Por favor, parem com fogos e rojões!

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Cães percebem sons com uma frequência muito superior à detectada pelo homem. Por isso, fogos de artifício os assustam tanto. No sábado, um rojão causou a morte de uma cachorrinha no Eixo Monumental

 

Crédito: Reprodução
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A noite de sábado foi de desespero para a tutora de Papi Maionese, uma cachorrinha linda, dócil e muito brincalhona. Por causa de um rojão, Papi, que estava passeando na altura da 301 do Sudoeste, escapou. Amigos se mobilizaram para procurá-la por todos os cantos onde poderia estar. Mas foi um esforço em vão. Papi foi atropelada no Eixo Monumental por um HB20 branco, que não parou para prestar socorro. Um casal que vinha atrás tentou salvar a cachorrinha e a levou para o hospital.

Na madrugada de sábado para domingo, a notícia que ninguém queria receber: Papi, que não havia completado 1 ano ainda, não resistiu aos ferimentos.

Tudo por causa de um rojão. A comemoração estúpida de uma pessoa trouxe um sofrimento indizível a muitas outras.

Principalmente agora, em que se aproximam as festas de fim de ano, vamos nos perguntar: para que lançar rojões e fogos de artifício? Os ouvidos dos animais são extremamente mais sensíveis. Os cães percebem sons com frequência de até 40.000 Hz — o homem, por exemplo, somente até 20.000 Hz. Também detectam sons quatro vezes mais distantes que os humanos. Se, para quem solta fogos e rojões, isso é apenas uma brincadeirinha, para eles, literalmente soa como uma ameaça.

A morte de Papi não foi fato isolado. Em dias de jogos ou grandes comemorações, muitos cães fogem de casa. Poucos são recuperados, muitos passam a viver nas ruas, outros têm um fim trágico como o dela.

A pessoa que soltou o rojão pode não imaginar o dano que causou. O mesmo não se pode dizer de quem atropelou Papi sem prestar socorro… Mas, pelo menos, a cachorrinha morreu assistida, medicada, e ainda pode ver a tutora pela última vez antes de partir para o céu dos cachorrinhos, graças ao casal que a resgatou e levou para o hospital.

Papi agora corre livre pelas nuvens. À tutora, Ana Martha, desejamos muita força. E pedimos a todos: por favor, parem com fogos e rojões.