Com quem deixar o pet nas férias?

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Crédito: Guiapet/Divulgação

Muitos tutores optam por aproveitar o período de férias para descansar e viajar com os melhores amigos, porém nem todos os animais se sentem bem, especialmente em viagens mais longas. Diante desse desafio, o que fazer?

Deixar o pet em casa sozinho, mesmo que com comida e brinquedos preferidos não é uma opção, adianta Jade Petronilho, médica-veterinária comportamentalista e coordenadora de conteúdo da DogHero e Petlove. Além de obviamente não receber os cuidados devidos e ficar desamparado, a médica-veterinária ressalta que deixar o animal sozinho poderia fomentar problemas como a ansiedade por separação, uma condição multifatorial em que o pet não foi habituado a ficar bem sozinho e sofre demais com a ausência de companhia.

“Cães podem manifestar essa condição de diferentes maneiras. Precisamos lembrar que eles são animais que vivem em grupos e, pra eles, não é nada natural que um membro deste grupo simplesmente saia e deixe os demais para trás…o fato de um cão passar o dia todo à espera do tutor ou dormindo, sem nada de atividade, já requer atenção, assim como aqueles que apresentam comportamento destrutivo e/ ou vocalização excessiva com latidos e uivos. Gatos também podem sofrer, porém, costuma ser mais difícil que as pessoas notem. A ingestão de produtos não comestíveis como plástico ou papel, automutilação, arrancar os próprios pelos, irritabilidade, tentativas de fuga e até mesmo passar parte do dia escondido são comportamentos que merecem atenção”, resume a médica-veterinária.
Portanto, em caso de longos períodos de ausência, fora do cotidiano, Jade Petronilho recomenda que o pet seja deixado com amigos, parentes ou cuidadores profissionais para que o animal tenha suas necessidades físicas e psicológicas atendidas.

Murillo Trauer, diretor da DogHero – maior empresa de serviços para pets da América Latina – explica que cuidadores existem justamente para suprir os momentos de ausência dos tutores e acrescenta que os heróis, como são chamados os parceiros profissionais da DogHero, são designados para manter a rotina e cuidados que o animal já está acostumado. “Os tutores querem aproveitar o momento de descanso e precisam de alguém em quem confiar para atender e cuidar do pet. Desta forma, a DogHero se apresenta como uma alternativa responsável e capaz de promover os cuidados necessários por categorias como pet sitter, quando o herói vai até a casa do pet, ou hospedagem e creche, quando o animal é recebido pelo anfitrião” ressalta o diretor.

A comportamentalista veterinária pontua que independentemente da forma de atendimento escolhida, os tutores devem preparar a mochilinha do pet e levar alguns pertences essenciais para os cuidadores como guia e coleira, brinquedos preferidos, ração, tapete higiênico, caixas de areia e medicamentos, caso faça uso, para que o animal tenha todos os elementos para uma estadia mais tranquila e recheada de bem-estar. “Quando pensamos em gatos, o ideal sempre será que eles fiquem em casa e contem com a ajuda de uma cat sitter, pois podem estranhar e até adoecer ao irem para outro ambiente”, pontua Jade.

Além disso, a profissional recorda o zelo com a saúde, importante não só para os momentos de estadia, mas também para o cotidiano. “É importante que o pet esteja vermifugado, com antipulgas e carrapatos em dia, com todas as vacinas essenciais, com consultas de rotina recentes”, recorda Petronilho.

Aroldo Salustiano, 73, é cuidador em Brasília e parceiro da DogHero desde 2018, encontrou na plataforma uma forma de trabalho e renda extra, e revela que, por conta da alta demanda dos períodos de férias, precisa lembrar os clientes de não deixarem o agendamento de seus serviços para a última hora, já que a disputa por uma vaga no período é grande.
“Em Brasília, há muitas alternativas de passeios de três, quatro dias, cachoeiras, chapadas na região, fora o pessoal que viaja para o litoral, para o exterior neste período de férias. Tenho clientes que deixam o pet comigo por mais de 15 dias comigo”, relata o anfitrião.

O cuidador reitera as recomendações de Petronilho e explica que, no momento de creche ou hospedagem, os tutores devem levar itens como a carteira de vacinação, ração com o pote que o cão está habituado, cama, tapetinho, tudo para não quebrar a rotina do pet e promover bem-estar.