitando Lula, uma vez que se trata do eleitorado mais fiel ao pedetista, que pode achar desrespeitosa essa pressão do PT.

Decreto das armas, próximo capítulo

Passadas as eleições, o governo vai investir contra a decisão do STF de limitar o decreto sobre armas e quantidade de munição que pode ser comprada mensalmente. “É privativo do Legislativo questionar decreto”, disse Bolsonaro em entrevista à Rede Vida, que foi ao ar ontem à noite. Ele avisou: “Depois das eleições, a gente resolve essa parada aí”.

O motivo da dúvida
No QG de Bolsonaro, a desconfiança permanece alta em relação às pesquisas. Isso porque, em 20 de setembro de 2018, o Datafolha apresentava o então candidato do antigo PSL com 28% das intenções de voto. Quando as urnas foram abertas, ele apresentou 46,03%. Agora, o Datafolha apresenta 33% para o presidente contra 45% de Lula.

Efeito Zema
Nos comandos de campanha de Simone Tebet (MDB) e Ciro, há a esperança de que a eleição, na semana que vem, para presidente da República, repita o que houve em Minas Gerais no pleito de 2018: Antonio Anastasia (PSDB) e Fernando Pimentel (PT) se atacaram tanto que o eleitor migrou para a “novidade” Romeu Zema.

Enquanto isso, no QG de Lula…
As apostas são de que a vitória no primeiro turno não pode ser descartada. Afinal, o ex-presidente conseguiu tirar de cena dois de seus antigos adversários na última eleição: Geraldo Alckmin, que virou vice, e Marina Silva, candidata a deputada federal por São Paulo.

Drogas na campanha I/ O discurso do presidente da Colômbia, Gustavo Petro, na ONU, no qual defendeu que os países latino-americanos se unam para acabar com a guerra às drogas, vai ecoar nesses últimos dias de caça aos votos no Brasil.

Drogas na campanha II/ A ideia é dizer que Petro, por vias indiretas, defendeu que não se combata mais produção da cocaína, um negócio lucrativo na Colômbia. E nesse embalo, associar o PT de Lula ao presidente colombiano, que é de esquerda.

Os democráticos/ Enquanto Lula já avisou que não irá ao debate do SBT, neste sábado, Bolsonaro comunicou que irá a todos os encontros entre os candidatos. Além da defesa de seu governo, quer aproveitar para tentar se mostrar mais democrático do que quem falta a esses eventos.

“Toquei mesmo”/ Perguntado por um amigo por que tocou no rei Charles III, e se o cerimonial não orientou para que não o fizesse, Bolsonaro foi direto: “Ah, ele não tem muita frescura e é pavio curto”.

Arthur Lira está ajudando aliados com pedidos de doação

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Quando foi candidato a presidente da Câmara, em 2015, o então deputado Eduardo Cunha ajudou a buscar recursos para seus potenciais eleitores junto à elite brasileira. Agora, o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), tem feito algo parecido. Alguns empresários receberam uma lista de nomes com pedidos de doação de recursos na pessoa física. O movimento não tem nada de ilegal, mas mostra que Lira está ajudando seus aliados. É a pré-campanha para mais dois anos no comando da Câmara.

As apostas para o pós-eleição

Embora o PT esteja convicto de que a presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministra Rosa Weber, vá derrubar as emendas de relator, a avaliação de ministros é a de que nada será feito sem uma negociação com o Congresso. A aposta de quem conhece a fundo o andar da carruagem do Supremo é de que a nova presidente exigirá transparência total na aplicação desses recursos.

Os comerciais é que valem
Lula está convencido de que será tão atacado no debate do SBT, no fim de semana, que preferiu ficar de fora dessa roda. A aposta da campanha é a de que os ataques a ele vão desaguar em direito de resposta.

Sintomático
Nas campanhas adversárias à de Lula, o fato de o petista trocar o debate por comícios em Minas Gerais foi recebido como um sinal de que a vantagem por lá começou a cair.

Precavido
O encontro de Lula com o encarregado de negócios da Embaixada dos Estados Unidos, Douglas Koneff, é visto pelos aliados do petista como mais uma forma de buscar apoio para evitar reclamações por parte de Jair Bolsonaro (PL), caso o presidente não se reeleja no primeiro ou no segundo turno.

Qualquer semelhança…
O mesmo PT que agora reclama do discurso de Bolsonaro na Assembleia Geral das Nações Unidas foi, em 2014, acusado de “usar o discurso na ONU para fazer campanha”. Naquela época, a então presidente Dilma Rousseff era candidata à reeleição e citou as eleições na tribuna. Em entrevistas, quem reclamou foi o então candidato ao Palácio do Planalto, Aécio Neves (PSDB), com quem Dilma concorreu no segundo turno.

…não é mera coincidência
Bolsonaro fez seu discurso mais moderado ao longo de seus quatro anos de governo e sem deixar de citar todos os pontos que aborda na campanha para o público interno. Guardadas as devidas proporções, foi o que Dilma fez em 2014.

Vice hoje, candidato amanhã/ A turma de Geraldo Alckmin olha é para 2026 e, embora ainda tenha uma semana e meia de campanha, muitos já falam em “quando terminar o governo Lula”.

Reguffe vai de Tebet/ O senador Reguffe (sem partido) tem dito que votará em Simone Tebet (MDB) para presidente da República. “O Brasil precisa ser pacificado. Considero que ela é quem tem condições de promover essa pacificação, ter responsabilidade na condução da economia e, também, preocupação com o social”, afirmou à coluna.

Por falar em Reguffe…/ Ele vai tirar uma temporada “sabática” da política quando terminar seu mandato de senador, em janeiro de 2023. Mas, aos amigos, sempre faz questão de lembrar que, em 2026, tem nova eleição.

Veja bem/ Se conseguir um mandato de deputada distrital, Ana Cristina Vale, ex-mulher de Bolsonaro, já vai chegar precisando se explicar. Os partidos de oposição acompanham com uma lupa as investigações sobre a mansão e as movimentações financeiras da mãe de Jair Renan. Já a campanha de Bolsonaro tem dito que Ana Cristina não é problema do presidente.

Congressistas não querem abrir mão das emendas de relator para o piso da enfermagem

Publicado em coluna Brasília-DF

Resistentes a tirar recursos das emendas de relator para pagar o novo piso da enfermagem, alguns senadores chegam hoje para a reunião com presidente em exercício, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), certos de que não há meios de conceder ainda este ano o valor previsto. Ainda que estejam dispostos a votar projetos que garantam esse pagamento no ano que vem, 2022 já era. O argumento principal é o de que as emendas já estão em grande parte empenhadas. Mas o fato é que, em ano eleitoral, ninguém quer anular o que já se comprometeu.

Para completar, eles querem é levar mais recursos para a saúde e não tirar o pagamento de enfermeiros do bolo de R$ 10 bilhões dessa área que os políticos indicam para as suas bases eleitorais.

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Moral da história: a dificuldade em tirar recursos de emendas de relator para o piso da enfermagem mostra o tamanho da encrenca que vem por aí, caso Luiz Inácio Lula da Silva (PT) seja eleito e tente acabar com esse recurso dos parlamentares. Se os congressistas não querem abrir mão desse dinheiro a fim de custear os novos valores para a categoria da saúde, imagine deixar recursos para o Poder Executivo dizer onde aplicar.

Morde-assopra

Ao dizer que a perspectiva de Lula colocar alguém liberal no Ministério da Fazenda é zero, o ex-ministro Luiz Dulci assustou o mercado. A presença do ex-presidente do Banco Central no governo petista, Henrique Meirelles, no encontro com os ex-candidatos a presidente simpáticos ao PT ajudou a amenizar a fala de Dulci. A economia de Lula ainda é uma incógnita.

A pressão de Lula
Os petistas ampliam a pressão sobre os partidos. Nos bastidores, eles têm feito pontes com dirigentes e líderes partidários em busca de movimento para vencer no primeiro turno. O próprio Lula, no encontro com os ex-presidenciáveis, foi direto: “Eu sempre quis vencer no primeiro turno, mas não deixaram”.

Enquanto isso, em Londres e Nova York…
A passagem de Jair Bolsonaro (PL) pela Inglaterra para os funerais da rainha Elizabeth II poderia ter sido menos tumultuada, avaliam aliados do presidente. O discurso de hoje, na abertura da ONU, esperam alguns ministros, poderá compensar. Quanto ao embate entre apoiadores e adversários, em Londres, o problema, dizem alguns, é de quem fez algazarra. E, nesse caso, afirmam, não dá para responsabilizar Bolsonaro.

Oposição no Planalto/ O fato de Rodrigo Pacheco estar no exercício da Presidência da República levará o PT para o Planalto hoje. É que o presidente do Senado reunirá seus pares para debater o que precisa ser feito para garantir o pagamento do novo piso da enfermagem.

Ela faltou/ A ex-candidata a presidente Heloísa Helena (Rede) recusou o convite para o encontro com Lula. Ela está cuidando da própria campanha para deputada federal, no Rio de Janeiro.

O clube dos sem voto/ É assim que os aliados de Ciro Gomes se referem aos pedetistas que lideram o movimento para que o partido apoie Lula no primeiro turno.

Regina na campanha/ Em suas redes sociais, a atriz Regina Duarte tem pregado o voto em “senadores de Bolsonaro” e diz que “para limpar o STF é preciso primeiro limpar o Senado”. Ao listar os nomes dos candidatos, ela incluiu apenas Damares Alves (Republicanos), no DF, sem mencionar a ex-ministra Flávia Arruda (PL).