Guerra pode cair na prova do senado YASUYOSHI CHIBA / AFP

Conflito entre Rússia e Ucrânia deve cair na prova do Senado, diz professor

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Para Jefferson Urani, temas relacionados à guerra no leste europeu, como globalização, economia, imigração, xenofobismo e segunda Guerra Mundial podem ser cobrados no certame

Desde que o concurso do Senado Federal foi autorizado, muito se especula sobre o que vai ser cobrado na prova. Ao todo, o documento autoriza a oferta de 19 vagas imediatas e formação de cadastro de reserva para os cargos de Advogado, Consultor Legislativo, Analista Legislativo e Técnico Legislativo. Os altos salários oferecidos pela casa tornam a disputa por uma vaga ainda mais acirrada.

Para o professor de atualidades do preparatório IMP, Jefferson Urani, o conflito entre a Rússia e a Ucrânia, que acontece há cerca de dois meses, deve ser exigido neste e em outros concursos públicos. 

“Dentro do que está posto no mundo atual, os conflitos internacionais, a exemplo da Guerra Rússia x Ucrânia e a estrutura da ONU, suas agências (a exemplo do Conselho de Segurança) e todas as áreas permeadas por este conflito (globalização, economia, meio ambiente, conflitos semelhantes, imigração, xenofobismo e os aspectos históricos da Segunda Guerra Mundial e Guerra Fria), devem ser destaque nos próximos concursos, seja ele do Senado ou qualquer outro”, afirma Urani.

Segundo o professor, a disciplina de atualidades pode vir no edital com outras nomenclaturas, como “mundo contemporâneo” ou “conhecimentos gerais”. No entanto, ela versa sobre os conhecimentos atuais e relevantes das mais diversas áreas do conhecimento a exemplo: meio ambiente, política, conflitos mundiais, economia, relações internacionais, literatura, cultura, etc e suas vinculações históricas. 

Para Jefferson Urani, um dos segredos da disciplina vai além de ler os jornais diariamente, mas fazer um estudo profundo desses temas. “Não basta saber o que acontece hoje, mas compreender todo o passado histórico”, garante. 

“A disciplina ‘atualidades’ é um desenrolar de acontecimentos do dia a dia. Todos os dias, todos os momentos temos novos tópicos que podem ser explorados nas provas, por isso é tão importante ter um conhecimento histórico/geográfico e dominar os principais conceitos que estão presentes no atual cenário nacional e internacional”, explica o professor. 

Urani acredita que o edital do próximo concurso do Senado Federal deve ser semelhante ao anterior. Segundo ele, o perfil do candidato a ocupar uma vaga no senado é bem específico. 

“O candidato deve ter um conhecimento globalizado, uma visão das relações internacionais e acima de tudo conhecimento e compreensão das estruturas sociais, econômicas, culturais, políticas, informacionais, tecnológicas,  que norteiam a sociedade brasileira e que afetam o dia a dia do nosso povo”. 

De acordo com o profissional do IMP, um servidor do Senado Federal é um ser ativo (direta ou indiretamente a depender do cargo) na formulação de políticas públicas, isso demonstra a importância de deter conhecimentos gerais sobre os diversos espectro da nossa sociedade e reflexos internacionais.

Questionado sobre quantas questões de atualidades podem ser cobradas na prova do Senado, Jefferson responde que geralmente são 5, mas alerta: “qualquer inferência é mera especulação, o melhor a fazer é não centrar numa especulação de quantas questões podem cair, mas sim nos estudos das disciplinas passíveis de serem cobradas”. 

Outro conselho de Urani para os candidatos é sobre a prova de redação. “Se o edital vier prevendo redação com tópicos de atualidades, então esta disciplina se torna a mais importante do concurso, pois redação possui caráter classificatório, mas é antes de tudo “ELIMINATÓRIO”. O candidato pode “gabaritar” as questões objetivas, de todas as disciplinas, se não possuir conhecimento para dissertar sobre o tema proposto na redação o mesmo estará eliminado do certame”, afirma.

Para o professor de atualidades e realidade do DF, um dos erros mais comuns entre os candidatos a uma vaga pública é estudar tomando como ponto de partida especulações do que pode ser cobrado. 

“Antes do edital deve-se estudar os conteúdos centrais, dominar conceitos que são aplicáveis aos mais diversos ramos do conhecimento e acima de tudo manter foco, disciplina e constância dos estudos”.

“Uma dica é estudar por questões, normalmente os candidatos primam por tentar “decorar” conteúdos, conceitos, legislações. No entanto, excetuando a prova de redação, esses conteúdos já estão presentes na prova, o candidato só tem que analisar se as afirmativas estão certas ou erradas, mais importante que decorar é a compreensão”, finaliza Jefferson Urani.