Trincheira avançada

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VISTO, LIDO E OUVIDO, criada desde 1960 por Ari Cunha (In memoriam)

Hoje, com Circe Cunha e Mamfil – Manoel de Andrade

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Reprodução: g1.globo.com

 

Não há maneira reconhecível, até o momento, de se ter um comportamento dentro de casa e outro, totalmente diferente, na rua. O costume de casa se leva à praça, dizia sempre o filósofo de Mondubim. Do mesmo modo, torna-se compreensível que o governo brasileiro – e não o Brasil — tenha um modelo de política externa, ou coisa do gênero, compatível com o modus operandi praticado dentro das fronteiras nacionais.

A opção política por um alinhamento estratégico e ideológico ao eixo Sul-Sul, de certa maneira, dita as linhas da atual política externa do governo, a começar pela valorização, ou não, do que chamam Estado de Direito, dentro, obviamente, da visão pregada pela atual gestão do país do relativismo da democracia.

Ao relativizar que todo o Ocidente livre acredita ser um valor absolutamente inquestionável, o governo torna patente que esse é também o motivo que o leva a alinhamentos e parcerias atuais com países como a Rússia, China, Venezuela, Cuba, Irã e outros, onde a democracia é também um valor relativo, isto é, ao que querem e ordenam seus respectivos governos. É disso que se trata.

Assim, fica claro que a tensão diplomática, criada pelas declarações do chefe do Executivo, como muitos têm observado, surpreendeu mais a população do que o governo, que vinha dando mostras de que, no conflito do Oriente, a parte que mereceria apoio integral do atual governo seria a Palestina, mesmo demonstrado que ela estava sob controle de grupos, como o Hamas, Hezbollah e outros grupos extremistas, que trocaram as diversas oportunidades de paz, pela ânsia de destruir Israel.

Uma das lições deixadas pela Segunda Grande Guerra (1939- 1945) foi a aliança entre as democracias do Ocidente, que permitiu a continuidade da civilização, livrando a humanidade de uma nova era de trevas.

A negação em se retratar, para manter a normalidade nas relações com Israel, foi reforçada pela ação do governo de apoiar a iniciativa da África do Sul de pedir, ao Tribunal de Haia, a condenação de Israel por genocídio contra os palestinos. Tal atitude provocou apoios e agradecimentos justamente dos novos amigos do atual governo, citados acima.

Internamente, é também assim: não há diálogo com a oposição. Exceto aqueles que, de certa forma, são amolecidos com a liberação das emendas parlamentares. Segundo quem entende do complexo mundo das relações internacionais, há, nesses últimos anos, um amplo e ambicioso plano de desmonte de toda a ordem mundial ainda vigente, por parte de grupos extremistas, apoiados, todos eles por Estados totalitários. Há a certeza, inclusive, de que a atuação desses grupos de destruição, sua própria sobrevivência, deve-se, unicamente, ao apoio financeiro e logístico dado pelos países ditatoriais.

É nesse contexto que podemos observar, não só o desenrolar da política interna, como também as relações com o restante do mundo. Trava-se assim, uma espécie de guerra surda contra o Ocidente e tudo o que ele significa. Existe hoje o que chamam de um novo tabuleiro de jogo, denominado “Xadrez do Mal”, que está avançando suas peças e peões, na ânsia de derrotar o Ocidente democrático e livre. Para aqueles que buscam derrotar Israel, talvez a mais importante trincheira avançada do mundo livre, esse objetivo é o primeiro passo, dentro da estratégia para a submissão do Ocidente. É esse o pesadelo em cartaz atualmente.

 

A frase que foi pronunciada:

“Somos forçados a recorrer ao fatalismo como explicação de acontecimentos irracionais (isto é, acontecimentos cuja razoabilidade não compreendemos). Quanto mais tentamos explicar razoavelmente tais eventos na história, mais irracionais e incompreensíveis eles se tornam para nós.”
Leo Tolstoi, Guerra e Paz

Léon Tolstói. Foto: Reprodução da Internet

 

Mares
No discurso de Wang Yi, na Conferência de Segurança, em Munique, o ministro do Exterior da China fez um discurso ponderado, no qual concluiu que há os que trabalham sós e os que trabalham em conjunto. A China quer estabelecer relações com todas as nações porque “somos passageiros do mesmo barco em busca de um futuro melhor para a humanidade”.

Wang Yi. Foto: REUTERS/Florence Lo

 

Estranho
Na tesourinha da 202 Norte, não há homens trabalhando. Nas últimas chuvas, barrancos foram aparecendo com a terra escorrida pelas águas. Os tapumes permanecem.

 

Resgate
Há uma forma de matar as saudades da Brasília Super FM. Basta baixar, pelo Spotify, e optar por Brasília Super FM 89.9 A lista de músicas carrega o pensamento dos velhos tempos.

História de Brasília

O caso da G-1 precisa prosseguir. O inquérito está paralisado. O reconhecimento dos implicados ainda não foi feito, porque estão sabotando o ofício no qual o delegado Fregonassi pedia a presença dos prováveis implicados. (Publicada em 03/04/1962)

O inverno da nação

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Foto: Ricardo Stuckert/Presidência da República

         Um verdadeiro colapso do comunismo veio com o Outono das Nações, em 1989, com revoluções que arrastaram o regime na Europa Central e Oriental. Em poucos meses o modelo soviético dos Estados comunistas foi varrido. A Polônia foi a precursora e depois a Hungria, Alemanha Oriental, Tchecoslováquia e Bulgária. Na Romênia não teve paz e amor. Na famosa praça de nome Paz Celestial os protestos não deram certo. Na Eslovénia, então parte da antiga Iugoslávia, o mesmo processo teve início na Primavera de 1988, mas teve pouca influência sobre o desenvolvimento em outros países socialistas, com exceção de na vizinha Croácia, descreve a wikipédia. Mais tarde entre 1990 e 1991 recebem o alfinete no mapa,  a Albânia  e Iugoslávia, que também abandonaram o comunismo.

         A Iugoslávia ficou dividida com a Eslovênia, Croácia, República da Macedônia, Bósnia e Herzegovina e República Federal da Iugoslávia (incluindo Sérvia e Montenegro). Depois a União Soviética foi dissolvida, e se batizou de Rússia e foram 14 as novas nações que declararam independência da União Soviética: Armênia, Azerbaijão, Bielorrússia, Cazaquistão, Estônia, Geórgia, Letônia, Lituânia, Moldávia, Quirguistão, Rússia, Tajiquistão, Turquemenistão, Ucrânia e Uzbequistão.  No vácuo das transformações a República Popular da China e Vietnã, começaram a abraçar o mezzo capitalismo. Nesse contexto surgia a Era da Globalização.

         Portanto, insistir nessa prática, cujos resultados negativos estão aí, previamente anunciados, é insano, para não dizer perigoso. O que a Nação espera, nessa e em outras indicações para cargos de suma importância, é que os indicados venham fornidos de notórios conhecimentos e de reputação ilibada, colocando-os à serviço da população e não de causas ou de pessoas.

         Essa história, contada pela metade pelo mais novo membro dessa alta corte, de que “vai colocar, no armário, a roupa dos vingadores, ao mesmo tempo em que afirma : “mas ela está lá né? Qualquer hora dessas, quem sabe?”, já sinaliza que, uma vez empossado, o vingador, travestido com sua fantasia ideológica, fundida aos personagens da Marvel Comics como Hulk, emergirá para defender seu criador e não a Carta de 88, que limita seus superpoderes.

         Ao silêncio obsequioso feito pela classe jurídica e pela mídia, fica o alerta de que mais do que super heróis de pés de barro, o Brasil necessita de estadistas. Mais do que personagens da ficção política, o país precisa de lideranças imbuídas do mais alto grau de patriotismo e de ética, capazes de colocar o povo onde manda a Constituição: como poder soberano acima do Estado.

A frase que foi pronunciada:

“Esse pessoal da política é honesto demais! Lindalva aceitava viajar de graça para a Bahia com passagem paga pelo prefeito. Parecia que ele comprava todo mundo. Pois Lindalva via a família baiana, distribuía presentes, banhava no rio, comia umbu, a manga verde e andava de jegue. A cidade naquela barulheira, sujeira e bagunça. Dia de eleição. Pois não é que Lindalva votava no outro candidato? E voltava no mesmo ônibus, pago pelo trouxa, para casa feliz da vida. De consciência mais que tranquila.”

Dona Dita e o outro lado da compra e venda

Foto: TSE

História de Brasília

A ausência do governo é total. Os jornalistas chineses iam embarcar para a Bahia ontem de manhã. Receberam a informação de que o presidente João Goulart os receberia, mas no rio. (Publicada em 28.03.1962)

Trincheira avançada

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Foto: ©Rafa Neddermeyer/Agência Brasil

 

         Não fosse a escalada das tensões diplomáticas entre o governo brasileiro e o de Israel, todas elas provocadas gratuitamente por declarações e falas despropositadas desferidas pelo atual ocupante do Palácio do Planalto, o conflito entre o Estado Judeu e os grupos terroristas, que infelicitam aquela nação, poderia servir, ao menos, para que oficiais das nossas Forças Armadas acompanhassem, de perto para aprender, o que é de fato uma guerra moderna, com tecnologia e outros avanços e táticas bélicas.

         Deixar de apoiar uma democracia, que possui o direito legítimo de se defender de sicários radicais para, veladamente, colocar-se ao lado de grupos terroristas, além de um opróbrio sem precedente, deveria receber, por parte dos Poderes Constituintes, severa e clara reprimenda. Como pode uma ideologia política, também ela radical em suas posições, falar em nome do Brasil? Essa, inclusive, é também uma discussão antiga, mas que é sempre atual em seus motivos. Afinal, quem tem a permissão e a legitimidade em nosso país, para falar em nome do povo brasileiro? Ainda mais quando se verifica que posições políticas extremadas não representam, nem de longe, o pensamento médio da população do Brasil. Houvesse a realização de uma consulta popular, com voto impresso, para saber em que lado do conflito entre Israel e Hamas se posiciona a população brasileira, sem dúvida a maioria ficaria em favor do povo de Israel. O atual governo, ao conferir apoio a grupos terroristas, deixa patente, a esses movimentos armados de fuzis e ódio, que o Brasil oficial se solidariza com o terror e tem, por parte de nossos dirigentes, plena acolhida a esses indivíduos.

         O assunto não é tão distante de nossa realidade, quando se verifica a ocorrência, cada vez maior, de grupos e pessoas ligadas ao terror islâmico, identificados aqui dentro do nosso território. Também, esse mesmo governo, apresenta evidências passadas de acolhimento e refúgio de terroristas, como foi o caso de Cesare Battisti e dos sequestradores do empresário Abílio Diniz, para ficar apenas nesses casos mais rumorosos.

         A propensão, quase patológica, com que os governos de esquerdas se mostram no apoio a ditaduras e a grupos terroristas, deixa transparecer mais do que um ódio às democracias, o que acaba ficando evidente nesses casos e em muitos outros, é que o atual governo é avesso aos ritos democráticos, como ficou evidente em fala recente do atual governante, quando confessou que sabia que jamais chegaria ao poder por meio do voto democrático e livre. Que, ao menos, fique firmado, aqui nesse espaço, que as posições do atual governo, em favor de grupos terroristas e contra Israel, não representam, absolutamente, o pensamento desta coluna.

         Também as manifestações vergonhosas, feitas dentro do Congresso, por parte de políticos de esquerda em favor do Hamas, passam muito longe do que pensam os leitores desse pequeno espaço e, com certeza, vão contra o que quer e desejam os homens de bem deste país.

         Em momentos como esse, em que o errado se fantasia de certo, para confundir os desatentos, é preciso ficar de olhos bem abertos não só no que ocorre nos bastidores da insípida política em Brasília, mas atento também as movimentações que vêm ocorrendo, silenciosamente, na chamada tríplice fronteira, ainda mais quando se verifica a boa vontade com que o governo atual trata esses radicais.

         O que essa gente jamais irá entender é que Israel é, para o mundo e para o Ocidente, uma espécie de trincheira avançada, contra o avanço do radicalismo insano e suicida de grupos terroristas islâmicos, todos eles empenhados, fervorosamente, em destruir a nossa cultura, formada por um conjunto sem igual, que mistura a Filosofia Grega, o Direito Romano e as tradições Judaico Cristãs. É justamente essa cultura que as esquerdas, de mãos dadas agora com os movimentos radicais do islamismo, buscam lançar, por terra, em favor de um mundo distópico e já visto em lugares como Coreia do Norte e outros purgatórios terrenos.

 

 

A frase que foi pronunciada:

“Não é porque o Hamas cometeu um ato terrorista contra Israel, que Israel tem que matar milhões de inocentes. Não é possível que as pessoas não tenham sensibilidade. Não é possível, então se a ONU tivesse força, a ONU poderia ter uma interferência maior. Os Estados Unidos poderiam ter uma interferência maior. Mas as pessoas não querem. As pessoas querem guerra. As pessoas querem incentivar o ódio, as pessoas querem estimular o ódio. E eu não vejo assim.”

Lula

SOPA Images/Getty Images

 

Desculpe, foi engano

O cardeal Dom Paulo Cezar abriu as portas da Catedral de Brasília para a Orquestra Mundana Refugi, com participação especial de Toninho Ferragutti, porque foi informado que se tratava de uma apresentação de coro e orquestra. Mas o orquestrado era um a manifestação mundana no Altar, o que deixou os fiéis católicos prontos para agir.

 

História de Brasília

A ressalva em tôrno dos frangos foi feita a propósito, porque as autoridades deviam saber que a granja do Torto, onde reside o presidente da República, tem uma excelente criação de frangos, e era quem fornecia para todos os banquetes realizados em Brasília. (Publicada em 27.03.1962)

De quem é a Praça dos Três Poderes?

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Praça dos 3 Poderes. Foto: Tony Winston/Agência Brasília/Divulgação

 

Enquanto o presidente empossado este ano prossegue em seu longo périplo pelo mundo, como se fosse um caixeiro viajante, o governo, de fato, continua trabalhando a todo vapor. Depois de costurar a aprovação do arcabouço fiscal, escolhendo as emendas ao projeto que lhe pareciam mais sensatas e mais de acordo com aquilo que desenha para seu mandato, o presidente da Câmara, Arthur Lira, ruma em frente.

Segue ele, de forma cuidadosa e articulada, na pavimentação da estrada que conduzirá o país ao encontro de um sistema de governo em que o presidente da República terá que compartilhar o poder com o Legislativo. Não é uma tarefa qualquer. Primeiro, é preciso sondar o terreno dentro e fora do Congresso; depois, assegurar-se de que a empreitada não vá resultar no beco sem saída das decisões inconstitucionais.

A Praça, que não é do povo, mas dos Três Poderes, tem dono. Aquele que busca esse título não pode, pois, arredar pé do local. Por enquanto, esse tipo de responsabilidade em compartilhar o comando do Estado vai sendo apenas ensaiado, ajudado pelo fato de que as atenções parecem estar todas voltadas para as crises institucionais diárias e para as comissões de inquérito, que estão ainda no início dos seus trabalhos.

As medidas que provocaram uma reestruturação nos organogramas dos ministérios, esvaziando pastas e inflando outras, além da urgência para a votação do Marco Temporal, mostram que a pretensão em ir seguindo rumo ao semipresidencialismo é uma estrada sem volta.

Parte do orçamento da União está controlado pelo Congresso, já que possui, em outras atribuições, o poder de deliberar sobre essas leis, procedendo a fiscalização contábil, financeira, operacional e patrimonial da União e de todas as entidades ligadas a ela, isso sem falar no tal do orçamento secreto, que é totalmente manipulado e distribuído dentro do Legislativo, sem ingerências do Poder Executivo.

Mesmo as comissões de inquérito, que estão estreando na Casa, estão sob controle de Lira, que colocou, no comando da CPI de 8 de janeiro, um aliado seu fiel e capaz de reverter expectativas. Fez o mesmo com relação à aprovação do próprio arcabouço fiscal. Enquanto isso, o governo se vê impossibilitado de organizar uma base de apoio confiável, até porque as vantagens parecem estar todas dentro do próprio Legislativo.

Fosse uma Seleção Brasileira de Futebol, é possível dizer que Lira joga e avança pelo meio, com apoio, sempre interesseiro, do Centrão. Analistas que transitam pelos bastidores de Brasília já admitem que Lula está cansado para correr todo o campo durante os 90 minutos.

De fato, a chance para a entronização do semipresidencialismo é agora ou nunca. Caso isso venha a acontecer nesses próximos três anos, os candidatos à Presidência do Brasil em 2026 encontrarão uma República dividida entre um chefe de Estado e um chefe de Governo.

 

 

A frase que foi pronunciada:

“Aqueles que negam a liberdade aos outros não a merecem por si mesmos e, sob um Deus justo, não podem retê-la por muito tempo!”

Abraham Lincoln

Abraham Lincoln. Foto: wikipedia.org

 

Telemarketing
Mesmo com regulamentação instituída, operadoras de celular continuam com ligações inconvenientes sobre ofertas e vantagens. Preencher todos os formulários que aparecem pela frente é uma forma de perder a privacidade.

Charge do Ed. Carlos

 

Estio
Chega o início da seca em Brasília. Mais algumas chuvas esparsas e, depois, água do céu só em setembro ou outubro. Atenção com idosos e crianças. É o momento para realçar as faixas de pedestres, buracos, preparar as sementes para o plantio no final do ano.

Charge: Cazo

 

2005
Que desânimo ler jornais do passado. Um deles explicava a morfologia de Valerioduto. Parece que foi ontem.

 

Importante
Se Curitiba tem Dallagnol, Brasília tinha Reguffe. Milhares de pessoas com câncer foram beneficiadas com o projeto de lei que garante tratamento de quimioterapia oral para pacientes com câncer.

Senador Reguffe. Foto: senado.leg.br

 

História de Brasília

O professor Hermes Lima desenhou um novo esquema para a transferência de funcionários públicos para Brasília, não mais obedecendo a interesses pessoais, e sim, de produção da repartição. (Publicada em 20.03.1962)

Sem opor e sem posição

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O vice-presidente Geraldo Alckmin (esq.) e o presidente reeleito da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (dir.). Foto: poder360.com

 

         Enganam-se, redondamente, aqueles que acreditam que as declarações, cada vez mais destrambelhadas do atual presidente da República, ajudam politicamente as oposições. Não ajudam porque não criam, nessas forças antagônicas, o que mais seria necessário, que é um sentido de coesão ou de um projeto unificado e ordeiro de oposição, capaz de transformar esses grupos numa frente ampla antenada e proativa para exercer o que se espera desses “líderes”.

         A verdade é que boa parte daqueles que se elegeram à sombra de Bolsonaro ainda não demonstraram o que vieram fazer no Parlamento. São poucos os políticos, e sempre os mesmos, que assumem as tribunas da Câmara e do Senado, para discursar contra as insanidades produzidas todos os dias pelo atual governo.

         Há, de fato, um marasmo geral, como se todos estivessem esperando algo extraordinário para se posicionar. Os absurdos que acontecem diariamente só ocorrem porque a oposição ainda não se encontrou. Será que irá se unir ainda nessa legislatura?

         Enquanto nada de significativo acontece no Congresso, o governo vai comendo pelas beiradas, articulando ações, desmotivando, com benesses, parlamentares suscetíveis de serem dobrados ou amolecidos, sabotando a oposição e aparelhando o que pode, ou desarticulando os órgãos de combate à corrupção. Se não são as oposições que ganham relevo com as insanidades do atual governo, quem seriam os beneficiários diretos desse desgoverno?

         Há os que acreditam ser o mercado, que segue junto com o aumento de juros. Outros acreditam ser as mídias oficiais, que estão sendo beneficiadas como nunca, para maquiar uma situação que beira o caos. Outros ainda acreditam que todo esse descompasso do governo beneficia apenas os especuladores e aqueles que apostam no caos na economia. Nem desses angariam tantos benefícios com as ações incautas do atual governo como o próprio vice-presidente, que se mantém afastado de polêmicas, agindo nos bastidores para dar um certo ar de seriedade a tudo o que o titular faz e fala.

         De fato, Alckmin sabe o que está fazendo e a razão do que faz. Pode ser leal ao presidente, mas é bem mais leal a si mesmo e tem propósitos para agir assim. Quanto mais o atual chefe do Executivo deixa escapar suas pérolas colecionáveis, mais e mais sobe a cotação do vice. Na realidade, Alckmin não precisa fazer grande esforço para se manter como a única ilha longe do vulcão. Segue pela lei da inércia, empurrado para o alto apenas pelos ventos da sandice.

         Outro comandante que, com certeza, vai se beneficiando com os tropeços verbais de ação do atual governo é o presidente da Câmara, que vê a cada dia sua posição política reforçada pelo controle que exerce, tanto entre os líderes de bancada como na pauta de votação de emendas.

         Alckmin e Lira formam hoje os nomes mais fortes da República, ao lado, é claro, de alguns ministros do Supremo. O resto é o resto, dança conforme os que regem os maestros. Essa dupla permanecerá em paz, enquanto for conveniente para ambos. Caso o projeto do semipresidencialismo venha a se tornar uma realidade, como quer e sonha Lira, essa situação pode mudar. Caso prossigam os atropelos e as parlapatices do atual mandatário, revelando, como muitos falam à boca pequena, uma certa decrepitude ou senilidade, a saída poderá ser feita apenas por essas duas passagens estreitas, tendo cada uma delas a figura ou de Lira, ou de Alkmin. É o que dizem: o presente rabisca o futuro, e este é sempre traçado pelo passado.

 

 

A frase que foi pronunciada:

“Privatizar o Porto de Santos é a diferença entre a política internacional e a pobreza na Baixada.”

Governador Tarcísio de Freitas

Governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos). Foto: jovempan.com

 

Planejamento

Alguma coisa precisa ser feita nas obras da W3 Sul. O que não pode é o trânsito ficar parado da forma que está, nos horários de pico.

Fotos: Paulo H. Carvalho / Agência Brasília

 

Direito

Reclamação constante é que, apesar da facilidade de cartões para o pagamento de passagens de ônibus, muitas vezes, não há troco, com o prejuízo do passageiro. O comércio em geral deve estar preparado para o pagamento em dinheiro, com troco suficiente em reserva no caixa.

Foto: Dênio Simões/Agência Brasília

 

Acepção de pessoas?

SEDET lança Projeto Transformadas, curso de formação gratuita para bartender, culinária e maquiagem. O que não dá para entender é a disponibilidade de vagas preferencialmente para candidatos da comunidade LGBTQIA+.

 

História de Brasília

Não apresentou, em nenhum momento uma razão plausível para o seu gesto. As dificuldades pelas quais passa o país, são as mesmas, e nem assim se justifica a hora do desespero. (Publicada em 17.03.1962)

Ao lado dos perdedores

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Lula e Ortega. Foto: Roosewelt Pinheiro/Agência Brasil

 

          Foi dito antes, aqui neste mesmo espaço, que a introdução, sem critérios e de forma amadora, de elementos políticos e ideológicos, nos assuntos de interesse do Estado, não resulta em ganhos para o país, como ainda reduz o espaço de manobra do Brasil no cenário internacional, atraindo, para nossa esfera de relações, problemas que não nos dizem respeito.

         Parece que a falta de profissionalismo e o retorno aos anos sessenta, da guerra fria, antepondo comunismo e capitalismo num estado beligerante permanente, estão de volta à diplomacia do Brasil. É uma pena! Com isso, seguimos encolhendo, ante o mundo civilizado, seguindo os mesmos passos que nos transformaram num anão político, birrento e ciclotímico, defendendo o indefensável e nos aliando a párias internacionais que as grandes democracias do mundo civilizado têm reiteradamente condenado. Engana-se quem pensa que esse revival anacrônico de um terceiro-mundismo tem a ver com questões econômicas ou algo do gênero. Essa associação e esse acolhimento tanto ao ditador da Nicarágua, como ao governo dos Aiatolás do Irã, inserem-se dentro de uma lógica que atende apenas a uma pequena parcela aguerrida dentro do partido do atual governo, que vê, nesses amigos de ocasião, uma forma de manter a velha e vazia aparência revolucionária.

          O silêncio do atual governo brasileiro no Conselho de Direitos Humanos da ONU, nesta última sexta-feira, abstendo-se em condenar o governo de Daniel Ortega da Nicarágua, por uma série infinda de crimes contra opositores políticos, estudantes, membros da igreja Católica e de outras religiões naquele país, envergonham sobremaneira os brasileiros de bem ao nos colocar no mesmo patamar daqueles que nada sentem diante das ações violentas que o governo nicaraguense vem promovendo contra seu próprio povo e contra todos que ousam questioná-lo. Desde que chegou ao poder Ortega vem mandando prender e até eliminar seus opositores. Tem mantido também uma perseguição aos religiosos e os acusa de irem contra os princípios revolucionários que prega.

          Nada menos do que 53 países, as maiores democracias do planeta, manifestaram, em documento, contra o verdadeiro massacre que Ortega comete em seu país. O governo brasileiro preferiu a companhia de Ortega e de seus sandinistas criminosos. No caso do navio de guerra iraniano atracado no porto do Rio de Janeiro, com as bençãos do atual governo, o que se vê, mais uma vez, é o reaproximação com os sanguinários Aiatolás, acusados pelos Estados Unidos e pela Europa de promoverem o terrorismo internacional nos quatro cantos do planeta e de seguidas violações dos Direitos Humanos naquele país, com execuções e prisões em massa.

          O atual governo brasileiro não só acolheu a embarcação suspeita como participou de solenidade reservada a bordo do navio. Com isso, compra uma desnecessária e prejudicial briga com os EUA, inserindo-se entre as nações suspeitas de abrigar terroristas e suas ações. Também essa reaproximação em nada contribui, de forma prática ou econômica para o Brasil, significando muito mais um ato de rebelião contra os EUA e um sinal claro para Israel, que mostra bem de que lado o Governo Brasileiro se posiciona no xadrez internacional. Ao lado dos perdedores de sempre.

A frase que foi pronunciada:

“A política externa do governo Lula é digna de um grêmio estudantil: só apoia ditaduras”

JRGuzzo, na Gazeta do Povo

J.R. Guzzo. Foto: Felipe Cotim/VEJA.com

 

Imagens

Um caso que nasceu da mentira e foi responsável pela morte de milhões de crianças inocentes. Roe vs Wade. Jane Roe, que não queria o filho, disse que foi estuprada. Pediu à Justiça que autorizasse o aborto. Conseguiu. Motivo torpe, egoísta de repercussão devastadora. Agora, em 2023, com a tecnologia disponível, é possível ver a luta do feto, expressão de dor, a cores e em três dimensões. Talvez por isso alguns estados reconheceram o crime.

Arte: institutoliberal.org

 

Treze

Nesta semana, a o moderníssimo governo da Califórnia avisa que não admite farmácias que não vendam pílulas abortivas. A narrativa de que é preciso proteger as mulheres esconde as mulheres e homens abortados. Se o aborto fosse mesmo seguro para a mulher, a ativista María del Valle González Lopes, de 23 anos, e outras tantas mulheres não teriam morrido após abortarem legalmente. Mas o que esperar de um país que pula o número 13 nos botões do elevador por achar que dá azar.

María del Valle Gonzáles. Foto: twitter.com/mdanielorozco/status

 

História de Brasília

Na impossibilidade, sugeriríamos à Novacap ceder o Pavilhão da Spevea, no caminho do Hotel, ou uma sala da LBA, um pouco mais adiante. Se há alunos, rejeitar esse trabalho especializado é que é inconveniente. (Publicada em 17.03.1962)

Nuvens carregadas sobre a economia de 2023

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Lula. Foto: Fernando Bizerra/EFE

 

         Nessa altura dos acontecimentos, não chega a ser surpresa que o mercado, essa entidade invisível e desdenhada pelo próximo governo, já tenha acendido a luz vermelha com o anúncio das medidas que estão para ser implementadas na área econômica e com as indicações dos nomes para os dois principais postos dessas pastas, a saber, o Ministério da Fazenda e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). De nada adianta fazer cara feia para o mercado, pois ele, por seu moto próprio, não se deixa intimidar. Caso haja ainda uma queda de braços entre o mercado e o governo, quem sairá perdendo, como sempre, é a população, que é colocada no meio dessa disputa insana, sendo obrigada a arcar com as consequências e custos econômicos dessas querelas.

         Quando se deixa ventilar a notícia de que quem irá dar a palavra final na área econômica será o próprio futuro presidente, aí é que a coisa desanda, pois já passa da hora de ter aprendido que populismo e arroubos autoritários nas decisões, com base em expectativas político ideológicas, não só não se ajustam a modelos matemáticos como também resultam em equações sem soluções e desastres certeiros nas finanças.

         Negar que os indicadores, como a alta no dólar e a queda recorde nas bolsas, são apenas sinais passageiros e sem importância, também é apostar na incerteza e na boa vontade do destino. A reação do mercado, à quebra da Lei das Estatais e à PEC Fura Teto, tem sentido e sinaliza para um período de incertezas e de um possível retorno a políticas econômicas que não deram certo no passado e ainda deixaram um passivo que perdura até os nossos dias.

         Temos, assim, dois nomes e duas medidas de anulações de leis econômicas sensatas, reunidas num mesmo momento e que, até para um leigo no assunto, apontam para o desastre iminente. Os aumentos nos juros, na inflação, no desemprego e na pobreza virão na sequência da insensatez. Obviamente que, para corrigir esses erros na largada, mais erros açodados virão, num ciclo perverso de medidas e que podem muito bem desaguar em decisões como o congelamento de preços e outras insanidades como as que vêm sendo praticadas agora em países do mesmo naipe ideológico, como a Argentina.

         Alimentar expectativas otimistas, quando os mesmos erros são repostos em práticas, não faz sentido. A questão aqui é saber em que momento exato tudo irá desandar e desembocar numa outra recessão econômica. Preocupa, sobretudo, os economistas mais realistas e que não se deixaram encantar com sibilos das sereias, a nova administração indicada pelo futuro mandatário para o BNDES. É, nessa instituição, fundada em 1952, e vinculada ao Ministério da Economia, que agora se voltam as atenções para o ressurgimento de ideias toscas com o financiamento dos “campeões nacionais”, que tantos rombos deixaram nas contas públicas e tantos escândalos de corrupção produziram.

         É preciso lembrar aqui que, entre 2008 a 2018, o BNDES acumulou, junto ao Tesouro Nacional, uma dívida de mais de R$ 650 bilhões. Justamente agora, que se anunciava a possibilidade de um cronograma para BNDES restituir essa dívida ainda em 2023. Parece que a medida foi posta de lado.

         É sabido que o BNDES foi convertido de banco de fomento nacional para instituição de apoio a projetos fora das fronteiras do país, emprestando a de taxas milhões de dólares, a taxas camaradas, a países, tanto do continente como da África, sendo que a maioria desses empréstimos foram sequer pagos. Entre 1998 e 2017, o BNDES emprestou, para cerca de 15 países, mais de US$ 10,5 bilhões.

         Somente Cuba e Venezuela devem, juntas, mais de R$ 3,5 bilhões ao banco e não apenas ignoram esses empréstimos, como já estão na fila, ao lado de Nicarágua e Argentina, em busca de novos empréstimos, tão logo o novo governo assuma. Essas e outras dívidas se transformaram, por seu volume e condições camaradas, em verdadeiras caixas pretas do banco.

         O que se sabe, por vias oficiais e com valores subdimensionados, é que o BNDES tem cerca de R$ 12,1 bilhão a receber de 11 países, apenas por obras no setor de engenharia, todas elas realizadas em países ditatoriais. Segundo o economista Joaquim Levy, ex-presidente do BNDES, esses empréstimos podem ser classificados como desastrosos e poderiam servir de lição para o futuro, mostrando que emprestar dinheiro para ditaduras é um erro e uma aposta em prejuízos.

         A falta de um regime fiscal confiável a partir de 2023, bem como o desmonte das Leis das Estatais e do limite de gastos, projetam um período sombrio sobre a economia do país. Nada do que não experimentamos antes e com os resultados que já sentimos na pele. De nada adiantarão falar em herança maldita para esconder um começo de governo pra lá de agourento.

A frase que foi pronunciada:

“A história nos lembra que ditadores e déspotas surgiram em tempos de grave crise econômica.”

 Robert Kiyosaki

 

Robert Kiyosaki. Foto: Divulgação

História de Brasília

Nosso amigo pediu a substituição de um fusível, e o DFL cobrou 130 do fusível, 45 de mão de obra, e 700 cruzeiros de transporte. Nem de taxi, meu Deus! (Publicada em 14.03.1962)

Estatais de volta ao passado

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Foto: André Motta de Souza/Agência Petrobras

 

Uma das razões que levavam os políticos e outros próceres da República a almejarem sinecuras e acessos facilitados à fabulosa máquina pública do país é que, nesses nichos de riquezas, construídos com a poupança da sociedade, encontram-se uma miríade de empresas estatais reluzentes e rendosas, todas elas de portas escancaradas à espera de repetidos ciclos já conhecidos. Estatais são vítimas passivas de crimes que não resultam em punição. Trata-se aqui de um verdadeiro arquipélago formado por ilhas da fantasia, onde a pirataria política prepara uma festa à luz do dia, sem remorsos ou repreendas.

Fosse o Estado brasileiro desprovido totalmente desse tipo peculiar de empresa, que nunca entra em regime de falência, a carreira política perderia muito de sua atração, esvaziando as disputas. É, atrás dessas joias do Estado, que se engalfinham os partidos, sobretudo aqueles de maior poder de barganha. Até aqui, não há novidade alguma. O ultimo grande escândalo de corrupção, envolvendo o sumiço de bilhões de reais, ocorreu justamente numa dessas grandes empresas e, por isso mesmo, foi batizada de “Petrolão”. Da Petrobras, desapareceram, segundo estimativas subdimensionadas, apresentadas em estudos econométricos, algo em torno de R$ 19 bilhões, entre os anos 2004 a 2012. Das 187 empresas estatais existentes, mais da metade apresentou balanços negativos no período entre 2003 e 2014. A sangria dessas empresas, transformadas em cabide de empregos e em autênticos “caixas dois” dos partidos, só pode ser contida, em parte, a partir da promulgação da chamada Lei das Estatais (Lei 13.303/2016), no governo Temer.

Por meio dessa lei, aprovada pelo poder Legislativo, foi estabelecido o estatuto jurídico de empresas públicas e sociedades de economia mista que trabalham com comercialização de bens de prestação de serviços. Criou-se, a partir dessa data, uma espécie de governança interna nessas empresas, até para emprestar, a essas instituições, um certo ar de seriedade, exigidos nas transações com outros países.

Surpreendentemente, nesses últimos cinco anos em que a lei vigorou, essas empresas voltaram a apresentar balanços positivos, chegando, como no caso da Petrobras, a apresentar superávits seguidos. Somente esse ano, a empresa anunciou um lucro de R$ 44,5 bilhões, apenas no primeiro trimestre. No segundo trimestre, esses números saltaram para R$ 54,3 bilhões, superando todas as previsões anteriores. Os Correios alcançaram R$ 3,7 bilhões em 2021. São números extraordinários para empresas que conheceram o inferno. Agora, a Lei do Teto de Gastos e mesmo a Lei das Estatais voltam a ser letras mortas. Aprovada na Câmara à toque de caixa, a “flexibilização” da Lei 13.303 irá permitir uma volta ao passado, acabando com a quarentena de 36 meses para que a indicação ao Conselho de Administração e para a diretoria de estatais fosse feita.

Caso venha a ser aprovada também no Senado, como se espera, a Lei das Estatais valerá como no passado, o que leva a crer um desastre anunciado que desvalorizará as estatais, também como no passado.

O caso mais rumoroso nesse regresso a um passado que se acreditava morto é que o desmanche da Lei 3.303 foi pensada, num primeiro momento, apenas para alojar no comando do BNDES. Mas a senadora Gleisi Hofmann tranquiliza a população: “Nós sabemos como essas empresas funcionam. É a iniciativa privada que corrompe”, diz a atual presidente do PT.

 

A frase que foi pronunciada:

“O socialismo é o fantasioso irmão mais jovem do quase decrépito despotismo, do qual quer herdar; suas aspirações são, portanto, no sentido mais profundo, reacionárias. Pois ele deseja uma plenitude de poder estatal como só a teve alguma vez o despotismo, e até mesmo supera todo o passado por aspirar ao aniquilamento formal do indivíduo: o qual lhe aparece como um injustificado luxo da natureza e deve ser transformado e melhorado por ele em um órgão da comunidade adequado a seus fins.”  

Friedrich Nietzsche, filósofo alemão do século XIX 1844 – 1900

Friedrich Nietzsche. Foto: Wikipedia

 

Expectativa

Na posse do dia 1º de janeiro, todos os convidados terão que mostrar, aos seguranças, com quem eles estão falando. É que a tecnologia aplicada não dispensa a apresentação do convite com QR Code. Outra novidade desenvolvida pelo Prodasen é a sincronização das informações sobre o convidado e o convite emitido. Segurança Prodasen, Relações Públicas e Secretaria de Comunicação estão sintonizados para o conforto de todos os presentes.

Cartaz: lula.com

 

Até hoje

Quem nos remete aos anos 60 é Geraldo Vasconcelos. Lendo as últimas histórias de Brasília, registradas por Ari Cunha, o pioneiro aponta para o problema dos boxes e mercadinhos das 700. Uma área nobre completamente abandonada.

 

Agenda

Quem perdeu algum concerto natalino, Razão do Natal, hoje e amanhã na Qi 13 do Lago Norte, na igreja Batista.

 

História de Brasília

A fiscalização da Prefeitura está complacente demais. No HP3, próximo ao Colégio D. Bosco, há um senhor que construiu uma residência de madeira, com todos os requisitos de conforto, o que não quer dizer que seja provisório. (Publicada em 14.03.1962)

Retrovisor embaçado

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Charge: Newton Silva

          Vinte anos terão se passado, desde que o primeiro ex-operário subiu a rampa do Palácio do Planalto. Com Lula, chegaria, também ao poder, o primeiro governo de orientação esquerdista. Dessa experiência histórica, desejada por muitos que ainda creditavam esperanças de igualdade plenas nessa vertente política, ficou, ao lado de uma grande decepção, a constatação de que o país havia retornado ao fundo do poço, depois de ser brevemente resgatado pela engenharia econômica do Plano Real.

         De lá para cá, o Brasil foi do céu ao inferno num átimo. O que restou, talvez, de mais proveitoso dessa experiência frustrada, foi o aprendizado de que honestidade e eficiência na gestão do Estado não são atributos exclusivos dessa ou daquele matiz ideológico, mas advém unicamente da escolha livre e sensata de brasileiros conscientes da importância do voto.

         Num balanço rápido, o que temos, além do encarceramento da cúpula que governou o Brasil, e da mais profunda depressão econômica já vivida pelos brasileiros, são dúvidas e incertezas sobre os destinos do país. Das inúmeras consequências negativas dessa experiência que se quis “revolucionária” nos moldes dos anos sessenta, ficaram os 14 milhões de brasileiros de todas as idades, que vagam pelas cidades em busca de empregos, o desmantelamento das instituições, a descrença geral nas elites dirigentes e, talvez, a mais nefasta de todas as heranças, que é a desesperança dos jovens no futuro do país. Experiências vindas de outras partes do globo em outras épocas ensinam que qualquer país que assiste a debandada de sua força jovem sofre muito mais para recuperar sua pujança e encontrar os trilhos da história. Pesquisas da época apontavam que, se pudessem, 62% ou quase 20 milhões dos jovens brasileiros iriam embora do país em busca de novas oportunidades e qualidade de vida, o que havia, em números expressivos, era o retrato sem retoques de um processo de profunda desilusão que tomou conta das nossas novas gerações.

         Essa situação se agravou ainda mais, quando a mesma pesquisa, feita pelo Datafolha, demonstrava que, mesmo a população adulta, que já fincou raízes econômicas no país, nada menos do que 43%, expressaram desejo de também deixar o Brasil. Para muitos nacionais, esse desejo não ficou apenas na intenção. O número de pedidos nos consulados e embaixadas de países como Estados Unidos, Canadá, Portugal e outros não paravam de crescer e já somavam milhares de pessoas que voluntariamente almejavam ir embora, em busca de uma nova vida em um lugar mais tranquilo e promissor.

         Essa vontade, manifestada por milhões de brasileiros, de deixar tudo para trás, virando estrangeiro, num país longínquo, é, sem dúvida, a mais patente e perniciosa consequência advinda da experiência vivida pelos nossos conterrâneos, a partir de 2003, e que ainda hoje rende seus frutos amargos e dissolutos.

 

A frase que foi pronunciada:

“O óbvio dos óbvios. Uma democracia não pode ser instaurada por meios democráticos: para isso ela teria de existir antes de existir. Nem pode, quando moribunda, ser salva por meios democráticos: para isso teria de continuar saudável enquanto vai morrendo. O assassino da democracia leva sempre vantagem sobre os defensores dela. Ele vai suprimindo os meios de ação democráticos e, quando alguém tenta salvar a democracia por outros meios — os únicos possíveis –, ele o acusa de antidemocrático. É assim que os mais pérfidos inimigos da democracia posam de supremos heróis da vida democrática.”

Olavo de Carvalho

Foto: Reprodução

 

Repita!

Passeando pelo Instagram, percebe-se que o monitor ativa com algumas palavras-chaves o título: “O vencedor da eleição presidencial foi declarado. Veja os resultados oficiais no site do TSE.” (Fonte: Tribunal Superior Eleitoral

 

Impressionante

Águas Claras não é cidade para estranhos. Sinalização inexistente. Placas de endereço em hieróglifos. Condução do trânsito instintiva. Carros na contramão da via principal colocam vidas em risco. Faltam semáforos, mesmo que intermitentes, para dar passagem alternada lado a lado. Pistas de saída para kamikazes.

Foto: Renato Alves/Agência Brasília

 

Só notícia boa

Ouvindo a avó cantar nos eventos familiares, o neto resolveu mostrar o talento da idosa na rede social. Plantou e colheu um Grammy Latino para a nova cantora cubana de 95 anos de idade, dona Ângela Alvarez.

 

Ciência & Emoção

Foi uma imagem impressionante. Neymar surpreendeu um garotinho internado no hospital, com câncer. Alguns anos depois, viu pelo vídeo o mesmo menino alegre, cabeludo, brincando e agradecendo a surpresa que o alegrou naqueles tempos difíceis. O jogador caiu no pranto.

 

História de Brasília

Ocorre isto: das quarenta horas semanais trabalhadas pelas professôras, vinte eram destinadas à aulas, e 20 para a preparação, correção de exercícios, estudos dirigidos e atividades complementares. (Publicada em 13.03.1962)

Um novíssimo tempo à frente

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Charge: ibamendes.com (Quinho)

Caso o demiurgo de Garanhuns venha a ser empossado, como ainda acredita sua caterva, estarão jogados por terra tudo o que se acreditou até hoje em matéria de ética, de valores morais, de leis e do que seja minimamente correto e aceito por uma sociedade civilizada. Estarão lançadas também, em terreno baldio, as crenças religiosas, que pregam conceitos simples como a virtude e o bom exemplo vindos de qualquer liderança.

Do mesmo modo, estarão postas de lado exigências básicas para a posse de um cidadão em posto de grande relevância para a segurança e o futuro da nação. Deixarão de existir também, por total descabimento e equilíbrio, quaisquer outros pré-requisitos para a ocupação de cargos nesse triste Trópico. O próprio conceito de República, que prega o respeito à coisa pública, como condição primeira para o exercício de função, perderá seu sentido e razão de ser.

É preciso notar, aqui nesse tema que, do ponto de vista das leis, se existe um culpado pela derrogação de tudo o que se acreditava até aqui como aceito legalmente, por certo, esse culpado está no Poder Judiciário. Não na instituição propriamente dita, mas em boa parte de seus membros, que comungam, abertamente, dos mesmos valores políticos e ideológicos do ex-apenado.

Nas escolas públicas, ou naquelas que não adotam e desdenham currículos ligados à ética, será preciso a reformulação de toda a grade de disciplinas que abordem temas ligados ao comportamento humano, dentro e fora do contexto social. Nas igrejas ou naquelas em que esse caso rumoroso não foi capaz de demover os clérigos da distopia que se anuncia, perderão sentido toda e qualquer pregação que aborde temas como os valores humanos, bem como as temáticas que buscavam, outrora, ensinar que o homem foi concebido a partir de similitudes luminares com o próprio Criador.

O que dirá então da educação dos pequenos no seio da família? Conceitos e ensinamentos sobre a retidão moral e o respeito às leis dos homens e de Deus perderão seus propósitos. O exemplo, diziam os antigos, num tempo em que os valores humanos eram tidos como essenciais para a vida em sociedade, vem de cima.

O que é feito, no alto da pirâmide social, é replicado em sua base. Mas é na sociedade brasileira, junto aos jovens, que esses maus exemplos de permissividade para os altos escalões da República irão provocar os mais terríveis e duradouros estragos. O que se anuncia com essa posse impossível é o desregramento total da sociedade, com todos os ordenamentos legais deixando de existir e com a inauguração de um novo tempo, em que o vale tudo e o salve-se quem puder serão a regra geral.

Aos que insistirem em permanecer apegados aos valores do passado, as novas leis cuidarão de enquadrá-los como conservadores, direitistas e outras acusações, portanto, não aceitos nessa novíssima sociedade. Para uma nação, em que os legítimos valores de humanidade estarão descartados, fora de moda ou contra as novas leis, restará, como opção, a rendição aos novos tempos ou o aeroporto.

 

A frase que foi pronunciada:

“Na longa história do mundo, apenas algumas gerações receberam o papel de defender a liberdade em sua hora de perigo máximo. Eu não me esquivo dessa responsabilidade – eu a aceito. Não acredito que nenhum de nós trocaria de lugar com qualquer outro povo ou qualquer outra geração. A energia, a fé e a devoção que trazemos para este empreendimento iluminarão nosso país e todos que o servem – e o brilho desse fogo pode realmente iluminar o mundo. E assim, meus compatriotas: não pergunte o que seu país pode fazer por você – pergunte o que você pode fazer por seu país.”

John F. Kennedy, 1961

John Fitzgerald Kennedy. Foto: bbc.com

 

Agência Câmara

Nessa semana, a Câmara dos Deputados terá importante reunião na Comissão de Fiscalização Financeira e Controle. São denúncias entregues ao deputado Aureo Ribeiro, que, segundo ele, são “fatos de elevada gravidade”, e cabe a “envidar esforços para que os esclarecimentos sobre o conluio fraudulento sejam prestados, de maneira a coibir eventuais desvios de recursos públicos”.

Deputado Aureo Ribeiro. Foto: camara.leg

 

Firme e forte

Quando Michel Temer assumiu a Presidência da República, o Partido dos Trabalhadores parece ter esquecido de que ele era aliado e vice da chapa. Com declarações desastrosas do PT sobre alguns técnicos nomeados por Dilma e pelo vice Alckmin quando governava SP, é bom que a turma esteja preparada para uma alternativa que, por ventura, possa aparecer.

Michel Temer. Foto: Cesar Itiberê/PR

 

Tempo certo

Por falar nisso, bem lembram algumas linhas do livro As Veias Abertas da América Latina, de Eduardo Galeano: “Quando as palavras não são dignas como o silêncio, é melhor calar e esperar.”

Foto: divulgação

 

História de Brasília

Com estas chuvas, a escola no barraco fica imprestável, e é até uma maldade manter as crianças naquele local. (Publicada em 13.03.1962)