Violência de Roberto Jefferson vai reabrir a discussão sobre CACs

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O caso Roberto Jefferson (PTB) reabrirá a discussão pelo aperto na fiscalização das armas dos CAC’s (Colecionador, Atirador Desportivo e Caçador) no Congresso. Depois que Roberto Jefferson atingiu policiais que foram prendê-lo no último domingo, as associações e federações de policiais federais querem promover esse debate. A avaliação é a de que há um ponto cego entre o que deve ser fiscalizado pelo Exército e pela PF. Não dá, por exemplo, para um sujeito sob investigação e em prisão domiciliar, como era o caso de Jefferson, manter granadas em casa. A ideia é não esperar sequer a chegada de 2023.

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Falta combinar com uma parte expressiva da bancada do governo, que ampliou o acesso às armas. Porém, depois de dois policiais feridos, a bancada da bala, formada basicamente por representantes da categoria, tende a apoiar uma lei mais clara e mais rigorosa na fiscalização e punição.

O foco é a economia

Nesses últimos dias, a campanha de Lula pretende centrar o foco na economia para sair da armadilha do discurso de costumes que centralizou o debate nas primeiras semanas desse segundo turno. A avaliação é a de que, se Lula conseguir colar em Bolsonaro a imagem de que é um candidato a serviço do mercado, a fim de cortar benefícios dos trabalhadores, o petista consegue reduzir a diferença em São Paulo.

… e a coalizão
Lula tem dito a todos os interlocutores e em entrevistas, que seu governo não será uma administração do PT. Vem na linha de tentar quebrar a resistência ao partido, que, embora tenha uma legião de seguidores, também tem uma grande rejeição.

Recordar é viver
A turma de Bolsonaro continuará na linha da má gestão dos fundos de pensão, como a entrevista com aposentado exibida no horário eleitoral, o discurso das igrejas e na tecla de que Lula não foi inocentado. Apostará ainda na tese de que quem concedeu o Auxílio Brasil de R$ 600 é quem terá condições de manter esse valor.

A prova de fogo das pesquisas
Quem estuda a fundo todas as pesquisas de intenção de voto, caso da Vector Consultoria, fez um levantamento das pesquisas disponíveis em 15 estados para mostrar a seus clientes que, nessas semanas em que o debate esteve centrado na pauta de costumes, o presidente Jair Bolsonaro ampliou mais as suas intenções de voto do que Lula. Portanto, avalia a Vector, a eleição, a preços de hoje, está empatada.

Zema na área/ Quem colocou na roda o tema das aposentadorias e dos fundos de pensão das estatais foi o governador reeleito de Minas Gerais, Romeu Zema, que está trabalhando os municípios mineiros em favor da reeleição de Bolsonaro.

Eles querem é espaço/ Parlamentares do União Brasil e do PP descartam uma fusão. Ou vão partir para uma federação, ou ficarão no bloco parlamentar. A tendência hoje é o bloco que, tradicionalmente, não tem tirado espaço de liderança dos partidos integrantes.

Por falar em federação…/ Alguns aliados do presidente da Câmara, Arthur Lira, já pediram aos partidos que façam uma análise do regimento da Câmara à luz da instituição das federações partidárias. A intenção é avaliar se dá para tratar cada partido da federação isoladamente na hora de distribuir as comissões técnicas da Casa.

Cadê o Power Point?/ A entrevista de Fábio Wajngarten e do ministro Fábio Faria na porta do Alvorada para denunciar que rádios estariam colocando mais inserções para Lula do que para Bolsonaro deixou a desejar. Faltou um kit para a imprensa, com detalhes sobre as 154 mil inserções a mais que Lula teria tido neste segundo turno, gráficos e o nome das rádios que burlaram a legislação eleitoral. Não houve um material explicativo para a grave denúncia. Aliás, a porta do Alvorada também não é um comitê de campanha, né?

Ações de Roberto Jefferson podem ter causado múltiplos danos a Bolsonaro

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Coluna Brasília-DF, por Carlos Alexandre de Souza

Apesar dos esforços da campanha bolsonarista, o faroeste caboclo promovido por Roberto Jefferson trouxe sérios danos à estratégia de Jair Bolsonaro de virar todas as expectativas para este domingo. A sequência de crimes cometidos pelo ex-deputado contém um extenso rol de ilícitos, e o candidato à reeleição terá de enfrentar esse desgaste na semana decisiva da eleição.

Roberto Jefferson desafiou a lei, ao jogar granadas e disparos contra agentes da Polícia Federal. Pôs em xeque a política armamentista estimulada pelo governo, porque demonstrou que não existe o menor controle sobre o uso de armas no Brasil. E, por fim, reproduziu o discurso do ódio contra o Judiciário, ao dirigir termos inaceitáveis a uma mulher e ministra do Supremo Tribunal Federal.

O candidato à reeleição pode tentar, quantas vezes quiser, tentar se desvincular desse episódio lamentável. Mas é muito difícil reduzir tantos danos em tão pouco tempo. É certo que a campanha de Lula aproveitará o episódio, de várias formas, para convencer eleitores indecisos a não votar em Bolsonaro. Em seu ato tresloucado e criminoso, Roberto Jefferson extrapolou os limites da lei e externou ao limite do intolerável as bandeiras defendidas pelo bolsonarismo.

Se havia alguma intenção de mudar o rumo da eleição, o tiro saiu pela culatra.

Sarney vota Lula

Em carta aberta, o ex-presidente José Sarney declarou o voto a Lula no próximo domingo. “O voto em Lula — que já tem seu lugar na História do Brasil como quem levou o povo ao poder e como responsável por dois excelentes governos — é voto pela democracia, pela volta ao regime de alternância de poder, pela busca do Estado de Bem-Estar Social. A diferença é clara”, escreve Sarney.

Interesses escusos
No texto, o ex-presidente condena o chamado Orçamento secreto, prática nefasta que contaminou o bom funcionamento do Congresso. “O atual contrato “secreto” entre o Executivo e o Legislativo, fixado em valores agigantados diante dos parcos recursos do Orçamento da República, é campo privilegiado para os interesses escusos”, lamenta o ex-presidente.

Destino do Brasil
Por fim, Sarney define o significado deste segundo turno para a história do país. “No próximo domingo, o eleitor decidirá se vota pelo fim da democracia ou por sua restauração. Esse voto não é para quatro anos de governo: é um voto para o destino do Brasil.”

Cenário sombrio
Ex-ministro da Fazenda e ex-presidente do Banco Central, Henrique Meirelles deu um diagnóstico sombrio sobre as contas públicas. “Na minha avaliação, o tamanho do buraco deixado é mais próximo de R$ 400 bilhões, estimado por entidades independentes, do que dos R$ 150 bi que o governo está falando”, disse em entrevista à GloboNews.

Vacina, sempre
No Dia Mundial de Combate à Poliomielite, a senadora Simone Tebet (MDB-MS) foi às redes sociais para lembrar a importância da vacinação. “Em setembro, a OMS declarou o Brasil como país de muito alto risco para pólio devido à dificuldade no acesso aos postos, falta de campanha nacional e escassa vigilância do vírus”, alertou a apoiadora de Lula.

Convicto
Coordenador da campanha de Jair Bolsonaro, o ex-secretário de Comunicação, Fábio Wajngarten, está convencido de que tem um material robusto para denunciar o suposto desequilíbrio nas inserções eleitorais em rádios. “Eu tenho 22 anos de experiência exatamente nisso. Sou pioneiro na pesquisa e auditoria de mídia no Brasil. A campanha não poderia estar melhor servida”, disse. O TSE aguarda.

Sabatinas do Correio
Nesta semana eleitoral decisiva, o Correio programou sabatinas com os candidatos à Presidência da República. Na quinta-feira, é a vez de Lula. Às 8h, ao vivo, o petista participa do Podcast do Correio, na Clube 105FM, com transmissão em todas redes sociais do Correio Braziliense, e exibição na TV Brasília, às 13h10.

Campanha de Bolsonaro vai se fazer de vítima no caso da Jovem Pan

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Quando o remédio é demais,  vira veneno. A censura à Jovem Pan News será usada como um ativo da campanha de Jair Bolsonaro (PL) para se colocar como uma vítima e tirar do PT de Luiz Inácio Lula da Silva o discurso de defesa da democracia. Para os próximos dias, quando o petista terá mais inserções na tevê do que o presidente por causa da concessão de direitos de resposta, a turma da campanha à reeleição focará nas redes sociais.

De quebra, alguns aliados vão acusar ministros do TSE de dois pesos e duas medidas ao permitir que os petistas chamem Bolsonaro de genocida e impedir que jornalistas e comentaristas de uma emissora de tevê se refiram à condenação de Lula no processo da Lava-Jato — condenação que foi revista mais à frente por erros processuais, cujo processo foi remetido à Justiça do Distrito Federal, onde, depois da suspeição de Sergio Moro, deveria começar do zero e terminou sepultado. O arquivamento foi feito com base em pedido da Procuradoria da República no DF, que considerou a prescrição dos crimes de que Lula era suspeito. O ex-presidente, assim, passou a não dever mais nada à Justiça.

Mas há quem diga, como reforçou o ministro aposentado do Supremo Tribunal Federal Marco Aurélio Melo, em agosto, no Podcast do Correio, que Lula não foi inocentado. A Jovem Pan, porém, não pode comentar mais nada a respeito. E Bolsonaro tentará surfar nessa onda.

Os trabalhos de Geraldo

Enquanto Lula sai em campanha no Sudeste, Geraldo Alckmin faz reuniões com empresários. Em Porto Alegre, por exemplo, segundo relatos feitos à coluna, o candidato a vice na chapa petista foi incisivo ao dizer que se Lula for eleito não será um governo de um partido só.

O passado não recomenda
Muitos empresários gaúchos, porém, consideram que ao ser reeleita, Dilma Rousseff tinha o país dividido e não entendeu. Já na noite da eleição, em 2014, discursou como se tivesse uma ampla maioria lhe dando suporte, e não pouco mais de 50% dos votos válidos.

E o futuro é incerto
Há quem defenda que Lula, além da carta aos evangélicos, apresente uma nova carta aos brasileiros. Há empresários dizendo que, oito anos depois da reeleição de Dilma, o próprio PT deveria deixar mais claro que não tentará impor o seu projeto partidário. Só a presença de Alckmin na chapa não basta.

A disputa do bilhão
A Câmara aprovou um projeto que manda para as Santas Casas o saldo dos recursos federais repassados aos fundos de saúde e de assistência social dos estados, DF e municípios. O Senado, porém, deseja enviar essa verba às prefeituras. Mas só vão resolver depois da eleição.

Guedes na lida
Diante das especulações de estudos sobre a desvinculação entre correção do salário mínimo e inflação, o ministro da Economia, Paulo Guedes, veio a público falando de aumento real do piso e também do reajuste dos servidores. Na reta final da eleição, a hora é de promessas e de notícias que possam atrair parcelas do eleitorado.

Projeto anti-caciques/ O senador Izalci Lucas (PSDB-DF) aproveita esse lusco-fusco do Parlamento antes do segundo turno para trabalhar alguns projetos. Está no forno uma proposta que tentará vincular a concessão de fundo partidário às legendas que tiverem renovação de suas direções.

Te cuida, Valdemar/ A proposta consiste em fixação de apenas uma reeleição para as comissões executivas nacionais. Há quem diga que os atuais dirigentes, como Valdemar da Costa Neto, do PL, podem até colocar um aliado no cargo, mas, pelo menos, a comissão executiva terá que ser renovada.

Falta combinar/ O projeto de Izalci ainda não foi discutido com os líderes partidários e nem com os partidos. É assunto para depois da eleição.

A escalada da tensão/ A contar pelo número de denúncias e notícias de fake news que desaguam diariamente no Tribunal Superior Eleitoral, nada
vai mudar.

A matemática dos votos define o rumo das campanhas

Publicado em coluna Brasília-DF

A turma de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) fez as contas e está convencida de que se o ex-presidente ampliar a diferença no Nordeste, onde cinco dos nove estados têm segundo turno para governador, dá para manter a distância que o petista abriu para Jair Bolsonaro (PL) no segundo turno. A região, no caso, compensaria os votos que o presidente-candidato deve obter em São Paulo e em Minas Gerais. Daí a visita do ex-presidente ao Nordeste esta semana.

Da parte de Bolsonaro, a conta é ampliar a diferença em São Paulo, virar Minas e, de quebra, não deixar Lula ampliar muito a margem de votos que obteve no Nordeste. A fraca presença de eleitores num dos eventos do presidente, no Recife, foi lida como um alerta de que é preciso aumentar a campanha na região. Não por acaso, assim que terminar o périplo pelo Norte, a primeira-dama Michelle Bolsonaro vai engrossar o coro pró-Bolsonaro entre os nordestinos.

Sem detalhes

Até aqui, a equipe de Lula não disse o que fará a respeito do processo de privatização do Porto de Santos, tampouco tratou dos limites de investimentos. O setor é crucial para promover as exportações brasileiras e está indócil com a ausência de uma sinalização sobre o futuro.

Linhas gerais
A intenção do PT, porém, é rever o processo. Assim, ganhará tempo para decidir o que fazer, uma vez que não há consenso na equipe sobre as propostas. Há quem diga que Lula abriu tanto o leque de economistas que o apoia que a disputa pelo modelo será grande.

Lula por Paulo
Enquanto o Superior Tribunal de Justiça (STJ) confirmava o afastamento do governador de Alagoas, Paulo Dantas, ele dizia ao lado de Lula, num comício em Maceió, que aquele era um “dia de festa”. Nem o governador e nem o senador Renan Calheiros citaram que Dantas estava afastado do governo.

Janja só por Lula
A mulher de Lula, Janja, discursou e se esqueceu de pedir votos para Paulo Dantas. O petista, na hora, pediu que ela falasse, mas o locutor já chamava o próximo orador. Paulo, com ares de “tudo bem”, abraçou Janja, que prontamente pediu desculpas ao governador afastado.

Uso geral I/ A ida de presidenciáveis a Aparecida não é novidade. Em 2010, a ex-presidente Dilma Rousseff foi pela primeira vez ao santuário de Nossa Senhora Aparecida. E classificou as críticas à visita como um “preconceito” à sua religiosidade.

Uso geral II/ No mesmo ano, José Serra, que nunca foi muito de frequentar o local, também compareceu à basílica, acompanhado do então governador eleito de São Paulo, Geraldo Alckmin. Alckmin frequenta Aparecida todos os anos.

Uso geral III/ Serra foi recebido na basílica com tapete vermelho. Teve ali seu melhor acolhimento naquele segundo turno, ciceroneado por Alckmin, que prometeu pegar a estrada contra Dilma, a seu favor.

Uso geral IV/ À época, a mulher de Serra, Mônica, foi chamada ao altar para receber uma imagem de Nossa Senhora Aparecida a ser entregue aos mineiros que ficaram presos em uma mina no Chile.

Bolsonaristas avaliam mapa de votação e concluem: PT não está tão bem assim no Nordeste

Publicado em coluna Brasília-DF, ELEIÇÕES 2022

Coluna Brasília-DF, por Denise Rothenburg

Os bolsonaristas passaram o fim de semana debruçados sobre os mapas de votação no Nordeste, região em que o presidente Jair Bolsonaro tenta tirar a diferença para o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Ao perceber que, em três estados da região, o PT fez apenas um deputado federal em cada, os aliados de Bolsonaro concluíram que, mesmo entre os nordestinos, o Partido dos Trabalhadores não está tão bem assim. A avaliação é de que, se conseguirem colar Lula ao PT, com a memória de mensalão e petrolão, Bolsonaro terá uma chance de reduzir a diferença. Essa estratégia será posta em prática nos próximos dias, pelos aliados do presidente em várias cidades da região.

Os petistas também estão cientes das dificuldades do PT. Tanto é que o ex-presidente Lula tem se colocado como uma espécie de “seguro democracia”, e tenta levar uma campanha nos moldes da antiga mobilização pelas Diretas Já. O eleitor, no dia 30, dirá qual a campanha deu mais resultado.

Campanha dois em um

A campanha para o governo de São Paulo vai “nacionalizar”. É que, em vez de tratar dos assuntos estaduais, o candidato do PT, Fernando Haddad, está sendo aconselhado a bater no presidente Jair Bolsonaro, sem dó. E, assim, tentar alavancar Lula.

Dois por dois

Os petistas acreditam que a campanha paulista já está nacionalizada e não dá para Haddad querer fazer sua caminhada neste segundo turno tratando apenas dos temas locais. E, ao bater em Bolsonaro, pode inclusive tirar votos do candidato a governador, o ex-ministro Tarcísio de Freitas (Republicanos).

Se for para escolher…

Entre o governo de São Paulo e a Presidência da República, a prioridade do PT é o Palácio do Planalto.

Pesquisas na mira

O Congresso não pretende esperar terminar este segundo turno das eleições para dar aquela chamada nos institutos de pesquisa. A impressão de muitos parlamentares é a de que, se houver um recado claro ainda esta semana, muitos podem voltar das bases nos próximos dias.

Elas por ele I

A primeira-dama, Michelle Bolsonaro, a deputada Celina Leão (PP-DF), vice-governadora eleita do Distrito Federal, e a senadora eleita Damares Alves foram a Belém do Pará, num encontro de “Mulheres por Bolsonaro”.

Elas por ele II

Marqueteiros e especialistas em campanha eleitoral acreditam que a primeira-dama é quem mais ajuda o presidente na busca de votos. É carismática, simpática e consegue se comunicar com simplicidade. No discurso, Michelle reforçou a promessa de mais projetos aprovados em defesa das mulheres e convocou todas a buscarem votos por seu marido.

Férias providenciais

O governador de São Paulo, Rodrigo Garcia, tirou uns dias de descanso neste segundo turno. É o tempo para refletir baixar a poeira do partido, a cada dia mais dividido em São Paulo.

Futuro duvidoso

O governador apoiou Jair Bolsonaro e os cardeiais do tucanato ficaram com Lula. Agora, depois de Fernando Henrique Cardoso, foi a vez de José Aníbal se reunir com o ex-presidente, ao lado de Pimenta da Veiga, ex-presidente nacional do PSDB. Não haverá espaço, tudo indica, para que todos os segmentos permaneçam no ninho tucano depois das eleições.

Não caia nessa!

Os golpistas não se emendam. Tem um número de telefone no WhatsApp tentando se passar por mim, dizendo que o meu aparelho de telefone quebrou, molhou e lá vai. Aí, passam-se mais alguns minutos, o/a golpista manda um pedido de dinheiro para pagar uma conta. Não pedi dinheiro a ninguém e meu número de telefone não mudou. Essas redes sociais deveriam encontrar meios de proteger mais seus usuários.

Começa o jogo para presidência da Câmara e do Senado

Publicado em coluna Brasília-DF

Antes mesmo de saber quem será o futuro presidente da República, o PL avisa que não pretende balançar a posição de Arthur Lira (PP-AL) na Presidência da Câmara. A disposição é de apoio total para ajudar a resolver o jogo no Senado, onde o partido tem pretensões de fixar sua bandeira. O PP, porém, vai esperar decantar a disputa para a Casa da federação e, só depois, é que pretende definir uma posição. Não quer brigar, por exemplo, com o União Brasil, que tem interesse em presidir o Senado. E se Lula vencer a eleição presidencial, o MDB também entrará no páreo.

Deu ruim

O petista Luiz Inácio Lula da Silva foi aconselhado a evitar viagens a Pernambuco neste segundo turno. Ele já tem uma boa vantagem em seu estado natal, poderia até ir agradecer os votos, mas parte da campanha presidencial do ex-presidente considera que a candidata do Solidariedade, Marília Arraes, tropeçou feio esta semana. E com ela colando sua campanha à de Lula, é melhor ficar longe dos erros dela nesta largada da rodada final.

Ficou pior
Marília disse não ao pedido da adversária Raquel Lyra (PSDB) para adiar o início do horário eleitoral de segundo turno por causa da missa de Sétimo Dia do falecido marido — Fernando morreu no dia da eleição. Um vídeo gravado pela campanha de Raquel lembra que, em 2014, a presidente-candidata Dilma Rousseff e Aécio Neves pararam a campanha para ir a Recife, para o velório do então candidato do PSB, Eduardo Campos. Marília não quis saber de dar um tempo para sua adversária viver o luto. Errou e, talvez, não dê tempo de consertar.

Mercado futuro
Numa conversa com a vice-governadora eleita Celina Leão, o senador Reguffe chegou a ouvir que deveria ir para o governo do Distrito Federal. Falta combinar com o governador Ibaneis Rocha. Até aqui, não há planos do MDB em levar Reguffe para o GDF. Porém, Celina, candidatíssima ao Buriti para 2026, cria pontes com os adversários. Em política, o rival de hoje sempre pode ser o aliado de amanhã.

Tebet na área, mas…
A senadora Simone Tebet (MDB-MS) é considerada a futura ministra da Educação, caso Lula seja eleito no final do mês. Só tem um probleminha: essa área é considerada uma das inegociáveis por parte do PT. Logo, é preciso cautela.

Em casa/ Na batalha pela eleição de Damares Alves ao Senado, a primeira-dama Michele Bolsonaro praticamente se mudou para Ceilândia por alguns dias de setembro. No dia em que dormiram por lá, pediu cachorro quente da lanchonete 14 Irmãos, famosa no local. Comeu dois e ainda levou a maionese verde para o Alvorada.

E na campanha/ Agora, Michele vai entrar de cabeça na campanha em Goiás e nas regiões Norte e Nordeste. Há viagens programadas para os seis estados do Norte e, ainda, para Bahia e Pernambuco.

Neutro, só xampu/ O tucano Eduardo Leite pode enfrentar problemas neste segundo turno, por causa da neutralidade em relação à campanha presidencial. No PT, há quem diga que não é possível ficar em cima do muro nesta nova eleição. Assim, os petistas gaúchos tendem a seguir para o voto nulo na eleição no Rio Grande do Sul.

Problemas iguais, reações diferentes/ No Rio Grande do Sul, Bolsonaro fechou o primeiro turno à frente de Lula. E se Leite optar pelo petista, seus aliados acreditam que perderia votos. ACM Neto, na Bahia, considera ter o mesmo problema, porém com sinal trocado. Lá, se ele fechasse com Bolsonaro, seus aliados acreditam que poderia perder votos. Vale lembrar que o ex-prefeito de Salvador já obteve o apoio de João Roma, sem precisar pedir. O mesmo não fez o PT gaúcho até agora em relação a Leite.

Apoios de Zema e Garcia a Bolsonaro preocupam o PT

Publicado em coluna Brasília-DF

Nada preocupa mais o PT hoje do que dois movimentos feitos em direção a Jair Bolsonaro: O primeiro foi o do governador de Minas Gerais, Romeu Zema, que planeja fazer campanha em favor de Jair Bolsonaro e virar o jogo para a reeleição do presidente da República. O outro é o do governador de São Paulo, Rodrigo Garcia, que declarou apoio a Bolsonaro. Garcia, porém, não tinha saída. Era aderir a Bolsonaro ou correr o risco de ficar sozinho, vendo seus prefeitos irem para o palanque do antipetismo. Bolsonaro já havia recebido o apoio de Cláudio Castro (PL) e, agora, tem os três governadores do Sudeste.

Esses apoios têm tudo para ampliar o percentual de votos de Jair Bolsonaro. Resta saber, porém, se serão suficientes para dar ao presidente Jair Bolsonaro o caminhão de votos necessários para superar Lula. Os petistas acreditam que não ultrapassará, mas, em Minas, há quem esteja com receio de que o apoio de Zema termine por tirar votos obtidos pelo ex-presidente no primeiro turno. Quanto a São Paulo, os petistas avaliam que será difícil a ampliação dos votos. É que, até agora, aqueles que declararam apoio a Lula não prometem arregaçar as mangas neste segundo turno. Haja visto o vídeo de Ciro Gomes, que cita apenas seguir a “decisão do PDT”, sem anunciar qual foi e muito menos o nome do candidato. Não por acaso, nos últimos dias, já tem muita gente fazendo piada, referindo-se ao vídeo de Ciro como apenas um sorriso enigmático para Lula. Tal e qual o da Mona Lisa, de Leonardo da Vinci, muito bem instalada no Louvre, em Paris.

Sobrou para a turma de Haddad

Na reunião do PT em que os celulares tiveram que ficar de fora houve críticas à campanha de Fernando Haddad, por ter deixado o adversário Tarcísio de Freitas correr praticamente solto em São Paulo ao longo do primeiro turno. Ele andou tanto que, agora, muita gente considera que será difícil tirar a diferença.

O Cidadania apoia, mas…
O partido de Roberto Freire e Cristovam Buarque anunciou o apoio a Lula
, mas esse suporte não é unânime. “Todos os parlamentares eleitos foram contra esse apoio. Bolsonaro não é o que me representa, mas (entre ele e Lula), prefiro alguém que defende a família”, diz a deputada federal Paula Belmonte (Cidadania-DF), eleita para a Câmara Legislativa do DF, ao anunciar que não votará no ex-presidente.

Se for compensação…
Dos candidatos que se apresentaram para a vaga da Câmara dos Deputados ao Tribunal de Contas da União (TCU) o único que não se reelegeu foi o deputado Fábio Ramalho (MDB-MG). A aposta é a de que ele tem condições de obter os votos do colegas. A escolha deverá ser feita ainda este ano.

Só tem um probleminha
O presidente da Câmara, Arthur Lira, prometeu o cargo para várias pessoas. Vai esperar a volta dos parlamentares ao Congresso, o que ainda não ocorreu, para marcar a votação. A bancada feminina vai pleitear a vaga para Soraya Santos (PL-RJ). Os evangélicos preferem Jhonatas de Jesus (Republicanos-RR). Os dois foram reeleitos.

Antes de Damares/ Na fila para Presidência da Câmara, a bancada do agro planeja apostar na senadora eleita Tereza Cristina (PP-MS) e não Damares Alves (Republicanos-DF) Falta combinar com o União Brasil, que tem Davi Alcolumbre louco para voltar ao comando da Casa. E Renan Calheiros, que é citado para o cargo, caso Lula seja eleito presidente.

Veja bem/ A candidatura de Tereza, porém, corre o risco de não emplacar, porque o PP quer priorizar a reeleição de Arthur Lira na Câmara. O mesmo partido nas duas Casas, com o PL sendo a maior bancada, não dá.

A força de Michelle/ Estudiosa dos movimentos eleitorais desde 1989, a diretora de pesquisas qualitativas do instituto Opinião, Patrícia Reis, alerta para a frase de Jair Bolsonaro, “manda quem pode e obedece quem tem esposa”, como o fator principal que resume o papel da primeira-dama Michelle Bolsonaro neste segundo turno: “Ela é muito benquista. Nesta terra tupiniquim, conseguimos o impensável, que é ter uma Michelle Obama casada com um Trump. Ou, no dizer das entrevistadas nos grupos de pesquisa, o enredo da Bela e a Fera. A frase dele é a ressonância perfeita para o arquétipo em formação, o desejo latente que, depois de tanto esforço, a Bela consiga transformar a Fera em príncipe. Mas, mesmo que não consiga, o recado mais importante foi dado: A Fera tem quem mande nela”.

Xô, Satanás!/ As campanhas de Jair Bolsonaro e de Lula apelaram na busca de votos do eleitorado religioso. Numa das peças, a senadora eleita Damares Alves é citada como alguém que fez um pacto com o coisa ruim para reeleger o presidente. Noutra, que rendeu uma ação do PT no Tribunal Superior Eleitoral, são citados posts que se referem a um satanista fazendo campanha para Lula. Santo Deus, nos livrai desse tipo de campanha baixa, vulgar e sem propostas construtivas para o país. Amém!

 

Apoio do PSDB e do MDB a Lula não é fácil

Publicado em coluna Brasília-DF

O Cidadania e o PDT vão apoiar Lula, mas o MDB de Simone Tebet e o PSDB têm dificuldades em seguir nesse caminho sem rusgas. Os tucanos precisam de Luiz Inácio Lula da Silva e seus aliados para alavancar Eduardo Leite, no Rio Grande do Sul, e Eduardo Riedel, no Mato Grosso do Sul. Mas querem os bolsonaristas para enfrentar os aliados de Lula na Paraíba e em Pernambuco, estado do presidente do PSDB, Bruno Araújo.

Nesse sentido, o PSDB não deve seguir em bloco no apoio ao PT e já vê seus filiados divididos. Em São Paulo, onde os tucanos perderam o governo do estado, os prefeitos do interior já seguiram para a candidatura de Jair Bolsonaro (PL). O senador Tasso Jereissati (CE) apoiou Lula. Com tantos problemas e divisões internas, os tucanos — que abriram a disputa eleitoral com uma prévia para escolher o candidato ao Planalto — terminam divididos, sem cara e sem personalidade, rumo à liberação de seus integrantes no segundo turno.

Seguro morreu de velho

Juntos, os partidos do Centrão terão poder para dar e vender a partir de 2023, com mais de 250 votos na Câmara. Só tem um probleminha: até acertar os espaços, ninguém confia em ninguém. Para fazer frente ao crescimento do PL, por exemplo, o PP pretende se unir ao União Brasil para garantir a presidência da Câmara para Arthur Lira (AL) e tentar emplacar Davi Alcolumbre (AP) no Senado.

Sobrou
Nesse acordo, quem deve “sobrar” é o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG). Seu partido apoiou Lula em Minas e, ao que tudo indica, não há muito espaço para recandidatura. Isso porque, se o petista vencer, o MDB vai novamente tentar retomar o poder de comando no Senado.

As montanhas de Minas I
As primeiras declarações do governador reeleito Romeu Zema deixaram os políticos de Minas Gerais com a sensação de que Bolsonaro tem condições de virar o jogo no estado. Em 2014, Dilma Rousseff chegou na frente no primeiro turno e ampliou a vantagem sobre Aécio Neves depois de o PT eleger Fernando Pimentel governador no primeiro turno.

As montanhas de Minas II
Dessa vez, os petistas não terão por lá um governador para chamar de seu, capaz de alavancar a candidatura presidencial. E para completar, ainda tiveram Zema dizendo que sua missão neste segundo turno será combater o PT. Ele mobilizará os prefeitos, de forma a garantir o apoio dos deputados estaduais e federais eleitos pelo PL.

“Por ora, descanso”/ Antes de vir a Brasília fazer um reconhecimento de área do Senado e da Câmara, o senador eleito Sergio Moro (União Brasil-PR) e a deputada eleita Rosângela Moro (UB-SP) vão tirar uns dias de férias. Mas Moro já falou por telefone com Bolsonaro e ensaiam uma aproximação. Até ontem, não havia sido acionado para fazer campanha por ACM Neto (UB), na Bahia, ou Tarcísio de Freitas, seu antigo colega de ministério.

Agro paulista apoia Bolsonaro/ O Sistema de Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo e o Serviço de Aprendizagem Rural (Faesp/SEnar-SP) anunciou o apoio à reeleição de Bolsonaro, com alfinetadas em Lula. “O presidente sempre demonstrou entender nosso papel da garantia da segurança alimentar e a geração de emprego e renda, por meio de uma produção reconhecidamente sustentável. E o mais importante, diferentemente de seu concorrente, ele faz na prática o que diz em seu discurso, honrando seu comprometimento com o agro”, afirma a Faesp, em nota.

E vai mais além/ “Como produtores e trabalhadores rurais, não queremos viver no sobressalto da insegurança jurídica. Só o diálogo e o respeito mútuo colocarão a nação no rumo certo”, diz o texto assinado por Fábio Meirelles, presidente do Sistema Faesp/Senar-SP.

Patrícia Pillar apoia Lula/ Com Ciro Gomes fora do segundo turno, a atriz anunciou que votará em Lula no segundo turno.

E o Doria, hein?/ O ex-governador João Doria avisa que votará nulo para presidente da República neste segundo turno: “Minha posição é de neutralidade. Não voto nem no PT do Lula, nem no PL de Jair Bolsonaro”, afirmou à coluna.

Os desafios do segundo turno das eleições

Publicado em coluna Brasília-DF

A final entre Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Jair Bolsonaro (PL) obrigará ambos a deixarem mais claros seus projetos econômicos e sociais. O petista contava com a vitória na primeira rodada, jogando praticamente parado, colocando-se como o “fiador da democracia” e sem detalhar seu programa. Ainda assim, conseguiu ampliar em 25 milhões o desempenho e quase chegou ao total de 57 milhões de votos que Bolsonaro obteve no segundo turno em 2018. Mas só isso não basta: agora terá que detalhar seu programa.

Bolsonaro, por sua vez, obteve um milhão de votos além do que conquistou no primeiro turno de 2018. Seus aliados acreditam que poderia ter tido mais, se as pesquisas tivessem acertado o percentual de votos em favor dele, por exemplo, em São Paulo.

Agora, há quem diga que terá que assinar um compromisso com a democracia, detalhar projetos para os próximos quatro anos e mobilizar toda a tropa que elegeu 14 senadores e 101 deputados do PL para pedir votos em seu favor Brasil afora — especialmente em Minas Gerais. E, para não quebrar a onda favorável dos últimos dias, a ordem entre seus apoiadores é começar hoje.

Os cálculos de Valdemar da Costa Neto

Com o PL detentor da maior bancada do Senado e da Câmara, o comando do partido não tem mais dúvidas de que jogou certo ao acolher Bolsonaro. Agora, avalia, seja quem for o presidente da República, terá que negociar com a legenda. Afinal, 101 deputados é algo que há tempos nenhuma legenda atingiu, ainda mais sem coligação.

Melhor de dois
O PL, porém, acredita que sua situação será muito mais confortável com a reeleição de Bolsonaro, que não pretende chegar detonando o poder dos congressistas sobre o Orçamento da União. Lula, ao contrário, já disse que deseja retomar esse controle. Diante dessa premissa, a bancada pretende ajudar a reeleição do presidente.

Alckmin deixou a desejar
Os petistas viam no ex-tucano Geraldo Alckmin um diferencial que deveria ajudar em São Paulo. Nas suas conversas mais reservadas, os petistas dizem que essa ajuda não veio. O desafio agora, dizem alguns, será o ex-governador atrair o PSDB de Rodrigo Garcia.

E o Kassab, hein?
Com Tarcísio de Freitas liderando a disputa neste segundo turno, o presidente do PSD, Gilberto Kassab, tende a ficar fora da eleição nacional. Vai se concentrar em São Paulo. Quanto à Presidência da República, cada um que cuide de si.

Batman versus Super-Homem/ Em Alagoas, o senador Renan Calheiros (MDB) elegeu Renan Filho para o senado e Arthur Lyra (PP) foi o mais votado para a Câmara dos Deputados. Agora, cada um fará campanha aberta para o seu candidato a presidente. Lyra, Bolsonaro; Renan, Lula.

Santo de casa/ O PP do ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira, e de Lyra terá 47 deputados em 2023. Isso significa que, se quiser manter a presidência da Câmara, terá que fechar uma negociação na ponta do lápis com o vitorioso PL de Valdemar da Costa Neto.

A maldição de Michelle/ Ana Cristina Vale, que se apresentou como Cristina Bolsonaro, não chegou a 2 mil votos. A mãe de Jair Renan, o Zero Quatro, não ficou nem na suplência. E, das apostas do PL, a única que não obteve sucesso foi Flávia Arruda no Distrito Federal, que concorria contra Damares Alves, a candidata da primeira-dama.

Por falar em Michelle…/ Neste segundo turno, a mulher de Bolsonaro deverá ter uma agenda diferente do presidente, em busca das mulheres, especialmente, as nordestinas ligadas às igrejas evangélicas.

O porta-voz da Lava Jato/ A coleção de dissabores do PT neste primeiro turno incluiu a vitória do procurador da Lava-Jato, Deltan Dallagnol, como o mais votado no Paraná, deixando em segundo lugar a presidente do PT, Gleisi Hoffmann. Em conversas reservadas, a turma dos lavajatistas diz que Gleisi pode se preparar para duros embates no plenário, na linha de “Lula não foi inocentado”.

21% dos eleitores não têm interesse pelo pleito presidencial

Publicado em coluna Brasília-DF

O termômetro da campanha divulgado pela Associação Brasileira de Pesquisas Eleitorais mostra que mesmo na véspera do pleito, um grupo expressivo de leitores tem pouco ou nenhum interesse pela corrida presidencial. São 21%. Esse percentual, somado ao risco de abstenção, algo que tem subido a cada ano, é que preocupa todos os candidatos. Independentemente de quem sair vitorioso neste domingo, os políticos têm algo em comum: é preciso reaproximar o brasileiro da política.

Por falar em Congresso…

Antes de eleger os comandantes do Parlamento, os congressistas vão votar o Orçamento do ano que vem. E a ordem no Centrão é aprovar logo para garantir a expectativa de aplicação dos recursos nas bases eleitorais. Assim, com tudo aprovado, qualquer mudança que desagrade as bases será culpa do novo presidente da República, seja quem for.

A próxima disputa
Ainda que a eleição presidencial não feche em primeiro turno, o “terceiro turno” está posto a partir de amanhã: a eleição para presidente da Câmara. Os parlamentares que saírem vitoriosos — e as projeções indicam que a taxa de reeleição deve ficar na faixa de 70% para cima — vão trabalhar desde já o comando da Casa para 2023.

O PP vai de Lira
O atual presidente da Câmara, Arthur Lira, inclusive, tratou de ajudar seus aliados nesta campanha para lastrear a largada pela própria reeleição.

Enquanto isso, no PT…
O Partido dos Trabalhadores espera contar com a vitória de Lula, de preferência em primeiro turno, para poder organizar o jogo congressual de retomada do controle do Parlamento. A ordem é apoiar um candidato de outro partido. Na ponta da lança, como o leitor da coluna já sabe, está Roseana Sarney, do MDB, que projeta uma grande votação.

Por falar em MDB…
Quem novamente está sob risco é o ex-senador Romero Jucá, em Roraima. Ele é considerado uma das apostas do MDB para tentar equilibrar o jogo com o PSD de Rodrigo Pacheco no Senado. O partido do presidente do Congresso aponta para ser um dos grandes players do Parlamento no ano que vem.

O rei é de todos I/ Depois que Neymar Jr. declarou apoio ao presidente Jair Bolsonaro, começou a pulular nas redes sociais uma foto de Pelé (foto) abraçado com Lula e outra em que o rei do futebol segura uma camisa do Santos autografada para o presidente Bolsonaro. Pelé não apoia formalmente nem um, nem outro.

O rei é de todos II/ Edson Arantes do Nascimento já negociou a marca Pelé com uma grande multinacional e, no contrato, está escrito que ele não pode dar declarações sobre política, cigarros e bebidas alcoólicas.

O rei é de todos III/ Pelé, aliás, tirou fotos e autografou camisas para líderes políticos dos mais variados matizes. Em 1997, foi condecorado pela rainha Elizabeth.

Votemos em paz/ Bom voto a todos neste domingo. E, lembre-se: nada de brigar com familiares, vizinhos e amigos por causa da política. Mais do que nunca é preciso respeito por quem pensa diferente de você. Vida longa à nossa democracia!