O amigo da onça

Publicado em Íntegra
Criada por Ari Cunha desde 1960

jornalistacircecunha@gmail.com

com Circe Cunha e Mamfil

Não respeitar a regra do jogo, essa parece ser a regra motriz atualmente. Principalmente quando esses preceitos ameaçam impedir a gastança sem lastro e o populismo irresponsável com o dinheiro dos pagadores de impostos. Diante da incapacidade legal de mudar agora o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, um técnico em finanças altamente gabaritado e por isso mesmo respeitado dentro e fora da instituição, os governistas, com assento no Congresso, buscam freneticamente, derrubá-lo por qualquer meio ou deslize. Obviamente que sonham em colocar no lugar, desse “estraga prazeres”, alguém que possa compactuar com os delírios econômicos que já tivemos como aperitivo.

Mesmo antes das eleições, Lula já estava leiloando a cabeça de Campos Neto, pois via nesse economista um forte empecilho para a implementar um plano econômico que, diga-se de passagem, não foi apresentado à nação. Em termos de economia, entre a cabeça do presidente da República e a do presidente do Banco Central, parte daqueles que conhecem o passado de gastança prefere não apostar no caos. A permanência de Campos Neto é fundamental como condutor nesse caminho pedregoso.

Aqueles que acompanham os gráficos econômicos e oscilantes do país, sabem muito bem que sem responsabilidade contábil, o passado de caos voltará com carga máxima. Para os que têm memória isso é tudo o que não pode voltar a acontecer. A base governista, que está se lixando para coisas como metas de inflação e outros elementos da economia, pedem o afastamento do presidente do BC, por motivos que vão desde seu “comprovado e recorrente desempenho insuficiente para alcance dos objetivos da instituição”, até sua “persistência em manter injustificadamente as taxas de juros, comprometendo a economia do país”.         O que essa base governista não diz é que essa é uma ordem expressa vinda do Palácio do Planalto para colocar na rua “esse cidadão que ninguém sabe quem botou lá” e que está “lesando o povo brasileiro”.

O que a oposição, que deveria trabalhar para impedir essa demissão, também não fala, é que Campos Neto, goste-se ou não de sua atuação, representa agora o último bastião de resistência aos desatinos e improvisos do governo Lula no âmbito da economia.

No campo político, a gente já sabe: estão cassando, via TSE, um a um os parlamentares de direita e quem se propõe a fazer oposição ao atual governo. No campo econômico e na cabeça do atual mandatário, a questão principal não é a taxa Selic, mas a barreira, apresentada pela atual política de juros do Banco Central, que impede o gasto além das receitas e o retorno do populismo na economia.

Lula deveria perguntar ao seu colega da Argentina, o que ele fez com a economia daquele país, para estar, pela quinta, de pires na mão, pedindo socorro ao Brasil. Algum assessor tem que se imbuir de coragem e dizer a Lula que Alberto Fernández, que lembra muito o personagem de Péricles, “o amigo da onça”, que ele é hoje o que virá a ser Lula amanhã.

 

A frase que foi pronunciada:

 

“Não existe mais Estado Democrático de Direito. Na melhor das hipóteses ele está suspenso.”

 

Modesto Carvalhosa

 

Estranho

Interessante que o Plano Diretor da Cidade não permite que conjuntos de casas em áreas legalizadas fechem a entrada para proteger os moradores. Já os invasores de áreas verdes podem cercar, fechar e fazer o que bem entenderem.

 

Notícia boa

Muitos elogios sobre a Unidade 22 Horas no Lunabel em Goiás. O atendimento para a comunidade local é sempre rápido e os profissionais são atenciosos.

 

Imprudência

É muito comum ver ciclistas andando na contramão pelas pistas de Brasília. Hora de uma campanha de conscientização.

 

Chega

Todas as notícias de assassinatos e violência trazem o nome dos agressores estampado, dando o holofote para quem ataca ou mata. Um código de conduto impede que a imprensa trate de suicídios. O mesmo código deveria prever a proibição da divulgação do nome de criminosos.

 

História de Brasília

Para a construção das casas de alvenaria, informaram que não havia madeira, e existia, em estoque, cimento, tijolos, areia, etc. Mas se forem dar busca nos documentos encontrarão compra de material para essas casas em importância superior à se construíssem de madeira. (Publicada em 21.03.1962)

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