Xôuí

Publicado em Íntegra

VISTO, LIDO E OUVIDO, criada por Ari Cunha (In memoriam)

Desde 1960, com Circe Cunha e Mamfil – Manoel de Andrade

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Foto: jornaldocampus.usp.br

 

          Saudada como uma espécie de musa intelectual das almas penadas que professam o credo no messianismo sem cérebro do lulismo, a professora Marilena Chauí, encontrou na pobre e sofrida classe média brasileira, um mote para desenvolver todo um rosário de elucubrações pseudofilosóficas em torno do, nada nobre, sentimento de ódio que diz sentir e alimentar por esse estrato da pirâmide social do nosso país.

        De fato, o Brasil é um país sui generis. Como dizia o músico Tim Maia, em suas tiradas sinceras, o Brasil não pode dar certo, pois aqui, prostitua se apaixona, cafetão tem ciúmes, traficante se vicia e pobre é de direita. Poderíamos acrescentar ainda a esse chiste o fato de possuirmos os melhores eleitores que as promessas vãs e os auxílios emergenciais e eleitoreiros podem comprar e iludir.

        Interessante que, nessa malquerença contra a classe média brasileira, alinha-se também o ex-presidente e ex-presidiário Lula da Silva. Não em decorrência de reflexões e outros trabalhos mentais, mas simplesmente porque ouviu essa tese, gostou dela e achou o que dizer nos palanques exclusivos. Um dia, algum psicanalista irá se interessar pelo o que esse demiurgo das montadoras de automóveis vem dizendo, sem mesmo perceber, nos palanques da vida.

        Há muito se diz que é nos palanques que políticos como Lula se revelam e podem ser dissecados até as vísceras. Jornalismo é para se ocupar de fatos sérios e que dizem respeito direto à vida dos leitores e não para analisar ou zumbis insepultos. Mas em se tratando de Brasil, onde realidade e fantasia se misturam numa geleia gosmenta, é preciso acompanhar, de perto, esses personagens, porque mesmo habitando o mundo ficção, eles podem interferir em nossas vidas, maltratando a nossa realidade diária.

        Na relação, pouco usual entre Lula e Chauí, difícil saber onde começa o criador e termina a criatura. Há, por parte da professora paulista, uma tentativa de buscar alguma racionalização e pontos de apoio filosóficos dentro do universo lulista, o que, em si, já nos parece surreal. Dizer que filósofos, por suas carências de ordem pessoal demonstram partidarismo por essa ou outra corrente ideológica e política, já é um contrassenso que compromete a própria imagem de liberdade que deve manter os livres pensadores.

        Quem diz pensar, refuta, duvida e não se alinha a ninguém. O livre pensador é um indivíduo solitário, que cultiva sempre a dúvida, mantendo distância principalmente dos poderosos, sejam eles políticos, empresários ou outros próceres da República. A linguagem do pensador e do filósofo, jamais deve se deixar enlamear pelos discursos e pelas ideologias, principalmente aquelas do momento. Filósofos que acreditam em utopias e distopias vindas de políticos, deveriam voltar aos bancos escolares.

        Lula odeia a classe média, como disse em recente discurseira, enquanto dizia isso apontava para o infinito o braço carregando no pulso um relógio de mais de R$ 80 mil, apenas porque jamais conseguiria se integrar à classe média, já que essa é uma parcela da população, formada mais ou menos por cerca de 100 milhões de brasileiros, gente que sempre trabalhou, pagou impostos e luta para ter uma vida digna.

        Chauí odeia a classe média porque é a única que parece não dar ouvidos às próprias tolices acadêmicas. Na verdade Chauí e Lula detestam todos aqueles que não querem ser parecidos com eles, nem hoje, nem nunca.

 

A frase que foi pronunciada:

É por isso que a arte existe. A realidade, por si só, não basta.”

Mamfil, Manoel Andrade, nosso colaborador

Mamfil. Foto: Arquivo Pessoal / Blog do Ari Cunha

 

História da cidade

Hora de as escolas planejarem um passeio histórico. Catetinho recebendo visitação depois da reforma.

 

O silêncio poderoso

Babel por balbucio. Essa troca de palavras do autor Dore Gold expõe temas interessantes para um debate maduro entre os cientistas sociais. O livro divide os temas: as raízes do terror, a erosão dos padrões, o fracasso prenunciado, o retorno da ONU? Imparcial ao genocídio, cenas do inferno, equivalência moral institucionalizada, a ONU apoia o terrorismo. Conclusão: da equivalência moral à ordem mundial. O livro: Torre de balbucio: como as Nações Unidas alimentaram o caos global.  

 

Susto

Na década de 70, eram muitos os pescadores que voltavam para Brasília do Araguaia, trazendo pequenos jacarés que eram jogados vivos no lago Paranoá. Pena que as imagens de Marcelo Bosi, enviadas pelo WhatsApp nessa semana, não mostrem claramente que o jacaré estava no lago candango. Com o filho de 16 anos, enquanto remava, gravou a cena do animal. Veja a seguir.

 

História de Brasília

Hoje é dia de reunião do Conselho de Ministros. É o dia dos ministros passearem no planalto. Veem de manhã e voltam de tarde. E ficam torcendo para a reunião não demorar muito, senão terão que viajar no Panair das 20 horas, com escala em Belo Horizonte. (Publicada em 23.02.1962)

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