PLOA 2023: Legislativo tem vagas previstas para Câmara, Senado e TCU

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PLOA  2023 prevê 520 vagas para provimento e nenhuma para criação. As vagas são destinadas para a Câmara dos Deputados, para o Senado Federal e para o Tribunal de Contas da União (TCU)

A proposta do Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA) de 2023 foi apresentada na última quarta-feira (31/8). O governo anunciou que pretende criar cerca de quase 50 mil vagas destinadas ao serviço público. No caso do Poder Legislativo o documento prevê 520 vagas para provimento e nenhuma para criação. As vagas são destinadas para a Câmara dos Deputados, para o Senado Federal e para o Tribunal de Contas da União (TCU), distribuídas desta forma:

  • Senado Federal: 230 vagas para provimento;
  • Tribunal de Contas da União (TCU): 150 vagas para provimento;
  • Câmara dos Deputados: 140 vagas para provimento.

É válido ressaltar que o Senado Federal é o único órgão com o concurso lançado. O certame oferta são ofertadas 1014 vagas, sendo 22 imediatas e 992 vagas para a formação de cadastro reserva. Os cargos contemplados são: analista legislativo, advogado, consultor e técnico legislativo, em diversas especialidades.  As inscrições já estão abertas. Já o TCU está com certame em andamento, o resultado definitivo da prova discursiva foi publicado no início de agosto.

Por fim, a Câmara dos Deputados é o que não realiza um certame por mais tampo. O último da Casa foi finalizado em agosto de 2015 e ofereceu 113 vagas para os cargos de técnico e analista legislativo.

PLOA 2023

Na última quarta-feira (31/8), o secretário especial do Tesouro e Orçamento do Ministério da Economia, Esteves Colnagom apresentou para o Congresso Federal a peça orçamentária 2023. Segundo a Agência Senado “O PLOA 2023 começa sua tramitação no Congresso Nacional pela Comissão Mista de Orçamento (CMO). Depois de discutida e aprovada na comissão, a proposta precisa ser referendada pelo Congresso”.

O anexo V do PLOA prevê 55.189 vagas, sendo 3.427 para criação distribuídas nos três poderes. Veja a distribuição de vagas para criação e provimento previstas:

Poder Executivo 47.834 vagas (46.657 para provimentos e 1.177 para criação)
Poder Judiciário 6.552 vagas (5.027 para provimento e 2.117 para criação)
Poder Legislativo 520 vagas (todas para provimento)
Defensoria Pública da União 88 vagas (57 para provimento e 31 para criação)
Ministério Público da União 225 vagas (183 para provimento e 42 para criação)

 

Legislativo

  • Câmara dos Deputados – 140 para provimento
  • Senado Federal – 230 para provimento
  • Tribunal de Contas da União –  150 para provimento

Judiciário

  • Supremo Tribunal Federal – 3 vagas (todas para provimento);
  • Superior Tribunal de Justiça – 83 vagas (todas para provimento);
  • Justiça Federal – 1.475 vagas (625 para criação e 850 para provimento);
  • Justiça Militar da União – 1.262 vagas (740 para criação e 522 para provimento);
  • Justiça Eleitoral – 515 vagas (10 para criação e 505 para provimento);
  • Justiça do Trabalho – 2.676 vagas (52 para criação e 2.624 para provimento);
  • Justiça do Distrito Federal e dos Territórios – 387 vagas (todas para provimento);
  • Conselho Nacional de Justiça – 1.051 vagas (98 para criação e 53 para provimento).

MPU 

  • Ministério Público Federal (MPF) –52 vagas (todas para provimento);
  • Ministério Público Militar (MPM) – 12 vagas (todas para provimento);
  • Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) – 25 vagas (todas para provimento);
  • Ministério Público do Trabalho (MPT) – 40 vagas (todas para provimento);
  • Escola Superior do Ministério Público da União – 5 vagas (todas para provimento).
  • Conselho Nacional do Ministério Público – 91 vagas (49 para provimento e 42 para criação).

DPU

O texto propõe a criação de 31 vagas para criação e 57 para provimento.

Executivo

  • Criação e provimentos de cargos e funções, exclusive substituição de terceirizados – Civis -35.010  (1.177 para criação e 33.833 para provimento)
  • Fixação de efetivos – Militares – 10.920 para provimento
  • Corpo de Bombeiros DF – 356 vagas;
  • Polícia Militar DF – 648 vagas;
  • Polícia Civil DF – 900 vagas.

*Estagiária sob supervisão de Mariana Fernandes

Concurso Senado: órgão forma comissão para investigação social

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“A Comissão deverá prestar assessoramento à Comissão Examinadora nos assuntos atinentes à sindicância de vida pregressa e investigação social”, explica o documento publicado no Diário Oficial da União

O Senado Federal publicou no Diário Oficial da União desta quarta-feira (24/7), a Portaria nº 2.695 de 23 de agosto, no qual designa os servidores que irão compôr a comissão para investigação social. “A Comissão deverá prestar assessoramento à Comissão Examinadora nos assuntos atinentes à sindicância de vida pregressa e investigação social”, explica o documento.

O concurso do Senado Federal oferta 1014 vagas, sendo 22  imediatas e 992 para a formação de cadastro reserva. As oportunidades são destinadas para os cargos de analista legislativo, advogado, consultor e técnico legislativo.

O período de inscrições já está aberto e ficará assim até 21 de setembro. Os interessados podem se inscrever por meio do site da banca organizadora, a Fundação Getúlio Vargas (FGV). As taxas são nos valores de R$ 94,00 (advogado e consultor); R$ 73,00 (analista); e R$ 55,00 (policial legislativo).

As provas estão marcadas para novembro. As provas objetivas estão previstas e discursiva para dia o 06 , para o cargo de técnico e analista, e a prova objetiva para o cargo de advogado e consultor. Já para os candidatos para os cargos de advogado e consultor, realizarão a prova discursiva em 27 de novembro.

Distribuição das vagas

As oportunidades são divididas entre diversas especialidades, confira:

Técnico Legislativo:

  • Policial Legislativo – 7 vagas imediatas + 173 para cadastro reserva;

Consultor Legislativo:

  • Assessoramento em Orçamento – 1 vaga imediata 19 para cadastro reserva;
  • Assessoramento Legislativo – 1 vaga imediata 81 para cadastro reserva;

Advogado:

  • 1 vaga imediata 19 para cadastro reserva;

Analista Legislativo:

  • Informática Legislativa – Análise de Sistemas: 1 imediata 59 para cadastro reserva;
  • Informática Legislativa – Análise de Suporte de Sistemas: 1 imediata 39 para cadastro reserva;
  • Registro e Redação Parlamentar: 1 imediata 19 para cadastro reserva;
  • Enfermagem: 1 imediata 19 para cadastro reserva;
  • Engenharia Eletrônica e Telecomunicações: 1 imediata 9 para cadastro reserva;
  • Engenharia do Trabalho: 1 imediata 16 para cadastro reserva;
  • Processo Legislativo: 1 imediata 249 para cadastro reserva;
  • Administração: 2 imediatas 248 para cadastro reserva;
  • Arquivologia: 1 imediata 14 para cadastro reserva;
  • Assistência Social: 1 imediata 9 para cadastro reserva;
  • Contabilidade: 1 imediata 19 para cadastro reserva.

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Poder Legislativo tem os salários mais altos do funcionalismo

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Antonio Temóteo, do Correio Braziliense – As discrepâncias salariais também são uma realidade no setor público. Dados do Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (PLDO) apontam que a remuneração média de um servidor do Legislativo Federal é quase o dobro da de quem trabalha no Executivo. Enquanto os empregados concursados da Câmara dos Deputados, do Senado Federal ou do Tribunal de Contas da União (TCU) recebem em torno de R$ 15.949,01, aparecem nos contracheques dos lotados em um dos ministérios da Esplanada, R$ 8.118,12.

No Ministério Público da União (MPU) o salário médio chega R$ 9.687,93 e no Judiciário, a R$ 10.454,08. Os dados fazem parte da Avaliação Atuarial do Regime Próprio de Previdência dos Servidores da União. O relatório elaborado pelo Ministério do Trabalho e Previdência Social aponta uma série de inconsistências que podem indicar que as discrepâncias salariais podem ser ainda maiores.

No Executivo, há registro de pelo menos 10.584 servidores que na data da avaliação ou na posse no serviço público tinham menos de 18 anos. Além disso, 9.573 registros de servidores dos ministérios indicavam uma remuneração menor do que o salário mínimo e foram desconsideradas. No caso do MPU, a base de dados do Ministério Público do Trabalho (MPT), do Ministério Público Militar (MPM) e do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) remonta a julho 2015. Outros 1.964 apontamentos não continham o valor dos salários. Também não foi possível definir quanto recebiam 310 servidores do Legislativo e no Judiciário os dados de boa parte dos tribunais tinham como data base julho do ano passado.

Na avaliação do especialista em finanças públicas José Matias-Pereira, professor da Universidade de Brasília (UnB), as discrepâncias salariais entre os Três Poderes geram problemas para estruturação de diversas carreiras. Ele explicou que sem normas específicas para cada categoria, muitos mantêm uma remuneração baixa. “O Executivo, que tem boa parte dos servidores, é incapaz de arcar com salários exorbitantes, por problemas de arrecadação”, afirma.

Matias-Pereira lembrou que as diferenças salariais também são profundas entre os servidores de um mesmo Poder. Ele citou como exemplo o caso das carreiras típicas de Estado em relação aos servidores de nível médio no Executivo. “As categorias mais organizadas têm poder de pressão maior sobre as autoridades para conseguir melhores salários”, disse.

A qualificação profissional de alguns servidores também influencia a remuneração, explicou o presidente do Conselho Federal de Economia (Cofecon), Júlio Miragaya. Ele detalhou boa parte dos consultores do Legislativo, com remuneração média que supera os R$ 20 mil, são mestres ou doutores em suas áreas de atuação e conseguem uma vaga por meio de concursos disputadíssimos. “Não significa que irregularidades não aconteçam. Alguns casos de alguns que davam apenas meio expediente vieram a público”, afirmou.

Para a economista Margarida Gutierrez, professora da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), o poder de pressão dos servidores do Legislativo sobre os parlamentares garantiu a eles reajustes salariais acima da inflação nos últimos anos. Ela destacou que boa parte dos servidores públicos foi beneficiada com aumentos salariais durante a gestão petista, mas as mais organizadas e com poder de barganha conseguiram mais benefícios.


  • Aposentados: As divergências não se limitam aos dados dos servidores ativos. O Executivo não consegue identificar os registros de 96 pensionistas. Sequer sabe quanto eles ganham. Os dados mostram ainda que há 67 pensionistas com 106 anos ou mais e 28 aposentados na mesma faixa etária. Há suspeitas de que essas pessoas já tenham morrido, mas seus parentes continuam recebendo os benefícios. Esse quadro de descontrole se repete no Legislativo, no qual 224 pessoas ganham menos que um salário mínimo; e no Judiciário, em que 546 registros de aposentados e de 1.082 pensionistas não contêm os valores dos benefícios.
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  • Abismo (em R$)
    Veja as diferenças salariais entre os três Poderes

    ………………………………………..Masculino              Feminino                  Média
    Executivo Federal                                       8.486,71                    7.656,60                   8.118,12
    Ministério Público da União                9.719,36                    9.649,53                   9.687,93
    Legislativo Federal                                     15.495,22                  16.752,67                 15.949,01
    Judiciário Federal                                      10.453,16                 10.455,00                 10.454,08

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    Fonte: PLDO