VISTO, LIDO E OUVIDO, criada desde 1960 por Ari Cunha (In memoriam)
Hoje, com Circe Cunha e Mamfil – Manoel de Andrade
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Um dos laureados, neste ano, com o Prêmio Nobel de Economia, o professor do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), Daron Acemoglu, tem chamado muito a atenção do mundo acadêmico, sobretudo dos economistas brasileiros, que fazem coro a um possível retorno do nosso país ao ciclo perverso de uma recessão prolongada e profunda.
Tanto para esse economista quanto para outros, no caso aqui, o CEO da SPX, Rogério Xavier, o caminho para o Brasil voltar a um novo período de forte recessão está sendo pavimentado centímetro a centímetro pelo atual governo, dada a piora progressiva e contínua da situação fiscal incidente sobre as contas públicas.
Em primeiro lugar, é preciso destacar que fazer o caminho inverso, levando o país de volta à chamada década perdida ou ao período de hiperinflação provocado pelo governo Dilma, dará um enorme trabalho. Bagunçar as contas públicas de um país como o nosso, que tem todos os ingredientes para crescer com estabilidade, não é uma tarefa qualquer. Exige persistência e tenacidade. A contenção de gastos ajuda na aceleração da dívida pública e essa, quando erodida, leva o país à estagnação, que consumirá anos, ou até décadas, para ser corrigida.
Aqueles que pilotam a economia do país sabem, ou deveriam saber, que, quando a dívida pública sai de controle, todo o conjunto de ações para conter os prejuízos deixa também de existir ou fazer efeito. Essa também é a visão do o premiado com o Nobel de Economia 2024 professor Daron, para quem somente instituições políticas fortes e inclusivas podem abrir caminho para o crescimento econômico. Em outras palavras, o que esse economista destaca é que as instituições de um país, em sua busca sincera pelo desenvolvimento, devem incentivar abertamente a participação ampla e inclusiva da sociedade, evitando que os recursos da nação acabem nas mãos de uma elite restrita.
Marginalizar grandes parcelas da sociedade, reprimindo inovações e o progresso, concentrando e direcionando boa parte dos recursos públicos para os chamados “campeões” nacionais, no caso empreiteiros ou os bilionários da JBS, tem sido, até aqui, a fórmula para levar o país de volta ao fundo do poço. Da mesma forma, aliar a economia brasileira aos interesses da China, dentro dos Brics, em que o Brasil parece não ter identidade e independência, também é uma outra fórmula de acelerar ainda mais a recessão interna.
O Brasil precisa aprender, o quanto antes, que a ascensão de uma potência extremamente autoritária como a China não é só uma ameaça ao equilíbrio mundial, como favorece os sistemas institucionais dessa natureza, que negam o acesso e a inclusão política da sociedade, que permanecem avançando. Tanto na condução interna da economia quanto em nossas relações externas com parceiros tipo China e Rússia, estamos, na visão de muitos economistas, indo em direção contrária ao crescimento e ao progresso do Brasil. Por outro lado, o controle estatal sobre uma economia como a nossa, que vai mal de saúde e que, mesmo assim, prossegue sendo alimentado pelo governo que deteriora a capacidade da sociedade de inovar e prosperar de forma duradoura.
A frase que foi pronunciada:
“Os pobres ficam ainda mais pobres quando têm de sustentar os burocratas nomeados supostamente para enriquecê-los.”
Mário Henrique Simonsen
Contaminação
Falha humana. Foi o que declarou, à polícia, Jacqueline Iris Bacellar, responsável por assinar os laudos dos exames de HIV do laboratório PCS Lab Saleme. As investigações prosseguem depois que seis pacientes transplantados foram contaminados com o vírus da Aids.
Perita
Especialista em medicina legal e perícia médica, a doutora Caroline Daitx declarou à GB News que “cada caso será tratado individualmente para determinar a extensão dos danos”. No caso do paciente que recebeu um transplante hepático e faleceu, será necessário verificar se o HIV influenciou na causa da morte. Quanto aos pacientes que receberam transplantes renais, a análise incluirá as repercussões atuais da infecção e as possíveis consequências futuras”.
História de Brasília
Precisa, isto sim, ouvir o que disse o deputado Ademar Costa Carvalho contra a sua administração, contra seus funcionários, que, dispondo do dinheiro para o pagamento de faturas, extorquiam dinheiro dos que haviam dado trabalho à cidade. (Publicada em 19/4/1962)