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Coluna Brasília-DF publicada na terça-feira, 16 de dezembro de 2025, por Denise Rothenburg com Eduarda Esposito
A turma enroscada no Banco Master não terá um fim de ano tranquilo, depois da decisão do ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal, de determinar à Polícia Federal que, em 30 dias, proceda os depoimentos dos investigados no caso. Porém, as consequências na política virão justamente no ano eleitoral. O fato de o magistrado determinar, ainda, que a PF avalie a quebra de sigilo telemático, fundamentando A turma enroscada no Banco Master não terá um fim de ano tranquilo, depois da decisão do ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal, de determinar à Polícia Federal que, em 30 dias, proceda os depoimentos dos investigados no caso. Porém, as consequências na política virão justamente no ano eleitoral. O fato de o magistrado determinar, ainda, que a PF avalie um a um, indica nuvens pesadas para o primeiro trimestre, quando os partidos definem candidaturas. Ao mencionar a “necessidade de diligências urgentes”, Toffoli indica que quer tudo pronto para, quando o STF e o Congresso retomarem os trabalhos, as investigações estejam avançadas. (Leia mais no Blog da Denise).

Bote salva-vidas
A emenda do presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado, Otto Alencar (PSD-BA), que restringe a dosimetria das penas aos eventos do 8 de Janeiro é vista como a salvação da proposta e garantia de apreciação este ano. Pelo menos, é a aposta do PL, para assegurar o apoio do centro e aprovar o texto na Casa.
Até o fim
A proposta de restrição do alcance da dosimetria foi fruto de um acordo entre Otto Alencar e o líder da oposição no Senado, Rogério Marinho (PL-RN). O PL não abre mão de votar logo esse tema. Seja dosimetria ou seja anistia, o assunto foi a grande pauta dos bolsonaristas este ano e promessa eleitoral para 2026.
Ele manda
Quem selará a chapa do PSD no Distrito Federal será o presidente nacional do partido, Gilberto Kassab. Aliás, onde houver problemas, é Kassab quem moverá as pedras. No caso do DF, isso será feito até para evitar constrangimentos ao presidente do PSD do Distrito Federal, Paulo Octávio.
Contagem regressiva
No Congresso, o que se diz é que Eduardo Bolsonaro (PL-SP) tem menos de 48 horas como deputado federal. Alexandre Ramagem (PL-RJ) tem uma situação melhor entre os colegas, mas, se for preservado, o “xará” dele, Alexandre de Moraes, não hesitará em pedir o afastamento, tal e qual fez com Carla Zambelli.
Os empresários reclamam
Na solenidade que marcou os 500 mercados abertos para produtos brasileiros, nos últimos três anos, e a inauguração do edifício-sede da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil), empresários elogiaram esse trabalho. Mas, nas conversas, diziam que não é possível tirar os incentivos de 10% da indústria, linearmente, como o governo pretende fazer. O empresariado quer que isso seja visto caso a caso.
CURTIDAS

Aquele abraço/ A filiação de José Roberto Arruda ao PSD contou com a presença de Gilberto Kassab, do líder da bancada na Câmara dos Deputados, Antonio Brito (BA), e vários parlamentares, como Eliziane Gama (MA), Nelsinho Trad (MS), Sérgio Petecão (AC) e Domingos Neto (CE). Ausência de destaque foi o presidente do PSD do DF, Paulo Octávio. Arruda começou o discurso mandando um abraço ao empresário.
Caminhos/ Expulso do União Brasil, o ministro do Turismo, Celso Sabino (foto), está conversando com o PDT para se filiar à legenda. Em conversas reservadas, fontes ligadas ao partido disseram à coluna que a negociação está em andamento, mas ainda sem definição.
A volta de Heloísa Helena/ Fundadora do PSol, a ex-senadora Heloísa Helena (AL) assume hoje um mandato de deputada federal pelo partido, na vaga aberta com a suspensão de Glauber Braga (PSol-RJ). Tal e qual Braga, Heloísa não dará sossego à oposição. Em especial, aos bolsonaristas.
“Código de conduta não é moralismo barato. A magistratura precisa observar uma linha de conduta. Não existe desinfetante melhor do que a luz do sol. A corrupção do juiz é uma das piores, porque ele é o último recurso do cidadão. É preciso honrar a toga” Da presidente do Superior Tribunal Militar, Maria Elizabeth Rocha, em café com a coluna e outros jornalistas, ontem
Políticos experientes e com grande faro para o que representa desgaste nas urnas recomendam que o presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado, Otto Alencar (PSD-BA), avoque para si a relatoria da Proposta de Emenda Constitucional (PEC) das Prerrogativas — ou da Blindagem __ e, numa canetada, mande o texto para a gaveta. O texto determina que a Câmara deve autorizar, por voto secreto, se um parlamentar pode ser indiciado ou não em inquéritos no Supremo Tribunal Federal (STF). Otto ainda não disse se é isso que fará, mas foi incisivo ao criticar o texto, dizendo que precisa ser rejeitado no Senado, de forma a não retornar à Câmara.
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E por falar em Câmara…/ Relator da PEC da Anistia, o deputado Paulinho da Força (Solidariedade-SP) não pretende beneficiar o ex-presidente Jair Bolsonaro. E também pretende retirar tudo o que se referir a novas condenações. Ou seja, o que vier pela frente, não estará no pacote.
Sai daí rapidinho…
Integrantes do PT que votaram a favor da PEC da Blindagem estavam de olho num acordo para aprovar o texto, em troca de não dar urgência ao projeto de anistia e ainda angariar simpatias às propostas governamentais em tramitação no Parlamento. Veio do presidente Luiz Inácio Lula da Silva uma ordem no sentido inverso.
… e nem avisa
É grande a revolta do PP e de outros partidos do Centrão com o PT por causa do “não” à PEC da Blindagem.
A vida é feita de escolhas
Entre uma jogada de risco, com um não à PEC da Blindagem, e a garantia de clima bom com os partidos que podem dar os votos para aprovar suas propostas, o Palácio do Planalto optou por tentar recompor sua base e o clima no Parlamento.
A conferir
A aposta dos governistas é de que ninguém poderá dizer não à isenção do Imposto de Renda para quem recebe até R$ 5 mil, o projeto mais importante para ser apreciado até o final do ano.
É pegar ou largar
O que se diz entre quatro paredes na política é que Bolsonaro terá que escolher: ou é prisão domiciliar ou nada. E por mais de 10 anos. Livre, leve e solto, está difícil negociar.
CURTIDAS
Festa no Planalto/ Enquanto os bolsonaristas comemoram a aprovação da urgência para a anistia, o Palácio do Planalto faz festa para celebrar o aniversário de 55 anos do ministro da Secretaria Geral da Presidência da República, Márcio Macêdo (foto). Vários colegas da Esplanada fizeram questão de comparecer.
Aliás…/ De uns tempos para cá, os ministros palacianos parecem mais felizes e confiantes na perspectiva de sucesso na eleição de 2026. Já tem gente dizendo que, se a eleição fosse hoje, Lula seria reeleito.
… tem jogo…/ Da parte dos adversários, essa alegria palaciana é prematura, até porque não está configurado qualquer apoio a Lula num segundo turno. E a estratégia de vincular a anistia ao governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, vem cedo demais. Daqui um ano, apostam muitos, a pauta será outra.
… e preocupação/ Entre os adversários de Lula, porém, conforme o leitor da coluna já sabe, há uma certa apreensão sobre o que fará Bolsonaro. Com todo o desgaste, ele ainda é o dono dos votos. O ex-presidente, a um passo de manter a prisão domiciliar por mais de 10 anos e permanecer inelegível, terá problemas em apoiar um nome de fora da família.
Conflito no campo e no Congresso: agro resiste a verba para o MST
Coluna Brasília/DF, publicada em 16 de março de 2024, por Denise Rothenburg com Eduarda Esposito
Começa a surgir no Congresso uma certa resistência da bancada do agro na Câmara e no Senado a respeito da concessão de R$ 350 milhões para compra de terras a fim de atender o Movimento dos Sem Terra. Muitos desconfiam que os recursos anunciados recentemente servirão para instrumentalizar o MST contra propriedades produtivas do setor, especialmente, no Sudeste. O tema promete pegar fogo quando for discutido. Até aqui, afirmam alguns, desenha-se um consenso apenas para aprovação dos R$ 400 milhões destinados à compra de alimentos oriundos da agricultura familiar, mas não para a aquisição de terras em benefício do MST.
E tem mais
Além dessas questões, há um receio do setor produtivo sobre novos impostos, ponto considerado inegociável pelos congressistas. Em jantar promovido pela Casa Parlamento, do grupo Esfera, na semana passada, o senador Otto Alencar (PSD-BA), vice-líder do governo, foi incisivo: “Não há espaço para aumento de cobrança de impostos de maneira nenhuma, em nenhum setor. E vou procurar encaminhar contra o aumento de imposto.”
Façam suas apostas
A contar pelas conversas no jantar de aniversário da ex-prefeita de São Paulo e ex-ministra do Turismo Marta Suplicy, Lula conseguirá reverter a baixa popularidade até o ano que vem. Resta saber quem será o adversário dele em 2026. Os paulistas apostam no governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas. Mas os cariocas acreditam que Jair Bolsonaro não abrirá o caminho para o aliado.
Fique por perto
Ao chamar o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e a mulher, Ana Estela, para a sua mesa no jantar de Marta Suplicy, Lula deixou muitos com a certeza de que, no papel de comandante da República e, portanto, maestro de seu governo, o presidente não deixará de apoiar Haddad. Porém, se tudo der errado, sempre poderá dizer que não faltam testemunhas do seu apreço pelo ministro, ainda que precise promover uma mudança na Fazenda.
Gleisi chega no piso
A próxima pesquisa do Ranking dos Políticos dirá se a ministra de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, teve algum sucesso na missão de levantar a popularidade do governo junto aos congressistas. Afinal, ela assumiu num momento em que 49,1% dos deputados federais avaliavam a atuação do governo como ruim ou péssima, 22,7%, como regular, e 28,2%, ótima ou boa. Entre os senadores, 46,2% avaliam a gestão do Executivo como ruim ou péssima, 23% como regular e 30,8% consideram ótima/boa. Quanto à relação com o Poder Executivo, que agora está com o jogo zerado, 64,5% consideravam ruim ou péssima.
A pesquisa que vale
O ex-presidente Jair Bolsonaro espera reunir hoje e em outras manifestações um número de apoiadores capaz de lhe garantir o comando do processo eleitoral de 2026. Ele sabe que, se a resposta das ruas aos seus chamados fracassarem, perderá peso na hora de indicar o candidato do PL ao Planalto em 2026.
CURTIDAS
A lembrança de Miro/ A cada dia se tem mais clareza das dificuldades pelas quais passaram os políticos que garantiram a volta da democracia em março de 1985, com a posse de José Sarney. “Não foi fácil chegar até aqui, e o presidente José Sarney sabe disso. Tancredo sabia, naquele leito de hospital, que seria alvo de articulação para dar posse a Ulysses Guimarães ou manter João Figueiredo. Tinha medo de que impedissem a posse do vice, José Sarney, e só se deixou operar depois que a pose foi garantida. Sabia-se que, em caso de convocação de nova eleição indireta o eleito seria Paulo Maluf”, lembrou Miro Teixeira, ao discursar no seminário da fundação Astrogildo Pereira, sobre os 40 anos da redemocratização
O alerta de Miro/ Do alto de quem acompanhou de perto todo aquele processo, Miro mencionou a grandeza de José Sarney. “Raríssimo que, numa transição, haja convocação de uma constituinte. E foi isso que fez Sarney. Se não fosse a vitória sobre os radicais, não teríamos democracia no Brasil. Vamos vencer os radicais e manter a democracia”, afirmou, numa referência ao momento atual.
É assim mesmo/ Grande homenageado no seminário que marcou os 40 anos da redemocratização, nesse sábado, o ex-presidente José Sarney lembrou que seu governo viveu 12 mil greves. E em todas elas, ele se manteve firme, em defesa da democracia e da liberdade.
Prestigiadíssima/ Marta Suplicy completou 80 anos numa festa com a presença de Lula, Janja, ministros e demais autoridades. Para muitos, é uma homenagem de quem fez a diferença quando governou a maior cidade do país.





