A falsa dengosa

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  As chuvas chegaram. Com elas, há cidades que sofrem. Ruas se alagam, morros despencam, multidões ficam desabrigadas. Há, também, cidades que festejam. É o caso de Brasília. Depois de seca impiedosa, a água que cai do céu é pra lá de bem-vinda. A grama renasce, as flores explodem, os moradores festejam. Mas num ponto as duas pontas se encontram. Trata-se do risco da dengue. […]

Redação 2

Publicado em 2 ComentáriosRedação nota 10

      Mandar recados   Escrever é mandar recado. Qualquer um. A receita de uma sobremesa é um recado. O convite para a festa de 15 anos é um recado. O horóscopo publicado no jornal é um recado. A prova que você faz no concurso é um recado.   Há diferentes jeitos de mandar recado. O pintor usa as cores. O desenhista, o traço. […]

Erramos

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  “Gedel vai ficar pior quando ver as imagens de Lula com Walter Pinheiro no programa eleitoral”, escrevemos na pág. 12. Viu? Caímos na cilada do futuro do subjuntivo. Muita gente pensa que ele é derivado do infinitivo. Engana-se. Ele é filhote do pretérito perfeito. Sai da 3ª pessoa do plural menos o -am final (vi, viu, vimos, VIRam). Respeitada a paternidade do ver, a […]

Redação 1

Publicado em Deixe um comentárioRedação nota 10

Redação rima com transpiração Você disserta todos os dias. Disserta quando justifica sua opinião sobre um filme. Disserta quando escreve sobre as causas da Inconfidência Mineira. Disserta quando convence seu chefe a lhe aumentar o salário. Na vida, você fez muitas dissertações. No concurso fará mais uma. Só que há um detalhe. O tempo é curto; a concorrência, grande; as vagas, poucas. Um bom texto não […]

Machismo lingüístico

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    José Sarney lançou a moda. “Brasileiras e brasileiros”, saudava ele. Homens e mulheres acharam a novidade simpática. O SBT aproveitou a onda. Pôs no ar a novela com o mesmo bordão.   A partir daí, distinguir o gênero deixou de ser gesto de simpatia. Virou obrigação. “Meus amigos e minhas amigas”, diz Fernando Henrique. “Senhores deputados e senhoras deputadas”, cumprimenta Aécio Neves. “Caros […]

Os de antes e os de depois

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  As pessoas costumam confundir ascendência com descendência. Outro dia, numa roda de amigos, falava-se sobre “a descendência alemã de Jorge Bornhausen”. A moçada, com certeza, se referia à ascendência de Bornhausen (seus pais ou antepassados), já que a descendência é brasileira — filhos e netos nasceram aqui.    Em suma: os ascendentes vêm antes. Os descendentes, depois.

Mariana quer saber

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  “Tenho visto a expressão baixa estima em oposição a auto-estima. Como a considero horrorosa, queria saber o que você recomenda quando a gente precisa descrever uma pessoa que não se gosta. Pouca auto-estima dá o recado?”   Auto-estima é amor-próprio. A gente tem auto-estima ou não tem. Tem amor-próprio ou não tem. Quando o bem-querer está em baixa, há várias formas de exprimi-lo: falta […]