Um romance sobre trauma, família e viagem

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Diorama é uma cena reconstituída com detalhes que a tornam muito realística em um cenário com personagens tridimensionais. Costuma ser usada em museus, especialmente os de história natural, para representar como viviam os ancestrais do homem e quais eram as aparências da fauna e da flora que os rodeavam. Muitas  vezes, nessas reconstituições, usa-se animais empalhados que podem conferir um […]

A língua poética de Valter Hugo Mãe

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O igarapé educa para atenção, nome é uma palavra habitada, nossa língua é nosso comportamento e o tempo é uma mentira que impede de viver. Quando Valter Hugo Mãe toma a dianteira da língua portuguesa, o leitor pode sentar e se maravilhar com algumas das mais belas frases da literatura contemporânea. Como um Manoel de Barros português, ou um José Saramago brasileiro, Hugo Mãe, que nasceu em Angola, cresceu em Portugal e tem um afeto declarado pelo Brasil, consegue transformar a leitura em uma emoção só. Coloque nisso uma história brasileira, violenta como foi a colonização, trágica como foi a matança dos índios e a escravização dos africanos, e fica difícil não querer derramar uma lágrima aqui e outra ali. 

Novo livro de Bernardo Carvalho imagina o mundo pós-pandemia

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O último gozo do mundo começou a tomar forma como uma novela curta feita sob encomenda. O escritor Bernardo Carvalho estava em casa, isolado por causa da pandemia, e topou a encomenda de um produtor de cinema para escrever uma história que se passasse logo após a quarentena. O combinado era o produtor pagar uma quantia mensal em troca do trabalho do autor. O contrato não seguiu adiante, mas o livro, sim. O romance que chega às livrarias pela Companhia das Letras é descrito como uma distopia, mas é tão próximo da realidade atual que pode ser lido como uma visão catastrófica para o que nos espera após a pandemia, caso ela acabe. 

Rosa Montero reedita livro sobre mulheres com 90 novos perfis de ilustres desconhecidas

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Rosa Montero é viciada em biografias. Em casa, em Madri, ela guarda uma biblioteca com centenas de volumes desse gênero. Neles a escritora espanhola vislumbrou, pela primeira vez, lá pelo início dos anos 1990, a vontade de escrever um livro inteiro sobre mulheres históricas desconhecidas. “Como leitora assídua de biografias, descobri várias mulheres fascinantes que eram completas desconhecidas”, conta Rosa. “Eram absolutamente fascinantes e eu caí nelas por pura casualidade, com biografias que me levavam a outras biografias.” Na época, ela decidiu se aprofundar nas histórias dessas figuras, que renderam várias colunas para o jornal El País e o livro Nós, mulheres, publicado em 1995. 

Cinco autores para pensar o racismo ontem e hoje

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Frantz Fanon foi um dos maiores pensadores pós-coloniais da França. James Baldwin, um dos nomes mais importantes da literatura americana dos anos 1950 quando o assunto é racismo e colonização. Ralph Ellison, também americano, venceu o National Book Award de 1953 com um livro no qual o personagem se tornava invisível graças à sua cor negra. A britânica Bernardine Evaristo tem sido celebrada como a voz literária negra mais importante da cena inglesa contemporânea quando se trata de escrever sobre a diáspora africana. A pandemia continua seu curso, ficar isolado ainda é o único remédio contra o coronavírus e, apesar de amargo, pode ser atenuado com boas leituras. Então, na esteira de um 2020 marcado pelos protestos contra o racismo em todo o mundo, que tal começar 2021 prestigiando autores preocupados em compreender questões cruciais para a sociedade contemporânea? O Leio de tudo fez uma seleção de lançamentos recentes disponíveis em e-book ou no site das editoras, todos assinados por nomes fundamentais do pensamento negro mundial. 

Pandemia é cenário para ficção de autores brasileiros

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O zumbi tem seu lugar no folclore brasileiro. Por aqui, ele é o corpo-seco, o unhudo, o menino respondão e malvado que, de tão ruim, não foi aceito nem no céu, nem no inferno. Ficou por aí, entre as árvores e as folhagens, zanzando meio morto, meio vivo, mais morto do que vivo. A metáfora era perfeita para a ideia do editor Marcelo Ferroni, que há anos queria fazer um livro de zumbi à brasileira. Convencido de que esse tipo de literatura tem qualidade e conteúdo, encontrou abrigo na editora Luara França, que abraçou a ideia de convidar outros autores e transformar quatro textos escritos individualmente em um romance. O resultado está em Corpos secos, lançado pela Alfaguara no finalzinho de março e que traz incrível eco contemporâneo com pandemias e mundo paralisado, apesar de ter sido pensado e escrito entre 2018 e 2019.

Desencaixados e solitários

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Controle nasceu de uma encomenda para uma coletânea que envolvesse música e bandas específicas. A coletânea não saiu, mas Nanda, ou Maria Fernanda, tomou forma e o primeiro romance de Natalia Borges Polesso, felizmente, ganhou vida. Controle vem embalado por New Order e Joy Division em um texto cheio de referências afetivas para quem foi adolescente nos anos 1980 ou 1990.

Elas estão na Flip e são imperdíveis: quatro autoras para ficar de olho

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A brasileira Jarid Arraes fala do sertão, a nigeriana Ayòbámi Adébáyò observa o conflito entre tradição e modernidade, a canadense Sheila Heti explora a maternidade e a venezuelana Karina Sainz Borgo fala de uma Venezuela destroçada. Elas estão na Flip e trazem para a literatura uma perspectiva feminina, política, histórica e social.

“Ritmo louco” é o melhor livro de Zadie Smith

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Ritmo louco, o quinto romance da inglesa Zadie Smith, tem tudo para ser um livro de formação. A narradora, uma criança nas primeiras páginas e uma adulta um pouco perdida nas últimas, é o retrato de uma geração multicultural, nascida em um cenário marcado por desigualdades cada vez maiores e cujas certezas não estavam tão enraizadas quanto as de seus pais.