Câmara instala Comissão Especial da Reforma Administrativa

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Agência Brasil –

A Câmara dos Deputados instalou nesta quarta-feira (9) a comissão especial para analisar a proposta de emenda à Constituição da reforma administrativa, a PEC 32/20. O deputado Fernando Monteiro (PP-PE) foi eleito presidente do colegiado e o deputado Arthur Oliveira Maia (DEM-BA) foi indicado relator da matéria.

O relator tem até 40 sessões da Casa, contadas a partir de hoje, para proferir seu parecer. O prazo para apresentação de emendas será de dez sessões, contadas a partir de quinta-feira (10). Cada emenda terá de ser assinada por 171 deputados.

Após ser analisado pela comissão especial, o texto será votado em dois turnos no plenário. Para ser aprovado precisará de pelo menos 308 votos favoráveis dos 513 deputados.

A comissão especial voltará a se reunir na quarta-feira (16), às 14h30, para a apresentação do plano de trabalho, votação de requerimentos e eleição dos vice-presidentes.

O presidente da Câmara, deputado Arthur Lira (PP-AL), disse que a reforma não atingirá o direito dos atuais servidores públicos. A proposta terá validade após sua promulgação.

“Não mexerá em direito adquirido, mas dará um novo rumo de despesas, gastos e de serviços para um Brasil do futuro”, disse.

Reforma

A PEC 32/20, encaminhada ao Congresso Nacional em setembro do ano passado pelo governo federal, altera dispositivos da Constituição referentes a servidores, empregados públicos e modifica a organização administrativa do Estado.

Entre outros pontos, o texto estabelece cinco novos tipos de vínculos para os novos servidores. Pela proposta, apenas as carreiras típicas de Estado terão a garantia de estabilidade no cargo após um período de experiência. A proposta determina ainda que uma lei complementar vai definir quais serão essas carreiras e seus critérios.

O texto mantém a previsão de realização de concursos para cargos permanentes fora das carreiras típicas de Estado, com uma segunda etapa de “vínculo de experiência” de, no mínimo, dois anos, e que a investidura acontecerá para os mais bem avaliados ao final do período, dentro do quantitativo previsto no edital do concurso público.

Será permitido o ingresso no serviço público federal por seleção simplificada para alguns vínculos. Inclusive com a previsão de vínculo por prazo determinado. A PEC também prevê a substituição das “funções de confiança”, que atualmente devem ser ocupadas por servidores que tenham cargos efetivos, pelos “cargos de liderança e assessoramento”.

A PEC restringe a participação do Estado na atividade econômica. Pela proposta, o Estado só poderá atuar diretamente em atividades econômicas previstas na Constituição. Também proíbe o aumento de remuneração ou de parcelas indenizatórias com efeitos retroativos; as férias em período superior a 30 dias pelo período aquisitivo de um ano; e a aposentadoria compulsória como modalidade de punição.

Edson Fachin suspende reintegração de professores efetivados sem concurso

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Uma medida liminar foi concedida pelo ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), para suspender decisões que determinavam a reintegração de diversos servidores da rede de educação básica aos cargos que ocupavam sem concurso público. As decisões foram tomadas pelo juízo da 1ª Vara do Juizado Especial Cível de Poços de Caldas (MG). Os servidores ocupavam os cargos em 31 de dezembro de 2015.

A efetivação dos servidores se deu em razãoda Lei Complementar (LC) mineira 100/2007, mas no julgamento da Ação Direta de Constitucionalidade (ADI) 4876, em 2014, o STF considerou a norma inconstitucional. Na análise de embargos de declaração ajuizados pelo governo de Minas Gerais, no ano seguinte, o Supremo estendeu o prazo de modulação dos efeitos da decisão em relação aos servidores da educação básica e superior do estado até o final de dezembro de 2015.

O ministro Edson Fachin entendeu em análise preliminar, que as decisões judiciais parecem se contrapor ao que foi determinado pelo STF. Um dos requisitos para a concessão da medida cautelar, decorre da impossibilidade de manutenção do vínculo dos servidores efetivados sem concurso público.

Também foi avaliado pelo relator que está configurado a possibilidade de lesão irreparável, diante da informação de que as liminares deferidas vêm causando tumulto no planejamento da Superintendência Regional de Ensino de Poços de Caldas, especialmente na composição do quadro das escolas da região em relação aos professores que atuam na educação especial.

* Com informações do STF

Com 730 cargos vagos e concurso vencido há mais de dois anos, TRT 10 renova requisição de servidores

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Victória Olímpio* – A desembargadora e presidente do Tribunal Regional do Trabalho da 10ª Região (TRT-10), com sede no Distrito Federal e Tocantins, Maria Regina Machado Guimarães, juntamente com o governador do estado do Tocantins, Mauro Carlesse, assinaram, na última terça-feira (14/1), um Termo de Cooperação Técnica com o Governo do Estado do Tocantins para renovar a requisição dos servidores do estado que atuam no TRT-10.

A presidente da Corte estava desde o final de 2019 em tratativas para a renovação da requisição dos servidores. Foi destacado pela desembargadora a importância das requisições em razão do trabalho realizado no TRT pelos servidores requisitados do Governo do Tocantins.

De acordo com o Portal da Transparência, estão vagos 730 cargos, sendo 380 no cargo de analista, 439 técnicos e um auxiliar.  Segundo a assessoria do Tribunal, mesmo com os cargos vagos ainda não há previsão para realização de novos concursos. O último concurso do TRT-10 teve a validade vencida em setembro de 2017.

Último concurso do TRT 10

Em 2012, o TRT-10 realizou o último concurso ofertando 28 vagas imediatas e formação de cadastro reserva em cargos de níveis médio e superior. O Centro de Seleção e de Promoção de Eventos da Universidade de Brasília (Cespe/UnB) foi a empresa responsável pelo certame.

As remunerações variaram de R$ 4.052,96 a R$ 6.611,39. As chances eram para os cargos de técnico judiciário, nas áreas de administrativa e de apoio especializado (enfermagem e tecnologia da informação) e analista judiciário, nas áreas administrativa (geral e contabilidade), judiciária (geral e execução de mandados) e de apoio especializado (arquitetura, engenharia, medicina, psicologia e tecnologia da informação).

 

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*Estagiária sob a supervisão de Lorena Pacheco 

Concurso MPCE: edital para servidores está previsto para hoje

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Victória Olímpio * – A assessoria do Ministério Público do Ceará (MPCE) confirmou que o edital do concurso público que irá ofertar vagas para servidores está previsto para ser divulgado nesta terça-feira (17/12)! A publicação está prevista para o período da tarde, através do site do Centro Brasileiro de Pesquisa em Avaliação e Seleção e de Promoção de Eventos (Cebraspe), a banca organizadora.

Serão ofertadas 29 vagas e formação de cadastro reserva. Os candidatos serão avaliados por objetiva e contará com 120 itens, de certo ou errado, sendo 50 de conhecimentos básicos e 70 de conhecimentos específicos, além de prova discursiva de redação. O cargo de analista ministerial contará ainda com mais uma etapa, de avaliação de títulos.

Sobre os cargos

Para o cargo de técnico ministerial, que exige nível médio, serão ofertadas 12 vagas mais cadastro de reserva, sendo nove para ampla concorrência, uma para candidatos com deficiência e duas para candidatos negros. A remuneração mensal é de R$ 4.038,91, composta por vencimento de R$ 2.935,08 e auxílio-alimentação de R$ 1.103,83. A jornada de trabalho é de 30 horas semanais.

Já para o cargo de analista ministerial, sendo necessário possuir nível superior, serão 17 vagas mais cadastro de reserva, distribuídas nas áreas de administração, biblioteconomia, ciências contábeis, ciências da computação, direito, engenharia civil, psicologia e serviço social. A remuneração mensal é de R$ 5.919,42, composta por vencimento de R$ 4.815,59 e auxílio-alimentação de R$ 1.103,83. A jornada de trabalho é de 30 horas semanais.

Mais oportunidades do MPCE

O Ministério está com as inscrições abertas do concurso público que oferta 44 vagas para promotor de justiça de entrância inicial. A remuneração inicial é de R$ 30.404,42. Os interessados poderão se inscrever até 3 de janeiro de 2020 e a taxa é de R$ 280. Saiba mais!

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MPPA adia data de lançamento do edital do concurso para servidores

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Victória Olímpio * – O Ministério Público do Pará (MPPA) por meio da Comissão do VI concurso público, tornou público o adiamento da publicação do edital do certame em razão da publicação de editais de outros órgãos públicos no mesmo período.
De acordo com nota divulgada pelo Ministério, a fim de oportunizar aos candidatos a participação no maior número possível de certames, a instituição decidiu pela revisão do respectivo cronograma, o qual será divulgado em data oportuna nos meios de comunicação oficiais da instituição.
No final de outubro, o MPPA havia anunciado que o edital estava previsto para ser publicado na primeira quinzena de novembro.O concurso será organizado e realizado pelo Centro de Extensão, Treinamento e Aperfeiçoamento Profissional (Cetap).

Sobre o concurso

Ao todo, serão ofertadas 165 vagas para o cargo de auxiliar de administração, sendo necessário possuir nível médio. Do total de vagas, 15 serão para contrato imediato e 150 para formação de cadastro reserva. As vagas estão distribuídas nos 15 polos da instituição. O salário inicial é de R$ 2.489, 83 mais vantagens legais.
A seleção dos candidatos será realizada por provas de múltipla escolha e prova discursiva (redação), que serão realizadas nos municípios de Abaetetuba, Altamira, Ananindeua, Belém, Breves, Capanema, Castanhal, Itaituba, Marabá, Paragominas, Parauapebas, Redenção, Soure, Santarém e Tucuruí. Saiba mais!
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Novo concurso público do MPCE está previsto ainda para esse ano

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Victória Olímpio * – Foi confirmado pela assessoria do Ministério Público do Ceará (MPCE) que o novo concurso público que irá ofertar vagas para servidores está previsto para ser lançado ainda este ano! No início de novembro, foi confirmado que a minuta do edital havia sido encaminhada para análise do Conselho Superior do Ministério Público, a quem cabe a elaboração do referido edital.

Serão ofertadas 29 vagas e formação de cadastro reserva. O Centro Brasileiro de Pesquisa em Avaliação e Seleção e de Promoção de Eventos (Cebraspe) é a banca organizadora responsável pela realização do certame.

Os candidatos serão avaliados por objetiva e contará com 120 itens, de certo ou errado, sendo 50 de conhecimentos básicos e 70 de conhecimentos específicos, além de prova discursiva de redação. O cargo de analista ministerial contará ainda com mais uma etapa, de avaliação de títulos.

Cargos e remunerações

Para o cargo de técnico ministerial (nível médio), serão ofertadas 12 vagas mais cadastro de reserva, sendo nove para ampla concorrência, uma para candidatos com deficiência e duas para candidatos negros. A remuneração mensal é de R$ 4.038,91, composta por vencimento de R$ 2.935,08 e auxílio-alimentação de R$ 1.103,83. A jornada de trabalho é de 30 horas semanais.

Já para o cargo de analista ministerial (nível superior), serão 17 vagas mais cadastro de reserva, distribuídas nas áreas de administração, biblioteconomia, ciências contábeis, ciências da computação, direito, engenharia civil, psicologia e serviço social. A remuneração mensal é de R$ 5.919,42, composta por vencimento de R$ 4.815,59 e auxílio-alimentação de R$ 1.103,83. A jornada de trabalho é de 30 horas semanais.

Mais oportunidades do MPCE

O Ministério está com as inscrições abertas do concurso público que oferta 44 vagas para promotor de justiça de entrância inicial. A remuneração inicial é de R$ 30.404,42. Os interessados poderão se inscrever até 3 de janeiro de 2020 e a taxa é de R$ 280. Saiba mais!

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Ministério Público do Ceará vai abrir novo concurso para técnicos e analistas

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Victória Olímpio* – Foi anunciado pelo procurador-geral de Justiça do Ceará, Plácido Barroso Rios, a realização de um novo concurso para servidores do Ministério Público do Ceará (MPCE)! O certame vai ofertar 29 vagas e formação de cadastro reserva e será organizado pelo Centro Brasileiro de Pesquisa em Avaliação e Seleção e de Promoção de Eventos (Cebraspe).

De acordo com nota divulgada pelo Ministério, a minuta do edital será encaminhada para análise do Conselho Superior do Ministério Público, a quem cabe a elaboração do referido edital.
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Para o cargo de técnico ministerial (nível médio), serão ofertadas 12 vagas mais cadastro de reserva, sendo nove para ampla concorrência, uma para candidatos com deficiência e duas para candidatos negros. A remuneração mensal é de R$ 4.038,91, composta por vencimento de R$ 2.935,08 e auxílio-alimentação de R$ 1.103,83. A jornada de trabalho é de 30 horas semanais.
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Já para o cargo de analista ministerial (nível superior), serão 17 vagas mais cadastro de reserva, distribuídas nas áreas de administração, biblioteconomia, ciências contábeis, ciências da computação, direito, engenharia civil, psicologia e serviço social. A remuneração mensal é de R$ 5.919,42, composta por vencimento de R$ 4.815,59 e auxílio-alimentação de R$ 1.103,83. A jornada de trabalho é de 30 horas semanais.
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A seleção será realizada por avaliação objetiva e contará com 120 itens, de certo ou errado, sendo 50 de conhecimentos básicos e 70 de conhecimentos específicos, além de prova discursiva de redação. O cargo de analista ministerial contará ainda com mais uma etapa, de avaliação de títulos.

Outras oportunidades do MPCE

O Ministério está autorizado a realizar um novo concurso público que vai abrir 44 vagas, desta vez para o cargo de promotor de justiça, e o certame também será organizado pelo Cebraspe! A seleção será realizada por prova objetiva, provas discursivas, inscrição definitiva (exames de sanidade física e mental, sindicância da vida pregressa e investigação social), prova oral, prova de tribuna e avaliação de títulos. Saiba mais aqui!

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* Com informações do Ministério Público do Ceará
* Estagiária sob supervisão de Lorena Pacheco

Número de servidores municipais cresce 37% em 10 anos

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Rodolfo Costa – O número de servidores municipais, em todo o país, aumentou 37,4% em uma década. Em 2005, as prefeituras empregavam 4,7 milhões de pessoas, número que saltou para 6,5 milhões no ano passado. Com isso, cresceu de 2,6% para 3,2% a proporção dos brasileiros que trabalha direta ou indiretamente para as administrações municipais. Os dados são da Pesquisa de Informações Básicas Municipais (Munic), divulgada ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Apesar do aumento, a gerente da Pesquisa de Informações Básicas Municipais do IBGE, Vânia Pacheco, não vê inchaço no funcionalismo municipal. “A população brasileira também cresceu muito. Em 2005, eram 184,2 milhões de pessoas. Se levarmos isso em consideração, é notório que as administrações precisam se aparelhar para servir bem aos cidadãos. O número de encargos e obrigações cresce diante do aumento da população”, ponderou.

Em 2015, com o país afundado em recessão e as receitas tributárias caindo, o quadro de servidores municipais se manteve inalterado nas 5.570 cidades brasileiras. De acordo com o IBGE, no ano passado, quando o Produto Interno Bruto (PIB) encolheu 3,8%, havia 6,5 milhões de funcionários nas prefeituras, o mesmo número registrado em 2014. O freio no crescimento do quadro funcional pode ser reflexo da queda na arrecadação, que, de janeiro a outubro últimos, recuou 4% nos 50 municípios mais populosos, em relação ao mesmo período do ano anterior.

Qualidade

Para muitos analistas,  a estagnação é ruim sob a ótica da qualidade de vida dos brasileiros. De 2014 para 2015, a população estimada do país saltou de 202,8 milhões para 204,4 milhões, um incremento de 1,6 milhão de pessoas. Já a proporção de servidores municipais por habitante permaneceu praticamente a mesma, de 3,2%. Diante do cenário de aperto financeiro, isso gera um descompasso em termos de manutenção dos serviços públicos, cenário que deve se repetir neste ano.

“As condições em que os serviços serão prestados vão se deteriorar”, avaliou Geraldo Biasoto Jr., professor do Instituto de Economia da Unicamp e ex-coordenador de política fiscal da Secretaria de Política Econômica do Ministério da Fazenda. Biasoto não prevê redução forte no quadro de funcionários públicos, mas é enfático quanto à qualidade dos serviços: não haverá pessoal suficiente para a realização dos trabalhos.

“O ajuste será dado mais pela perda de qualidade do serviço do que por uma queda na quantidade de servidores. A economia vai continuar desaquecida, levando mais empresas a demitir trabalhadores. Como os prefeitos vão conseguir reduzir o contingente de funcionários na saúde e na educação, por exemplo, com os planos de saúde e as escolas perdendo consumidores? Os municípios têm muitas responsabilidades com demandas sociais”, sustentou.

Na melhor das hipóteses, a próxima pesquisa deve trazer um número estável de servidores municipais em comparação com a pesquisa atual, prevê Carlos Alberto Ramos, professor do Departamento de Economia da Universidade de Brasília (UnB). “O que podemos ver é um congelamento de vagas. O servidor que se aposentar não será substituído por outro, para que a administração pública consiga manter a folha de pagamento dentro do limite de responsabilidade fiscal”, avaliou.

Produtividade

O cenário traçado por Ramos, inclusive, já é realidade, quando se consideram também as administrações estaduais e a federal. A última Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, do IBGE, mostrou que havia 11,2 milhões de servidores públicos ocupados — incluindo celetistas e militares — nos 26 estados e no Distrito Federal no trimestre encerrado em janeiro deste ano. O número representou uma queda de 2,5% em relação aos três meses imediatamente anteriores, e um recuo de 1,9% em relação ao mesmo trimestre do ano anterior.

Ramos, porém, aponta para uma outra questão importante. “O problema é que tem muito funcionário público no Brasil. Em um cenário como o atual, qual a qualidade do serviço que o servidor vai oferecer à população?”, enfatizou Ramos, que aponta a estabilidade no emprego público como uma entrave para a melhora da produtividade no funcionalismo.

“Quando há estabilidade no emprego, a produtividade cai muito. Trabalhando ou não, o servidor não pode ser mandado embora. E, mesmo em um cenário de queda na arrecadação, ainda há a inflexibilidade na negociação do salário”, pontuou Ramos. Para ele, as administrações públicas deveriam ter mais flexibilidade na gestão da mão de obra, o que permitiria aos governos ajustarem o quadro de pessoal, principalmente em momentos de queda de receita.

Em 2015, do total de servidores ocupados na administração direta — como secretarias e autarquias —, 62,7% eram estatutários. A proporção foi maior do que a observada em 2014, de 61,1%, mas menor que a de 10 anos atrás. Em 2005, os estatutários compreendiam 64% do total de funcionários públicos municipais.

Terceirização
A Munic 2015 também mostrou, pela primeira vez, um retrato da terceirização nos municípios. Das administrações, 85,6% terceirizavam áreas como segurança dos prédios da prefeitura, iluminação pública, limpeza urbana e coleta de resíduos sólidos domiciliar, hospitalar e industrial. A atividade mais frequente era a coleta de resíduo sólido hospitalar, realizada em 76,1% dos municípios. Na opinião de Biasoto, esse cenário é reflexo do erro que o Brasil cometeu com a fragmentação de municípios. “Tem muitas câmaras de vereadores que não deveriam existir. Temos uma ineficiência grande que custa caro por conta disso”, avaliou.