Ser patriota não deveria ser vergonhoso

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VISTO, LIDO E OUVIDO, coluna criada desde 1960 por Ari Cunha (In memoriam)

Hoje, com Circe Cunha e Mamfil – Manoel de Andrade

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Nas aulas, onde eram ministradas a disciplina denominada “Organização Social e Política Brasileira”, comumente chamada de OSPB, os alunos do antigo ensino médio, aprendiam, entre outras importantes lições, a definição e o significado precisos de uma série de conceitos como, Estado, País, Nação, Governo, Partido, Ideologia, Poder e outros.

De posse dessa informação o aluno podia entender, com mais clareza, algumas regras básicas e as estruturas que davam e dão sentido ao Brasil, e fazem desse grande país o que ele é. Assim ficavam sabendo que o País é a parte física e que, em sentido figurado, serve de cenário onde atua a porção humana ou os atores, chamados aqui de      nação.

A esses elementos se agrega o que se chama de Governo, que age como uma espécie de maestro a reger esse conjunto ou orquestra. A junção de País, Nação e Governo, formam um só elemento, denominado Estado. Dessa forma o Estado, ao englobar o País, a Nação e o Governo, passa a ser entendido como uma entidade única e jamais dissociado de suas partes.

Colocado didaticamente dessa maneira, ficam entendidas algumas premissas básicas, mas que comumente, por ignorância ou mesmo má-fé, são propositadamente deixadas de lado, como a que ensina que o governo não é mais importante ou está acima da nação.

Outro entendimento primário é que a nação não pode ser subjugada pelo Governo. O governo não é dono do País. O país pertence à Nação. A Nação é soberana, o que no dizer da Carta Magna, significa que todo poder dela emana e em seu nome deve ser exercido. Em suma, os alunos aprendiam uma importante lição: o Governo trabalha para a Nação, administrando suas riquezas, distribuindo justiça, cuidando para que a Nação alcancem os melhores índices de desenvolvimento.

Pelo fato de o Estado brasileiro traçar seus destinos com base no regime republicano, fica entendido que as eleições, para a alternância do poder, são fundamentais e o melhor meio de administrar o Estado. Além disso, fica claro também que nesse regime, os bens e riquezas produzidos, ou a coisa pública, possui apenas um dono e herdeiro: o povo brasileiro, sendo inadmissível e mesmo criminoso, que o governo faça uso dos bens e das riquezas da população em proveito próprio.

Um dos problemas, desde sempre, com boa parte das lideranças políticas, além da pouca instrução e da baixa escolaridade, é que muitos desconhecem esses princípios básicos e agem à margem do que mandam as leis, causando sérios danos à população. Até mesmo um aluno mediano na disciplina de OSBP, podia presumir que o subdesenvolvimento crônico e persistente do Brasil, tinha em suas origens na baixíssima qualidade moral e cognitiva das elites dirigentes que compunham o Governo, aqui subdividido em Executivo, Legislativo e Judiciário.

Para esses estudantes, apenas pelas definições desses conceitos, ficava explícito que as elites, que no Governo, cuidavam, desde sempre, de administrar o Estado, não somente não conheciam o Brasil, como desconheciam a própria a nação brasileira, a quem tratava como subalterna e útil apenas em época de eleição.

Também, por meio dessas lições, era aberta uma janela ampla, por onde os alunos começavam a perceber que estavam na população também as raízes desse divórcio litigioso entre Governo e Nação, já que ela não conseguia enxergar sua importância e sua posição dentro do Estado.

Até mesmo o pessoal da administração e que ficava nos arredores cuidando da manutenção da escola, ao escutar algumas dessas aulas, parava suas atividades e se punha a pensar nessas questões. Por certo muitos desses que estão hoje em posição de prestígio nos governos, não tiveram aulas de OSPB ou encaravam essa disciplina como supérflua. O resultado está aí.

A frase que foi pronunciada:

“Onde mora a liberdade, ali está a minha pátria.”

“Os operários não têm pátria.”

Benjamin Franklin e Karl Marx

Estranho

No berçário do Hospital Anchieta em Taguatinga, e na UTI Neonatal as enfermeiras com luvas, colocam o dedo mindinho na boca dos nenês para parar o choro.

Diante do passado

Antônio Carlos Magalhães seria uma oposição interessante nos tempos de hoje. Como pouca coisa mudou, basta ler as notícias da época da CPI do Judiciário.

História de Brasília

O tamanho do problema

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Em pesquisa realizada ainda em 2015 pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) apontava que o número de jovens atrás das grades duplicou em apenas um ano.  Em novembro de 2015, segundo o CNJ, havia 96 mil menores nessa condição e em 2016, esse número saltou para 192 mil. Esse dado é preocupante e revela um dos grandes problemas que continuamos tendo pela frente. Na realidade a questão dos menores sempre foi nosso maior problema.
Sem medidas preventivas, vamos construindo cada vez mais presídios e mais unidades socioeducativas, num ciclo sem fim, apenas para amenizar questões presentes, sem uma atenção adequada ao problema na sua origem. Especialistas nessa questão apostam que, se nada for feito, a médio prazo o número de menores cumprindo medidas socioeducativas será igual ou superior ao número de presos, maiores de idade detidos.
O pior, se isso ainda for possível, é que as chamadas faculdades do crime, encontradas nas cadeias do Brasil, onde o preso passa a se aperfeiçoar nessas modalidades, é encontrada também nas unidades de internamento de menores que formam uma espécie de ensino médio do crime, onde práticas ilegais são competentemente aperfeiçoadas, passando de um detido para o outro. E olha que essa é apenas a ponta do sistema. O que ocorre em seu início, ainda não é do interesse da sociedade e muito menos dos governos que se renovam a cada quatro anos.
Nessa toada, chegará o momento em que cada bairro necessitará não de uma unidade, mas de duas ou três para abrigar infratores de idades cada vez menores. Os próprios promotores de justiça, responsáveis pelas Medidas Socioeducativas (Premse) reconhecem que “a construção das unidades é essencial para evitar a superlotação em face do aumento anual do número de adolescentes envolvidos com a prática de atos infracionais graves.” Essas novas unidades, dizem, são indispensáveis para a “preservação dos direitos fundamentais dos adolescentes e jovens”. Talvez esteja escondida nessa frase uma das causas do aumento dessas populações de internados nessas unidades. Construir escolas de artes, esportes e profissionalização é sempre um entrave na contabilidade de prioridades.
Nos documentos que ficarão para o futuro, não se lê, em parte alguma, as palavras obrigações ou deveres, que deveriam ser impostos a esses novos albergados desde o início. Obrigações, responsabilidades, instrução parecem ser o mínimo a receber para um recomeço de vida digna na sociedade.
Um aspecto que chama a atenção para o nosso país e que o difere muito das nações do primeiro mundo, é com relação ao tratamento que damos aos nossos menores de idade, principalmente nossas crianças. Quem visita alguns desses países, logo observa que é extremamente raro observar nessas localidades crianças andando sozinhas, sem a presença de adultos, mesmo quando em companhia de responsável, é raro encontrar crianças perambulando fora do horário das aulas.
Nessas localidades quando as autoridades se deparam com crianças andando soltas, imediatamente os pais ou responsáveis ou mesmo a escola são notificadas e a situação é devidamente verificada. Casos de descuido com menores não são aceitos sob qualquer hipótese, sendo os responsáveis inqueridos pela justiça.
O zelo com essa parcela da sociedade, que afinal será a sociedade futura, se explica e se justifica plenamente. Não há tergiversações de qualquer tipo, sendo que as penalidades para os responsáveis são pesadas e aplicadas de imediato, inclusive retirando a guarda desse menor, sem maiores traumas.
A frase que foi pronunciada:
“Ela é uma criança que sofreu violência doméstica. Crianças assim nunca crescem. 10 anos, 20 anos? Apenas o tempo passará, mas eles permanecerão como uma criança abusada, independentemente disso.
 Cha Tae Joo
Mérito
Todas as instituições públicas e particulares têm em seu corpo funcional gente dedicada, atenciosa e competente. É hora de reconhecer e elogiar o trabalho de Telma Menezes e Vigelma Sousa, do Prodasen no Senado Federal. São as secretárias que resolvem todas as demandas a tempo e a hora.
Para curtir
Depois que ela se foi – Produção independente de Sabrina Melo, daqui de Brasília. O curta foi produzido com o menor custo possível.  Com uma trilha musical impecável, enredo real experimentado por muitos jovens, Sabrina, que é atriz e professora, passa a mensagem com maestria.
História de Brasília
Se não há obras nas superquadras, não se justifica a existência de um gerador. Se é para quando se reiniciarem as obras, é preciso que haja um pronunciamento, porque já houve ordem do presidente da Republica, já houve fichamento de candangos, e nenhuma ordem foi dada para o reinicio dos blocos paralisados. (Publicada em 21.03.196

                    Perfídia. Decepção.

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Depois do depoimento prestado Comandante Militar do Planalto, General Gustavo Dutra, junto a Comissão Parlamentar de Inquérito da Câmara Legislativa do DF sobre os acontecimentos de 8 de janeiro, o que ainda restava de prestígio e admiração pelo Exército, foi lançado na vala comum das torpezas humanas. A confissão explícita de um oficial general, que em momento algum se mostra constrangido com sua atitude, de que enganou milhares de cidadãos brasileiros que estavam acampados nas imediações do QG em Brasília, dizendo que o Exército iria protegê-los e que portanto não havia motivos para preocupações e que todos deveriam ir dormir sossegados , é daquelas peças que ficarão para sempre na memória de milhões de indivíduos como um exemplo acabado da vileza e covardia, que estrela nenhuma nos ombros é capaz de desfazer.

Passada aquela noite que em muitos aspectos recorda os acontecimentos funestos do Capão da Traição de 1708, famílias inteiras, com crianças, idosos e até mesmo animais de estimação foram embarcados em ônibus enfileirados, depois de serem informados de que iriam em segurança para casa. Na verdade, esse comboio, à semelhança do que também ocorreu com os trens que transportavam judeus para os campos de concentração, foi direto para a sede do ginásio de esportes da Polícia Federal. Estavam todos presos e entregues à uma espécie de justiça que chocou os brasileiros, os juristas e o mundo todo por sua arbitrariedade e crueza.

Pensar que um oficial com essa patente e responsabilidade, tenha mentido e traído os brasileiros como ele, apenas para atender aos caprichos de um presidente que se sentia incomodado com as manifestações espontâneas em frente aos quartéis de todo o país, faz cair por terra, toda e qualquer comiseração por essa triste figura.

Não é por outra razão que os chineses, que hoje possuem o maior e mais armado exército do planeta, avaliam que nossas Forças Armadas integram hoje um dos piores Exércitos do mundo. Não é por razão também que um grupo de brasileiros indignado e diante do que ficou esclarecido, organizou um abaixo assinado nas redes sociais e que hoje supera mais de 20 mil assinaturas, onde pretende denunciar não só esse general como o próprio Exército junto à Organização dos Estados Americanos OEA.

No documento, que vem recebendo adesões contínuas, os organizadores acusam o patético oficial do crime de perfídia e de cometimento de crimes contra a humanidade. Nesse documento é destacado que o Brasil é signatário do Estatuto de Roma, promulgado em Decreto 4.388 de 25 de setembro de 2002, que define em seu Art. 6º, os Crimes Contra a Humanidade. Nesse ponto, os crimes contra a humanidade são considerados “quaisquer atos cometido no quadro de um ataque, generalizado ou sistemático, contra qualquer população civil, havendo conhecimento desse ataque: (…) e) Prisão ou outra forma de privação da liberdade física grave, em violação das normas fundamentais de direito internacional;” Lembra também os autores do abaixo assinado que a OEA, em 2002 considerou a admissibilidade para julgamento de seis casos apresentados pelos brasileiros , sendo que possibilidade de que esse caso venha a ser examinado pela Comissão de Direitos Humanos é bastante provável. “O Protocolo Adicional de Roma, que criou o Tribunal Penal Internacional, define a perfídia como “atos apelando para a boa-fé de um adversário e com a intenção de atraiçoá-lo, deem a entender a este que tem direito à proteção, ou que está obrigado a concedê-la, em conformidade com as normas de Direito Internacional aplicáveis nos conflitos armados”, lembram os organizadores, para quem as confissões desse tipo de crime foram feitas e registradas abertamente durante as oitivas da CPI do 8 de janeiro, realizada pela CLDF.

De toda a forma, mesmo que essa ação não venha a surtir os efeitos desejados pelos proponentes e pelos que assinaram o documento, a condenação do referido general no Tribunal das Consciências e da Ética já está lavrada e amanhã irá compor os rodapés dos livros de história no capítulo intitulado traição, covardia e perfídia.

A frase que foi pronunciada:

“A falsidade é suscetível de uma infinidade de combinações; mas a verdade só tem uma maneira de ser.”

Jean-Jacques Rousseau

Planaltina

Produtores rurais do Pipiripau agora têm a sede da Embrapa renovada para os atendimentos. A entrega foi feita pelo governador Ibaneis. Na região são440 propriedades rurais e por volta de 800 produtores, segundo o GDF.

Mudanças

Agora é a hora de os pais se debruçarem sobre o Projeto de responsabilidade educacional do senador Flavio Arns. Entre críticas e elogios o certo é que não há reciclagem que sobreviva a um protocolo de passar de ano o aluno completamente despreparado. O nível de escrita, interpretação de textos e até do estudo de inglês é estarrecedor. Nesse momento histórico a participação dos pais é fundamental.

História de Brasília

Não são atirados, entretanto, os pedidos para manutenção (caríssima), de um gerador que não tem outra função há mais de dois anos, senão a de iluminar residências construídas irregularmente em alvenaria, ou construções de madeira, provisórias, ampliadas recentemente com dinheiro do Instituto. (Publicada em 21.03.1962)

 

Além dos icebergs

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         Testada nos acontecimentos de 8 de janeiro, as Forças Armadas não decepcionaram o novo governo. Quem apostou até os últimos segundos que a caserna não aceitaria a entronização do país no mesmo barco furado que hoje afundam Venezuela, Nicarágua e outros, perdeu o lance. De fato, quem chutou o pau da barraca dos acampados em frente aos quartéis, foram os militares, para a surpresa de muitos e a frustração de outros tantos.

         Podem crer que no intrincado tabuleiro de xadrez do Estado, quem tem a palavra final e de fato são os militares, como foi visto os idos de 1964. Ocorre de lá para cá muita coisa mudou. A redemocratização não trouxe, como esperavam muitos, o devido amadurecimento político. O que se viu desde então, foi o retorno constante das crises institucionais e políticas, com uma sequência de escândalos, de impeachment e de denúncias de toda ordem contra a classe dirigente, que culminariam nos acontecimentos do Mensalão, do Petrolão, seguido de prisões em massa dos poderosos, graças à atuação destemidas do Procuradores da Lava Jato, segundados pelo então juiz Sérgio Moro.

         Pela primeira vez em nossa história, um presidente da República foi encarcerado sob acusações que passavam longe da atuação política e se aproximavam perigosamente de poderosos chefões. Ainda assim a classe política parece não ter aprendido nada e as crises se seguiram como antes. A própria Lava Jato, que poderia ter representado um ponto de inflexão na vida política do país, foi sendo, a exemplo do que aconteceu na Itália com a “Operação Mãos Limpas”, desmontada peça por peça por nossa corte suprema, ação que contaria com o apoio de instituições importantes mas impotentes no reorganizar da algazarra da malversação dos recursos públicos.

         As eleições de novembro passado, transcorreram dentro desse clima de ódio e de antagonismos que opunha grande parte da nação contra um sistema que parecia organizado para fazer reviver os piores pesadelos do passado, trazendo de nova à baila e diretamente da cadeia, um presidente, que hoje sequer consegue pôr os pés nas ruas além de espectadores ínfimos em lives de última hora. Ninguém quer ouvir o presidente. O interesse nas ideias do líder é inexistente.

          No meio desse banzé, o governo Bolsonaro, pode ser interpretado como um parêntesis em nossa tumultuada história. Acuado pela imprensa e pelos partidos políticos que se sentiam alijados das boquinhas do Estado, Bolsonaro foi literalmente triturado pelo sistema e hoje corre risco de ser preso, assim como boa parte da oposição, simplesmente por ser de direita.    As urnas eletrônicas, trouxeram antigas peças. A consequência é que agora o país está na rota de mais uma crise institucional, sendo que dessa vez não haverá solução de fácil reparo.

         Com a nação cada vez mais amordaçada e acuada por um conjunto de forças do Estado, seguimos agora o caminho que poderá nos leva ao beco sem saída, o mesmo onde hoje estão os países Latino Americanos submetidos ao desastre do Socialismo do século XXI.

         Pela primeira vez em nossa história caberá ao Poder Judiciário a tarefa de cuidar para que todos subam a bordo. Para tanto contam com o apoio e a mão amiga das Forças Armadas, que parecem coesas e prontas para conduzir noite adentro essa desventurada nau.

A frase que foi pronunciada:

“Conheça o Foro de São Paulo, o maior inimigo do Brasil.”

Felipe Moura Brasil, na revista VEJA

 

Denúncias

Nada mais natural que um assessor ser exonerado depois da voz de prisão, como aconteceu na ANVISA. Em governos regionais que contratam presos que estão cumprindo pena em regime aberto ou semiaberto há denúncias de que alguns recebem cargo de chefia retirado de servidor concursado. Não dá para acreditar.

Multas mil

Quem usa a pista da primeira entrada do Núcleo Bandeirante rumo à Metropolitana, vindo do Pistão Sul, vê que não existe sinalização de faixa pontilhada ou contínua. O problema é que o pardal estrategicamente colocado capta a imagem de quem dirige inadvertidamente na faixa exclusiva dos ônibus. A surpresa está chegando agora pelos Correios aos motoristas desavisados.

Participação

Em ação com a comunidade do Lago Norte, a ouvidoria da Administração coletou as ideias dos moradores para o novo Plano Diretor.

História de Brasília

Enquanto isto acontece, a superquadra continua num abandono total. Quem mora nas superquadras 104 e 304 sabe do interêsse do engenheiro chefe José Pereira da Silva, e sabe o que está acontecendo. Todos os pedidos do engenheiro, para manutenção da superquadra, são atirados na cesta. (Publicada em 21.03.1962)

Traduzindo com a tecla SAP

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Em viagem que fez ao maior país da Ásia Oriental, no último mês de abril, o presidente da República firmou diversos acordos com a China Mídia Group CMG, entidade estatal controlada diretamente pela mão de ferro do líder do Partido Comunista Chinês, Xi Jinping. A emissora apresenta diuturnamente a liderança chinesa e seu partido único como uma espécie de Timoneiros da Pátria, personagens essenciais para o país, enaltecendo suas ações e elogiando cada medida adotada, atuando assim como verdadeira fonte de lavagem cerebral para a população.

Nesse universo fake, todas as ações do governo são apresentadas ao público como medidas positivas visando salvá-los das garras do Ocidente maldoso. Para muitos chineses essa é a única realidade crível. A situação é tão surreal, que é difícil encontrar quem duvide do que é mostrado por essa mídia estatal. A propaganda do governo é onipresente e massiva. Do mesmo modo em que apresentam um país e um governo onde tudo é fantasioso e cor de rosa, essa mídia também traz de fora para dentro as impressões da população acerca das ações do governo. Nesse caso também tudo é mostrado pelo lado positivo, sem críticas e sempre com muito otimismo.

Nos grandes centos urbanos daquele país, a infinidade de câmeras de vigilância espalhadas por todos os cantos, mostram em tempo real como age a população no seu dia a dia. Tudo é absolutamente observado. Em resumo o governo sabe exatamente como se comporta a população. Já essa, não tem a mínima ideia do que se passa nos bastidores do poder. É dessa espécie de “Show de Truman” que cuida a CMG.

Ao lado da costumeira repressão, a mídia estatal é hoje a principal arma ou estratégia que dispõe o governo para controlar o país e mantê-lo dentro das pretensões ideológicas e de poder do partido comunista. Foi em busca dessa parceria e da transferência desse tipo de tecnologia que o presidente brasileiro assinou acordos com a CMG. Essa é a TV estatal que o Partido dos Trabalhadores quer ver implantada aqui dentro, no mais curto espaço de tempo.

Suas razões são óbvias, embora seus reais propósitos sejam mantidos longe do conhecimento do público distraído. O que o governo chama de “troca e cooperação de conteúdos em prol do desenvolvimento econômico, social e sustentável dos dois países” pode ser resumido em controle total dos meios de comunicação com vistas a implantação iminente do socialismo no Brasil.

Não chega a ser surpresa que na sequência o próprio Partido dos Trabalhadores enviou a algumas semanas, tanto ao Ministério das Comunicações, como ao secretário da área de comunicação do governo , um ofício, assinado pela presidente da legenda, pedindo a concessão de canais de rádio e de televisão, de modo a oportunizar “ uma participação política para além do simples ato de votar, adotando-se uma verdadeira pedagogia de participação político-partidária”… Em outras palavras o que vem com essa e outras medidas, como aquela assinada na China com a CMG é a “TV PT”, a TV que, por enquanto, ninguém vê, mas que num futuro próximo “não vê não pra você ver o que pode lhe acontecer.”

A frase que foi pronunciada:

“Alguns estrangeiros de barriga cheia e sem nada para fazer começam a nos apontar o dedo. Primeiro, a China não exporta revolução; em segundo lugar, não exporta fome e pobreza; e terceiro, não mexe com você. Então, o que mais há para dizer?”

Xi Jinping

Altera o art. 58-A da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), aprovada pelo Decreto-Lei nº 5.452, de 1º de maio de 1943, para limitar a duração do contrato de trabalho a tempo parcial a 25 (vinte e cinco) horas semanais. Autoria: Senador Paulo Paim

Quem faz

Descendo a W3 Norte em direção à ponte do Braguetto há um entroncamento batizado de pista dos espertos. À direita quem vai para a ponte, à esquerda quem vai para o eixinho. Os motoristas sem educação pegam a pista da esquerda e depois fecham os carros para tomar a pista da ponte. Nada que um tachão reflexivo não resolva.

In$ano

Quem achava um absurdo o preço da diária dos hotéis escolhidos pelo presidente não tem nem ideia do valor cobrado pela diária em uma UTI em hospital particular.

Cultura

Foi um sucesso o concerto da orquestra sanfônica e violeiros no Clube dos Cantadores.

História de Brasília

As residências de alvenaria que foram construídas contrariando normas de construção de Brasília continuam onde estão, e não houve, de parte da delegacia, nenhuma providência para coibir o abuso. (Publicada em 21.03.1962)

 

 

Disciplina e limite na medida certa

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11/06/2023  Correio Braziliense | COLUNAS | 11

VISTO, LIDO E OUVIDO – Disciplina e limite na medida certa

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“A vida é generosa, a cada sala que se vive, descobrem-se tantas outras portas. E a vida enriquece quem se arrisca a abrir novas portas. Ela privilegia quem descobre seus segredos e generosamente oferece afortunadas portas. Mas a vida também pode ser dura e severa. Se você não ultrapassar a porta, terá sempre a mesma porta pela frente. É a repetição perante a criação, é a monotonia monocromática perante a multiplicidade das cores, é a estagnação da vida… Para a vida, as portas não são obstáculos, mas diferentes passagens!” Içami Tiba

Içami Tiba, falecido aos 74 anos, pertence àquela pequena elite de seres, cuja a missão singular no planeta é resgatar o humano do ser das pessoas, possibilitando seu desenvolvimento integral e harmonioso com o mundo em volta.

Educador, psiquiatra de renome internacional e fundador do Instituto Sedes Sapientiae, Içami Tiba foi autor de mais de 40 livros de sucesso, realizou milhares de palestras, nas quais a educação e a psicoterapia de adolescentes e famílias eram , ao lado de outros tópicos na área de saúde mental, o tema central. Otimista quanto as possibilidades infinitas do ser humano e “Positivador”, como todo educador deveria ser, Içami Tiba se converteu em referência definitiva para psicólogos e psicanalistas do Brasil e do exterior.

Segundo pesquisa feita pelo antigo Ibope, a pedido do Conselho Federal de Medicina (CFM), para indicar qual o profissional de maior admiração e referência na área de psicologia, Içami Tiba foi o nome apontado, ficando atrás apenas de Sigmund Freud e Gustav Jung. Costumava dizer que “a educação não pode ser delegada somente à escola. Aluno é transitório. Filho é para sempre”.

Apesar de sua formação científica, valorizava e destacava a necessidade de desenvolvimento da espiritualidade. Neste ponto chegou a afirmar: “os responsáveis que levam o filho para a igreja, não vai buscá-lo na cadeia.”

O Instituto criado por ele em 1977, com sede em São Paulo, em pouco tempo se transformou em referência não só na defesa dos direitos da pessoa e do cidadão, mas sobretudo, tendo como meta “a responsabilidade na transformação qualitativa da realidade social, estimulando todos os valores que acelerem o processo histórico no sentido da social, democracia, respeito aos direitos da pessoa humana.”

Numa época em que até nossas lideranças políticas mais destacadas e poderosas são desmascaradas pelas investigações feitas na , a figura de Içami Tiba é mais do que necessária ao país, nem que seja para trazer um alento e uma voz de esperança, reascendendo a crença de que dias melhores virão.

A frase que foi pronunciada

“Um investimento em conhecimento rende os melhores juros.”

Benjamim Franklin Caos » A estrada DF 095, também chamada de Estrutural é, o retrato do acelerado e desordenado crescimento da cidade, uma via que já se mostra insuficiente e saturada devido ao grande volume de carros que recebe diariamente.

 

Sem fiscalização

Pensando no transporte público, s obras para a construção de uma via expressa, tem ajudado a piorar a situação daquela estrada momentaneamente. Os acidentes se repetem. A velocidade permitida na estrada e a pouca educação dos motoristas, concorrem para esses desastres.

 

Multiplicação

Reverter o horário é uma improvisação que parece ter vindo para ficar. Há muito se sabe que a construção e o alargamento de vias só favorecem ao aparecimento de mais e mais carros. A fórmula é simples: aumentar o número de vias para permitir maior circulação de veículos. É uma relação sem fim. O que pode ser hoje uma solução nesses casos, amanhã se mostrará um estorvo e um gasto inútil.

 

Futuro

A ideia da construção de um anel rodoviário, como acontece em São Paulo, logo será uma realidade aqui também. O fato é que carros de passeio não convivem bem com ônibus e caminhões. Cada um no seu lugar. Uma hora a cidade vai parar. Talvez aí, em meio ao congestionamento sobre tempo para pensar onde foi que erramos.

 

 História de Brasília

Alardeando que é “seguro” no IAPFESP pelos outros dois membros do colegiado, senhores Alderico e Nélson, o sr. Aracaty faz e desfaz, ou desfaz, simplesmente. (Publicada em 21.03.1962)

     Disciplina e limite na medida certa

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“A vida é generosa, a cada sala que se vive, descobre-se tantas outras portas. E a vida enriquece quem se arrisca a abrir novas portas. Ela privilegia quem descobre seus segredos e generosamente oferece afortunadas portas. Mas a vida também pode ser dura e severa. Se você não ultrapassar a porta, terá sempre a mesma porta pela frente. É a repetição perante a criação, é a monotonia monocromática perante a multiplicidade das cores, é a estagnação da vida… Para a vida, as portas não são obstáculos, mas diferentes passagens!”  Içami Tiba

Içami Tiba, falecido aos 74 anos, pertence àquela pequena elite de seres, cuja a missão singular no planeta é resgatar o humano do ser das pessoas, possibilitando seu desenvolvimento integral e harmonioso com o mundo em volta.

Educador , psiquiatra de renome internacional e fundador do Instituto  Sedes Sapientiae,  Içami Tiba foi autor de mais de 40 livros de sucesso, realizou milhares de palestras, onde a educação e a psicoterapia de adolescentes e famílias eram , ao lado de outros tópicos na área de saúde mental , o tema central. Otimista quanto as possibilidades infinitas do ser humano e “Positivador”, como todo educador deveria ser, Içami Tiba se converteu em referência definitiva para psicólogos e psicanalistas do Brasil e do exterior.

Segundo pesquisa feita pelo antigo IBOPE, a pedido do Conselho Federal de Medicina (CFM), para indicar qual o profissional de maior admiração e referência na área de psicologia, Içami Tiba foi o nome apontado, ficando atrás apenas de Sigmund Freud e Gustav Jung. Costumava dizer que “a educação não pode ser delegada somente à escola. Aluno é transitório. Filho é para sempre”.

Apesar de sua formação científica, valorizava e destacava a necessidade de desenvolvimento da espiritualidade. Neste ponto chegou a afirmar: “os responsáveis que levam o filho para a igreja, não vai buscá-lo na cadeia.”

O Instituto criado por ele em 1977, com sede em São Paulo, em pouco tempo se transformou em  referência não só na defesa dos direitos da pessoa e do cidadão, mas sobretudo, tendo como meta “a responsabilidade na transformação qualitativa da realidade social, estimulando todos os valores que acelerem o processo histórico no sentido da justiça social, democracia, respeito aos direitos da pessoa humana.”

Numa época em que até nossas lideranças políticas mais destacadas e poderosas são desmascaradas pelas investigações feitas na justiça, a figura de Içami Tiba é mais do que necessária ao país, nem que seja para trazer um alento e uma voz de esperança, reascendendo a crença de que dias melhores virão.

A frase que foi pronunciada:

“Um investimento em conhecimento rende os melhores juros.”

Benjamim Franklin

 

Caos

A estrada DF 095, também chamada de Estrutural é, o retrato do acelerado e desordenado crescimento da cidade, uma via que já se mostra insuficiente e saturada devido ao grande volume de carros que recebe diariamente.

 

Sem fiscalização

Pensando no transporte público, s obras para a construção de uma via expressa, tem ajudado a piorar a situação daquela estrada momentaneamente. Os acidentes se repetem. A velocidade permitida na estrada e a pouca educação dos motoristas, concorrem para esses desastres.

 

Multiplicação

Reverter o horário é uma improvisação que parece ter vindo para ficar. Há muito se sabe que a construção e o alargamento de vias só favorecem ao aparecimento de mais e mais carros. A fórmula é simples: mais vias, mais carros circulando. É uma relação sem fim. O que pode ser hoje uma solução nesses casos, amanhã se mostrará um estorvo e um gasto inútil.

 

Futuro

A ideia da construção de um anel rodoviário, como acontece em São Paulo, logo será uma realidade aqui também. O fato é que carros de passeio não convivem bem com ônibus e caminhões. Cada um no seu lugar. Uma hora a cidade vai parar. Talvez aí, em meio ao congestionamento sobre tempo para pensar onde foi que erramos.

 

História de Brasília

Alardeando que é “seguro” no IAPFESP pelos outros dois membros do colegiado, senhores Alderico e Nélson, o sr. Aracaty faz e desfaz, ou desfaz, simplesmente. (Publicada em 21.03.1962)

              Ministro Barroso e o mapa astral do Brasil        

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VISTO, LIDO E OUVIDO, criada desde 1960 por Ari Cunha (In memoriam)

Hoje, com Circe Cunha e Mamfil – Manoel de Andrade

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Definitivamente, não estamos, aqui no Brasil, em tempos de racionalidade ou sob a égide de elites políticas movidas pela sanidade mental. Mesmo para o leitor e eleitor, o cenário atual do país é confuso e a realidade parece distante dos discursos. Até aqui nenhuma novidade. O que surpreende o cidadão de bem, e olhe que eles existem em grande número, é ver, dia sim e outro também, os mais perigosos e escorregadios personagens da política local e nacional ocupando páginas inteiras dos principais jornais e de mídias importantes.

Para os brasileiros que ainda acreditam na ética e na justiça, ver esses personagens de triste passado, envoltos nos mais estrondosos casos de corrupção e de desvio do dinheiro público, falando abertamente de seus projetos futuros e do quanto foram prejudicados politicamente pelo açodamento das leis e da Justiça, dói no fundo da alma.

Nessas entrevistas, que inclusive ocupam manchetes de primeira página, esses avatares do colarinho branco desfilam um rosário de lamúrias, mostrando o quanto foram injustiçados e o quando custou, para cada um, vagar solitário pelo deserto do banimento. A carinha do Maduro, baixando a cabeça enquanto o amigo declarava que a Venezuela era “vítima de narrativa de antidemocracia e autoritarismo” foi a gota d’água. Não se enganem! São raposas a lamentar o fato de terem sido apanhadas com os dentes prontos a devorar os incautos cidadãos, retirando-lhes o pão de cada dia e as chances de um futuro mais digno.

Cara do bom moço, com aquele ar de senhor arrependido, só engana os desavisados. Há também os que mentem tão bem para si que não encontram espaço no ego para arrependimentos.

Todo o cuidado com esse tipo de gente é pouco. A revoada desses personagens da política policial do país, de volta aos ninhos ou “à cena do crime”, só tem sido possível graças ao desmanche providencial e maquiavélico da Lei de Improbidade Administrativa, elaborado à luz do dia, justamente por indivíduos que foram ou seriam atingidos por esse antigo e justo dispositivo.

 

De fato, o caminho de meio e do bom senso aponta, com propriedade, que lugar de corruptos, de toda a espécie, é nas malhas da lei interpretada com decência e longe dos cofres públicos.

Já foi bem lembrado que a corrupção é tão ou mais letal que as ações violentas do crime organizado. Basta rever no Youtube o discurso do ministro Barroso tecendo dos números da Lava Jato (Segundo Barroso, foram 179 ações penais, 553 denunciados, 174 condenações em 1ª instância e confirmadas em 2ª instância, 209 acordos de colaboração e 17 acordos de leniência e mais de R$ 4 bilhões devolvidos aos cofres públicos.) Dizia também que a Lava Jato foi “uma operação que revelou um quadro impressionante e assustador de corrupção de norte a sul e de leste a oeste no Brasil. Criou-se um mundo paralelo de esperteza e desonestidade que naturalizou as coisas erradas no país”.   A diferença entre o corrupto e um chefe de quadrilha que assalta e mata está nas armas que utilizam. Os empolados criminosos do colarinho branco, apesar de não usarem armas de fogo em suas ações, causam males infinitamente maiores ao cidadão, sendo que seus crimes repercutem por décadas e podem ser conferidos nas filas dos hospitais, na falta de remédios, na precariedade dos serviços públicos e por aí vai.

O ministro Barroso previa o que vinha pela frente. Foi de uma lucidez quase assustadora. “Quem acompanhou o que aconteceu na Itália conhece o filme da reação à corrupção: 1- a mudança na legislação ou jurisprudência; 2- a demonização de procuradores e juízes; e 3- a tentativa de sequestro da narrativa e de cooptação da imprensa para mudar os fatos e recontar a história. Na Itália, a corrupção venceu e conquistou a impunidade. (…) Aqui entre nós ela quer mais, ela quer vingança, quer ir atrás dos procuradores e dos juízes que ousaram enfrentá-la para que ninguém nunca mais tenha a coragem de fazê-lo.”

 

Dadas as possibilidades infinitas de recursos e a leniência de nossas leis, sempre em benefício dessa gente e contra o cidadão talvez seja o momento de a imprensa cumprir o seu papel para mostrar às novas gerações que ainda há remédio para esse país. Nem tudo está definitivamente perdido.

 

A frase que foi pronunciada:

“A política em sentido verdadeiro, a busca pela realização do bem público com idealismo e dedicação, essa sim, é uma das atividades mais nobres a que alguém pode se dedicar. Desde a Grécia isso é reconhecido assim.”

Ministro Luís Roberto Barroso

História de Brasília

E há coisa pior: o delegado do TAPFESP em Brasília, sr. Aracaty Marques Ferreira, tem contratado funcionários na verba de “fichamento” de operários, e para comprovar, basta saber quantos mestres de obras há, quantos encarregados, e até desenhistas foram contratados. (Publicada em 21.03.1962)

        Sendas tortuosas

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o L que foi sem nunca ter sido. Que L é esse?

Dallagnol, o deputado agora cassado pela segunda vez por uma Mesa Diretora medrosa, omissa e com pendências muito mais sérias junto à Justiça, é hoje a imagem acabada de uma República totalmente rendida ao ativismo político, de um Judiciário que fechou a Constituição e abriu um manual próprio do obscurantismo.

Em resumo o que se obtém com essa cassação dupla tanto dos direitos políticos de um cidadão de bem, como a subtração ligeira de 350 mil votos soberanos, é a consolidação, pura e simples de um Estado de exceção, regido por um partido de esquerda, que contaminou mortalmente as instituições republicanas. Ficar aqui com meias palavras e com eufemismos enganosos, querendo apresentar essa situação esdrúxula como normal e plenamente aceitável, não só não elucidam os fatos correntes como contribuem, pela omissão, para que essa contra reforma infame ganhe ainda mais viço.

Não se trata aqui de açular embates entre esquerda e direita, pelo menos entre aqueles que prezam a ética pública, mas tão somente de denunciar os perigosos desvios tomados pelos três poderes, sobretudo no que diz respeito ao afastamento, cada vez maior, das linhas mestras traçadas pela Constituição Federal. Fora da Carta maior, não há salvação para o país. Também usá-la de forma distorcida em chicanas políticas, tão pouco.

Como naquela antiga propaganda de vodka que dizia: eu sou você amanhã”, Dallagnol é hoje os que serão amanhã todos aqueles que se insurgirem contra o arbítrio. Quem diria que um simples tribunal eleitoral, uma corte que muitos sempre consideraram uma excrescência no organograma do Estado, viria, um dia, a ditar normas e, pior, enfeixar em suas mãos, o destino de uma nação? Nem mesmo nos romances fictícios do gênero surrealista, essa possibilidade jamais seria crível.

A falta de atitudes e mesmo a indisposição mofina daqueles que poderiam, por suas posições, fazer frente a esses desatinos, nos leva a essa encruzilhada triste de nossa história . Faltam heróis e sobram políticos. Falta justiça e sobram juízes.

Desde outubro do ano passado, estamos pouco a pouco submergindo, atolados no parece ser uma areia movediça que vai engolindo o Estado Democrático de Direito. Vivemos tempos absolutamente anormais e não há como desenhar a paisagem que se mostra nesse horizonte, sem recorrer a tintas pesadas.

Cassam-se aqueles que agiram de forma correta como quem caça animais, enquanto nomeiam-se outros que deveriam estar banidos e caçados pela polícia. Na foto, feita em Paris, em que aparecem um notório e rico advogado de avatares do colarinho branco, festejando ao lado do também notório Zé Dirceu, a cassação de Dallagnol, diz muito e resume bem esses tempos trevosos em que tudo parece de cabeça para baixo.

Amanhã, quando vierem buscar também aqueles que se omitiram, já não será mais possível reverter a situação e fazer recuar a noite. A lista daqueles que não torceram pelo candidato do sistema é longa e ocupa hoje, em tempo integral, uma justiça de há muito deixou de ser justa.

Para aqueles que possuem um poder maior de observação, basta ver quem são aqueles que estão ganhando e festejando com toda essa inversão atual de nosso país, para se assegurarem de que estamos seguindo por sendas tortuosas e que não há nada para comemorar.

 

A frase que foi pronunciada:

“Enquanto viver a vingança cave duas covas. Uma será sua.”

Douglas Horton

 

Cifras

De volta à Brasília, os indígenas acampam até que saia a decisão sobre o marco temporal. É muita coisa em jogo.

 

Empreendedorismo

Leila Rodrigues, diretora do CEF 11 no Gama pelo projeto Energia Solar Fotovoltaica, conseguiu que a escola economizasse R$5 mil de energia. O projeto foi apresentado na feira de ciências da escola.

 

Voltas do mundo

Havia um professor do ensino médio que sempre dizia aos alunos. Estudem para não precisarem encher a lage de cimento. O tempo passou e hoje, quem enche a lage de cimento recebe muito mais que um professor. O mestre de obras mais simples, ganha o salário de um professor, por semana.

 

História de Brasília

E há coisa pior: o delegado do TAPFESP em Brasília, sr. Aracaty Marques Ferreira, tem contratado funcionários na verba de “fichamento” de operários, e para comprovar, basta saber quantos mestres de obras há, quantos encarregados, e até desenhistas foram contratados. (Publicada em 21.03.1962)

Deitados na lei

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Hoje, com Circe Cunha e Mamfil – Manoel de Andrade

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divulgação CNJ

Vivêssemos realmente numa República, digna do nome, os conchavos, as negociações, as entabulações e todas e quaisquer tratativas realizadas pelos homens e mulheres no poder, deveriam ser gravadas, filmadas e postas em atas e tornadas públicas de imediato. As exceções ficariam por conta dos assuntos relativos à segurança nacional e aos interesses do país com relação ao mundo em volta. Mesmo assim todos esses assuntos deveriam ser gravados para posterior conferência e para equipar os arquivos históricos do país. Mas não é assim que funciona. Pelo contrário.          Todos os assuntos tratados entre os chefes de poderes e mesmo entre si, e que são, em última análise, de interesse da nação soberana, são discutidos e mesmo acertados longe das luzes e da transparência, sendo que em muitos casos, a população só vem a saber a respeito, quando as consequências, muitas vezes nefastas, já estão à vista de todos.

Em decorrência dessa distorção vivemos em uma espécie de “República dos Segredos de Estado”, onde as decisões são tomadas a portas fechadas, longe do escrutínio público e muitas vezes acertados contra a vontade majoritária da população. É óbvio que não se pretende aqui uma democracia do tipo direta, na qual não há a necessidade de representantes eleitos para isso. Mas o que ocorre com o Brasil foge completamente do aceitável e minimamente republicano. Nesses casos a população que é sempre a última a saber, e também a primeira que é penalizada, tributada e o que quer que venha a ser decidido.

Dentro de um sistema dessa natureza, destorcido e alheio, não chega a ser surpresa pois que os brasileiros passem a ser tratados como cidadãos de segunda classe, chamados apenas para pagar tributos e impostos e a apertar o botão da urna eletrônica a cada quatro anos. Com isso a cidadania e o próprio Estado Democrático de Direito passam a ser somente ficção. Cidadania colocada num papel, mas que não existe e não é exercida de fato.         A opacidade do Estado, diz muito sobre a qualidade de nossa democracia e de nossas liberdades. Mesmo parte da imprensa, que poderia furar esse muro fechado, não tem ajudado muito a clarear os fatos, preferindo uma posição, mas militante do que investigativa e isenta.

Essa é uma situação, que embora não muito discutida, é gravíssima e atenta contra o que chamam de direitos. Não chega ser espantoso que muitos chefes do Executivo usem a tarja preta de “segredo por cem anos” sobre suas ações, gastos e outros atos duvidosos. No caso do Estado, o segredo é inimigo da ética pública, pois esconde e escamoteia para frente, atos condenáveis e até criminosos.

Num ambiente assim, onde o público é mantido a distância, não é raro que os atos no poder venham a beneficiar sobretudo aqueles que estão próximos ao poder. Outro fenômeno que pode ser observado num ambiente sem transparência cristalina, é a articulação entre os três poderes para blindar uns aos outros contra as bisbilhotices da população. Ao tradicional e odioso toma lá dá cá, foi associado agora a proteção e o silêncio mútuo. Em muitos casos, observa-se inclusive a ocorrência de chantagens do tipo: “faça o que eu quero e você não terá problemas”.

Numa fauna com essas características, onde todos possuem o “rabo preso”, e por isso mesmo estão irmanados num mesmo e obscuro propósito, o silêncio e o segredo são peças fundamentais nesse jogo. A questão aqui é saber que futuro terão as próximas gerações, já que a atual se mostra imersa numa perfeita desilusão.

Segredos de Estado se impõem em casos especialíssimos de guerra interna generalizada, mortandade e violência incontidas. De outro modo servem apenas para acobertar aqueles que vivem à margem da lei ou acima delas.

A frase que foi pronunciada:

“A glória da justiça e a majestade da lei são criadas não apenas pela Constituição – nem pelos tribunais – nem pelos oficiais da lei – nem pelos advogados – mas pelos homens e mulheres que constituem nossa sociedade que são os protetores da lei, pois eles próprios são protegidos pela lei. ”

Robert Kennedy

Tem sim sinhô!

Com visitas na área rural do DF o Circo Travessia mostra para a criançada que ainda é possível sonhar. A alegria, o sorriso, a satisfação ao voltar para casa é o resultado da experiência circense. Dia 8 será a apresentação no acampamento Margarida Alves, em Sobradinho.

História de Brasília

Foram, de fato, fichados 400 candangos, e nenhuma obra fol reiniciada. Milhões foram jogados fora, e continuam, ainda, porque tem sido pequeno o numero de demissões. (Publicada em 21.03.1962)