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PF prende candidatos que fraudaram o concurso de universidade federal
A PF frisou que “não há notícias de fraude generalizada ao concurso, ou seja, que as fraudes ao concurso foram estancadas e a lisura da certame foi preservada”
A Polícia Federal (PF) prendeu, em flagrante, três candidatos que fraudaram o concurso da Universidade Federal da Paraíba (UFPB) para provimento de cargos técnico-administrativos em educação. As abordagens ocorreram nos locais de aplicação das provas, no último domingo (5/2), no centro de João Pessoa. Duas prisões ocorreram no período da manhã e uma à tarde.
Segundo a PF, mandados de busca e apreensão serão realizados nas respectivas casas dos acusados nesta segunda-feira (6/2). Dois deles foram expedidos ainda no domingo pela Justiça Federal e estão sendo executados no bairros do Geisel e Água Fria.
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As investigações foram iniciadas após denúncias e informações de inteligência e cruzamento de dados, o que corroborou para a identificação dos envolvidos. Para fraudar a seleção, os envolvidos utilizaram pontos eletrônicos para receber as respostas das questões.
A banca organizadora, o Instituto Brasileiro de Formação e Capacitação (IBFC), não publicou oficialmente em seu site nada relacionado ao ocorrido. Os cadernos de questões e o gabarito preliminar foram disponibilizados hoje.
Apesar disso, a PF afirmou que o IBFC “contribuiu com a ação, divulgando os dados e informações necessárias para identificar os suspeitos”. A instituição policial ainda frisou que “não há notícias de fraude generalizada ao concurso, ou seja, que as fraudes ao concurso foram estancadas e a lisura da certame foi preservada”.
O certame teve 37.285 inscrições. Desse total, 30.733 concorrem ao assistente em administração. Os aprovados no certame receberão o salário inicial de R$ 1.945,07 (Classe C); R$ 2.446,96 (Classe D); e R$ 4.180,66 (Classe E). O regime de trabalho de todos os cargos é composto por 40 horas semanais.
Outros certames da UFPB com inscrições abertas
Foi publicado em dezembro, o edital do concurso público para a carreira de docente do magistério superior da Universidade Federal da Paraíba (UFPB). O certame oferece 45 vagas para o cargo de professor adjunto A, em 40 áreas do conhecimento, cuja remuneração pode chegar a R$ 10.074,18. As inscrições ficarão abertas no período entre 1º e 17 de fevereiro de 2023. A aplicação das provas para todos os departamentos está prevista para o primeiro semestre deste ano. Saiba mais!
Em fevereiro de 2023 também serão realizadas as inscrições do concurso público para professor do ensino básico, técnico e tecnológico (EBTT) na UFPB. A seleção oferta uma vaga (em regime de trabalho de dedicação exclusiva) para o Departamento de Educação Básica (DEBAS) do Centro de Educação (CE), no campus de João Pessoa. O período de inscrições ficará aberto entre 6 e 28 de fevereiro de 2023. Saiba mais!
*Estagiária sob supervisão de Lorena Pacheco
Ex-militar é condenado por falsificar diplomas de especialização para passar em concurso
Karolini Bandeira*- O Supremo Tribunal Militar (STM) condenou a dois anos de prisão um ex-militar acusado de falsificar diplomas de especialização para passar em concurso do Exército. Conforme denúncia, o condenado havia apresentado documentações falsas no processo seletivo de oficial temporário do Comando da 4ª Região Militar (4ª RM), em Belo Horizonte (MG), para ter uma boa pontuação na avaliação.
Ao se inscrever no concurso, o ex-militar afirmou na ficha de análise curricular que possuía 18 títulos de especialização e de extensão, nunca cursados. Na etapa, o candidato obteve 33,9 pontos, dos quais 31,4 eram de documentos fraudados. Com isso, o então militar ingressou no estágio de serviço técnico com remuneração de aspirante a oficial. Em 2017, o homem chegou a ser promovido ao cargo de 2º tenente, tendo recebido, até junho daquele ano, o valor liquido de R$ 101.148,31.
Fraude assumida
O estelionato foi confessado pelo réu tanto na fase de inquérito quanto de juízo. Em seu voto, o ministro Marco Antônio de Farias rejeitou a solicitação da defesa de realização de perícia — neste caso, o ministro citou que, em crimes de falsidade, é possível a substituição da perícia por outros tipos de prova, como por exemplo o exame de corpo de delito indireto e a prova testemunhal.
“Assim, ao assumir, fraudulentamente, a vaga, em detrimento de outros candidatos mais qualificados, o réu lesionou a Administração Militar, quando essa, segura de que estaria convocando o candidato mais qualificado, estava na verdade, sendo mantida em proeminente erro. Ademais, o fato de ter prestado o serviço para o qual foi nomeado não elide a conduta criminosa do réu. Do contrário, todo aquele que, no seu conceito próprio e criminoso, se julgasse merecedor de determinado cargo, poderia falsificar os documentos alusivos à sua posse. Seria admitir a mais completa desvirtuação das seleções públicas!”, concluiu o magistrado.
*Estagiária sob supervisão de Mariana Fernandes
PF deflagra operação contra fraudes em concursos; grupo faturou mais de R$ 29 milhões
Foram observadas irregularidades em concursos públicos desde o ano de 2005. Polícia cumpriu mandados de buscas em três estados
A Polícia Federal (PF) deflagrou, nesta quarta-feira (23/6), a operação Erasure, que investiga fraudes em concursos públicos. As investigações apontaram que, desde o ano de 2005, uma organização criminosa conseguiu aprovar diversos candidatos em troca de dinheiro. O lucro obtido pelo grupo é avaliado em mais de R$ 29 milhões.
De acordo com a PF, o esquema contava com equipamentos como pontos eletrônicos de comunicação, professores para realizarem as questões das provas, e candidatos que prestavam o concurso para obter as questões e deixar o local o mais rápido possível.
Ao todo, foram cumpridos cinco mandados de busca: uma em Cotia (SP) com dois alvos; em Santos (SP) com dois alvos; em Recife (PE) com um alvo; e outras duas em pessoas jurídicas com endereços situados em Boa Vista (RR).
A investigação, que teve início em 2017, determinou o afastamento preventivo de um servidor público do Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE SP) acusado de ser beneficiado pelo esquema.
Caso sejam confirmadas as suspeitas, os investigados poderão responder pelos crimes de associação e organização criminosa.
Erasure
A operação leva o nome de “Erasure”, numa alusão, em inglês, ao apagamento de pessoas que utilizaram de fraudes para serem aprovadas em concursos e assim ocuparem cargos no setor público.
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