Vaidade é tudo vaidade

Publicado em Íntegra

Criada por Ari Cunha desde 1960

jornalistacircecunha@gmail.com

com Circe Cunha e Mamfil

 

 

         Um dos maiores problemas decorrentes da polarização política extremada é que aqueles que se encontram equidistantes desses pontos, e que representam a grande maioria da população, são justamente os que mais sofrem com os efeitos dessas radicalizações irracionais. Primeiro porque seja quem for o vencedor do pleito, não haverá, por birra política, continuidade de programas e projetos, interrompendo, muitas vezes, projeto vitais e de interesse exclusivo da população.

         Esse tem sido um dos principais motivos pelos desperdícios e pelos prejuízos bilionários acarretados com obras e programas sociais, abandonados ou empurrados para um futuro incerto. Por ouro lado o que se verifica, como consequências dessas radicalizações de posições é que a prepotência que faz com os novos governantes comece do zero, como se o Brasil fosse redescoberto, depois de cinco séculos, refazendo o que está feito e desfazendo o que não foi concluído ainda. É nesse vai e vem, que o país não sai do lugar.

         Estamos metidos ainda, em pleno século XXI em disputas ideológicas, enquanto o resto mundo avança em novas tecnologias, investindo pesado em pesquisas e planejamento para o futuro. No meio da polarização insana e improdutiva das disputas políticas pelo controle da máquina do Estado, o que sobra para a sociedade são as balas e os obuses perdidos vindas de uma parte e de outra, a atingir, indiscriminadamente a todos.

         Vaidade das vaidades, tudo é vaidade e aflição de espírito. Aquilo que é torto não se pode endireitar, (Eclesiastes 1). É com ensinamento como este, vindo de um passado milenar, que devemos pôr nossos sentidos. Ao longo de toda a história humana, que proveitos tiveram aqueles povos colocados ao meio caminho, entre disputas bárbaras, senão a destruição?

         É justamente nessa aflição de espírito que vamos ao encontro de outubro, certos de que depois dessa data, não cessarão as agonias e por uma razão simples: os extremos nessa disputa estão, cada um, ao seu modo e com seus vícios, de um lado do precipício. Não se enxergam no horizonte nenhum programa consistente de governo. Tudo são xingamentos e acusações. Há sim um programa de ódio, armado como uma bomba que irá detonar, na hora certa, sobre a cabeça de todos, sobretudo daqueles que nada tem a haver com essas pelejas e que nada esperam delas.

          Uma Justiça Eleitoral, digna do epiteto, capaz de conduzir esse e outros pleitos, dentro do que estabelecem as mais básicas regras do respeito e da ética, seria capaz de colocar ordem na disputa, conduzindo todos para o vale da harmonia, transparência e do equilíbrio das partes. Talvez assim, essa campanha, conseguisse alcançar um nível de racionalidade e utilidade pública que a sociedade almeja e merece.

         Ao invés disso, o que se observa, flagrantemente, é o posicionamento desses árbitros em benefício de uma das partes, emperrando a balança da justiça e da ordem para um lado, numa clara demonstração de que há um tribunal veio para complicar um pleito, que por si só já bastante confuso, improdutivo e belicoso.

A frase que foi pronunciada:

“Nunca se mente tanto como antes das eleições, durante uma guerra e depois de uma caçada.”

Otto von Bismarck

Pratas da Casa

David Chatelard, da Engenharia Mecatrônica da UnB, representa Brasília e o Brasil com toda a turma de Divisão de Robótica Inteligente em exposições e competições.

Tão simples

Passear a pé pela Asa Norte é diferente de passear no Lago Norte por uma razão. O bem comum. Para os donos de cães do Lago Norte recolher as fezes do animal é uma cena impossível. Por isso, ao longo das calçadas os excrementos compõem a paisagem de uma das áreas mais “nobres” de Brasília. Já na Asa Norte saquinhos para esse fim estão disponíveis para a colaboração como cidadãos.

Brasília

Um fenômeno social acontecendo perto da colina, na L3, residência dos professores da UnB. Uma cena totalmente bizarra. Barracos de lona ao longo da pista de um lado, com crianças descalças brincando na terra vermelha, uma mesquita luxuosa, de arquitetura refinada de outro. Os barracos que invadem a avenida são a moradia de carroceiros que juntam todo tipo de material reciclável. Mereciam viver em um lugar decente, legalizado, para que exerçam essa importante atividade.

Preparação

Poucos no mundo sabem que na Amazônia acontece um carnaval genuinamente raiz, onde o folclore amazonense se mistura com a tradição local. É hora de o Carnaboi ganhar os continentes.

 

História de Brasília

Já foi iniciado o combate às invasões no Plano Pilôto. A Secretaria do Interior e o DFLO da Prefeitura estão retirando os barracos, e já limparam as superquadras 301, 302 e 303. (Publicada em 01.03.1962)

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