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Professores fazem greve de fome no Paraná por revogação de edital de temporários

Publicado em Concursos

Um grupo de professores e funcionários da rede pública de educação do Paraná iniciou na última quinta-feira (19/11) uma greve de fome durante ocupação da sede do governo do Estado, em Curitiba, para pedir a suspensão de um edital que visa contratar docentes temporários. Eles estão em manifestações durante toda a semana.

O grupo pede a suspensão da prova para contratação de professores, por apenas um ano, pelo processo seletivo simplificado (PSS). Entretanto, o chefe da Casa Civil, Guto Silva, sinaliza contra a medida de medida. O posicionamento desagradou a categoria, que está há semanas pedindo a revogação do edital.

Além do pedido de revogação da prova, a categoria pede o pagamento de progressões e promoções, a suspensão da militarização de escolas e a revogação da terceirização de funcionários.

De acordo com o sindicato, os educadores vão permanecer em frente ao Palácio até uma resposta positiva sobre a pauta. Cerca de 75 pessoas estavam na ocupação e outras cerca de 300 pessoas aguardavam a saída ao lado de fora na última quinta.

Governo discute medidas

Em reunião realizada na tarde de quinta-feira (19), representantes da categoria, do governo Ratinho Jr e os deputados Hussein Bakri e Professor Lemos, fizeram uma rodada de debate sobre pautas pertinentes para a categoria. Na ocasião, o governo assumiu o compromisso de fazer a complementação de salários de funcionários.

De acordo com o sindidato dos professores, os integrantes do governo assumiram também o compromisso de realizar o concurso público, ampliando as 500 vagas que foram autorizadas até o momento.

O Sindicato solicitou ainda a prorrogação do contrato de 9 mil funcionários das escolas contratados pelo regime PSS, que poderão ficar desempregados em plena crise. O governo destacou também que será mantido o diálogos sobre o pagamento de progressões e promoções que estão congelados.

Apoio do sindicato da Saúde

Em nota, o  Sindicato dos Trabalhadores da Saúde Pública do Estado do Paraná (SindSaúde-PR) declarou apoio e solidariedade aos trabalhadores e informou que a realização do processo seletivo colocaria em risco cerca de 100 mil pessoas, que se aglomerariam durante a pandemia do novo coronavírus.

“Mesmo proibidos de se manifestar, diante de uma injusta punição de R$ 30 mil por dia, eles lutam contra o autoritarismo e a imposição de um processo irregular de prova para a contratação de professoras e professores PSS, que colocará em risco a saúde de aproximadamente 100 mil pessoas, que terão de se deslocar e se aglomerar em meio à pandemia da Covid-19.

O nosso apoio também segue às demais pautas da APP-Sindicato, que luta pela saída do secretário da pasta, Renato Feder, pela prorrogação dos contratos de professores e funcionários PSS em razão da pandemia, pelo fim do ensino noturno nas escolas que foram militarizadas de forma truculenta pelo Governo e para que seja mantido um espaço permanente de diálogo.”

 

 

 

Em reunião realizada na tarde desta quinta-feira (19), representantes da categoria, do governo Ratinho Jr e os deputados Hussein Bakri e Professor Lemos, fizeram mais uma rodada de de debate sobre pautas pertinentes para a categoria. Na ocasião, o governo assumiu o compromisso de fazer a complementação de salários de funcionários(as) que recebem abaixo do mínimo regional. São R$ 77,00 de complementação no salário de quem recebe pouco mais de R$ 1000,00.

Ainda no encontro, os(as) integrantes do governo assumiram o compromisso de realizar o concurso público, ampliando as 500 vagas que foram autorizadas até o momento. A APP-Sindicato solicitou ainda a prorrogação do contrato de 9 mil Funcionários(as) das escolas contratados pelo regime PSS, que poderão ficar desempregados em plena crise. O governo destacou também que será mantido o diálogos sobre o pagamento de progressões e promoções que estão congelados.

Greve de fome continua

Já sobre o edital 47, o qual altera os atuais critérios para a contratação de Professores(as) do Processo Seletivo Simplificado (PSS) instituindo uma prova, o governo não apresentou uma resposta efetiva e afirmou que manterá o debate. De acordo com a direção estadual da APP-Sindicato, com essa resposta, os(as) 47 trabalhadores(as) que estão acampados na porta do Palácio Iguaçu manterão a greve de fome até uma resposta positiva do governo.

Participando da greve, a Professora de língua portuguesa/inglesa, Daniela*, enfatiza que já está o terceiro dia de resistência e segundo dia de acampamento, explica que os(as) trabalhadores(as) só estão em greve de fome porquê o governador Ratinho Jr e o secretário da Educação, o empresário Renato Feder, insistem em manter a prova para PSS, a qual ela chama de “prova da morte”.

“Além do risco a saúde daqueles(as) que participaram e consequentemente da sociedade, o edital contém pontos que não favorecem os(as) trabalhadores(as). Essa prova não pode ser feita a toque de caixa, a mudança do edital deve ser feita com debate com a categoria”.

A Professora ressalta ainda que os(as) Professores(as) que estão se mobilizando não tem medo de realizar a prova, mas sim em participar de um processo seletivo que não assegura direitos para aqueles(as) que participam. “Nós, Professores(as) PSS não temos medo de prova, mas queremos uma prova que nos dê estabilidade, plano de carreira e ela tem um nome, que é concurso público”, completa a docente.